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OPINIÃO<br />
Petrobras: A última a<br />
produzir petróleo no mundo<br />
Brasil quer liderar transição e ser grande produtor e exportador<br />
de energia limpa e renovável. Mas, quer aumentar a produção de petróleo<br />
Por Celso Ming<br />
Há uma grave contradição<br />
e indefinição<br />
no Brasil sobre a estratégia<br />
para realizar<br />
a transição energética que<br />
pode comprometer a vantagem<br />
competitiva que o País<br />
tem.<br />
A Petrobras, agora setentona,<br />
pretende ser a última petroleira<br />
do mundo a produzir petróleo.<br />
É o que tem afirmado - e repetido<br />
- o atual presidente da empresa,<br />
Jean Paul Prates. Não é<br />
voz isolada. O presidente Lula<br />
também parece pensar assim.<br />
A questão não é a de quem<br />
será o último a apagar a luz. Aí<br />
há uma contradição e, também,<br />
falta de estratégia para a<br />
transição energética. O Brasil<br />
quer liderar essa transição e<br />
ser grande produtor e exportador<br />
de energia limpa e renovável.<br />
Mas, ao mesmo tempo,<br />
quer aumentar a produção de<br />
petróleo – esgrimindo para<br />
isso o argumento de que as receitas<br />
do petróleo financiarão<br />
a transição. Mas essa posição<br />
mostra, também, grave indefinição<br />
estratégica, que não se<br />
restringe apenas à área energética.<br />
A falta de horizontes empaca<br />
investimentos na produção de<br />
combustíveis renováveis, em<br />
fabricação de carros elétricos,<br />
na produção de baterias competitivas<br />
e no reequipamento<br />
das cidades aos novos meios<br />
de mobilidade.<br />
As pressões pela adoção de<br />
regimes de urgência não se<br />
dão agora apenas por questões<br />
científicas. Regiões inteiras<br />
do mundo estão pegando<br />
fogo e outras estão ameaçadas<br />
de submersão por enchentes<br />
e tempestades torrenciais.<br />
Esses efeitos cataclísmicos<br />
não geram apenas prejuízos e<br />
enormes despesas fiscais. Geram<br />
pressões geopolíticas para<br />
a adoção imediata de metas<br />
para descarbonização e abolição<br />
do consumo de combustíveis<br />
fósseis. As novas dificuldades<br />
para assinatura do<br />
acordo entre União Europeia e<br />
Mercosul e a cobrança de<br />
ação eficaz contra o desmatamento<br />
são indicações disso.<br />
Falta de rumo nessa matéria<br />
gera consequências. O Brasil<br />
pode ficar ainda mais dependente<br />
do que é de tecnologias<br />
externas. E o atraso na tomada<br />
de providências e na preparação<br />
para os novos tempos<br />
pode gerar novos conflitos sociais.<br />
Brasil pode ficar ainda mais dependente do que<br />
é de tecnologias externas. E o atraso na tomada<br />
de providências e na preparação para os novos<br />
tempos pode gerar novos conflitos sociais<br />
O carro elétrico tende a ser<br />
grande produtor de desemprego.<br />
O automóvel a combustão<br />
contém cerca de 2,4 mil<br />
peças. O elétrico pode não ter<br />
mais de 250. O impacto sobre<br />
os produtores de componentes<br />
será inevitável, como as últimas<br />
greves de trabalhadores<br />
do setor automotivo dos Estados<br />
Unidos estão demonstrando.<br />
E é preciso avaliar<br />
também o impacto sobre a<br />
rede de manutenção. A maioria<br />
das oficinas mecânicas ou<br />
desaparecerá ou terá de ser<br />
transformada em autoelétricas.<br />
É mais gente que será mandada<br />
para o olho da rua, como<br />
hoje acontece com bancários<br />
e comerciários.<br />
Para não ter de apagar incêndios<br />
sociais, o País precisa ser<br />
preparado. O setor privado tem<br />
de saber qual é o cronograma<br />
a cumprir para orientar seus investimentos.<br />
Sem plano de<br />
longo prazo, não há como determinar<br />
essa preparação.<br />
2<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
CENTRO SUL<br />
Venda de etanol hidratado<br />
cresce 18% em setembro<br />
No acumulado da safra 23/24, a moagem atingiu 493,09 milhões,<br />
ante 431,63 milhões de toneladas registradas no ciclo 22/23 - avanço de 14,24%<br />
Amoagem de canade-açúcar<br />
na segunda<br />
quinzena de<br />
setembro registrou<br />
crescimento de 77%, na comparação<br />
com o mesmo período<br />
do ciclo passado. Foram<br />
processadas 44,78 milhões<br />
de toneladas contra 25,3 milhões.<br />
No acumulado da safra<br />
23/24, a moagem atingiu<br />
493,09 milhões, ante 431,63<br />
milhões de toneladas registradas<br />
no mesmo período no<br />
ciclo 22/23 – avanço de<br />
14,24%.<br />
O aumento da moagem registrado<br />
traduz a maior disponibilidade<br />
de matéria-prima do<br />
atual ciclo quando comparado<br />
à safra 2022/23. Em comparação<br />
com os primeiros 15 dias<br />
do mês, a segunda metade de<br />
setembro teve um menor índice<br />
de precipitação pluviométrica<br />
- mas que parece estar se<br />
intensificando nesses dias iniciais<br />
de outubro.<br />
Tal fato contribuiu para melhor<br />
operacionalização da colheita<br />
por parte das unidades produtoras,<br />
que mantiveram ritmo de<br />
moagem que reduziu a defasagem<br />
quando comparado ao<br />
ciclo 2020/21. Naquele ano,<br />
até esta mesma posição, haviam<br />
sido processadas 501,87<br />
milhões de toneladas de cana.<br />
Portanto, há 8 milhões de toneladas<br />
defasadas e que precisarão<br />
ser recuperadas na<br />
hipótese de ultrapassar a marca<br />
de 605 milhões observadas,<br />
pela última vez, no ciclo<br />
supramencionado.<br />
Ao final da segunda quinzena<br />
de setembro permanecem em<br />
operação 260 unidades produtoras<br />
na região Centro-Sul,<br />
sendo 243 unidades com processamento<br />
de cana, oito empresas<br />
que fabricam etanol a<br />
partir do milho e nove usinas<br />
flex. No mesmo período, na<br />
safra 22/23, havia 242 unidades<br />
produtoras em atividade.<br />
No último ciclo, 15 unidades<br />
produtoras haviam encerrado<br />
o período de operação ao final<br />
de setembro devido a menor<br />
disponibilidade de cana.<br />
No que condiz à qualidade da<br />
matéria-prima, o nível de Açúcares<br />
Totais Recuperáveis<br />
(ATR) registrado na segunda<br />
quinzena de setembro foi de<br />
154,25 kg por tonelada de cana-de-açúcar,<br />
contra 155,53 kg<br />
por tonelada na safra 22/23 -<br />
variação negativa de 0,82%. No<br />
acumulado da safra, o indicador<br />
marca o valor de 140,13 kg de<br />
ATR por tonelada (-0,58%).<br />
4 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
Produção de açúcar e etanol<br />
A produção de açúcar na segunda<br />
metade de setembro<br />
totalizou 3,36 milhões de toneladas.<br />
Essa quantidade,<br />
quando comparada àquela registrada<br />
na safra 22/23 de 1,7<br />
milhão de toneladas, representa<br />
aumento de 98,02%. No<br />
acumulado desde 1º de abril,<br />
a fabricação do adoçante totaliza<br />
32,62 milhões de toneladas,<br />
contra 26,35 milhões<br />
de toneladas do ciclo anterior<br />
(+23,77%).<br />
Nos quinze dias finais de setembro,<br />
2,22 bilhões de litros<br />
(55,38%) de etanol foram fabricados<br />
pelas unidades do<br />
Centro-Sul. Do volume total<br />
produzido, o etanol hidratado<br />
alcançou 1,38 bilhão de litros<br />
(+88,69%), enquanto a produção<br />
de etanol anidro totalizou<br />
833,11 milhões de litros<br />
(+20,07%). No acumulado<br />
desde o início do atual ciclo<br />
agrícola até 1° de outubro, a<br />
fabricação do biocombustível<br />
totaliza 23,43 bilhões de litros<br />
(+8,83%), sendo 13,81 bilhões<br />
de etanol hidratado<br />
(+6,56%) e 9,62 bilhões de<br />
anidro (+12,26%).<br />
Da produção total de etanol<br />
registrada na segunda quinzena<br />
de setembro, 11% foram<br />
provenientes do milho,<br />
cuja produção foi de 238,8<br />
milhões de litros neste ano,<br />
contra 172,68 milhões de litros<br />
no mesmo período do<br />
ciclo 22/23 - aumento de<br />
38,29%. No acumulado desde<br />
o início da safra, a produção<br />
de etanol de milho atingiu<br />
2,99 bilhões de litros - avanço<br />
de 44,21% na comparação<br />
com igual período do ano<br />
passado.<br />
Dados da B3 registrados até o<br />
dia 6 de outubro indicam a<br />
emissão de 24,91 milhões de<br />
CBios em <strong>2023</strong>. Até o dia 30<br />
de setembro, prazo final para<br />
cumprimento da meta referente<br />
ao ano de 2022, a parte<br />
obrigada havia aposentado<br />
38,66 milhões de créditos.<br />
Ainda será confirmado, pela<br />
ANP, se houveram distribuidoras<br />
que não atenderam ao<br />
compromisso. No entanto, de<br />
Mercado de CBios<br />
forma agregada, as aposentadorias<br />
do período mostram<br />
um excedente de quase 2 milhões<br />
de CBios em relação a<br />
meta.<br />
A partir de agora o foco se<br />
volta para a meta do ano de<br />
<strong>2023</strong>, cujo prazo para cumprimento<br />
se encerrará em 31 de<br />
março de 2024. Para o ano<br />
em questão, a meta estabelecida<br />
é de 37,47 milhões de<br />
CBios. Tendo isso em mente,<br />
até dia 6 de outubro, a parte<br />
obrigada do programa RenovaBio<br />
havia adquirido cerca de<br />
20,13 milhões de créditos de<br />
descarbonização. Esse valor<br />
considera o estoque de passagem<br />
da parte obrigada em<br />
2021 somada com os créditos<br />
adquiridos em 2022 e<br />
<strong>2023</strong>, até o momento, subtraída<br />
a meta referente ao ano de<br />
2022.<br />
Vendas<br />
de etanol<br />
Em setembro, as vendas<br />
de etanol totalizaram 2,76<br />
bilhões de litros, o que representa<br />
aumento de<br />
3,15% em relação ao<br />
mesmo período da safra<br />
22/23. O volume comercializado<br />
de etanol anidro<br />
no período foi de 1 bilhão<br />
de litros - queda de<br />
12,22% - enquanto o etanol<br />
hidratado registrou<br />
venda de 1,76 bilhão de litros<br />
- crescimento de<br />
14,64%.<br />
No mercado doméstico,<br />
as vendas de etanol hidratado<br />
terminaram setembro<br />
com o maior consumo<br />
mensal em <strong>2023</strong>, totalizando<br />
1,65 bilhão de litros<br />
– variação de 18,45% em<br />
relação ao ano passado. A<br />
depender da relação de<br />
preços observada nos<br />
postos, o movimento de<br />
saída dos produtores deve<br />
manter a tendência positiva<br />
registrada no mês de<br />
setembro.<br />
Dados de preços de revenda<br />
publicados pela<br />
Agência Nacional de Petróleo,<br />
Gás Natural e Biocombustíveis<br />
(ANP) para<br />
semana que se encerrou<br />
em 7/10 indicam que nas<br />
cidades correspondentes<br />
a 65% do consumo de<br />
combustíveis nacional, o<br />
etanol hidratado tem<br />
apresentado paridades<br />
atrativas. No estado de<br />
São Paulo esse percentual<br />
atinge 98% do consumo.<br />
A respeito das<br />
vendas de etanol anidro,<br />
o volume comercializado<br />
foi de 927,25 milhões de<br />
litros o que representa<br />
uma variação negativa de<br />
0,84%.<br />
No acumulado da safra<br />
23/24, a comercialização<br />
de etanol soma 15,33 bilhões<br />
de litros, o que representa<br />
um aumento de<br />
2,73%. O hidratado compreende<br />
uma venda no volume<br />
de 8,84 bilhões de<br />
litros (+0,51%), enquanto<br />
o anidro de 6,49 bilhões<br />
(+5,91%).<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 5
AGENDA<br />
CooperKids agita Dia<br />
das Crianças na Cooperval<br />
O Projeto foi vencedor do Prêmio<br />
Master Cana Social na Categoria<br />
Qualidade de Vida<br />
Cerca de 500 crianças,<br />
filhos de funcionários,<br />
participaram no último<br />
dia 07 de outubro,<br />
da CooperKids, tradicional<br />
festa do dia das crianças promovida<br />
pela Cooperval - Cooperativa<br />
Agroindustrial Vale do<br />
Ivaí Ltda., com sede no município<br />
de Jandaia do Sul.<br />
Como em todos os anos, a<br />
festa na Associação da Cooperval<br />
contou com o trabalho<br />
voluntário dos colaboradores<br />
na organização e realização do<br />
evento que teve um dia inteiro<br />
de brincadeiras, atividades recreativas,<br />
cachorro quente, pipoca,<br />
sorvete, algodão doce e<br />
muita diversão e interação.<br />
O Projeto Cooperkids, que promove<br />
a interação dos filhos<br />
dos funcionários com a Cooperativa,<br />
foi vencedor do Prêmio<br />
Master Cana Social na Categoria<br />
Qualidade de Vida. Promovido<br />
pelo GERHAI - Grupo de<br />
Estudos em Recursos Humanos<br />
na Agroindústria em parceria<br />
com a ProCana Brasil, tem<br />
por objetivo incentivar, reconhecer<br />
e premiar práticas de<br />
gestão de pessoas e responsabilidade<br />
socioambiental das<br />
empresas sucroenergéticas do<br />
Brasil, como também das entidades<br />
representativas e das<br />
empresas fornecedoras de produtos<br />
e serviços ao setor, que<br />
contribuam para a promoção<br />
do bem-estar social e do desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
Mais segurança<br />
Brigada de incêndio<br />
Os integrantes da brigada<br />
de prevenção de incêndio<br />
da Cooperval se reúnem<br />
uma vez a cada trimestre.<br />
A brigada foi instituída em<br />
2017 e atualmente é composta<br />
por 34 funcionários<br />
treinados e capacitados<br />
para prestarem os primeiros<br />
atendimentos em caso<br />
de incêndio e outros incidentes,<br />
procurando reduzir<br />
os riscos à vida<br />
humana e minimizar perdas<br />
do patrimônio da empresa,<br />
promovendo um<br />
ambiente de trabalho mais<br />
seguro.<br />
Os membros titulares da<br />
CIPA juntamente com os do<br />
SESMT - Serviço Especializado<br />
em Engenharia de Segurança<br />
e Medicina do<br />
Trabalho da Cooperval se reúnem<br />
uma vez ao mês para<br />
tratar de assuntos sobre a<br />
prevenção de acidentes e<br />
doenças decorrentes do trabalho<br />
de modo a tornar compatível<br />
permanentemente o<br />
trabalho com a preservação<br />
da vida e a promoção da<br />
saúde dos trabalhadores. A<br />
CIPA foi instituída na cooperativa<br />
em 6/8/1986 e atualmente<br />
é composta por 28<br />
membros dentre eles representantes<br />
designados pela<br />
empresa e pelos empregados<br />
sendo 16 titulares e 12<br />
suplentes juntamente com a<br />
equipe do SESMT.<br />
6 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
CAPACITAÇÃO<br />
Jovem Agricultor Aprendiz<br />
forma segunda turma<br />
O programa contou com 19 jovens e foi realizado de 13 de março a 19 de setembro de <strong>2023</strong><br />
Oevento de encerramento<br />
da segunda<br />
turma do Programa<br />
Jovem Agricultor<br />
Aprendiz (JAA), foi realizado<br />
recentemente nas dependências<br />
da Associação da Cooperval<br />
- Cooperativa Agroindustrial<br />
Vale do Ivaí Ltda. O<br />
programa contou com 19 jovens<br />
criteriosamente selecionados,<br />
entre 15 à 17 anos, e<br />
foi realizado de 13 de março a<br />
19 de setembro de <strong>2023</strong>.<br />
Desenvolvido pela Cooperval<br />
em parceria com o Colégio<br />
Rui Barbosa, de Jandaia do<br />
Sul, e o Sistema FAEP/<br />
SENAR-PR, teve como objetivo<br />
proporcionar aos jovens<br />
do meio rural conhecimento e<br />
qualificação de aprendizagem<br />
profissional rural, despertando<br />
o interesse pela área agrícola<br />
e apresentando possibilidades<br />
de trabalho.<br />
O Programa Jovem Agricultor<br />
Aprendiz lançado pelo Sistema<br />
FAEP/SENAR-PR em<br />
2005, surgiu da necessidade<br />
de levar treinamentos de<br />
aprendizagem profissional aos<br />
jovens ligados ao meio rural.<br />
Voltado a adolescentes entre<br />
14 e 18 anos, o programa visa<br />
fixar esses jovens em suas regiões,<br />
dando condições de<br />
aprender mais sobre a importância<br />
da agricultura e da pecuária,<br />
além de despertar o<br />
interesse para participar da<br />
administração da propriedade<br />
familiar, ao mesmo tempo incentivando<br />
a continuidade nos<br />
estudos, demonstrando que<br />
somando conhecimentos poderão<br />
ter boas oportunidades<br />
no campo.<br />
Dia da árvore <strong>2023</strong><br />
No dia 21 de setembro, dia da<br />
árvore, por tradição, a Cooperval<br />
todos os anos realiza<br />
um plantio de árvores. Este<br />
ano o local escolhido foi o<br />
Pico do Amor que fica nas<br />
proximidades da usina, com o<br />
plantio de aproximadamente<br />
150 mudas de espécies nativas<br />
fornecidas pelo IAT.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
7
MEIO AMBIENTE<br />
Semeamos o futuro<br />
Durante a semana do Dia da Árvore,<br />
a Usina Jacarezinho realizou ações<br />
ambientais com a comunidade<br />
Em celebração ao Dia<br />
da Árvore, que ocorre<br />
em 21 de setembro, a<br />
Usina Jacarezinho reafirmou<br />
seu compromisso<br />
com os princípios de Environmental,<br />
Social and Governance<br />
(ESG) ao se unir ao<br />
Instituto Água e Terra do <strong>Paraná</strong><br />
(IAT) para dois dias de<br />
ações ambientais.<br />
Os estudantes e professores<br />
do Colégio Estadual Luiz Setti,<br />
em colaboração com a equipe<br />
da usina, especialistas do<br />
IAT e da Universidade Estadual<br />
do Norte do <strong>Paraná</strong> (UENP),<br />
participaram de uma trilha de<br />
600 metros no Horto Florestal<br />
de Jacarezinho, desvendando<br />
a rica biodiversidade que o<br />
local abriga. Além disso, receberam<br />
folhas de papel semente,<br />
com sementes de<br />
alface, incentivando-os a iniciar<br />
suas próprias hortas caseiras,<br />
promovendo assim a<br />
sustentabilidade em seu cotidiano.<br />
Em outra frente, a Usina Jacarezinho<br />
e o IAT se uniram para<br />
o plantio de mudas de árvores<br />
nativas em uma Área de Preservação<br />
Permanente (APP)<br />
na fazenda Terra Rica. Essa<br />
ação reforçou nosso compromisso<br />
com a conservação<br />
ambiental e o respeito à natureza.<br />
O Grupo Maringá acredita que<br />
o contato direto com a natureza<br />
é fundamental para estimular<br />
o respeito e a preservação<br />
ambiental. Junto com a<br />
comunidade, o grupo está<br />
construindo um futuro mais<br />
sustentável e comprometido<br />
com os pilares do ESG.<br />
4º Encontro Pex<br />
O Grupo Maringá celebrou o<br />
4º Encontro PEx (Programa<br />
de Excelência), com a conclusão<br />
de 28 projetos de melhoria<br />
encerrados nos últimos<br />
dois anos.<br />
Desde 2015, o PEx já concluiu<br />
mais de 100 projetos e desenvolveu<br />
mais de 150 pessoas<br />
em habilidades para inovação<br />
e gestão de projetos. Deste<br />
modo, o Grupo Maringá segue<br />
nutrindo competências<br />
fundamentais para o desenvolvimento<br />
da eficiência e resiliência<br />
dos negócios, bem<br />
como da cultura organizacional<br />
da empresa.<br />
A diretoria do Grupo Maringá<br />
parabenizou todos os<br />
líderes, inclusive os que<br />
foram graduados White Belt<br />
e os que foram premiados<br />
pelos melhores projetos:<br />
Processos Financeiros (Pagamentos<br />
Escriturais) | Pâmela<br />
e Sebastião; Reduzir<br />
Consumo de Cana de 1º<br />
Corte para Muda| Adalberto<br />
e Lucas; e Gestão de Processo<br />
- Sinterização | João<br />
Ricardo.<br />
8 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
LAVOURA<br />
Prêmio IAC de Produtividade<br />
com Modernidade<br />
A Usina Jacarezinho é a<br />
vencedora regional no estado<br />
do <strong>Paraná</strong> na safra 2022/23<br />
AUsina Jacarezinho,<br />
com sede no município<br />
com o mesmo<br />
nome, comemora<br />
com orgulho a conquista do<br />
Prêmio Programa Cana IAC de<br />
Produtividade e Modernidade<br />
– Regional Estado do <strong>Paraná</strong><br />
na Safra 2022/<strong>2023</strong>.<br />
Na primeira edição, a premiação<br />
foi realizada pela Fundação<br />
de Apoio à Pesquisa<br />
Agrícola (Fundag), no Centro<br />
de Cana IAC, em Ribeirão<br />
Preto (SP).<br />
O prêmio e o certificado foram<br />
entregues ao gerente de Operações<br />
Agrícolas, Ricardo Zanata,<br />
ao supervisor de<br />
Planejamento e Desenvolvimento<br />
Agrícola, Adalberto<br />
Alves, ao supervisor de CCT<br />
(Colheita, Carregamento e<br />
Transporte), Clóvis Domingos,<br />
e ao supervisor de Formação<br />
Tratos, Lucas Torrentino.<br />
A conquista, destacaram os<br />
vencedores, é de toda a<br />
equipe. O Grupo Maringá agradece<br />
e parabeniza a todos.<br />
Relatório<br />
Anual<br />
2022<br />
Na Conferência NovaCana<br />
<strong>2023</strong>, o CFO do Grupo<br />
O Grupo Maringá, em seu<br />
compromisso de transparência<br />
com as partes interessadas,<br />
apresentou recentemente o Relatório<br />
Anual de 2022. A empresa<br />
continua alinhada às<br />
diretrizes da Global Reporting<br />
Initiative (GRI), e também assegura<br />
o inventário de carbono.<br />
Neste documento, são compartilhadas<br />
as principais atividades<br />
da empresa e como<br />
são equilibrados os resultados<br />
sociais, econômicos e<br />
ambientais por meio de uma<br />
estratégia sustentável.<br />
Para acessar o Relatório<br />
Anual completo: https://www.<br />
grupomaringa.com.br/relatorio-anual-2022<br />
Conferência Nova<br />
Cana <strong>2023</strong><br />
Maringá, Eduardo Lambiasi,<br />
participou do painel<br />
"Novos caminhos para as<br />
usinas”. O executivo explicou<br />
a Gestão Estratégica<br />
Sustentável da Usina Jacarezinho,<br />
que envolve as<br />
boas práticas operacionais,<br />
financeiras e de governança.<br />
A sexta edição desse<br />
evento do setor sucroenergético<br />
nacional foi realizada<br />
em São Paulo (SP),<br />
com o tema central “O futuro<br />
do etanol está sendo<br />
decidido agora”.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
9
MEIO AMBIENTE<br />
Canaviais contaminam menos do que se pensava<br />
O estudo contribuiu também para determinar o quanto de insumos se perde<br />
após a aplicação, ao quantificar o volume não retido pelo sistema agrícola<br />
Uma pesquisa mostrou<br />
que o potencial de<br />
poluição da cultura da<br />
cana-de-açúcar no<br />
Brasil é substancialmente inferior<br />
ao previamente estimado.<br />
A conclusão é de cientistas de<br />
instituições americanas e brasileiras<br />
que fizeram uma análise<br />
da contaminação de recursos<br />
hídricos por escoamento<br />
proveniente dessa atividade<br />
agrícola. Os pesquisadores<br />
mediram a presença de três<br />
moléculas específicas: uma de<br />
nitrato e duas de herbicidas<br />
conhecidos (diuron e hexazinone).<br />
O estudo lançou nova<br />
perspectiva sobre as taxas de<br />
perda de nitrato e herbicidas no<br />
solo.<br />
Até então o consenso científico,<br />
sobretudo nas cidades de<br />
Jaú e Sales de Oliveira em São<br />
Paulo, região com grande atividade<br />
agrícola, era de que<br />
10% do nitrato e 1% dos herbicidas<br />
seriam perdidos após<br />
sua aplicação. Entretanto, os<br />
testes conduzidos na investigação<br />
revelaram que as perdas<br />
reais de nitrato são de, aproximadamente,<br />
5% metade do<br />
que os padrões empíricos estimavam.<br />
A descoberta evidencia<br />
que as estimativas<br />
convencionais para o nitrato<br />
eram exageradas em quase o<br />
dobro da realidade.<br />
Esse resultado não apenas<br />
questiona as diretrizes existentes,<br />
mas também pode ter implicações<br />
significativas para<br />
práticas agrícolas mais sustentáveis<br />
e eficientes, podendo<br />
contribuir desde políticas públicas<br />
até estratégias individuais<br />
de manejo de solo e uso de insumos.<br />
A avaliação ainda contribuiu<br />
para determinar o<br />
quanto desses insumos se perderam<br />
após a aplicação, ao<br />
quantificar o volume não retido<br />
pelo sistema agrícola.<br />
O cientista Fábio Scarpare da<br />
Washington State University<br />
(WSU) explica que a pesquisa<br />
utilizou um conhecido indicador<br />
ambiental, a pegada hídrica<br />
cinza. Segundo ele, esse parâmetro<br />
é bastante empregado<br />
em estudos da área, pois auxilia<br />
na quantificação do potencial<br />
de contaminação por poluentes<br />
e resulta em dados<br />
mais precisos sobre o impacto<br />
ambiental. "Uma das principais<br />
comprovações do estudo foi,<br />
justamente, que a pegada hídrica<br />
cinza é menor do que se<br />
pensava", diz Scarpare.<br />
O conceito de pegada hídrica<br />
cinza é muito utilizado na pesquisa<br />
moderna. Ela representa<br />
a água necessária para se diluir<br />
poluentes a níveis aceitáveis.<br />
No Brasil, essa pesquisa é particularmente<br />
relevante, já que o<br />
País é o maior produtor mundial<br />
de cana-de-açúcar.<br />
No entanto, os cientistas ressaltam<br />
que não há dados suficientes<br />
que permitam realizar<br />
um comparativo do uso de defensivos<br />
químicos como inseticidas,<br />
fungicidas e acaricidas,<br />
empregados na cultura da<br />
cana-de-açúcar no Brasil. Tampouco<br />
é possível comparar<br />
com outras importantes culturas,<br />
como citros, milho, café e<br />
soja, de for-ma segura. Contudo,<br />
na cana- de-açúcar, as<br />
principais pragas - como a broca,<br />
que é a mais significativa, e<br />
a cigarrinha - são geralmente<br />
controladas por meio de métodos<br />
biológicos. Além disso, as<br />
doenças da cultura costumam<br />
ser combatidas com o melhoramento<br />
de plantas.<br />
Resultados e a busca por precisão<br />
Os técnicos salientam que é<br />
importante notar que os herbicidas<br />
constituem o grupo de<br />
defensivos mais amplamente<br />
utilizado nesta cultura. Entre os<br />
herbicidas mais usados, o diuron<br />
e o hexazinone se destacam,<br />
por isso, mereceram a<br />
atenção dos cientistas.<br />
O pesquisador da Embrapa<br />
Meio Ambiente (SP) Robson<br />
Barizon explica que no estudo<br />
o conceito de pegada hídrica foi<br />
utilizado de maneira comparativa.<br />
O objetivo foi confrontar o<br />
impacto hídrico de um local específico<br />
sob diferentes condições<br />
de manejo. Assim, foram<br />
comparadas tanto as aplicações<br />
de fontes orgânicas com<br />
inorgânicas, quanto diferentes<br />
métodos de manejo, levando<br />
em conta variações nas formas<br />
de aplicação.<br />
Segundo o estudo, os herbicidas<br />
diuron e hexazinone apresentaram<br />
perdas médias de<br />
0,73% e 3,07%, respectivamente.<br />
Scarpare destaca a<br />
complexidade de se medir tais<br />
perdas, salientando que o processo<br />
requer o uso de equipamentos<br />
avançados e de metodologias<br />
rigorosas.<br />
Face a essas dificuldades, muitos<br />
profissionais e pesquisadores<br />
optam por utilizar "frações<br />
empíricas", um tipo de estimativa<br />
padrão de perdas previamente<br />
definida no Manual da<br />
Pegada Hídrica. O pesquisador<br />
alerta, no entanto, que apesar<br />
de serem convenientes, essas<br />
estimativas podem não ser totalmente<br />
precisas.<br />
A necessidade de precisão é<br />
um fator crítico aqui. As "frações<br />
empíricas" podem servir<br />
como um atalho prático, mas<br />
também podem mascarar a<br />
real extensão das perdas, potencialmente<br />
subestimando o<br />
impacto ambiental desses herbicidas.<br />
"Portanto, esse estudo<br />
evidencia a importância de se<br />
investir em métodos de medição<br />
mais precisos para uma<br />
avaliação ambiental mais acurada",<br />
defende o pesquisador.<br />
Barizon ressalta que as descobertas<br />
a respeito dos herbicidas<br />
diuron e hexazinone nessa<br />
pesquisa são específicas e não<br />
devem ser generalizadas para<br />
outras substâncias químicas.<br />
Cada substância, de acordo<br />
com ele, tem suas próprias<br />
complexidades que demandam<br />
análises próprias e detalhadas.<br />
Segundo ele, o estudo serve<br />
como um lembrete crítico sobre<br />
a necessidade de rigor e<br />
precisão em investigações<br />
ambientais. A superestimação<br />
de índices como o de escoamento<br />
pode levar a conclusões<br />
errôneas, o que, por sua vez,<br />
pode incorrer em consequências<br />
significativas quando se<br />
trata de políticas públicas e<br />
práticas sustentáveis.<br />
10<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
DOIS<br />
PONTOS<br />
Crédito de carbono<br />
SAF<br />
A Comissão do Meio Ambiente<br />
do Senado aprovou o<br />
projeto de lei que regulamenta<br />
o mercado de créditos<br />
de carbono - considerado<br />
uma das prioridades do governo<br />
federal para este segundo<br />
semestre. O mercado<br />
de crédito de carbono nada<br />
mais é do que uma forma de<br />
reduzir as emissões na atmosfera,<br />
com o estabelecimento<br />
de metas de redução,<br />
além da possibilidade de<br />
venda da quantidade excedente<br />
no mercado. Como o<br />
mercado ainda não é regulado,<br />
faltam regras que estabeleçam<br />
um preço único e<br />
outros balizadores para este<br />
mercado - questão que deve<br />
ser sanada com a aprovação<br />
do projeto. Com o acordo, as<br />
atividades primárias do<br />
agronegócio ficaram de fora<br />
do mercado regulado,<br />
sendo oficialmente enquadradas<br />
no mercado voluntário<br />
de carbono. Assim, atividades<br />
como a plantação de<br />
cana ou a criação de gado<br />
não são obrigadas a aderir<br />
ao mecanismo e a se submeter<br />
às leis que se tornarão<br />
vigentes com a criação da<br />
regulação.<br />
As aeronaves mais avançadas<br />
da Embraer Phenom 300E e o<br />
Praetor 600 decolaram e pousaram<br />
com sucesso, em teste<br />
do combustível de aviação<br />
100% sustentável (SAF), segundo<br />
comunicado da empresa.<br />
Os voos foram feitos na<br />
planta da Embraer em Melbourne,<br />
na Austrália. A fabricante<br />
brasileira de aviões diz<br />
que o uso do SAF é parte fundamental<br />
de seu compromisso<br />
com sustentabilidade. A produção<br />
atingiu 300 milhões de litros<br />
no mundo em 2022. O número<br />
é o triplo do ano passado.<br />
No entanto, ainda representa<br />
0,1% do total de combustível<br />
usado no mundo pelos aviões.<br />
De etanol<br />
Além de poluir 80% menos que<br />
o querosene, o novo combustível<br />
é fácil de adotar: pode ser usado<br />
nos motores de aviões já existentes,<br />
sem grandes adaptações, e<br />
pode ser misturado ao querosene<br />
em várias proporções.<br />
Companhias de todo o mundo<br />
buscam substituir combustíveis<br />
fósseis pela alternativa renovável.<br />
Apesar da alta procura, o avanço<br />
do SAF é lento por várias razões,<br />
especialmente a dificuldade em<br />
aumentar a produção. O combustível<br />
é feito a partir de óleos<br />
de plantas como palma e mamona,<br />
e de rejeitos orgânicos, incluindo<br />
óleos vegetais descartados.<br />
Montar uma fábrica leva<br />
de três a cinco anos.<br />
Marco Legal<br />
O relator da Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio da<br />
Câmara, deputado João Carlos Bacelar, apresentou um relatório preliminar que propõe<br />
a criação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono. O colegiado prevê a votação<br />
do texto para o dia 24 de outubro. Bacelar propõe a instituição do Programa de Desenvolvimento<br />
do Hidrogênio de Baixo Carbono (PHBC) visando incluir o produto na matriz<br />
energética brasileira, com o aproveitamento racional da infraestrutura existente e o apoio<br />
à pesquisa.<br />
Foz do Amazonas<br />
O presidente da Embraer, Francisco<br />
Gomes Neto, acredita<br />
que o uso do etanol como matéria-prima<br />
para o SAF pode<br />
acelerar a produção local do<br />
produto. Em parceria com a<br />
Raízen, a empresa avalia essa<br />
alternativa que também pode<br />
tornar o SAF brasileiro competitivo<br />
em termos de preços.<br />
Hoje, o novo combustível custa<br />
COP28<br />
entre três e cinco vezes mais<br />
que o querosene de aviação.<br />
No Brasil, o Projeto de Lei para<br />
o programa Combustível do Futuro<br />
apresentado pelo governo<br />
prevê aumento gradual da mistura<br />
de SAF ao querosene de<br />
aviação com o intuito de reduzir<br />
as emissões de gases estufa<br />
do setor entre 1% a 10% de<br />
2027 a 2037.<br />
Apesar das resistências da<br />
área ambiental do governo, o<br />
presidente da Petrobras, Jean<br />
Paul Prates, afirmou que a estatal<br />
espera receber em 2024<br />
licença para perfurar um poço<br />
em busca de petróleo na bacia<br />
da Foz do Amazonas. A empresa<br />
vem fazendo grande<br />
campanha pública para a liberação<br />
da atividade e organizou<br />
evento com o BNDES para<br />
tratar do tema, no contexto do<br />
que o setor de petróleo passou<br />
a chamar de "transição energética<br />
justa". A estatal teve negado<br />
o primeiro pedido para<br />
perfurar no litoral do Amapá,<br />
área ainda não produtora de<br />
petróleo e considerada de<br />
grande sensibilidade ambiental.<br />
A empresa recorreu da negativa,<br />
mas o Ibama ainda não<br />
se manifestou.<br />
A reunião internacional deste<br />
ano para enfrentar a crise climática<br />
terá, pela primeira vez,<br />
uma presença importante de<br />
uma organização que prevê aumento<br />
na demanda por petróleo<br />
até meados do século. A<br />
Opep (Organização dos Países<br />
Exportadores de Petróleo) terá<br />
um pavilhão na COP28, o principal<br />
evento climático das Nações<br />
Unidas, que será realizado<br />
no final de novembro em Dubai.<br />
Houve críticas generalizadas<br />
à presença da indústria do<br />
petróleo na COP28 e à decisão<br />
dos Emirados Árabes Unidos<br />
de nomear Sultan al-Jaber,<br />
chefe da Adnoc (Abu Dhabi<br />
National Oil Company), como<br />
presidente da cúpula do clima.<br />
A Adnoc está trabalhando na<br />
expansão da capacidade de<br />
produção de petróleo bruto<br />
nos Emirados Árabes Unidos,<br />
o terceiro maior produtor da<br />
Opep. O consumo de petróleo<br />
aumentará 16% nas próximas<br />
duas décadas, chegando a 116<br />
milhões de barris por dia em<br />
2045, cerca de 6 milhões a<br />
mais por dia do que o previamente<br />
previsto, afirmou a<br />
Opep em seu Relatório de Perspectivas<br />
Mundiais do Petróleo.<br />
12<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>
A cidade de Estocolmo proibirá<br />
carros movidos à gasolina<br />
e diesel de circularem em locais<br />
importantes do centro da<br />
cidade a partir de 2025, na<br />
tentativa de melhorar a qualidade<br />
do ar e reduzir o ruído do<br />
tráfego. O plano introduz uma<br />
zona ambiental em 20 quarteirões<br />
do centro de Estocolmo,<br />
abrangendo ruas de compras<br />
Biodiesel<br />
O novo calendário para o aumento<br />
da mistura de biodiesel<br />
ao diesel reabriu uma disputa<br />
política entre setores da indústria<br />
afetados pela mudança. Os<br />
fabricantes do combustível feito<br />
à base de plantas ou de animais<br />
defendem a retomada<br />
imediata da evolução no percentual<br />
da mistura definido em<br />
2018 pelo Conselho Nacional<br />
de Política Energética. Se o cronograma<br />
tivesse sido mantido,<br />
o diesel comercializado no Brasil<br />
teria 15% de biodiesel desde<br />
o dia 1º de março deste ano.<br />
Em março, o CNPE aprovou o<br />
aumento de dois pontos percentuais<br />
a partir de abril, quando<br />
a mistura passou a ser de<br />
12% (estava em 10%). O novo<br />
calendário prevê aumentos<br />
anuais até chegar aos 15% em<br />
abril de 2026. As indústrias de<br />
biodiesel - são 59 em 15 estados<br />
- também enfrentam a<br />
ociosidade de suas estruturas.<br />
Quando, em 2018, foi definido<br />
o calendário de mistura, a capacidade<br />
de produção do combustível<br />
foi elevada para até 14<br />
milhões de litros por ano. Com<br />
o percentual de 12%, a demanda<br />
será de 7,2 milhões de litros<br />
e a ociosidade seguirá em 50%.<br />
Estocolmo<br />
Petrobras<br />
de alto padrão e alguns dos<br />
imóveis comerciais mais<br />
caros da Suécia. O Partido<br />
Verde, parte da coalizão governante<br />
do Conselho Municipal<br />
de Estocolmo, composta<br />
por partidos de esquerda e<br />
ambientalistas, espera que a<br />
medida acelere a troca de carros<br />
a combustão por carros<br />
elétricos.<br />
Maior estatal brasileira, a Petrobras<br />
chega aos 70 anos<br />
como uma das maiores produtoras<br />
de petróleo do mundo,<br />
mas com grandes desafios<br />
pela frente, atrasada na<br />
corrida rumo à transição energética<br />
e enfrentando restrições<br />
para expandir suas reservas<br />
de petróleo. Criada em<br />
3 de outubro de 1953 para garantir<br />
o suprimento nacional<br />
de petróleo, a companhia<br />
cumpriu sua missão inicial,<br />
principalmente após a descoberta<br />
do pré-sal há 15 anos,<br />
que elevou o Brasil ao posto<br />
de grande exportador de petróleo,<br />
hoje um dos destaques<br />
da balança comercial do país.<br />
Em 2022, o setor teve superávit<br />
comercial de US$ 20,6<br />
bilhões, o maior desde que o<br />
país passou a exportar mais<br />
do que importar, em 2016. A<br />
dependência externa de combustíveis,<br />
principalmente diesel,<br />
ainda é um problema,<br />
mas compensado pelas exportações<br />
de óleo do pré-sal.<br />
O consumo global de açúcar<br />
em <strong>2023</strong>/24 deverá superar<br />
a produção em 3,2 milhões<br />
de toneladas, de acordo com<br />
a estimativa mais recente da<br />
Após décadas de mudanças<br />
de rota, problemas técnicos e<br />
inaugurações parciais, o traçado<br />
da Ferrovia Norte-Sul<br />
entrou totalmente em operação<br />
e representa uma alternativa<br />
para o transporte de<br />
cargas no país, em especial<br />
de gêneros alimentícios destinados<br />
aos grandes centros<br />
urbanos de consumo no Brasil<br />
e no exterior. Com quase<br />
2.300 quilômetros de extensão,<br />
foi dividida em duas partes.<br />
A primeira, pronta desde<br />
2010, vai de Palmas, no Tocantins,<br />
a Açailândia, no Maranhão,<br />
com um custo de R$<br />
Plano Safra<br />
Segundo participantes do Seminário Agronegócio Lide-Estadão, há um esgotamento<br />
do modelo atual de crédito rural. Apesar do aumento de 27% no total dos recursos<br />
oferecidos pelo Governo Federal para o Plano Safra <strong>2023</strong>/24, totalizando R$ 364,2 bilhões,<br />
a demanda atual por crédito do setor do agronegócio, segundo estimativas do<br />
setor, é quase 120% maior. O que obriga principalmente os pequenos e médios produtores<br />
a buscarem alternativas para viabilizar suas produções. Como o governo supre<br />
45% das necessidades de crédito, os produtores, que antes precisavam usar 20% das<br />
reservas em fluxos de caixa, passaram a utilizar 70%. O que compacta a rentabilidade<br />
do negócio.<br />
Açúcar<br />
Ferrovia Norte – Sul<br />
2,6 bilhões. Já o trecho de Estrela<br />
do Oeste, em São Paulo,<br />
ao Tocantins consumiu cerca<br />
de R$ 11 bilhões. A ferrovia<br />
foi finalizada este ano, depois<br />
que a concessionária Rumo<br />
trading britânica Czarnikow.<br />
Em setembro, a expectativa<br />
era de um déficit bem menor,<br />
de 1,1 milhão de toneladas.<br />
A produção mundial foi estimada<br />
em 175,6 milhões de<br />
toneladas, redução de 2,3<br />
milhões de toneladas em relação<br />
à previsão de setembro.<br />
venceu o leilão e assumiu o<br />
lote em 2019. Com ela, é possível<br />
realizar a primeira viagem<br />
interligada de trem entre<br />
quatro das cinco regiões brasileiras.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />
13
ENERGIA ELÉTRICA<br />
Usinas ampliam em 7%<br />
oferta para rede nacional<br />
De janeiro a julho, setor sucroenergético disponibilizou quase 10 milhões<br />
de MWh, o suficiente para abastecer mais de 5 milhões de residências<br />
Osetor sucroenergético<br />
gerou 9,76 milhões<br />
de MWh de<br />
energia elétrica para<br />
a rede nacional entre janeiro e<br />
julho de <strong>2023</strong>. O montante<br />
seria capaz de atender 20%<br />
do consumo de Portugal por<br />
um ano e equivale a 14% de<br />
toda energia gerada por Itaipu<br />
no ano passado.<br />
A bioenergia gerada nos sete<br />
primeiros meses do ano representa<br />
um crescimento de<br />
7,1% em comparação ao<br />
mesmo período de 2022. Os<br />
dados foram compilados pela<br />
União da Indústria de Canade-Açúcar<br />
e Bioenergia (Unica)<br />
com base nas informações<br />
da Câmara de Comercialização<br />
de Energia Elétrica<br />
(CCEE) e da Agência<br />
Nacional de Energia Elétrica<br />
(ANEEL).<br />
"A cana - bagaço e palha - é a<br />
principal fonte de geração de<br />
energia elétrica com biomassa<br />
no país. Ela representou<br />
71% de toda energia<br />
gerada a partir de biomassa,<br />
que totalizou 13,8 milhões de<br />
MWh entre janeiro e julho<br />
deste ano", afirma Zilmar<br />
Souza, gerente de Bioeletricidade<br />
da UNICA.<br />
Capacidade instalada<br />
Em setembro de <strong>2023</strong>, a capacidade instalada outorgada<br />
e em operação no país é de 197.299 MW.<br />
Desse total, 82,7% é proveniente de origens renováveis.<br />
A biomassa totaliza 17.323 MW da capacidade<br />
instalada, representando 8,8% da matriz<br />
elétrica do Brasil. Sozinha, ela ocupa a quarta posição,<br />
atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.<br />
Em <strong>2023</strong>, a biomassa deve instalar 457 MW, representando<br />
4,3% do total de acréscimo neste ano<br />
na matriz elétrica brasileira (10.730 MW). A expansão<br />
será liderada pela energia eólica e a solar, representando<br />
51,3% e 33,5% do crescimento.<br />
Dos 10.730 MW a serem instalados em <strong>2023</strong>,<br />
quase 91% virão de fontes renováveis, ao mesmo<br />
tempo em que 85% serão de fontes intermitentes<br />
(eólica e solar), já que a fonte biomassa não é considerada<br />
intermitente.<br />
"Quando olhamos para frente, de <strong>2023</strong> a 2026, a<br />
fonte biomassa deverá acrescentar 1.692 MW à<br />
matriz elétrica brasileira, em 31 projetos de outorga<br />
que têm viabilidade alta ou média de entrada em<br />
operação comercial até 2026, significando uma<br />
média anual de 423 MW no período. Trata-se de<br />
uma solução de energia sustentável e segura para<br />
a matriz elétrica, que esperamos seja cada vez<br />
mais bem-vinda e estimulada", conclui Souza.<br />
Nos últimos quinze anos (2008 a 2022), a fonte<br />
biomassa acrescentou, em média, 819 MW novos<br />
a cada ano, totalizando 12.282 MW a mais na matriz<br />
elétrica brasileira, superior à capacidade instalada<br />
atualmente pela Usina Belo Monte (11.233<br />
MW), a maior hidrelétrica 100% brasileira.<br />
14<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>