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Jornal Paraná Outubro 2023

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OPINIÃO<br />

Petrobras: A última a<br />

produzir petróleo no mundo<br />

Brasil quer liderar transição e ser grande produtor e exportador<br />

de energia limpa e renovável. Mas, quer aumentar a produção de petróleo<br />

Por Celso Ming<br />

Há uma grave contradição<br />

e indefinição<br />

no Brasil sobre a estratégia<br />

para realizar<br />

a transição energética que<br />

pode comprometer a vantagem<br />

competitiva que o País<br />

tem.<br />

A Petrobras, agora setentona,<br />

pretende ser a última petroleira<br />

do mundo a produzir petróleo.<br />

É o que tem afirmado - e repetido<br />

- o atual presidente da empresa,<br />

Jean Paul Prates. Não é<br />

voz isolada. O presidente Lula<br />

também parece pensar assim.<br />

A questão não é a de quem<br />

será o último a apagar a luz. Aí<br />

há uma contradição e, também,<br />

falta de estratégia para a<br />

transição energética. O Brasil<br />

quer liderar essa transição e<br />

ser grande produtor e exportador<br />

de energia limpa e renovável.<br />

Mas, ao mesmo tempo,<br />

quer aumentar a produção de<br />

petróleo – esgrimindo para<br />

isso o argumento de que as receitas<br />

do petróleo financiarão<br />

a transição. Mas essa posição<br />

mostra, também, grave indefinição<br />

estratégica, que não se<br />

restringe apenas à área energética.<br />

A falta de horizontes empaca<br />

investimentos na produção de<br />

combustíveis renováveis, em<br />

fabricação de carros elétricos,<br />

na produção de baterias competitivas<br />

e no reequipamento<br />

das cidades aos novos meios<br />

de mobilidade.<br />

As pressões pela adoção de<br />

regimes de urgência não se<br />

dão agora apenas por questões<br />

científicas. Regiões inteiras<br />

do mundo estão pegando<br />

fogo e outras estão ameaçadas<br />

de submersão por enchentes<br />

e tempestades torrenciais.<br />

Esses efeitos cataclísmicos<br />

não geram apenas prejuízos e<br />

enormes despesas fiscais. Geram<br />

pressões geopolíticas para<br />

a adoção imediata de metas<br />

para descarbonização e abolição<br />

do consumo de combustíveis<br />

fósseis. As novas dificuldades<br />

para assinatura do<br />

acordo entre União Europeia e<br />

Mercosul e a cobrança de<br />

ação eficaz contra o desmatamento<br />

são indicações disso.<br />

Falta de rumo nessa matéria<br />

gera consequências. O Brasil<br />

pode ficar ainda mais dependente<br />

do que é de tecnologias<br />

externas. E o atraso na tomada<br />

de providências e na preparação<br />

para os novos tempos<br />

pode gerar novos conflitos sociais.<br />

Brasil pode ficar ainda mais dependente do que<br />

é de tecnologias externas. E o atraso na tomada<br />

de providências e na preparação para os novos<br />

tempos pode gerar novos conflitos sociais<br />

O carro elétrico tende a ser<br />

grande produtor de desemprego.<br />

O automóvel a combustão<br />

contém cerca de 2,4 mil<br />

peças. O elétrico pode não ter<br />

mais de 250. O impacto sobre<br />

os produtores de componentes<br />

será inevitável, como as últimas<br />

greves de trabalhadores<br />

do setor automotivo dos Estados<br />

Unidos estão demonstrando.<br />

E é preciso avaliar<br />

também o impacto sobre a<br />

rede de manutenção. A maioria<br />

das oficinas mecânicas ou<br />

desaparecerá ou terá de ser<br />

transformada em autoelétricas.<br />

É mais gente que será mandada<br />

para o olho da rua, como<br />

hoje acontece com bancários<br />

e comerciários.<br />

Para não ter de apagar incêndios<br />

sociais, o País precisa ser<br />

preparado. O setor privado tem<br />

de saber qual é o cronograma<br />

a cumprir para orientar seus investimentos.<br />

Sem plano de<br />

longo prazo, não há como determinar<br />

essa preparação.<br />

2<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


CENTRO SUL<br />

Venda de etanol hidratado<br />

cresce 18% em setembro<br />

No acumulado da safra 23/24, a moagem atingiu 493,09 milhões,<br />

ante 431,63 milhões de toneladas registradas no ciclo 22/23 - avanço de 14,24%<br />

Amoagem de canade-açúcar<br />

na segunda<br />

quinzena de<br />

setembro registrou<br />

crescimento de 77%, na comparação<br />

com o mesmo período<br />

do ciclo passado. Foram<br />

processadas 44,78 milhões<br />

de toneladas contra 25,3 milhões.<br />

No acumulado da safra<br />

23/24, a moagem atingiu<br />

493,09 milhões, ante 431,63<br />

milhões de toneladas registradas<br />

no mesmo período no<br />

ciclo 22/23 – avanço de<br />

14,24%.<br />

O aumento da moagem registrado<br />

traduz a maior disponibilidade<br />

de matéria-prima do<br />

atual ciclo quando comparado<br />

à safra 2022/23. Em comparação<br />

com os primeiros 15 dias<br />

do mês, a segunda metade de<br />

setembro teve um menor índice<br />

de precipitação pluviométrica<br />

- mas que parece estar se<br />

intensificando nesses dias iniciais<br />

de outubro.<br />

Tal fato contribuiu para melhor<br />

operacionalização da colheita<br />

por parte das unidades produtoras,<br />

que mantiveram ritmo de<br />

moagem que reduziu a defasagem<br />

quando comparado ao<br />

ciclo 2020/21. Naquele ano,<br />

até esta mesma posição, haviam<br />

sido processadas 501,87<br />

milhões de toneladas de cana.<br />

Portanto, há 8 milhões de toneladas<br />

defasadas e que precisarão<br />

ser recuperadas na<br />

hipótese de ultrapassar a marca<br />

de 605 milhões observadas,<br />

pela última vez, no ciclo<br />

supramencionado.<br />

Ao final da segunda quinzena<br />

de setembro permanecem em<br />

operação 260 unidades produtoras<br />

na região Centro-Sul,<br />

sendo 243 unidades com processamento<br />

de cana, oito empresas<br />

que fabricam etanol a<br />

partir do milho e nove usinas<br />

flex. No mesmo período, na<br />

safra 22/23, havia 242 unidades<br />

produtoras em atividade.<br />

No último ciclo, 15 unidades<br />

produtoras haviam encerrado<br />

o período de operação ao final<br />

de setembro devido a menor<br />

disponibilidade de cana.<br />

No que condiz à qualidade da<br />

matéria-prima, o nível de Açúcares<br />

Totais Recuperáveis<br />

(ATR) registrado na segunda<br />

quinzena de setembro foi de<br />

154,25 kg por tonelada de cana-de-açúcar,<br />

contra 155,53 kg<br />

por tonelada na safra 22/23 -<br />

variação negativa de 0,82%. No<br />

acumulado da safra, o indicador<br />

marca o valor de 140,13 kg de<br />

ATR por tonelada (-0,58%).<br />

4 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


Produção de açúcar e etanol<br />

A produção de açúcar na segunda<br />

metade de setembro<br />

totalizou 3,36 milhões de toneladas.<br />

Essa quantidade,<br />

quando comparada àquela registrada<br />

na safra 22/23 de 1,7<br />

milhão de toneladas, representa<br />

aumento de 98,02%. No<br />

acumulado desde 1º de abril,<br />

a fabricação do adoçante totaliza<br />

32,62 milhões de toneladas,<br />

contra 26,35 milhões<br />

de toneladas do ciclo anterior<br />

(+23,77%).<br />

Nos quinze dias finais de setembro,<br />

2,22 bilhões de litros<br />

(55,38%) de etanol foram fabricados<br />

pelas unidades do<br />

Centro-Sul. Do volume total<br />

produzido, o etanol hidratado<br />

alcançou 1,38 bilhão de litros<br />

(+88,69%), enquanto a produção<br />

de etanol anidro totalizou<br />

833,11 milhões de litros<br />

(+20,07%). No acumulado<br />

desde o início do atual ciclo<br />

agrícola até 1° de outubro, a<br />

fabricação do biocombustível<br />

totaliza 23,43 bilhões de litros<br />

(+8,83%), sendo 13,81 bilhões<br />

de etanol hidratado<br />

(+6,56%) e 9,62 bilhões de<br />

anidro (+12,26%).<br />

Da produção total de etanol<br />

registrada na segunda quinzena<br />

de setembro, 11% foram<br />

provenientes do milho,<br />

cuja produção foi de 238,8<br />

milhões de litros neste ano,<br />

contra 172,68 milhões de litros<br />

no mesmo período do<br />

ciclo 22/23 - aumento de<br />

38,29%. No acumulado desde<br />

o início da safra, a produção<br />

de etanol de milho atingiu<br />

2,99 bilhões de litros - avanço<br />

de 44,21% na comparação<br />

com igual período do ano<br />

passado.<br />

Dados da B3 registrados até o<br />

dia 6 de outubro indicam a<br />

emissão de 24,91 milhões de<br />

CBios em <strong>2023</strong>. Até o dia 30<br />

de setembro, prazo final para<br />

cumprimento da meta referente<br />

ao ano de 2022, a parte<br />

obrigada havia aposentado<br />

38,66 milhões de créditos.<br />

Ainda será confirmado, pela<br />

ANP, se houveram distribuidoras<br />

que não atenderam ao<br />

compromisso. No entanto, de<br />

Mercado de CBios<br />

forma agregada, as aposentadorias<br />

do período mostram<br />

um excedente de quase 2 milhões<br />

de CBios em relação a<br />

meta.<br />

A partir de agora o foco se<br />

volta para a meta do ano de<br />

<strong>2023</strong>, cujo prazo para cumprimento<br />

se encerrará em 31 de<br />

março de 2024. Para o ano<br />

em questão, a meta estabelecida<br />

é de 37,47 milhões de<br />

CBios. Tendo isso em mente,<br />

até dia 6 de outubro, a parte<br />

obrigada do programa RenovaBio<br />

havia adquirido cerca de<br />

20,13 milhões de créditos de<br />

descarbonização. Esse valor<br />

considera o estoque de passagem<br />

da parte obrigada em<br />

2021 somada com os créditos<br />

adquiridos em 2022 e<br />

<strong>2023</strong>, até o momento, subtraída<br />

a meta referente ao ano de<br />

2022.<br />

Vendas<br />

de etanol<br />

Em setembro, as vendas<br />

de etanol totalizaram 2,76<br />

bilhões de litros, o que representa<br />

aumento de<br />

3,15% em relação ao<br />

mesmo período da safra<br />

22/23. O volume comercializado<br />

de etanol anidro<br />

no período foi de 1 bilhão<br />

de litros - queda de<br />

12,22% - enquanto o etanol<br />

hidratado registrou<br />

venda de 1,76 bilhão de litros<br />

- crescimento de<br />

14,64%.<br />

No mercado doméstico,<br />

as vendas de etanol hidratado<br />

terminaram setembro<br />

com o maior consumo<br />

mensal em <strong>2023</strong>, totalizando<br />

1,65 bilhão de litros<br />

– variação de 18,45% em<br />

relação ao ano passado. A<br />

depender da relação de<br />

preços observada nos<br />

postos, o movimento de<br />

saída dos produtores deve<br />

manter a tendência positiva<br />

registrada no mês de<br />

setembro.<br />

Dados de preços de revenda<br />

publicados pela<br />

Agência Nacional de Petróleo,<br />

Gás Natural e Biocombustíveis<br />

(ANP) para<br />

semana que se encerrou<br />

em 7/10 indicam que nas<br />

cidades correspondentes<br />

a 65% do consumo de<br />

combustíveis nacional, o<br />

etanol hidratado tem<br />

apresentado paridades<br />

atrativas. No estado de<br />

São Paulo esse percentual<br />

atinge 98% do consumo.<br />

A respeito das<br />

vendas de etanol anidro,<br />

o volume comercializado<br />

foi de 927,25 milhões de<br />

litros o que representa<br />

uma variação negativa de<br />

0,84%.<br />

No acumulado da safra<br />

23/24, a comercialização<br />

de etanol soma 15,33 bilhões<br />

de litros, o que representa<br />

um aumento de<br />

2,73%. O hidratado compreende<br />

uma venda no volume<br />

de 8,84 bilhões de<br />

litros (+0,51%), enquanto<br />

o anidro de 6,49 bilhões<br />

(+5,91%).<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 5


AGENDA<br />

CooperKids agita Dia<br />

das Crianças na Cooperval<br />

O Projeto foi vencedor do Prêmio<br />

Master Cana Social na Categoria<br />

Qualidade de Vida<br />

Cerca de 500 crianças,<br />

filhos de funcionários,<br />

participaram no último<br />

dia 07 de outubro,<br />

da CooperKids, tradicional<br />

festa do dia das crianças promovida<br />

pela Cooperval - Cooperativa<br />

Agroindustrial Vale do<br />

Ivaí Ltda., com sede no município<br />

de Jandaia do Sul.<br />

Como em todos os anos, a<br />

festa na Associação da Cooperval<br />

contou com o trabalho<br />

voluntário dos colaboradores<br />

na organização e realização do<br />

evento que teve um dia inteiro<br />

de brincadeiras, atividades recreativas,<br />

cachorro quente, pipoca,<br />

sorvete, algodão doce e<br />

muita diversão e interação.<br />

O Projeto Cooperkids, que promove<br />

a interação dos filhos<br />

dos funcionários com a Cooperativa,<br />

foi vencedor do Prêmio<br />

Master Cana Social na Categoria<br />

Qualidade de Vida. Promovido<br />

pelo GERHAI - Grupo de<br />

Estudos em Recursos Humanos<br />

na Agroindústria em parceria<br />

com a ProCana Brasil, tem<br />

por objetivo incentivar, reconhecer<br />

e premiar práticas de<br />

gestão de pessoas e responsabilidade<br />

socioambiental das<br />

empresas sucroenergéticas do<br />

Brasil, como também das entidades<br />

representativas e das<br />

empresas fornecedoras de produtos<br />

e serviços ao setor, que<br />

contribuam para a promoção<br />

do bem-estar social e do desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

Mais segurança<br />

Brigada de incêndio<br />

Os integrantes da brigada<br />

de prevenção de incêndio<br />

da Cooperval se reúnem<br />

uma vez a cada trimestre.<br />

A brigada foi instituída em<br />

2017 e atualmente é composta<br />

por 34 funcionários<br />

treinados e capacitados<br />

para prestarem os primeiros<br />

atendimentos em caso<br />

de incêndio e outros incidentes,<br />

procurando reduzir<br />

os riscos à vida<br />

humana e minimizar perdas<br />

do patrimônio da empresa,<br />

promovendo um<br />

ambiente de trabalho mais<br />

seguro.<br />

Os membros titulares da<br />

CIPA juntamente com os do<br />

SESMT - Serviço Especializado<br />

em Engenharia de Segurança<br />

e Medicina do<br />

Trabalho da Cooperval se reúnem<br />

uma vez ao mês para<br />

tratar de assuntos sobre a<br />

prevenção de acidentes e<br />

doenças decorrentes do trabalho<br />

de modo a tornar compatível<br />

permanentemente o<br />

trabalho com a preservação<br />

da vida e a promoção da<br />

saúde dos trabalhadores. A<br />

CIPA foi instituída na cooperativa<br />

em 6/8/1986 e atualmente<br />

é composta por 28<br />

membros dentre eles representantes<br />

designados pela<br />

empresa e pelos empregados<br />

sendo 16 titulares e 12<br />

suplentes juntamente com a<br />

equipe do SESMT.<br />

6 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


CAPACITAÇÃO<br />

Jovem Agricultor Aprendiz<br />

forma segunda turma<br />

O programa contou com 19 jovens e foi realizado de 13 de março a 19 de setembro de <strong>2023</strong><br />

Oevento de encerramento<br />

da segunda<br />

turma do Programa<br />

Jovem Agricultor<br />

Aprendiz (JAA), foi realizado<br />

recentemente nas dependências<br />

da Associação da Cooperval<br />

- Cooperativa Agroindustrial<br />

Vale do Ivaí Ltda. O<br />

programa contou com 19 jovens<br />

criteriosamente selecionados,<br />

entre 15 à 17 anos, e<br />

foi realizado de 13 de março a<br />

19 de setembro de <strong>2023</strong>.<br />

Desenvolvido pela Cooperval<br />

em parceria com o Colégio<br />

Rui Barbosa, de Jandaia do<br />

Sul, e o Sistema FAEP/<br />

SENAR-PR, teve como objetivo<br />

proporcionar aos jovens<br />

do meio rural conhecimento e<br />

qualificação de aprendizagem<br />

profissional rural, despertando<br />

o interesse pela área agrícola<br />

e apresentando possibilidades<br />

de trabalho.<br />

O Programa Jovem Agricultor<br />

Aprendiz lançado pelo Sistema<br />

FAEP/SENAR-PR em<br />

2005, surgiu da necessidade<br />

de levar treinamentos de<br />

aprendizagem profissional aos<br />

jovens ligados ao meio rural.<br />

Voltado a adolescentes entre<br />

14 e 18 anos, o programa visa<br />

fixar esses jovens em suas regiões,<br />

dando condições de<br />

aprender mais sobre a importância<br />

da agricultura e da pecuária,<br />

além de despertar o<br />

interesse para participar da<br />

administração da propriedade<br />

familiar, ao mesmo tempo incentivando<br />

a continuidade nos<br />

estudos, demonstrando que<br />

somando conhecimentos poderão<br />

ter boas oportunidades<br />

no campo.<br />

Dia da árvore <strong>2023</strong><br />

No dia 21 de setembro, dia da<br />

árvore, por tradição, a Cooperval<br />

todos os anos realiza<br />

um plantio de árvores. Este<br />

ano o local escolhido foi o<br />

Pico do Amor que fica nas<br />

proximidades da usina, com o<br />

plantio de aproximadamente<br />

150 mudas de espécies nativas<br />

fornecidas pelo IAT.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

7


MEIO AMBIENTE<br />

Semeamos o futuro<br />

Durante a semana do Dia da Árvore,<br />

a Usina Jacarezinho realizou ações<br />

ambientais com a comunidade<br />

Em celebração ao Dia<br />

da Árvore, que ocorre<br />

em 21 de setembro, a<br />

Usina Jacarezinho reafirmou<br />

seu compromisso<br />

com os princípios de Environmental,<br />

Social and Governance<br />

(ESG) ao se unir ao<br />

Instituto Água e Terra do <strong>Paraná</strong><br />

(IAT) para dois dias de<br />

ações ambientais.<br />

Os estudantes e professores<br />

do Colégio Estadual Luiz Setti,<br />

em colaboração com a equipe<br />

da usina, especialistas do<br />

IAT e da Universidade Estadual<br />

do Norte do <strong>Paraná</strong> (UENP),<br />

participaram de uma trilha de<br />

600 metros no Horto Florestal<br />

de Jacarezinho, desvendando<br />

a rica biodiversidade que o<br />

local abriga. Além disso, receberam<br />

folhas de papel semente,<br />

com sementes de<br />

alface, incentivando-os a iniciar<br />

suas próprias hortas caseiras,<br />

promovendo assim a<br />

sustentabilidade em seu cotidiano.<br />

Em outra frente, a Usina Jacarezinho<br />

e o IAT se uniram para<br />

o plantio de mudas de árvores<br />

nativas em uma Área de Preservação<br />

Permanente (APP)<br />

na fazenda Terra Rica. Essa<br />

ação reforçou nosso compromisso<br />

com a conservação<br />

ambiental e o respeito à natureza.<br />

O Grupo Maringá acredita que<br />

o contato direto com a natureza<br />

é fundamental para estimular<br />

o respeito e a preservação<br />

ambiental. Junto com a<br />

comunidade, o grupo está<br />

construindo um futuro mais<br />

sustentável e comprometido<br />

com os pilares do ESG.<br />

4º Encontro Pex<br />

O Grupo Maringá celebrou o<br />

4º Encontro PEx (Programa<br />

de Excelência), com a conclusão<br />

de 28 projetos de melhoria<br />

encerrados nos últimos<br />

dois anos.<br />

Desde 2015, o PEx já concluiu<br />

mais de 100 projetos e desenvolveu<br />

mais de 150 pessoas<br />

em habilidades para inovação<br />

e gestão de projetos. Deste<br />

modo, o Grupo Maringá segue<br />

nutrindo competências<br />

fundamentais para o desenvolvimento<br />

da eficiência e resiliência<br />

dos negócios, bem<br />

como da cultura organizacional<br />

da empresa.<br />

A diretoria do Grupo Maringá<br />

parabenizou todos os<br />

líderes, inclusive os que<br />

foram graduados White Belt<br />

e os que foram premiados<br />

pelos melhores projetos:<br />

Processos Financeiros (Pagamentos<br />

Escriturais) | Pâmela<br />

e Sebastião; Reduzir<br />

Consumo de Cana de 1º<br />

Corte para Muda| Adalberto<br />

e Lucas; e Gestão de Processo<br />

- Sinterização | João<br />

Ricardo.<br />

8 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


LAVOURA<br />

Prêmio IAC de Produtividade<br />

com Modernidade<br />

A Usina Jacarezinho é a<br />

vencedora regional no estado<br />

do <strong>Paraná</strong> na safra 2022/23<br />

AUsina Jacarezinho,<br />

com sede no município<br />

com o mesmo<br />

nome, comemora<br />

com orgulho a conquista do<br />

Prêmio Programa Cana IAC de<br />

Produtividade e Modernidade<br />

– Regional Estado do <strong>Paraná</strong><br />

na Safra 2022/<strong>2023</strong>.<br />

Na primeira edição, a premiação<br />

foi realizada pela Fundação<br />

de Apoio à Pesquisa<br />

Agrícola (Fundag), no Centro<br />

de Cana IAC, em Ribeirão<br />

Preto (SP).<br />

O prêmio e o certificado foram<br />

entregues ao gerente de Operações<br />

Agrícolas, Ricardo Zanata,<br />

ao supervisor de<br />

Planejamento e Desenvolvimento<br />

Agrícola, Adalberto<br />

Alves, ao supervisor de CCT<br />

(Colheita, Carregamento e<br />

Transporte), Clóvis Domingos,<br />

e ao supervisor de Formação<br />

Tratos, Lucas Torrentino.<br />

A conquista, destacaram os<br />

vencedores, é de toda a<br />

equipe. O Grupo Maringá agradece<br />

e parabeniza a todos.<br />

Relatório<br />

Anual<br />

2022<br />

Na Conferência NovaCana<br />

<strong>2023</strong>, o CFO do Grupo<br />

O Grupo Maringá, em seu<br />

compromisso de transparência<br />

com as partes interessadas,<br />

apresentou recentemente o Relatório<br />

Anual de 2022. A empresa<br />

continua alinhada às<br />

diretrizes da Global Reporting<br />

Initiative (GRI), e também assegura<br />

o inventário de carbono.<br />

Neste documento, são compartilhadas<br />

as principais atividades<br />

da empresa e como<br />

são equilibrados os resultados<br />

sociais, econômicos e<br />

ambientais por meio de uma<br />

estratégia sustentável.<br />

Para acessar o Relatório<br />

Anual completo: https://www.<br />

grupomaringa.com.br/relatorio-anual-2022<br />

Conferência Nova<br />

Cana <strong>2023</strong><br />

Maringá, Eduardo Lambiasi,<br />

participou do painel<br />

"Novos caminhos para as<br />

usinas”. O executivo explicou<br />

a Gestão Estratégica<br />

Sustentável da Usina Jacarezinho,<br />

que envolve as<br />

boas práticas operacionais,<br />

financeiras e de governança.<br />

A sexta edição desse<br />

evento do setor sucroenergético<br />

nacional foi realizada<br />

em São Paulo (SP),<br />

com o tema central “O futuro<br />

do etanol está sendo<br />

decidido agora”.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

9


MEIO AMBIENTE<br />

Canaviais contaminam menos do que se pensava<br />

O estudo contribuiu também para determinar o quanto de insumos se perde<br />

após a aplicação, ao quantificar o volume não retido pelo sistema agrícola<br />

Uma pesquisa mostrou<br />

que o potencial de<br />

poluição da cultura da<br />

cana-de-açúcar no<br />

Brasil é substancialmente inferior<br />

ao previamente estimado.<br />

A conclusão é de cientistas de<br />

instituições americanas e brasileiras<br />

que fizeram uma análise<br />

da contaminação de recursos<br />

hídricos por escoamento<br />

proveniente dessa atividade<br />

agrícola. Os pesquisadores<br />

mediram a presença de três<br />

moléculas específicas: uma de<br />

nitrato e duas de herbicidas<br />

conhecidos (diuron e hexazinone).<br />

O estudo lançou nova<br />

perspectiva sobre as taxas de<br />

perda de nitrato e herbicidas no<br />

solo.<br />

Até então o consenso científico,<br />

sobretudo nas cidades de<br />

Jaú e Sales de Oliveira em São<br />

Paulo, região com grande atividade<br />

agrícola, era de que<br />

10% do nitrato e 1% dos herbicidas<br />

seriam perdidos após<br />

sua aplicação. Entretanto, os<br />

testes conduzidos na investigação<br />

revelaram que as perdas<br />

reais de nitrato são de, aproximadamente,<br />

5% metade do<br />

que os padrões empíricos estimavam.<br />

A descoberta evidencia<br />

que as estimativas<br />

convencionais para o nitrato<br />

eram exageradas em quase o<br />

dobro da realidade.<br />

Esse resultado não apenas<br />

questiona as diretrizes existentes,<br />

mas também pode ter implicações<br />

significativas para<br />

práticas agrícolas mais sustentáveis<br />

e eficientes, podendo<br />

contribuir desde políticas públicas<br />

até estratégias individuais<br />

de manejo de solo e uso de insumos.<br />

A avaliação ainda contribuiu<br />

para determinar o<br />

quanto desses insumos se perderam<br />

após a aplicação, ao<br />

quantificar o volume não retido<br />

pelo sistema agrícola.<br />

O cientista Fábio Scarpare da<br />

Washington State University<br />

(WSU) explica que a pesquisa<br />

utilizou um conhecido indicador<br />

ambiental, a pegada hídrica<br />

cinza. Segundo ele, esse parâmetro<br />

é bastante empregado<br />

em estudos da área, pois auxilia<br />

na quantificação do potencial<br />

de contaminação por poluentes<br />

e resulta em dados<br />

mais precisos sobre o impacto<br />

ambiental. "Uma das principais<br />

comprovações do estudo foi,<br />

justamente, que a pegada hídrica<br />

cinza é menor do que se<br />

pensava", diz Scarpare.<br />

O conceito de pegada hídrica<br />

cinza é muito utilizado na pesquisa<br />

moderna. Ela representa<br />

a água necessária para se diluir<br />

poluentes a níveis aceitáveis.<br />

No Brasil, essa pesquisa é particularmente<br />

relevante, já que o<br />

País é o maior produtor mundial<br />

de cana-de-açúcar.<br />

No entanto, os cientistas ressaltam<br />

que não há dados suficientes<br />

que permitam realizar<br />

um comparativo do uso de defensivos<br />

químicos como inseticidas,<br />

fungicidas e acaricidas,<br />

empregados na cultura da<br />

cana-de-açúcar no Brasil. Tampouco<br />

é possível comparar<br />

com outras importantes culturas,<br />

como citros, milho, café e<br />

soja, de for-ma segura. Contudo,<br />

na cana- de-açúcar, as<br />

principais pragas - como a broca,<br />

que é a mais significativa, e<br />

a cigarrinha - são geralmente<br />

controladas por meio de métodos<br />

biológicos. Além disso, as<br />

doenças da cultura costumam<br />

ser combatidas com o melhoramento<br />

de plantas.<br />

Resultados e a busca por precisão<br />

Os técnicos salientam que é<br />

importante notar que os herbicidas<br />

constituem o grupo de<br />

defensivos mais amplamente<br />

utilizado nesta cultura. Entre os<br />

herbicidas mais usados, o diuron<br />

e o hexazinone se destacam,<br />

por isso, mereceram a<br />

atenção dos cientistas.<br />

O pesquisador da Embrapa<br />

Meio Ambiente (SP) Robson<br />

Barizon explica que no estudo<br />

o conceito de pegada hídrica foi<br />

utilizado de maneira comparativa.<br />

O objetivo foi confrontar o<br />

impacto hídrico de um local específico<br />

sob diferentes condições<br />

de manejo. Assim, foram<br />

comparadas tanto as aplicações<br />

de fontes orgânicas com<br />

inorgânicas, quanto diferentes<br />

métodos de manejo, levando<br />

em conta variações nas formas<br />

de aplicação.<br />

Segundo o estudo, os herbicidas<br />

diuron e hexazinone apresentaram<br />

perdas médias de<br />

0,73% e 3,07%, respectivamente.<br />

Scarpare destaca a<br />

complexidade de se medir tais<br />

perdas, salientando que o processo<br />

requer o uso de equipamentos<br />

avançados e de metodologias<br />

rigorosas.<br />

Face a essas dificuldades, muitos<br />

profissionais e pesquisadores<br />

optam por utilizar "frações<br />

empíricas", um tipo de estimativa<br />

padrão de perdas previamente<br />

definida no Manual da<br />

Pegada Hídrica. O pesquisador<br />

alerta, no entanto, que apesar<br />

de serem convenientes, essas<br />

estimativas podem não ser totalmente<br />

precisas.<br />

A necessidade de precisão é<br />

um fator crítico aqui. As "frações<br />

empíricas" podem servir<br />

como um atalho prático, mas<br />

também podem mascarar a<br />

real extensão das perdas, potencialmente<br />

subestimando o<br />

impacto ambiental desses herbicidas.<br />

"Portanto, esse estudo<br />

evidencia a importância de se<br />

investir em métodos de medição<br />

mais precisos para uma<br />

avaliação ambiental mais acurada",<br />

defende o pesquisador.<br />

Barizon ressalta que as descobertas<br />

a respeito dos herbicidas<br />

diuron e hexazinone nessa<br />

pesquisa são específicas e não<br />

devem ser generalizadas para<br />

outras substâncias químicas.<br />

Cada substância, de acordo<br />

com ele, tem suas próprias<br />

complexidades que demandam<br />

análises próprias e detalhadas.<br />

Segundo ele, o estudo serve<br />

como um lembrete crítico sobre<br />

a necessidade de rigor e<br />

precisão em investigações<br />

ambientais. A superestimação<br />

de índices como o de escoamento<br />

pode levar a conclusões<br />

errôneas, o que, por sua vez,<br />

pode incorrer em consequências<br />

significativas quando se<br />

trata de políticas públicas e<br />

práticas sustentáveis.<br />

10<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


DOIS<br />

PONTOS<br />

Crédito de carbono<br />

SAF<br />

A Comissão do Meio Ambiente<br />

do Senado aprovou o<br />

projeto de lei que regulamenta<br />

o mercado de créditos<br />

de carbono - considerado<br />

uma das prioridades do governo<br />

federal para este segundo<br />

semestre. O mercado<br />

de crédito de carbono nada<br />

mais é do que uma forma de<br />

reduzir as emissões na atmosfera,<br />

com o estabelecimento<br />

de metas de redução,<br />

além da possibilidade de<br />

venda da quantidade excedente<br />

no mercado. Como o<br />

mercado ainda não é regulado,<br />

faltam regras que estabeleçam<br />

um preço único e<br />

outros balizadores para este<br />

mercado - questão que deve<br />

ser sanada com a aprovação<br />

do projeto. Com o acordo, as<br />

atividades primárias do<br />

agronegócio ficaram de fora<br />

do mercado regulado,<br />

sendo oficialmente enquadradas<br />

no mercado voluntário<br />

de carbono. Assim, atividades<br />

como a plantação de<br />

cana ou a criação de gado<br />

não são obrigadas a aderir<br />

ao mecanismo e a se submeter<br />

às leis que se tornarão<br />

vigentes com a criação da<br />

regulação.<br />

As aeronaves mais avançadas<br />

da Embraer Phenom 300E e o<br />

Praetor 600 decolaram e pousaram<br />

com sucesso, em teste<br />

do combustível de aviação<br />

100% sustentável (SAF), segundo<br />

comunicado da empresa.<br />

Os voos foram feitos na<br />

planta da Embraer em Melbourne,<br />

na Austrália. A fabricante<br />

brasileira de aviões diz<br />

que o uso do SAF é parte fundamental<br />

de seu compromisso<br />

com sustentabilidade. A produção<br />

atingiu 300 milhões de litros<br />

no mundo em 2022. O número<br />

é o triplo do ano passado.<br />

No entanto, ainda representa<br />

0,1% do total de combustível<br />

usado no mundo pelos aviões.<br />

De etanol<br />

Além de poluir 80% menos que<br />

o querosene, o novo combustível<br />

é fácil de adotar: pode ser usado<br />

nos motores de aviões já existentes,<br />

sem grandes adaptações, e<br />

pode ser misturado ao querosene<br />

em várias proporções.<br />

Companhias de todo o mundo<br />

buscam substituir combustíveis<br />

fósseis pela alternativa renovável.<br />

Apesar da alta procura, o avanço<br />

do SAF é lento por várias razões,<br />

especialmente a dificuldade em<br />

aumentar a produção. O combustível<br />

é feito a partir de óleos<br />

de plantas como palma e mamona,<br />

e de rejeitos orgânicos, incluindo<br />

óleos vegetais descartados.<br />

Montar uma fábrica leva<br />

de três a cinco anos.<br />

Marco Legal<br />

O relator da Comissão Especial de Transição Energética e Produção de Hidrogênio da<br />

Câmara, deputado João Carlos Bacelar, apresentou um relatório preliminar que propõe<br />

a criação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono. O colegiado prevê a votação<br />

do texto para o dia 24 de outubro. Bacelar propõe a instituição do Programa de Desenvolvimento<br />

do Hidrogênio de Baixo Carbono (PHBC) visando incluir o produto na matriz<br />

energética brasileira, com o aproveitamento racional da infraestrutura existente e o apoio<br />

à pesquisa.<br />

Foz do Amazonas<br />

O presidente da Embraer, Francisco<br />

Gomes Neto, acredita<br />

que o uso do etanol como matéria-prima<br />

para o SAF pode<br />

acelerar a produção local do<br />

produto. Em parceria com a<br />

Raízen, a empresa avalia essa<br />

alternativa que também pode<br />

tornar o SAF brasileiro competitivo<br />

em termos de preços.<br />

Hoje, o novo combustível custa<br />

COP28<br />

entre três e cinco vezes mais<br />

que o querosene de aviação.<br />

No Brasil, o Projeto de Lei para<br />

o programa Combustível do Futuro<br />

apresentado pelo governo<br />

prevê aumento gradual da mistura<br />

de SAF ao querosene de<br />

aviação com o intuito de reduzir<br />

as emissões de gases estufa<br />

do setor entre 1% a 10% de<br />

2027 a 2037.<br />

Apesar das resistências da<br />

área ambiental do governo, o<br />

presidente da Petrobras, Jean<br />

Paul Prates, afirmou que a estatal<br />

espera receber em 2024<br />

licença para perfurar um poço<br />

em busca de petróleo na bacia<br />

da Foz do Amazonas. A empresa<br />

vem fazendo grande<br />

campanha pública para a liberação<br />

da atividade e organizou<br />

evento com o BNDES para<br />

tratar do tema, no contexto do<br />

que o setor de petróleo passou<br />

a chamar de "transição energética<br />

justa". A estatal teve negado<br />

o primeiro pedido para<br />

perfurar no litoral do Amapá,<br />

área ainda não produtora de<br />

petróleo e considerada de<br />

grande sensibilidade ambiental.<br />

A empresa recorreu da negativa,<br />

mas o Ibama ainda não<br />

se manifestou.<br />

A reunião internacional deste<br />

ano para enfrentar a crise climática<br />

terá, pela primeira vez,<br />

uma presença importante de<br />

uma organização que prevê aumento<br />

na demanda por petróleo<br />

até meados do século. A<br />

Opep (Organização dos Países<br />

Exportadores de Petróleo) terá<br />

um pavilhão na COP28, o principal<br />

evento climático das Nações<br />

Unidas, que será realizado<br />

no final de novembro em Dubai.<br />

Houve críticas generalizadas<br />

à presença da indústria do<br />

petróleo na COP28 e à decisão<br />

dos Emirados Árabes Unidos<br />

de nomear Sultan al-Jaber,<br />

chefe da Adnoc (Abu Dhabi<br />

National Oil Company), como<br />

presidente da cúpula do clima.<br />

A Adnoc está trabalhando na<br />

expansão da capacidade de<br />

produção de petróleo bruto<br />

nos Emirados Árabes Unidos,<br />

o terceiro maior produtor da<br />

Opep. O consumo de petróleo<br />

aumentará 16% nas próximas<br />

duas décadas, chegando a 116<br />

milhões de barris por dia em<br />

2045, cerca de 6 milhões a<br />

mais por dia do que o previamente<br />

previsto, afirmou a<br />

Opep em seu Relatório de Perspectivas<br />

Mundiais do Petróleo.<br />

12<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>


A cidade de Estocolmo proibirá<br />

carros movidos à gasolina<br />

e diesel de circularem em locais<br />

importantes do centro da<br />

cidade a partir de 2025, na<br />

tentativa de melhorar a qualidade<br />

do ar e reduzir o ruído do<br />

tráfego. O plano introduz uma<br />

zona ambiental em 20 quarteirões<br />

do centro de Estocolmo,<br />

abrangendo ruas de compras<br />

Biodiesel<br />

O novo calendário para o aumento<br />

da mistura de biodiesel<br />

ao diesel reabriu uma disputa<br />

política entre setores da indústria<br />

afetados pela mudança. Os<br />

fabricantes do combustível feito<br />

à base de plantas ou de animais<br />

defendem a retomada<br />

imediata da evolução no percentual<br />

da mistura definido em<br />

2018 pelo Conselho Nacional<br />

de Política Energética. Se o cronograma<br />

tivesse sido mantido,<br />

o diesel comercializado no Brasil<br />

teria 15% de biodiesel desde<br />

o dia 1º de março deste ano.<br />

Em março, o CNPE aprovou o<br />

aumento de dois pontos percentuais<br />

a partir de abril, quando<br />

a mistura passou a ser de<br />

12% (estava em 10%). O novo<br />

calendário prevê aumentos<br />

anuais até chegar aos 15% em<br />

abril de 2026. As indústrias de<br />

biodiesel - são 59 em 15 estados<br />

- também enfrentam a<br />

ociosidade de suas estruturas.<br />

Quando, em 2018, foi definido<br />

o calendário de mistura, a capacidade<br />

de produção do combustível<br />

foi elevada para até 14<br />

milhões de litros por ano. Com<br />

o percentual de 12%, a demanda<br />

será de 7,2 milhões de litros<br />

e a ociosidade seguirá em 50%.<br />

Estocolmo<br />

Petrobras<br />

de alto padrão e alguns dos<br />

imóveis comerciais mais<br />

caros da Suécia. O Partido<br />

Verde, parte da coalizão governante<br />

do Conselho Municipal<br />

de Estocolmo, composta<br />

por partidos de esquerda e<br />

ambientalistas, espera que a<br />

medida acelere a troca de carros<br />

a combustão por carros<br />

elétricos.<br />

Maior estatal brasileira, a Petrobras<br />

chega aos 70 anos<br />

como uma das maiores produtoras<br />

de petróleo do mundo,<br />

mas com grandes desafios<br />

pela frente, atrasada na<br />

corrida rumo à transição energética<br />

e enfrentando restrições<br />

para expandir suas reservas<br />

de petróleo. Criada em<br />

3 de outubro de 1953 para garantir<br />

o suprimento nacional<br />

de petróleo, a companhia<br />

cumpriu sua missão inicial,<br />

principalmente após a descoberta<br />

do pré-sal há 15 anos,<br />

que elevou o Brasil ao posto<br />

de grande exportador de petróleo,<br />

hoje um dos destaques<br />

da balança comercial do país.<br />

Em 2022, o setor teve superávit<br />

comercial de US$ 20,6<br />

bilhões, o maior desde que o<br />

país passou a exportar mais<br />

do que importar, em 2016. A<br />

dependência externa de combustíveis,<br />

principalmente diesel,<br />

ainda é um problema,<br />

mas compensado pelas exportações<br />

de óleo do pré-sal.<br />

O consumo global de açúcar<br />

em <strong>2023</strong>/24 deverá superar<br />

a produção em 3,2 milhões<br />

de toneladas, de acordo com<br />

a estimativa mais recente da<br />

Após décadas de mudanças<br />

de rota, problemas técnicos e<br />

inaugurações parciais, o traçado<br />

da Ferrovia Norte-Sul<br />

entrou totalmente em operação<br />

e representa uma alternativa<br />

para o transporte de<br />

cargas no país, em especial<br />

de gêneros alimentícios destinados<br />

aos grandes centros<br />

urbanos de consumo no Brasil<br />

e no exterior. Com quase<br />

2.300 quilômetros de extensão,<br />

foi dividida em duas partes.<br />

A primeira, pronta desde<br />

2010, vai de Palmas, no Tocantins,<br />

a Açailândia, no Maranhão,<br />

com um custo de R$<br />

Plano Safra<br />

Segundo participantes do Seminário Agronegócio Lide-Estadão, há um esgotamento<br />

do modelo atual de crédito rural. Apesar do aumento de 27% no total dos recursos<br />

oferecidos pelo Governo Federal para o Plano Safra <strong>2023</strong>/24, totalizando R$ 364,2 bilhões,<br />

a demanda atual por crédito do setor do agronegócio, segundo estimativas do<br />

setor, é quase 120% maior. O que obriga principalmente os pequenos e médios produtores<br />

a buscarem alternativas para viabilizar suas produções. Como o governo supre<br />

45% das necessidades de crédito, os produtores, que antes precisavam usar 20% das<br />

reservas em fluxos de caixa, passaram a utilizar 70%. O que compacta a rentabilidade<br />

do negócio.<br />

Açúcar<br />

Ferrovia Norte – Sul<br />

2,6 bilhões. Já o trecho de Estrela<br />

do Oeste, em São Paulo,<br />

ao Tocantins consumiu cerca<br />

de R$ 11 bilhões. A ferrovia<br />

foi finalizada este ano, depois<br />

que a concessionária Rumo<br />

trading britânica Czarnikow.<br />

Em setembro, a expectativa<br />

era de um déficit bem menor,<br />

de 1,1 milhão de toneladas.<br />

A produção mundial foi estimada<br />

em 175,6 milhões de<br />

toneladas, redução de 2,3<br />

milhões de toneladas em relação<br />

à previsão de setembro.<br />

venceu o leilão e assumiu o<br />

lote em 2019. Com ela, é possível<br />

realizar a primeira viagem<br />

interligada de trem entre<br />

quatro das cinco regiões brasileiras.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong><br />

13


ENERGIA ELÉTRICA<br />

Usinas ampliam em 7%<br />

oferta para rede nacional<br />

De janeiro a julho, setor sucroenergético disponibilizou quase 10 milhões<br />

de MWh, o suficiente para abastecer mais de 5 milhões de residências<br />

Osetor sucroenergético<br />

gerou 9,76 milhões<br />

de MWh de<br />

energia elétrica para<br />

a rede nacional entre janeiro e<br />

julho de <strong>2023</strong>. O montante<br />

seria capaz de atender 20%<br />

do consumo de Portugal por<br />

um ano e equivale a 14% de<br />

toda energia gerada por Itaipu<br />

no ano passado.<br />

A bioenergia gerada nos sete<br />

primeiros meses do ano representa<br />

um crescimento de<br />

7,1% em comparação ao<br />

mesmo período de 2022. Os<br />

dados foram compilados pela<br />

União da Indústria de Canade-Açúcar<br />

e Bioenergia (Unica)<br />

com base nas informações<br />

da Câmara de Comercialização<br />

de Energia Elétrica<br />

(CCEE) e da Agência<br />

Nacional de Energia Elétrica<br />

(ANEEL).<br />

"A cana - bagaço e palha - é a<br />

principal fonte de geração de<br />

energia elétrica com biomassa<br />

no país. Ela representou<br />

71% de toda energia<br />

gerada a partir de biomassa,<br />

que totalizou 13,8 milhões de<br />

MWh entre janeiro e julho<br />

deste ano", afirma Zilmar<br />

Souza, gerente de Bioeletricidade<br />

da UNICA.<br />

Capacidade instalada<br />

Em setembro de <strong>2023</strong>, a capacidade instalada outorgada<br />

e em operação no país é de 197.299 MW.<br />

Desse total, 82,7% é proveniente de origens renováveis.<br />

A biomassa totaliza 17.323 MW da capacidade<br />

instalada, representando 8,8% da matriz<br />

elétrica do Brasil. Sozinha, ela ocupa a quarta posição,<br />

atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural.<br />

Em <strong>2023</strong>, a biomassa deve instalar 457 MW, representando<br />

4,3% do total de acréscimo neste ano<br />

na matriz elétrica brasileira (10.730 MW). A expansão<br />

será liderada pela energia eólica e a solar, representando<br />

51,3% e 33,5% do crescimento.<br />

Dos 10.730 MW a serem instalados em <strong>2023</strong>,<br />

quase 91% virão de fontes renováveis, ao mesmo<br />

tempo em que 85% serão de fontes intermitentes<br />

(eólica e solar), já que a fonte biomassa não é considerada<br />

intermitente.<br />

"Quando olhamos para frente, de <strong>2023</strong> a 2026, a<br />

fonte biomassa deverá acrescentar 1.692 MW à<br />

matriz elétrica brasileira, em 31 projetos de outorga<br />

que têm viabilidade alta ou média de entrada em<br />

operação comercial até 2026, significando uma<br />

média anual de 423 MW no período. Trata-se de<br />

uma solução de energia sustentável e segura para<br />

a matriz elétrica, que esperamos seja cada vez<br />

mais bem-vinda e estimulada", conclui Souza.<br />

Nos últimos quinze anos (2008 a 2022), a fonte<br />

biomassa acrescentou, em média, 819 MW novos<br />

a cada ano, totalizando 12.282 MW a mais na matriz<br />

elétrica brasileira, superior à capacidade instalada<br />

atualmente pela Usina Belo Monte (11.233<br />

MW), a maior hidrelétrica 100% brasileira.<br />

14<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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