12.01.2013 Views

CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO ... - pucrs

CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO ... - pucrs

CASO CLÍNICO – PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO ... - pucrs

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

ARRITMIAS CARDÍACAS<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: paciente do sexo masculino, 49 anos, branco, engenheiro civil,<br />

natural e procedente de Santa Maria.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: palpitações.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: paciente sabe ser hipertenso leve há 9 anos, fazendo uso de<br />

Telmisartan 40mg associada a Hidroclorotiazida 12,5mg. Há 5 anos, após um problema emocional<br />

importante, começou a apresentar palpitações que apareciam uma a duas vezes por mês e duravam<br />

entre 15 e 30 minutos; a sensação era de batimentos cardíacos rápidos e irregulares.<br />

Na ocasião, procurou um cardiologista em sua cidade que entre outros exames, solicitou ECG de<br />

repouso e de esforço (ambos normais) e Holter de 24 horas que apresentou extra<strong>–</strong>sístoles<br />

supraventriculares freqüentes e extra-sístoles ventriculares raras. Fez também um ECG em um dos<br />

episódios de palpitações.<br />

Há aproximadamente 1 ano, tem a sensação de um ritmo irregular contínuo, que entretanto, não o<br />

impede de praticar esportes (natação 3 vezes por semana). Faz uso de propafenona (450mg/dia),<br />

AAS (200mg/dia) e atenolol (50mg/dia).<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Fumou dos 17 aos 29 anos de idade.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: - Pai com 77 anos, com arritmia.<br />

- Mãe com 78 anos, assintomática<br />

- 3 irmãos (2 com hipertensão)<br />

- Dois filhos normais<br />

EXAME FÍSICO: Bom estado geral aparente, lúcido, orientado, mucosas úmidas e coradas. Peso:<br />

91kg. Altura: 1,80m. Temperatura: 36.4° C, FR: 20mrpm, FC: 110bpm, irregulares PA: 132x76<br />

mmhg. Bulhas normofonéticas. Ausência sopros. Ausculta pulmonar normal. Fígado palpável sob o<br />

rebordo costal. Sem edema. Pulsos periféricos palpáveis.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES: glicose: 90mg/dl; creatinina: 1,1mg/dl; colesterol total: 194;<br />

colesterol HDL: 38mg/dl; triglicerídios: 70mg/dl; ácido úrico: 7,0mg/dl; hemoglobina: 15,9mg/dl;<br />

leucócitos: 5.400; TSH: 1,36; PSA total: 0,38; TGO 22,4 U/I; tempo de protrombina: RNI 0,9.<br />

ECG: anexo<br />

RX de tórax normal<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO <strong>EM</strong> PEQUENOS GRUPOS<br />

1. Que hipótese diagnóstica podem ser formuladas com base na anamnese e no exame físico?<br />

2. Os exames complementares do caso em discussão reforçam o diagnóstico?<br />

3. Quais são os principais sintomas associados às arritmias? Quais os fatores que determinam o tipo<br />

de sintomatologia?<br />

4. Quais são as principais causas de arritmias e quais são os fatores precipitantes das mesmas?<br />

5. Classifique as arritmias.<br />

6. Quais as arritmias que apresentam riscos de morte súbita?<br />

7. Exames complementares a serem solicitados para diagnóstico das arritmias.<br />

8. Qual a conduta terapêutica das diversas arritmias e, em especial, do presente caso?<br />

9. Qual o prognóstico do caso em discussão?<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Fauci AS, Braunwald E, Isselbacher KJE, Wilson JB, Kaseper DH, Hauser SL, Longo DL.<br />

Harrison´Principles of Internal Medicine, 14ª ed. New York, USA: W.B.Saunders Company, 2001.<br />

2. Goldman L& Bennet JC. Cecil Texbook of Medicine, 21ª ed. Philadelfhia, USA: WB Saunders<br />

Company, 2000.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: masculino, 66 anos branco, natural e procedente de Porto<br />

Alegre,aposentado, encaminhado da UTC do HSLPUC-RS para cirurgia de revascularização<br />

miocárdica(CRM).<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dor torácica e falta de ar.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

História da doença atual: refere ser hipertenso, dislipidêmico e tabagista, história prévia de infarto<br />

há 5 anos em tratamento com IECA. assintomático até há 1 semana quando apresentou dor<br />

retroesternal constritiva, em repouso, irradiada para MSE, acompanhada de sudorese e náusea.<br />

procurou emergência do HSL, sendo internado na UTC. O ECG mostrava isquemia em parede<br />

anterior não houve elevação de CK-MB e troponina.<br />

Recebeu tratamento com nitrato, β-bloqueador, antitrombótico e anticoagulante ficando<br />

assintomático por 48 horas quando voltou a apresentar dor torácica. Fez cinecoronariografia que<br />

identificou lesão importante de tronco de coronária E e lesão de 80% na coronária D. fração de<br />

ejeção de VE = 40%. Com base nesses achados foi indicada CRM.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: colecistectomia<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pai teve infarto aos 50 anos e morte súbita 2 anos após.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Peso 80kg, altura 1.65m PA: 130/80 mmHg, FC:60 bpm, FR:20 mrpm, pulsos reduzidos nos MSIS,<br />

ictus palpável não deslocado, presença de B4. Ritmo cardíaco regular. Pulmões com MV reduzido<br />

difusamente.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Exames complementares: glicemia de jejum= 115 mg/dl; creatinina =1.3 mg/dl; colesterol = 280<br />

mg/dl.<br />

ECG : isquemia subepicárdica em parede anterior.<br />

RX de tórax : calcificação na aorta ascendente, sinais de DPOC.<br />

Evolução hospitalar: paciente fez CRM Com circulação extracorpórea colocando ponte mamária para<br />

DA e pontes de safena para CX e para CD.<br />

No POI ficou em ventilação mecânica por 18 horas. 24 horas após o desmame começou a apresentar<br />

escarro purulento abundante e broncoespasmo. RX de tórax mostrou foco de consolidação na base<br />

do pulmão D, assim como atelectasias.gasometria mostrava hipoxemia com retenção de CO2.nesse<br />

momento foi iniciado tratamento com cefepimi 2g ev de 12/12 horas e broncodilatadores. Paciente<br />

ficou no POI por 5 dias, tendo alta para o andar onde permaneceu por mais 7 dias recebendo alta<br />

para casa.<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO <strong>EM</strong> PEQUENOS GRUPOS<br />

1 <strong>–</strong> quais os objetivos da intervençao reabilitacional nas fases precoces<br />

2 <strong>–</strong> critérios de desmame<br />

3 <strong>–</strong> atendimento fisioterápico ao paciente intubado<br />

4 <strong>–</strong> atendimento fisioterápico ao paciente extubado<br />

5 <strong>–</strong> ventilação não invasiva<br />

6 <strong>–</strong> paciente em vm prolongada<br />

7 <strong>–</strong> reabilitação após a alta do POI<br />

8 <strong>–</strong> condicionamento cardiovascular após a alta hospitalar <strong>–</strong> benefícios do exercício<br />

9 <strong>–</strong> medidas preventivas antes da cirurgia cardíaca<br />

REFERÊNCIAS<br />

1 <strong>–</strong> Guaragna e Col. Pós-Operatório em Cirurgia Cardíaca-Editora Guanabara Koogan 2005.<br />

2 <strong>–</strong> Auler Jr,Oliveira e Col. Pós-Operatório de Cirurgia Torácica e Cardiovascular Artmed 2004.<br />

3 - Egan's Fundamentals Of Respiratory Care 7° Ed. Mosby 2000.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

PNEUMONIAS<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 30 anos, branco, casado, comerciário, natural e procedente de Porto<br />

Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: tosse, dor torácica ventilatório-dependente à esquerda e febre<br />

HISTÓRIA DE <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: paciente relata que há 5 dias apresentou quadro de “resfriado”,<br />

com cefaléia, dor de garganta e coriza. Logo após, apresentou febre de 40ºC com dor ventilatório<br />

dependente no hemitórax esquerdo, acompanhada de tosse com expectoração<br />

purulenta.<br />

REVISÃO DE SIST<strong>EM</strong>AS: Respiratório: fumante de 20 cigarros por dia há 12 anos.<br />

Demais sistemas: nada digno de nota.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Pneumonia há 3 anos, tratada ambulatorialmente, com boa<br />

evolução.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: nega história de asma, rinite e tuberculose. Nega também história de câncer<br />

na família.<br />

EXAME FÍSICO: Bom estado geral, lúcido e orientado. Temp. axilar: 38ºC.<br />

Boca, nariz, ouvidos e garganta: sem alterações. Aparelho Respiratório: boa expansão torácica. FR:<br />

26 mprm. Ausculta pulmonar com estertores crepitantes na metade superior do hemitórax esquerdo<br />

com presença de sopro tubário. Aparelho Cardiovascular: ritmo regular, em 2 tempos. FC: 100 bpm.<br />

P.A: 120x 80 mmHg. Abdômen: Ruídos hidroaéreos presentes. Flácido, depressível e indolor à<br />

palpação.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES:<br />

Radiograma de tórax (PA + perfil): consolidação alvéolo-ductal em lobo superior esquerdo com<br />

broncograma aéreo. Hemograma: 18.000 leucócitos com 1800 bastões. Hemossedimentação: 50<br />

mm.<br />

Exame bacteriológico de escarro: Gram: mais de 25 leucócitos por campo e menos de 5 células<br />

epiteliais por campo. Presença de cocos Gram positivos aos pares. Cultura de escarro: ainda sem<br />

resultado.<br />

DISCUSSÃO:<br />

1. Quadros típicos e atípicos de pneumonia.<br />

2. Pneumonia adquirida na comunidade / pneumonia hospitalar.<br />

3. Agentes etiológicos mais freqüentes.<br />

4. Métodos diagnósticos.<br />

5. Critérios de gravidade e de hospitalização.<br />

6. Terapêutica


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

<strong>DO</strong>ENÇAS VASCULARES PERIFÉRICAS<br />

DA<strong>DO</strong>S IDENTIFICAÇÃO: JBC <strong>–</strong> 58 <strong>–</strong> branco, natural de São Sepé, procedente de Porto Alegre,<br />

casado, aposentado.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dor no membro inferior esquerdo ao deambular.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: Refere que há 1 ano começou a apresentar dor na panturrilha<br />

esquerda ao caminhar longas distâncias (± 10 quadras). Dor obrigava a parar de caminhar e cessava<br />

após 3-5 minutos permitindo caminhar novamente a mesma distância. Quando a caminhada era<br />

morro acima a dor aparecia a distâncias mais curtas (± 600 mts). Vinha assim até uma semana<br />

quando de forma súbita a dor começou a aparecer à distância de ± 100 metros, cessando também<br />

em ± 3 a 5 mim. Nega dor de repouso, alteração de cor na extremidade ou diminuição da<br />

temperatura.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Colicistectomia, revascularização miocárdica há 4 anos. Fumante<br />

em tratamento; controle irregular.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pai falecido aos 61 anos de IAM, era também hipertenso e tinha seqüelas de<br />

AVC com 56 anos, mãe viva hipertensa, FILHO ÚNICO.<br />

EXAME FÍSICO: Peso 75 kg, altura 1,68, PA 160/95, FC 88 bpm, FR 18 mrpm. Cicatriz de<br />

esternotomia e de retirada de safena na coxa direita. Ausculta cardíaca sem alterações, ausculta<br />

cervical com sopro sistólico em ambas as carótidas, abdome globoso de difícil palpação, sopro<br />

sistólico ++/4 ao nível da cicatriz umbilical. Pulsos femorais palpáveis, com sopro sistólico na direita.<br />

Pulsos distais a esquerda impalpáveis. A direita palpável mas fracos (++/4 poplíteo, Tibial anterior e<br />

Tibial posterior). Trofismo mantido em ambos os pés com diminuição de pelos no esquerdo. Final de<br />

Doppler presente em ambos os pés com ITB 0,7 à esquerda e 0,9 à direita.<br />

Processo de discussão:<br />

1. Qual sua hipótese diagnóstica / diagnóstico diferencial.<br />

2. Discutir a etiologia<br />

3. Relacionar quadro clínico / achado exame físico.<br />

4. Qual a seqüência de avaliação complementar.<br />

5. Como trata o paciente. Clínico? Cirúrgico?<br />

6. Qual a história natural desta patologia.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

INFECÇÃO URINÁRIA<br />

IDENTIFICAÇÃO: feminina, 22 anos, solteira, branca, natural de S. Maria e procedente de<br />

P. Alegre, estudante universitária.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Ardência miccional.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

A paciente veio ao ProntoSus há 3 dias com queixa de ardência para urinar que iniciou há 2 dias.<br />

Foram coletados exames “de sangue e de urina”, solicitado ecografia e receitado solução de hioscina e<br />

dipirona 30 gotas VO 4 x / dia, se necessário. Melhorou, mas voltou ao ambulatório acompanhada,<br />

hoje, referindo febre, sensação de peso na região supra- púbica e vontade de urinar seguidamente<br />

desde ontem. Tem também dor dolente lombar direita, sem irradiação, que não modifica com posição<br />

adotada pelo corpo. A urina é turva e mal-cheirosa há dias. Nega secreção vaginal. Já apresentou<br />

episódios semelhantes no passado, tendo sido mais seguidos ultimamente. Nega calafrios. Refere<br />

cansaço e fadiga. A acompanhante solicita ao médico informações sobre a natureza da doença, seu<br />

prognóstico e riscos.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Geral: “mal- estar” indefinido.<br />

Gastro-intestinal: inapetência desde ontem. Refere constipação intestinal crônica.<br />

Gênito-urinário: menarca aos 12 anos, menstruações regulares 30/3. Usou anticoncepcional oral até<br />

há 2 anos e suspendeu. Desde então usa gel espermicida e diafragma. Normalmente urina 4 a 5 x/ dia<br />

e não acorda à noite para urinar. Não tem o hábito de urinar após relações sexuais.<br />

Músculo-esquelético: caminhava durante 1 hora diariamente até anteontem.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA<br />

Fez todas as vacinas. Nega doenças comuns da infância. Nega cirurgias. Nega infecções urinárias na<br />

infância. Nega ingestão habitual de bebidas alcoólicas: uma cerveja eventual no fim- de- semana.<br />

Nunca fumou.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR<br />

Pai vivo com 53 anos, com saúde<br />

Mãe viva com 47 anos, com saúde<br />

Tem 1 irmão com 20 anos, com saúde, que apresentou enurese noturna até 8 anos de idade. Nega<br />

HAS, DM, Ca, doenças renais, incluindo urolitíase na família .<br />

HISTÓRIA PSICO-SOCIAL<br />

Mora com os pais em casa própria. Estuda sociologia. Iniciou vida sexual aos 16 anos. Tem namorado.<br />

EXAME FÍSICO: Bom estado geral e de nutrição. Lúcida, coerente e orientada. Corada e hidratada.<br />

PA deitada 110/60mmHg FV 100 bpm Tax 37.2 o C FR 24 mrpm<br />

Altura: 170 cm Peso: 60 kg IMC 20.7<br />

Pele, mucosas, anexos e gânglios: sp<br />

Cabeça e pescoço: sp<br />

Ap. CV: íctus invisível e impalpável. FV 100, BNF RR 2T s/sopros<br />

Pulsos periféricos amplos e simétricos<br />

Ap. Resp. MsVs normalmente distribuídos<br />

Abdômen- inspeção: ndn. Palpação: discreta dor e desconforto à palpação do hipocôndrio e flanco D,<br />

bem como do hipogástrio; sem massas palpáveis, sem sinais de irritação peritoneal. Fígado no<br />

rebordo costal direito. Baço impalpável. Ruídos hidro- aéreos presentes, normais. Giordano à D +.<br />

Sem edema de MsIs.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES: hemograma: Htc 39%, Hgb 13.5g, Leucócitos 9000 c/ 30% de<br />

bastões. Creatinina sérica 0,9 mg/ dL. EQU: prot. 1+, Nitritos +, Estearases leucocitárias +,<br />

sedimento urinário: 40 leucócitos/c, 4 hemácias/c, bacteriúria abundante. Urocultura quantitativa com<br />

antibiograma: E. coli > 10 5 UFC/ mL de urina.


Ecografia: Rim D mede 12,0 cm e Rim E também. Não há dilatação de cavidades coletoras. Os rins<br />

não apresentam alterações parenquimatosas significativas. Bexiga sp.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO: Pequenos grupos em cada sala discutirão as questões enumeradas a seguir,<br />

tentando elaborar uma justificativa para suas respostas.<br />

1. Neste caso apresentado, temos infecção urinária e comprometimento renal?<br />

2. Temos aí uma infecção urinária complicada? O que diferencia infecção urinária complicada de não<br />

complicada?<br />

3. A paciente pertence a grupo de risco para infecção urinária?<br />

4. Cistites são causadas apenas por bactérias?<br />

5. Quais os patógenos mais frequentes causadores de infecção urinária?<br />

6. Qual os diagnósticos diferenciais possíveis para Pielonefrite Aguda?<br />

7. Qual a atitude do médico quanto à solicitação da acompanhante?<br />

8. A contagem de germes na urocultura desta paciente poderia caracterizar bacteriúria significativa?<br />

9. Qual a importância de investigar enurese na infância da paciente e familiares?<br />

10. Há relação entre ITU e sexo ou atividade sexual?<br />

11. Deve-se tratar bacteriúria assintomática?<br />

12. Se repetir estes quadros de infecção urinária a paciente poderá chegar à insuficiência renal terminal e<br />

diálise?<br />

REFERÊNCIAS<br />

STAMM, WE. Infecções do trato urinário e pielonefrite, in Harrison Medicina Interna, pág. 1797-1804,<br />

2006. (Código Biblioteca Famed = 616.026 H322hi v.2)<br />

NORRBY, N. Infecções do trato urinário, in Cecil Tratado de Medicina Interna, 22 st Ed, pág. 2228-<br />

2234. (Código Biblioteca Famed = 616.026 C388Cpa v.2)<br />

OUTRAS:<br />

Nicolle L et al. Uncomplicated urinary tract infection in women. Can Fam Physician 2006;52:612-618.<br />

Mehnert-Kay SA. Diagnosis and management of uncomplicated urinary tract infections. Am Fam<br />

Physician 2005, 72:451-456, 458.<br />

Fihn SD. Acute uncomplicated urinary tract infection in women. New Enlg J Med 2003 349:259-266.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: feminina, 78 anos, branca, aposentada, casada, natural de Rio<br />

Grande, procedente de Porto Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dispnéia e edema de MsIs.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: Paciente portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica de longa<br />

data, com diagnóstico de miocardiopatia dilatada.<br />

Há 5 dias procurou o Serviço de Emergência por apresenta piora da dispnéia.<br />

Hoje apresentando ortopnéia, dispnéia paroxística noturna e edema de MsIs.<br />

Vem em uso de digoxina ½ cp/dia, furosemida 40 mg 1 cp/dia, captopril 25 mg 3 cp/dia e<br />

warfarin ½ comprimido ao dia. Há 7 dias iniciou com carvedilol.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: - Dislipedemia tipo IV<br />

- Diabete melito tipo II<br />

- Hipotireoidismo secundário ao uso de amiodarona<br />

- Infecção urinária de repetição<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Nada consta no prontuário<br />

HISTÓRIA PSICOSOCIAL: Professora aposentada.<br />

EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcida, orientada, mucosas úmidas e coradas<br />

Dispnéica, acianótica, anictérica<br />

Temperatura: 37,2ºc, FR 20 mrpm, FC 80 bpm, TA 160x80 mmHg<br />

Bulhas normofonéticas, ritmo irregular, sem bulhas acessórias, com sopro holo-sistólico em área<br />

mitral, ++/4+, com irradiação para axila<br />

Pulmões com estertores sub-crepitantes em bases<br />

Fígado 3 cm abaixo do RCD, indolor<br />

Edema de MsIs +++/4+<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES:<br />

Glicose: 80 mg/dl, potássio 3,6 mEq/l,<br />

Creatinina: 1,5 mg/dl, tempo de protrombina 19%, RNI 4.13<br />

ECG: Fibrilação atrial, SVE<br />

Rx de tórax: Aumento de volume cardíaco<br />

Diversão cranial da circulação pulmonar<br />

Derrame pleural bilateral<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO <strong>EM</strong> PEQUENOS GRUPOS<br />

1. Que hipóteses diagnósticas podem ser formuladas com base na anamnese.<br />

2. Achados com exames físicos que reforçam o diagnóstico.<br />

3. Edema de MsIs: fisiopatologia com evidência de insuficiência cardíaca.<br />

4. Como a fibrilação atrial pode contribuir para a piora clínica.<br />

5. Classifique de acordo com a NYHA.<br />

6. Patologias clínicas que podem agravar o quadro clínico<br />

7. Exames complementares que orientam o diagnóstico.<br />

8. Qual a conduta terapêutica sugerida.<br />

9. Qual o prognóstico do presente caso?<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Fauci AS, Braunwald, Isselbacher KJE, Wilson JD, Martin JB, Kaseper DH, Hauser SL, Longo DL.<br />

Harrison´s Principles of Internal Medicine, 14ª ed. New York, USA: W.B. Saunders Company,<br />

2001.<br />

2. Goldman L & Bennet JC. Cecil Textbook of Medicine, 21ª ed., Philadelphia, USA: WB Saunders<br />

Company, 2000.<br />

3. Stein JH. Internal Medicine, 5ª ed., St. Louis, USA, Mosby-Year Book Inc., 1998.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

EPIGASTRALGIA<br />

IDENTIFICAÇÃO: masculino, 42 anos, branco, casado, motorista de táxi, natural de Canguçu,<br />

procedente de Porto Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: dor no estômago.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

Paciente vem a mais uma consulta dizendo ser portador de “gastrite” há muitos anos. O quadro<br />

iniciara há cerca de 20 anos. Apresentava dor epigástrica em ardência sem irradiação que costumava<br />

ocorrer algum tempo antes das refeições aliviando quase sempre após; algumas vezes acordava de<br />

madrugada pela dor que era bastante intensa, sentia-se nauseado e com bastante produção de<br />

saliva. Nestas ocasiões um copo de leite morno aliviava-lhe os sintomas. Os períodos de dor<br />

duravam de 8 a 15 dias passando após vários meses com poucos ou sem sintomas. Algum tempo<br />

atrás teve episódio de fezes pretas moles, com cheiro intenso após ter tomado por alguns dias<br />

remédio para a coluna. Desta vez, consulta referindo que os sintomas estão com características<br />

diferentes das outras vezes. A dor tem aspecto de cólica na área do estômago, a ingesta de<br />

alimentos aumentava os sintomas e em conseqüência começou a comer menos o que lhe dava<br />

sensação de fraqueza e dificuldade em manter o mesmo número de horas de trabalho. Algumas<br />

vezes acordou de manhã com náuseas e vomitou restos de alimentos junto a grande quantidade de<br />

líquido azedo. Diz ter feito algumas consultas na Rede Pública e quase sempre recebia o diagnóstico<br />

de “gastrite nervosa”; era medicado com antiácido ou cimetidina com alívio temporário dos<br />

sintomas. Em uma ocasião realizou um Rx que “não deu nada”.<br />

Vem à consulta tendo ingerido apenas líquido, cerca de 4 horas antes, pois achava que poderia fazer<br />

um exame mais aprofundado do estômago na consulta.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Dores nas costas que era atribuída a atividade profissional, para isso usava remédios sob orientação<br />

do balconista da farmácia ou de colegas de profissão. Dor de cabeça que era atribuída a pressão<br />

alta. Foi aconselhado a diminuir de peso e manter atividade física regular. Nervosismo: consideravase<br />

muito tenso, preocupado com a baixa remuneração e riscos da profissão. Trabalha 12 horas por<br />

dia. Receia não mais poder trabalhar pela doença e manter suas responsabilidades familiares.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: doenças próprias da infância, herniorrafia inguinal há 20 anos.<br />

HÁBITOS: tabagismo <strong>–</strong> 20 cigarros por dia; álcool <strong>–</strong> nos finais de semana, por vezes em grande<br />

quantidade; chimarrão e café com freqüência.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: mãe obesa e hipertensa; pai faleceu aos 72 anos por problema de<br />

estômago; irmão hipertenso, obeso, sofre de pirose; esposa e 3 filhos sem problemas clínicos ou<br />

psicológicos significativos.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Bom estado geral, 86kg, 174cm, lúcido, mucosas coradas. Fc 84bpm,<br />

PA 170/90mmHg, FR 16 mpm. Tax. 36,6ºC<br />

Gânglios: palpáveis na região inguinal, pequenos elásticos e móveis.<br />

Não apresenta gânglios cervicais ou supra claviculares.<br />

Tórax: ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações.<br />

Abdômen: globoso, cicatriz de herniorrafia, timpanismo aumentado no epigástrio e hip.D. Fígado<br />

palpável a nível do rebordo costal, bordo fino, liso. Baço não palpável. Ruídos hidro-aéreos normais.<br />

À asculta do epigástrio ruído de vasculejo quando o paciente se movimenta ou ao se comprimir<br />

rapidamente o epigástrio.<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> PROPOSTO<br />

1. Quais as hipóteses diagnósticas que podem ser formuladas somente pela anamnese?<br />

2. Existem dados na história clínica que podem indicar diferenças entre lesão orgânica e<br />

distúrbio funcional? Quais?


3. É justificável o diagnóstico de gastrite como entidade clínica para os sintomas apresentados?<br />

4. Como entender a modificação no padrão de dor na patologia apresentada pelo paciente?<br />

5. Existe relação do quadro clínico com os medicamentos utilizados, hábitos e “preocupações”?<br />

Quais?<br />

6. Todos os sintomas e sinais estão relacionados com a mesma patologia? Por quê?<br />

7. Os dados obtidos pela história e pelo exame físico permitem orientação terapêutica como foi<br />

feito? Qual seria a melhor orientação?<br />

8. Como estabelecer a investigação? Como valorizar os métodos? Por que usá-los?<br />

9. Qual a terapia (medicamentosa, dietética, comportamental, cirúrgica) mais adequada ao<br />

paciente do caso apresentado?<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

GOLDMAN, et al. Cecil Medicine. 23th. Ed. Philadelphia : W. B. Saunders, 2008.<br />

Cap. 141 p. 1009-1013; Cap. 142 p. 1013-1018.<br />

<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

<strong>DO</strong>ENÇA VALVULAR<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: LB, 74 anos, branca, natural de Bagé, procedente de Porto Alegre,<br />

casada, aposentada, encaminhada pelo ambulatório de valvulopatias do Hospital São Lucas.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dor torácica e falta de ar.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: Refere ser hipertensa, dislipidêmica e diabética de longa data em<br />

tratamento irregular com IECA, diurético, estatina e hipoglicemiante oral. Há 2 anos começou a<br />

apresentar dor pré-cordial constritiva aos grandes esforços. Examinada por médico clínico do posto de<br />

saúde perto da sua casa, o mesmo detectou a presença de sopro sistólico de ejeção na região anterior<br />

do tórax sendo, então, encaminhada para o ambulatório do Hospital São Lucas para investigação. Na 1°<br />

consulta neste hospital, relatou que há 3 meses vinha apresentando dispnéia aos médios esforços.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Hepatite, Colecistectomia.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pai era hipertenso, faleceu após AVC aos 70 anos, mãe faleceu devido a<br />

neoplasia de pâncreas aos 60 anos.<br />

EXAME FÍSICO: peso 75 kg, altura 1,65m, pa: 150/95mmHg FC: 96 bpm, FR: 24mrpm, pulsos radial<br />

e carotídeo com amplitude reduzida(pequeno e tardio), ictus palpável, um pouco deslocado<br />

lateralmente, impulsivo e sustentado, presença de frêmito sistólico na base do coração. Ausculta<br />

cardíaca: sopro sistólico de ejeção com intensidade aumentada perto da 2°bulha que parece<br />

hiperfonética, no ápice percebe-se uma B4, o ritmo é regular, abdômen sp, extremidades: pulsos<br />

palpáveis e simétricos.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES: Glicemia de jejum <strong>–</strong> 130mg/dl, creatinina <strong>–</strong> 1.2 mg/dl, sódio 140mEq/L,<br />

potássio 3.9 mEq/L<br />

Eletrocardiograma <strong>–</strong> ritmo sinusal, sinais de HVE<br />

Rx de tórax <strong>–</strong> Coração de volume levemente aumentado, aorta dilatada em sua porção ascendente.<br />

calcificação na região da válvula aórtica, na projeção lateral.<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO:<br />

1 <strong>–</strong> Qual a doença valvar desta paciente?<br />

2 <strong>–</strong> Discutir a etiologia<br />

3 <strong>–</strong> Enfatizar a fisiopatologia e relacionar com o quadro clínico<br />

4 - Qual a importância do ecocardiograma e do cateterismo cardíaco?


5 <strong>–</strong> Em que consiste o tratamento clínico?<br />

6 <strong>–</strong> Qual a história natural desta valvulopatia?<br />

7 <strong>–</strong> Indicação cirúrgica e tipo de prótese<br />

REFERÊNCIAS<br />

Braunwald E. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine <strong>–</strong> Cardiopatia Valvar, New York, McGraw-Hill<br />

Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1421-1434, 2002.<br />

<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

OBESIDADE, HIPERTENSÃO ARTERIAL E ALTERAÇÃO GLICÊMICA<br />

IDENTIFICAÇÃO <strong>–</strong> feminina, 42 anos, preta, natural e residente em Porto Alegre, casada,<br />

empregada doméstica, encaminhada por seu médico generalista.<br />

QUEIXA PRINCIPAL <strong>–</strong> glicemia alterada<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL - Paciente com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) diagnosticada<br />

aos 38 anos de idade, durante sua 4ª gestação, na qual também apresentou “diabetes de gravidez”.<br />

Realiza tratamento irregular para HAS com Hidroclorotiazida 50 mg/dia e Propranolol 80mg 8/8h,<br />

desde sua última gravidez, mantendo níveis de PA geralmente acima de 150/100 mm Hg, segundo<br />

relatório de seu médico.<br />

Há 60 dias, realizou glicemia de jejum: 186 mg/dl, a qual foi repetida há 30 dias, obtendo o<br />

resultado de 194 mg/dl. Não sabia ser diabética até então, porém, há 3 anos, lembra que outro<br />

médico dissera-lhe que “tinha uma glicose no sangue um pouco alterada” (150 mg/dl) e que o<br />

mesmo lhe orientara para “perder um pouco de peso para evitar de ficar diabética”. Refere não ter<br />

seguido a orientação fornecida por esse profissional por não ter condições econômicas para comprar<br />

“alimentos especiais”.<br />

REVISÃO DE SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Geral <strong>–</strong> sempre teve excesso de peso. Ao casar, há 20 anos, pesava 75 kg. Aumento de peso<br />

superior a 20 Kg em todas as gestações. Peso estável entre 85 e 90 kg nos últimos 2 anos, pelo<br />

menos.<br />

Pele <strong>–</strong> “rachaduras” entre os dedos das mãos, recorrente, que atribui ao uso de sabão e detergentes.<br />

Cabeça <strong>–</strong> cefaléia freqüente, de localização ocipital, que atribui à “pressão alta”.<br />

Olhos <strong>–</strong> não usa lentes. Refere visão turva há pelo menos 6 meses. Refere enxergar “pontos<br />

luminoso” e “faíscas” freqüentemente.<br />

Ouvidos <strong>–</strong> zumbidos, sensação de tonturas ao levantar-se rapidamente.<br />

Nariz e seios para-nasais: epistaxis esporádicas, que atribui “à pressão sempre descontrolada”.<br />

Boca e garganta <strong>–</strong> afrouxamento de peças dentárias nos últimos 3 meses.<br />

Cardiovascular <strong>–</strong> “cansaço” aos grandes esforços, como caminhar em lombadas e subir escadas.<br />

Nega dor torácica.<br />

Respiratório <strong>–</strong> tosse crônica, produtiva, geralmente com secreção hialina.<br />

Gastrointestinal <strong>–</strong> hábito intestinal regular, 1x/dia, fezes de aspecto normal.<br />

Urinário <strong>–</strong> há seis meses, passou acordar 2 vezes à noite para urinar (até então, no máximo, uma<br />

vez por noite, ocasionalmente), que atribui ao uso do diurético. Não notou aumento da freqüência<br />

ou volume urinários durante o dia. Refere “urina de cheiro forte e espumosa” nos últimos 3 meses.<br />

Genital <strong>–</strong> menarca aos 11 anos, ciclos menstruais regulares, 30/05 dias, fluxo normal. 4 gestações, 4<br />

partos normais, 3 a termo e o último com 37 semanas de gestação. Nesta última gestação, há<br />

quatro anos, refere ter sido diagnosticado ”pressão alta” e “diabetes de gravidez”, tendo recebido<br />

orientação dietética (nega uso de insulina durante a gestação) e sido prescrito Metil-Dopa 500mg<br />

8/8 h. Peso dos fetos ao nascimento: 2,500 kg, 2,600 kg, 4,200 kg e 5,200 kg.<br />

Tem prurido vulvar recorrente nos últimos 3 meses, que foi atribuído ao uso da “pílula” e que<br />

melhora com a aplicação tópica de creme de Nistatina.<br />

Músculo <strong>–</strong> esquelético <strong>–</strong> cãibras em panturrilhas, principalmente à noite, mais freqüentemente nos<br />

últimos 3 meses, que o seu médico atribuiu ao uso do diurético (sic), tendo-lhe sido solicitado que<br />

usasse dois copos de suco de laranja por dia ou três bananas por dia ou uma garrafa de Coca-Cola<br />

(300 ml) por dia.


Neurológico <strong>–</strong> sensação de formigamento nos artelhos, fugazes, que foi atribuída pelo seu médico ao<br />

uso de diurético.<br />

Endócrino <strong>–</strong> nega sintomas sugestivos de hiperglicemia, exceto aumento da freqüência da noctúria<br />

nos últimos 6 meses.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA <strong>–</strong> Sarampo e varicela da infância, sem complicações.<br />

Imunizações <strong>–</strong> não lembra.<br />

Hepatite viral aguda aos 30 anos de idade.<br />

Apendicectomia aos 12 anos de idade.<br />

Medicações em uso <strong>–</strong> Hidroclorotiazida 50 mg/dia; Propanolol 80 mg 8/8 h; anticoncepcional oral<br />

(Diane 35). Refere uso irregular dos medicamentos para HAS, fazendo uso geralmente quando tem<br />

tonturas ou cefaléia. Justifica dizendo que “freqüentemente, a farmácia do posto não tem os<br />

remédios que ela usa.”<br />

Hábitos <strong>–</strong> sedentária ( “não tem tempo para praticar exercícios”); nunca se preocupou com o peso<br />

(“é gorda de família e come de tudo”). Usa cerveja dada por seu patrão com freqüência (“pelo<br />

menos 3 vezes por semana”) e fuma cigarros há mais de 20 anos, em média 30 cigarros por dia.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR <strong>–</strong> Pai falecido aos 52 anos, por “enfarte”. Mãe viva, 65 anos, com diabetes e<br />

“pressão alta”, com seqüela de “derrame”. Três irmãs, mais velhas, todas com diabetes e “pressão<br />

alta”. Vários casos de diabetes na família materna. Vários casos de HAS na família paterna e<br />

materna.<br />

HISTÓRIA PSICO-SOCIAL <strong>–</strong> Marido com 48 anos, desempregado, “vive de biscates”, filhos com<br />

boa saúde, seu grau de instrução é 1º grau incompleto, sempre trabalhou como empregada<br />

doméstica, desde os 18 anos, e recreação não tem (“ é coisa para ricos”).<br />

IMPRESSÃO DA PACIENTE <strong>–</strong> Desconhece a importância de seus problemas de saúde (HAS, DM,<br />

obesidade) e a relação entre eles. Acha que “não são problemas sérios, porque muita gente tem os<br />

mesmos problemas e a maioria não trata regularmente “<br />

EXAME FÍSICO <strong>–</strong> Altura: 1,64 m, peso: 88,5 kg, IMC <strong>–</strong> 32,89, Circunferência abdominal: 102 cm,<br />

Tax <strong>–</strong> 36,2 ºC, PR <strong>–</strong> 74 ppm, FC <strong>–</strong> 76 bpm, FR <strong>–</strong> 20 mpm, PA <strong>–</strong> 170/110 mm Hg, sentada, 175/115<br />

mm Hg, deitada, 160/110 mm Hg, em pé ( 5 min).<br />

Aspecto geral <strong>–</strong> obesa, com distribuição centrípeta da gordura, especialmente ventral. Pele <strong>–</strong><br />

Intertrigo blastomicético nos 2ºs e 3ºs espaços interdigitais, em ambas as mãos.<br />

Anexos da pele <strong>–</strong> onicólise em várias unhas das mãos e pés.<br />

Olhos <strong>–</strong> diminuição da acuidade visual para longe. Fundoscopia: estreitamento arteriolar<br />

generalizado; entrecruzamentos patológicos de 1º e 2º graus; microaneurismas longe da mácula.<br />

Boca e orofaringe <strong>–</strong> ausência de várias peças dentárias (molares e pré-molares); incisivos centrais<br />

inferiores e superiores frouxos.<br />

Pescoço <strong>–</strong> tireóide impalpável. Sem sopro carotídeo, bilateralmente.<br />

Tórax <strong>–</strong> mamas sem alterações.<br />

Aparelho respiratório sem alterações.<br />

Aparelho cardiovascular <strong>–</strong> ictus invisível, palpável, propulsivo, para fora da linha hemiclavicular<br />

esquerda. Ritmo regular, dois tempos, 72 bpm, com sopro sistólico 1+/4 em foco mitral, sem<br />

irradiação.<br />

Abdômen <strong>–</strong> globoso; sem alterações detectáveis ao exame.<br />

Membros inferiores <strong>–</strong> edema 1+/4, bilateral. Varizes em ambos os MsIs. Pulsos arteriais palpáveis,<br />

simétricos, 2+/4. Exame do monofilamento de 10g: normal.<br />

Demais sistemas sem alterações.<br />

A paciente traz consigo os seguintes exames, recentes, solicitados por seu médico generalista:<br />

Hemograma: Ht <strong>–</strong> 46%, Hb <strong>–</strong> 15,0 g%, Eritrócitos <strong>–</strong> 5 milhões/mm3, Leucócitos <strong>–</strong> 5.500mm 3 , com<br />

diferencial normal.<br />

EQU: d= 1.014, pH 6,0, glicosúria ++, algumas hifas.<br />

Colesterol Total - 264 mg/dl.<br />

Colesterol HDL <strong>–</strong> 28 mg/dl.


Triglicerídeos <strong>–</strong> 320 mg/dl.<br />

Ácido úrico plasmático: 7,5 mg/dl.<br />

Creatinina sérica <strong>–</strong> 1,0 mg/dl.<br />

Potássio sérico <strong>–</strong> 3,0 mEq/l.<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO<br />

1. Quais os fatores de risco para o desenvolvimento da alteração glicêmica apresentada pelo<br />

paciente, considerando os dados de história clínica, exame físico e exames laboratoriais?<br />

2. O agrupamento das patologias apresentadas por esta paciente leva a pensar na possibilidade de<br />

alguma síndrome? Por quê?<br />

3. Qual a importância de usar o monofilamento de 10g no exame físico?<br />

4. Qual a importância da medida da circunferência abdominal?<br />

5. Com os exames disponíveis como você classificaria a alteração glicêmica apresentada pela<br />

paciente?<br />

6. Definir as metas de tratamento para esta paciente em relação aos seguintes parâmentros: IMC,<br />

pressão arterial, glicemia de jejum e 2hs pós-prandial, Hemoglobina glicosilada e lipídios séricos.<br />

7. Entre os grupos de fármacos disponíveis para tratamento desta alteração glicêmica, qual você<br />

indicaria? Por quê?<br />

8. Quais drogas você utilizaria para tratamento das comorbidades associadas neste caso? Justifique<br />

cada uma das indicações.<br />

REFERÊNCIAS<br />

1. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 16 th ed. McGraw-Hill, New York, 2005.<br />

2. Endocrinologia Clínica. Lúcio Vilar. 3ª ed.. Medsi, Guanabara Koogan, 2006.<br />

3. Cecil. Textbooks of Medicine. 22 th .WB Saunders, Elsevier, 2004.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: 56 anos, masculino, branco.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dor retroesternal.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

Veio à emergência muito assustado, referindo que há cerca de 06 meses passou a apresentar<br />

episódios esporádicos de dor retroesternal em aperto, de moderada intensidade, que costumavam<br />

surgir à noite, com duração variando desde alguns segundos até algumas horas. Há cerca de 01h<br />

havia tido um episódio de dor retroesternal muito intensa, em aperto, sem irradiação, sendo<br />

socorrido pelo seu avô, o qual é portador de cardiopatia isquêmica, e que lhe administrou um<br />

comprimido de Isordil (dinitrato de isossorbida) de 5 mg sublingual. Obteve alívio do quadro cerca de<br />

15 minutos após ter sido medicado.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA<br />

Refere episódios freqüentes de pirose, os quais costumavam ocorrer à noite, principalmente quando<br />

se deitava, logo após a refeição, para assistir televisão.<br />

Referia não praticar atividades físicas regulares, no entanto, subia até 04 andares de escada várias<br />

vezes ao dia sem sintomas.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR<br />

Negava HAS, diabetes mellitus, dislipidemia, ou tabagismo.<br />

Seu pai era portador de diabetes mellitus e HAS, tendo morrido por infarto agudo do miocárdio aos<br />

70 anos. Demais familiares eram hígidos.<br />

EXAME FÍSICO<br />

BEG, LOC, MUC, hidratado, eupnéico<br />

AR: Murmúrios vesiculares uniformemente distribuídos, sem ruídos adventícios.<br />

ACV: Bulhas normofonéticas, ritmo regular, 2 tempos, FC=102 bpm,<br />

PA= 140/80mmHg. Ictus cordis não visível ou palpável.<br />

Sem turgêngia jugular. Sem dor à compressão ântero-posterior ou látero-lateral do tórax.<br />

Abdome: RHA (+), flácido, sem dor ou visceromegalias à palpação.<br />

Extremidades: Desinfiltradas, pulsos periféricos amplos e simétricos.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Realizou eletrocardiograma de repouso, apresentava alterado, apresentando infra-desnivelamento do<br />

segmento st na parede anterior<br />

Glicemia: 112 mg/dl, Creatinina: 0,9, Potássio: 4,5 mEq/l Colesterol total 268 mg/dl, HDL colesterol:<br />

30 mg/dl, Triglicerídeos: 250 mg/dl. Hemograma e EQU normais<br />

Troponina:1<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO <strong>EM</strong> PEQUENOS GRUPOS<br />

1. Qual é o diagnóstico compatível com o quadro descrito?<br />

2. Você acha que cardiopatia isquêmica seria uma hipótese provável para o quadro? Justifique.<br />

3. Qual seria a explicação para a dor desaparecer com o uso de dinitrato de isossorbida sublingual?<br />

4. Qual seria a sua orientação para o manejo deste paciente?<br />

CONSENSO <strong>EM</strong> GRANDE GRUPO<br />

- Aspectos fisiopatológicos da SCA<br />

- Caracterização clínica da SCA<br />

- Abordagem diagnóstica<br />

- Rotina de investigação<br />

- Orientação terapêutica<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

Selwin AP, Braunwald E. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine <strong>–</strong> Cardiopatia Isquêmica, New<br />

York, McGraw-Hill Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1480-1495,2002.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

<strong>DO</strong>ENÇA ARTERIAL CORONARIANA<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: masculino, 56 anos, branco, casado, natural e residente em Porto<br />

Alegre, funcionário público, vem à consulta no Ambulatório do HSL encaminhado do Posto de Saúde.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Dor no Peito<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

Refere que há 1 ano observou o aparecimento de desconforto retroesternal após grandes esforços,<br />

como jogar futebol, o que faz eventualmente nos finais de semana. Nos últimos meses, tal<br />

desconforto também se manifesta após atividades como subir lombas ou escadas e ocasionalmente<br />

após refeições, desaparecendo com o repouso. Tabagista crônico, fuma 20 cigarros por dia, nega<br />

etilismo e não pratica atividade física regular.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA<br />

História prévia de Hipertensão Arterial, (com diagnóstico há aproximadamente 6 anos, em uso<br />

regular de hidroclortiazida 25 mg ao dia) e de ¨gastrite¨ (sic).<br />

HISTÓRIA FAMILIAR<br />

Pai falecido aos 50 anos por ¨problema cardíaco¨ e mãe diabética . Dois irmãos hígidos.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Ao exame físico está em bom estado geral, hidratado, eupneico, apirético, acianótico, sem<br />

sinais congestivos e com boa perfusão periférica. Pulsos periféricos simétricos. IMC= 30 Kg/cm 2 PA:<br />

154X106 mmHg, FV: 92 bpm. Ausculta cardíaca com B2 hiperfonética em foco aórtico, sem sopros<br />

ou bulhas acessórias. Pulmões com alguns roncos esparços. Abdomem sem particularidades. Fundo<br />

de olho normal.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Eletrocardiograma: ritmo sinusal e alterações inexpecíficas de repolarização ventricular em<br />

parede antero-lateral do VE.<br />

Glicemia: 112 mg/dl, Creatinina: 0,9, Potássio: 3,5 mEq/l Colesterol total 268 mg/dl, HDL<br />

colesterol: 30 mg/dl, Triglicerídeos: 250 mg/dl. Hemograma e EQU normais<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO <strong>EM</strong> PEQUENOS GRUPOS<br />

1- Estabelecer lista de problemas<br />

2- Formular as hipóteses diagnósticas<br />

3- Estabelecer os diagnósticos diferenciais<br />

4- Identificar os fatores de risco coronarianos<br />

5- Discutir os métodos de investigação diagnóstica não invasivos e invasivos<br />

6- Propor a conduta terapêutica não farmacológica e farmacológica<br />

7- Avaliar o prognóstico<br />

CONSENSO <strong>EM</strong> GRANDE GRUPO<br />

- Aspectos fisiopatológicos da DAC<br />

- Caracterização clínica da DAC<br />

- Abordagem diagnóstica<br />

- Rotina de investigação<br />

- Orientação terapêutica<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

Selwin AP, Braunwald E. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine <strong>–</strong> Cardiopatia Isquêmica, New<br />

York, McGraw-Hill Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1480-1495,2002.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO<br />

IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 65 anos, branco, natural e residente em Porto Alegre, casado,<br />

aposentado, chegou à emergência do Hospital da PUCRS às 7h15min do dia 15/07/2007, trazido<br />

por sua esposa em um táxi.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: falta de força do lado direito e fala arrastada<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: esposa relata que, no dia 15/12, por volta das 6h30min da<br />

manhã, foi acordada por seu esposo, referindo dificuldade para movimentar o lado direito ao<br />

acordar para ir ao banheiro. Neste instante, observou que o mesmo estava falando de forma<br />

enrolada. O paciente conseguia ficar em pé sem apoio, mas precisava de ajuda para caminhar.<br />

Havia também diminuição da força do braço e mão direita, deixando cair objetos. Sua esposa<br />

observou que a boca estava puxada para o lado esquerdo. Após ajudá-lo a vestir-se, trouxe-o ao<br />

Prontopuc.<br />

Quando indagado, o paciente referiu estar com uma cefaléia de leve intensidade, holocraniana, mas<br />

sem náuseas. Negou parestesias, alterações visuais ou de deglutição. Foi a primeira vez que<br />

aconteceu algo semelhante, exceto por ter apresentado, há poucos meses, episódio de dormências<br />

no braço esquerdo, ao acordar, que aliviaram em 2 a 3 minutos. Dia 14/12 tinha apresentado<br />

elevação de sua pressão arterial para 160x100mmHg, mensurada por vizinha que é auxiliar de<br />

enfermagem. Vinha em uso irregular de propranolol 40 mg, duas vezes ao dia, para o diagnóstico<br />

de hipertensão arterial há 10 anos. Sua última consulta cardiológica tinha sido há 6 meses.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS: palpitações episódicas tendo negado dor precordial; tosse com relativa<br />

freqüência e escarro eventual, transparente; pirose freqüente nos últimos dois meses.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: além da história de hipertensão arterial sistêmica, foi<br />

identificada, há mais de um ano, dislipidemia para a qual não aceitou a orientação dietética. Ë<br />

fumante há mais de 40 anos, consumindo em torno de 1 carteira de cigarros por dia. Consome<br />

álcool de forma moderada apenas em ocasiões festivas. Não pratica exercícios ou esportes. Há 3<br />

anos foi submetido à cirurgia por fratura em fêmur direito após queda, sem complicações pré ou<br />

pós operatórias. Prostatectomia há 8 meses por provável hiperplasia benigna de próstata.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: mãe com 85 anos de idade, com história de artrose, osteoporose,<br />

hipertensão arterial em acompanhamento médico. Pai faleceu aos 68 anos por acidente vascular<br />

cerebral. Tem duas irmãs e um irmão sendo que a mais velha, com 67 anos, também tem história<br />

de hipertensão arterial. O irmão, com 62 anos, já teve infarto do miocárdio. Tem um tio paterno e<br />

outro materno com história de falecimento por câncer.<br />

HISTÓRIA PSICOSOCIAL: mora apenas com a esposa em um apartamento de dois dormitórios,<br />

na Chácara das Pedras. Tem dos filhos casados, hígidos, um morando em Caxias do Sul e o outro<br />

em Canoas. Estudou até o 2 º grau e trabalhou como bancário. A renda familiar atual vem de sua<br />

aposentadoria, dos trabalhos de sua esposa como costureira e do auxílio dos filhos, quando<br />

necessário. Não tem tido grandes dificuldades em manter suas necessidades e da esposa com<br />

relação ao seu padrão de vida atual. Passa a maior parte do tempo em casa lendo ou assistindo<br />

televisão, mas gosta de visitar os filhos e seus dois netos, e, eventualmente, irmãos e alguns<br />

amigos. É católico, mas não praticante. Tem resistência ao uso de medicamentos e consultas aos<br />

médicos. Tem consciência que não vinha cuidando adequadamente de sua saúde.<br />

IMPRESSÃO <strong>DO</strong> PACIENTE: paciente mostrou-se um informante confiável, assustado com o seu<br />

problema atual (risco de vida) e indicando desconforto pelo desleixo com sua saúde. Preocupado<br />

com as conseqüências do seu problema para consigo, esposa e família. Parece ter potencial para<br />

aceitar as orientações médicas a partir deste momento.


EXAME FÍSICO<br />

No setor de emergência do HSL foram observados os seguintes sinais vitais:<br />

Pressão arterial: 200/100 mmHg FC: 104bpm, irregular<br />

FR: 20 mrpm Ta: 36,9 o C Peso e altura: não mensurados.<br />

Bom aspecto geral com estado nutricional e de hidratação adequados. Alerta e cooperativo. Sem<br />

anormalidades significativas perceptíveis em pele, anexos, gânglios linfáticos, cabeça, olhos,<br />

ouvidos, nariz, boca, orofaringe e pescoço.<br />

O exame do aparelho respiratório mostra aumento do diâmetro anteroposterior da caixa torácica,<br />

amplitude pulmonar normal, bilateral, sem frêmito, com diminuição do murmúrio vesicular e roncos<br />

bilaterais.<br />

Ao exame do aparelho cardiovascular não foi palpado ictus, as bulhas eram hipofonéticas, ritmo<br />

irregular, sem sopros. Sem turgência jugular. Pulsos periféricos femorais e carotídeos palpáveis e<br />

simétricos. Presença de sopro à ausculta carotídea direita. Extremidades sem cianose ou edema.<br />

Sem anormalidades identificáveis no exame do abdômen e músculo-esquelético.<br />

Ao exame neurológico:<br />

Fundoscopia: KWII. Isocórico com reflexos fotomotores presentes. Paralisia facial central à direita.<br />

Sem alterações significativas nos demais pares cranianos. Disartria.<br />

Tônus muscular preservado bilateralmente. Hemiparesia direita com força muscular grau 3-4<br />

(MRC) em membro superior, com fraqueza predominantemente extensora, e grau 4-5 em membro<br />

inferior, com fraqueza predominantemente flexora. Reflexos profundos simétricos, observando-se<br />

cutâneo-plantar extensor à direita.<br />

Equilíbrio: Romberg com queda para direita. Coordenação: prejudicada pela redução de força à<br />

direita. Marcha hemiparética à direita. Sem alterações de sensibilidade. Sem sinais meningoradiculares.<br />

Linguagem adequada, sem dispraxias ou agnosias. Orientado no tempo, espaço e pessoa. Sem<br />

deficits de memória imediata ou recente. Mini-exame do estado mental: 28 pontos. Escala de Coma<br />

de Glasgow: 15 pontos. Escala de Rankin Modificada: 4 pontos.<br />

OBJETIVOS<br />

A partir da história e exames clínico e neurológico discutir:<br />

a) Hipóteses diagnósticas.<br />

b) Diagnóstico diferencial, topográfico e Fisiopatogênico.<br />

c) Plano de investigação complementar.<br />

d) Manejo terapêutico geral inicial.<br />

e) Terapêutica específica.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

L. Goldman et al Cecil. Textbook of Medicine. 21th ed. Wb Sauders. Doenças cerebrovasculares.<br />

A Fauci et al. Harrison’s Principles of Internal Medicine. 14 th ed. Doenças cerebrovasculares.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

<strong>EM</strong>AGRECIMENTO E IMUNODEPRESSÃO<br />

IDENTIFICAÇÃO: Josineide S. V., feminina, 29 anos, branca, auxiliar de enfermagem, natural e<br />

procedente de Porto Alegre.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: diarréia e emagrecimento.<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL: Paciente interna no HSL-PUCRS referindo que há 60 dias iniciou<br />

com diarréia, descrita como evacuações aquosas de pequeno volume, com vários episódios diurnos e<br />

noturnos. Relata episódios de urgência e também eliminação de material muco-sanguinolento.<br />

Acompanhando o quadro apresentou alguns episódios febris de até 38° C. Refere emagrecimento de<br />

6 Kg nos últimos 60 dias.<br />

Foi encaminhada a este hospital após ter sido avaliada em posto de atendimento primário, onde<br />

entre outros exames realizados, sem seu conhecimento, foi realizada uma pesquisa do HIV que foi<br />

positiva.<br />

REVISÃO <strong>DO</strong>S SIST<strong>EM</strong>AS<br />

Geral: emagrecimento e sensação de fadiga.<br />

Cardiovascular: nega dispnéia ou dor torácica.<br />

Respiratório: nega tosse ou expectoração.<br />

Gastrointestinal: refere pirose nos últimos 20 dias: diurna e noturna com alguns episódios de<br />

odinofagia.<br />

Geniturinário: nega sintomas urinários. Refere atraso menstrual ( 3 meses) e traz consigo teste de<br />

gravidez positivo. Nulípara.<br />

Endocrino: nega intolerância ao frio ou ao calor, tremores, agitação, sudorese, polidipsia, poliúria,<br />

polifagia.<br />

Demais sistemas: sem queixas.<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA<br />

Doenças da infância: somente lembra catapora.<br />

Imunizações: não sabe informar. Cirurgias: nenhuma.<br />

Traumatismo: nenhum. Hospitalizações prévias: nenhuma.<br />

Medicações em uso: loperamida eventualmente.<br />

Hábitos alimentares: três refeições por dia (café, almoço e janta). Sem intolerâncias alimentares.<br />

Sono normal, interferido por evacuações noturnas. Nega alergias.<br />

HISTÓRIA FAMILIAR: Pais vivos e sadios. Irmã mais velha sadia.<br />

HISTÓRIA PSICOSSOCIAL: Internação na FEB<strong>EM</strong> na sua adolescência por envolvimento com<br />

tóxicos e pequenos furtos. Refere ter tido vários namorados nesta instituição. Relações sexuais<br />

desde os 16 anos de idade, sem proteção de barreira, com pessoas de grupo de risco para o HIV.<br />

Vive nos últimos 10 anos com ex-drogadito. Não sabe o status HIV de seu companheiro. No<br />

momento ele é gerente de uma microempresa e diz que os “dois se regeneraram e nunca mais<br />

usaram qualquer tipo de tóxico graças à sua igreja”. Exerce suas atividades profissionais em um<br />

hospital desta capital (internação cirúrgica). Refere que não gostaria que seus pais soubessem de<br />

seu diagnóstico (HIV). Diz que não quer se tratar da doença porque “ela já está muito adiantada, vai<br />

sofrer demais e sabe que ela não tem cura”.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Alerta, lúcida, orientada e coerente. Mucosas úmidas, pouco descoradas e anictéricas. Sinais de<br />

emagrecimento, mas em bom estado geral.<br />

Temperatura=37,5°C, pulso=95bpm, respiração=19mpm, peso=45Kg, altura=1,68m,<br />

TA=100/80mmHg.<br />

Pele e anexos: sp. Cabeça: sp. Ouvidos e nariz: sp.<br />

Gânglios linfáticos: micropoliadenopatia cervical bilateral com gânglios macios e móveis.<br />

Olhos: visão normal. Pupilas isocóricas e isoreagentes. Fundo de olho normal.<br />

Boca e faringe: placas brancas circundadas por halo hiperemiado na orofaringe. Dentes em mal<br />

estado de conservação. Pescoço: sp


Ausculta pulmonar: pulmões claros à ausculta. Percussão torácica normal. Ausência de ruídos<br />

adventícios.<br />

Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, sem sopros.<br />

Abdômen: dor à palpação superficial e profunda difusamente. Ausência de dor a descompressão<br />

súbita. Fígado e baço impalpáveis. Ruídos hidroaéreos aumentados.<br />

Músculo-esquelético: normal<br />

Neurológico: pares cranianos, função motora e reflexos profundos sp.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Hematócrito=30 %, Hemoglobina=10g%, Creatinina=0,8mg%, Glicose=85mg%, Na=130mEq%,<br />

K=3mEq%, CO2=20mEq%.<br />

Exame parasitológico de fezes (6 amostras): negativo.<br />

Coprocultura: ausência de bactérias patogênicas.<br />

Colonoscopia: úlceras difusas ao longo do cólon com características sugestivas de colite por<br />

citomegalovírus. Biópsias confirmaram esta impressão.<br />

Endoscopia digestiva alta: esôfago recoberto por membranas esbranquiçadas com halo hiperemiado<br />

sugestivo de esofagite por Candida. Estômago e duodeno: normais.<br />

Teste de gravidez (HCG): > 50000.<br />

Ecografia abdominal: gravidez compatível com 12 semanas. Ausência de outros achados<br />

significativos.<br />

EVOLUÇÃO<br />

A paciente alguns meses após apresenta febre, tosse produtiva com expectoração hemática e<br />

purulenta. Procura a Sala de Emergência de um hospital. O plantonista alegando que a sala de<br />

observação esta lotada recusa-se a admitir a paciente para realização de exames e recomendar que<br />

ela se dirija para outro hospital da rede, já por ele contatado e com disponibilidade de oferecer<br />

atendimento.<br />

O companheiro ser recusa em remover a paciente para outro hospital e ameaça chamar jornais e<br />

televisão para denunciar que ela não está sendo corretamente atendida “porque ela tem AIDS”.<br />

Diante da ameaça o médico cria uma vaga para a paciente a passando na frente de outros pacientes<br />

que aguardavam internação para fins de observação.<br />

OBJETIVOS<br />

Pequenos grupos deverão discutir as seguintes questões, tentando elaborar uma justificativa moral<br />

para suas respostas. Redigir estas respostas para posterior leitura em público frente ao grande<br />

grupo.<br />

1. É adequada a forma de identificação da paciente no caso clínico em discussão?<br />

2. Foi correta a iniciativa da equipe de saúde de colocar o teste do HIV dentro da mesma coleta de<br />

sangue para outros exames sem conhecimento do paciente?<br />

3. Qual a obrigação da equipe médica com relação ao companheiro da paciente? E a seus pais?<br />

4. Esta paciente deverá ter um tratamento diferenciado no momento do parto em relação às demais<br />

gestantes no que diz respeito a isolamento de outras parturientes, ambiente especial no Centro<br />

Obstétrico e na enfermaria?<br />

5. É adequado identificar a capa de seu prontuário com adesivo contento o aviso “paciente HIV +”<br />

durante sua hospitalização ?<br />

6. Deve o hospital em que a paciente trabalha ser informado de sua situação clínica?<br />

A equipe médica estaria correta em tentar persuadir a paciente a seguir o tratamento indicado para<br />

sua situação clínica?<br />

Em relação à evolução do caso.<br />

7. O médico ser portou de maneira eticamente correta nesta situação?<br />

8. Como você colocaria este problema numa perspectiva ética?<br />

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA<br />

1. http://www.bioetica.ufrgs.br<br />

2. Livro: Iniciação à Bioética - Conselho Federal de Medicina)<br />

3. Bioética Vol. 1 nº 1, 1993<br />

4. Texto: AIDS e Bioética.


<strong>CASO</strong> <strong>CLÍNICO</strong> <strong>–</strong> <strong>PRÁTICA</strong> <strong>EM</strong> <strong>SAÚDE</strong> <strong>DO</strong> <strong>ADULTO</strong> E <strong>DO</strong> I<strong>DO</strong>SO I<br />

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA<br />

DA<strong>DO</strong>S DE IDENTIFICAÇÃO: Feminina, 44 anos, branca, natural de Encruzilhada do Sul,<br />

procedente de Porto Alegre, casada, costureira, encaminhada pelo Posto de Saúde do Partenon.<br />

QUEIXA PRINCIPAL: Pressão Alta<br />

HISTÓRIA DA <strong>DO</strong>ENÇA ATUAL<br />

Encaminhada pelo posto de saúde para o Ambulatório de Cardiologia por apresentar níveis<br />

pressóricos elevados em duas ocasiões (145/98 e 150/96 mmHg). Não referia sintomas<br />

significativos, à exceção de cefaléia compatível com enxaqueca, que teve início quando tinha 25 anos<br />

HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA<br />

Doenças da infância: sarampo e rubéola<br />

HISTÓRIA FAMILIAR<br />

Pai e tio paterno hipertensos; mãe hipertensa e com diabetes tipo 2. Avô paterno falecido e uma tia<br />

tiveram diagnóstico de Câncer de Cólon.<br />

EXAME FÍSICO<br />

Peso: 72 Kg, Altura: 1,58 m, IMC: 28.8 Kg/m2 , PA: 145/95mmHg deitada, 150/95 mmHg sentada<br />

e 140/100 mmHg em pé. FC: 88bpm, FR: 20mrpm. Ictus palpável no quinto espaço intercostal<br />

propulsivo.<br />

Ausculta cardíaca: ritmo regular, dois tempos, hiperfonese de B2 em área aórtica, sem sopros.<br />

Abdômen: sp. Extremidades: Pulsos palpáveis e simétricos.<br />

EXAMES COMPL<strong>EM</strong>ENTARES<br />

Glicemia- 109 mg/dL, Creatinina- 0,9 mg/dL, Sódio-138 mEq/L, Potássio- 3,9 mEq/L, Ácido Úrico <strong>–</strong><br />

7,1 mg/dL, Colesterol total <strong>–</strong> 212 mg/dL, HDL-colesterol - 34 mg/dL, Triglicerídeos - 211 mg/dL.<br />

Exame qualitativo de urina normal. ECG: ritmo sinusal, FC: 74 bpm, crescimento atrial esquerdo.<br />

Fundo de olho: estreitamento arteriolar.<br />

PROCESSO DE DISCUSSÃO <strong>EM</strong> PEQUENOS GRUPOS<br />

1- Como podemos classificar a H.A.S. desta paciente?<br />

2- Em relação ao diagnóstico, como se faz em geral?<br />

3- Existem formas curáveis de hipertensão? Esta paciente sugere ter?<br />

4- Como proceder a investigação complementar.<br />

6- Como avaliar dano em órgãos-alvo.<br />

7- Qual a melhor orientação terapêutica<br />

CONSENSO <strong>EM</strong> GRANDE GRUPO<br />

- Epidemiologia da HAS<br />

- Aspectos fisiopatológicos<br />

- Principais causas: primária e secundárias<br />

- Rotina de investigação<br />

- Abordagem terapêutica<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

1. JNC 7 - Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation,<br />

and Treatment of High Blood Pressure, Hypertension 2003:42:1206-1252.<br />

2. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Rev Bras Hipertens 2006;13:243-330.<br />

3. Lewington S, Clarke R, Qizilbash N et al. Age-specific relevance of usual blood pressure to<br />

vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61 prospective<br />

studies. Lancet 2002;360:1903-1913.<br />

4. The Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of<br />

Hypertension (ESH) and of the European Society of cardiology (ESC). J Hypertens<br />

2007;25:1105-1187.<br />

5. Williams GH. In: Harrison´s Principles of Internal Medicine <strong>–</strong> Doença Vascular Hipertensiva, New<br />

York, McGraw-Hill Compnies, Inc. 15ª ed. P. 1495-1511, 2002.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!