8 E 9 DE OUTUBRO DE 2012 Piracicaba - Genética - USP
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29º ENCONTRO SOBRE TEMAS <strong>DE</strong> GENÉTICA E MELHORAMENTO<br />
"Genômica Populacional e <strong>Genética</strong> da Conservação"<br />
principais índices de diversidade se mostraram também variáveis entre as populações,<br />
refletindo a fragilidade em que se encontram a maior parte das populações, mas também<br />
indicando que há populações em situação de menor fragilidade (p. ex., cinco populações<br />
com valores de fˆ não diferente de zero e seis populações com Ĥe superior a 0,15, Tabela<br />
1). Estas últimas apresentam grande potencial como fonte de diversidade e áreas para<br />
coleta de sementes.<br />
Em relação às microrregiões, observa-se também uma variação expressiva para os<br />
principais índices de diversidade (Tabela 1, em negrito). Por exemplo, Chapecó e<br />
Curitibanos são as duas microrregiões com maior diversidade genética, mas também com<br />
grandes diferenças entre as populações amostradas. Estes resultados indicam, novamente,<br />
uma grande heterogeneidade, agora entre as microrregiões. Além disso, chama a atenção<br />
os valores elevados dos índices de fixação para cada uma das microrregiões, geralmente<br />
superiores à média dos valores das populações na respectiva região. Este resultado reflete<br />
a existência de diferenças expressivas entre as populações dentro de cada região,<br />
possivelmente decorrente de processos históricos (e/ou pré-históricos) que ocorreram nesta<br />
escala e reforçam a importância de medidas de conservação em escala regional: criação de<br />
Unidades de Conservação associadas a políticas/ações para ampliação de conectividade<br />
entre remanescentes.<br />
Para a imbuia (Ocotea porosa) (Tabela 2), foram encontrados 51 alelos nos 15 locos<br />
avaliados (Â = 2,25 ± 0,19). A diversidade genética média encontrada para o conjunto de<br />
populações foi alta (P99% = 0,76 ± 0,08; Ĥo = 0,221 ± 0,058; Ĥe = 0,271 ± 0,045),<br />
entretanto o índice de fixação médio também foi alto ( fˆ = 0,188 ± 0,158), sendo maior que<br />
0,2 para sete (53,8%) das 13 populações avaliadas, fato que pode estar associado à<br />
fragmentação e ao reduzido tamanho das populações. Nessas condições, os efeitos de<br />
deriva genética são favorecidos, demonstrando uma fragilidade das populações da espécie.<br />
A divergência genética entre as populações foi alta ( F ˆ st = 0,191) e significativa, reflexo<br />
de um aparente reduzido fluxo gênico da espécie (Bittencourt et al. submetido a). Também<br />
foram identificados alelos exclusivos em duas populações. Estes resultados refletem a<br />
fragilidade em que se encontram a maior parte das populações, mas também indicam que<br />
há populações em situação favorável em termos de conservação (p. ex. três populações<br />
com alta diversidade e índice de fixação não diferente de zero, Tabela 2). Estas últimas<br />
apresentam grande potencial como fonte de diversidade para restauração e áreas de coleta<br />
de sementes.<br />
Em relação às microrregiões, observam-se diferenças importantes entre a microrregião<br />
de Xanxerê e as demais, especialmente em relação ao índice de fixação. Tal resultado está,<br />
em grande parte, associado ao fato de duas das três populações amostradas nesta região<br />
apresentarem índice de fixação não diferente de zero; ambas estão em Unidades de<br />
Conservação (Parque Nacional das Araucárias). Nas demais microrregiões, os resultados<br />
obtidos indicam um padrão semelhante ao da araucária, valendo as mesmas considerações.<br />
Departamento de <strong>Genética</strong>, ESALQ/<strong>USP</strong> - http://www.genetica.esalq.usp.br/29temas/<br />
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