o discipulado em uma perspectiva missionária - Igreja Metodista de ...

More documents

Recommendations

Info

mos afirmar que revelação, entre os cristãos, é a ação divina que comunica aos homens os desígnios de Deus e a verdade que estes envolvem, sobretudo por meio da palavra consig- nada nos livros sagrados. Em outras palavras revelação é quando alguma coisa oculta é desvendada ou manifes- tada. Walter Klaiber e Manfred Marquardt dizem que revelar significa criar acesso a algo oculto, tirar o véu de algo escondido (total ou parcialmente, direta ou indiretamente). 39 E afirma ainda que o fato de que Deus se revela aos homens é relatado na Bíblia de várias maneiras e formas. 40 Para os autores do “Viver a Graça”, o ato de Deus se revelar ao homem por meio de Sua “Palavra” e por acontecimentos exteriores como: na tempestade e no farfalhar das árvo- res (2 Sm 5,24); no ciciar do vento (1 Rs 19,12), significa dizer que, “Deus saiu do seu o- cultamento” 41 e que todas essas formas visam à manifestação do ser e da vontade de Deus ao povo de Israel e também aos povos de toda a terra. Pois é Deus quem se volta para o homem e para a mulher, como um Deus que é amor 42. Esta é a origem e o conteúdo da revela- ção. 43 Em Hebreus, constatamos o resumo da significação da pessoa e da história de Jesus, no que se refere à compreensão cristã da revelação de Deus a Seu povo. O relato de Hebreus 1,1 diz que: “Havendo Deus outrora falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho”. Nesse sentido, Jesus Cristo é o centro e o resumo final da ação reveladora de Deus, e assim tornando-se o padrão e o crité- rio de avaliação de tudo o que pretende apresentar como ato revelatório de Deus. Deus falou no Filho, e por isso, no entender da Carta aos Hebreus, não somente as palavras de Jesus são qualificadas como Palavra de Deus, mas tam- 38 BROWN, Colin. COENEN, Lothar. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. 2ª Edição. São Paulo. 2000. 39 KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt. Viver a Graça de Deus, p. 08. 40 KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt. Viver a Graça de Deus, p. 08. 41 KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt. Viver a Graça de Deus, p. 08. 42 1 João 4,7-21 43 KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt. Viver a Graça de Deus, p. 13. 30
ém a sua pessoa, a sua vida e atividade, a sua morte e ressurreição revelam a Deus. 44 Para isso, o Novo Testamento e, em especial, as cartas paulinas destacam a morte e a ressurreição de Jesus, como o centro da revelação de Deus ao Seu povo. 45 É este o ponto que caracteriza a revelação bíblica, pois: O fato de Deus se tornar manifesto é, conforme o testemunho bíblico, uma história que Deus vive com os homens, na qual se une a eles nos acontecimentos [...] Revelação é [...] uma manifestação integradora: Deus vem ao homem, não o abandona a si mesmo e não o deixa sozinho, consigo mesmo, atirado no mundo. 46 Para Walter Klaiber e Manfred Marquardt, Jesus Cristo é a palavra de Deus feita carne. A palavra de Deus se revela em Jesus, que é o Filho de Deus e que “acontece” na vida e no mundo (Gn 1,3; Sl 33,6; Is 55,10). Já para Karl Barth, no que se refere à palavra de Deus ou como ele diz “complexo fe- nômeno da palavra de Deus”, define e apresenta uma tripla caracterização, seguindo uma estrutura conceitual: A palavra anunciada de Deus: em que Deus, pela pregação e nos sacramentos da Igreja, fala aos homens; A palavra escrita de Deus, a Sagrada Escritura, como memória da revelação acontecida; A palavra revelada de Deus, o evento mesmo da revelação, o qual é descrito da maneira mais radical possível pela frase: “A Palavra se tornou carne”. Nessa tríplice forma de sua Palavra, Deus nos fala, e é importante apreender a profunda unidade e a mútua dependência dessas três formas do falar de Deus: a Palavra revelada de Deus conhecemos unicamente pela escrita e a Palavra escrita se nos manifestou na pregação concreta e atual. Inversamente, a Palavra anunciada tira suas raízes da Escritura e a Palavra escrita recebe sua autoridade da revelação de Deus que a testemunha. 47 Walter Klaiber e Manfred Marquardt, seguindo a linha de pensamento de Karl Barth e lançando mão dos “fundamentos da doutrina e da tarefa teológica da Igreja Evangélico- Metodista”, afirmam que: Na Bíblia, o Deus vivo nos encontra na experiência da graça redentora. Temos a convicção de que Jesus Cristo é a Palavra viva de Deus em nosso 44 KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt. Viver a Graça de Deus, p. 11. 45 Ver Colossenses 2,9 46 JOEST, W. Dogmatik I, 1984, pg. 17. In: Viver a Graça. KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt, p. 13. 47 BARTH, K. Kirchliche Dogmatik I, 1, pg. 89-128. In: Viver a Graça. KLAIBER, Walter e Manfred Mar- quardt. Op. Cit. Pg. 15. 31
Page 1 and 2: ANTONIO CESIMAR FERREIRA O DISCIPUL
Page 3 and 4: Dedicatória Ao meu eterno Deus-Pas
Page 5 and 6: Agradecimentos À Deus o meu Senhor
Page 7 and 8: Ao Ponto Missionário em Jardim Tre
Page 9 and 10: À Carlos Pedro Gouveia (Cacá) e f
Page 11 and 12: las trocas de experiências, sem fa
Page 13 and 14: 2.1. A Bíblia ____________________
Page 15 and 16: etc.). No Novo Testamento, esta dup
Page 17 and 18: CAPÍTULO I
Page 19 and 20: estes que foram apresentados e vive
Page 21 and 22: humano e a criação, que lhes entr
Page 23 and 24: Adoração é um encontro pessoal c
Page 25 and 26: sica, sua pregação, ou por algum
Page 27 and 28: Como resultado do descuido, do desc
Page 29: 1.2.3. O Conceito das Escrituras Sa
Page 33 and 34: entendidos a partir da natureza. Is
Page 35 and 36: Por isso, uma das características
Page 37 and 38: A Igreja Metodista entende que a co
Page 39 and 40: Bernard Sesboüé apresenta uma def
Page 41 and 42: ma inferior. Mas a gnose, entendida
Page 43 and 44: 2.1. Os Objetivos do Discipulado O
Page 45 and 46: de Cristo para uma vida nova, hoje
Page 47 and 48: O DISCIPULADO COMO MARCA DA TRADIÇ
Page 49 and 50: A relação com a educação 106 ca
Page 51 and 52: das demais famílias. Reily define
Page 53 and 54: saudades de casa dizendo: “Epwort
Page 55 and 56: de anunciar o Reino de Deus e sua j
Page 57 and 58: Os membros do grupo levavam a séri
Page 59 and 60: sas várias atividades junto com um
Page 61 and 62: sas experiências foram se tornando
Page 63 and 64: Por outro lado, o “Clube Santo”
Page 65 and 66: Esta busca espiritual da santidade
Page 67 and 68: cessidade de educar para a benevol
Page 69 and 70: A compreensão da Bíblia para Wesl
Page 71 and 72: ele aconselhava a meditação const
Page 73 and 74: 2.3. A Razão Wesley defendia o uso
Page 75 and 76: elecer as relações entre revelaç
Page 77 and 78: tempo. Pois a teologia de Wesley é
Page 79 and 80: dore Runyon diz ainda que, assim co
Page 81 and 82:
2.5.3. Imagem Moral Runyon afirmar
Page 83 and 84:
CAPÍTULO III
Page 85 and 86:
1. Discipulado: Método de Pastorei
Page 87 and 88:
tendo vivenciado o processo de disc
Page 89 and 90:
A missão é uma extensão da unida
Page 91 and 92:
1.2. Na Evangelização O crescimen
Page 93 and 94:
Uma comunidade evangelizante é um
Page 95 and 96:
tenta marcar ponto no erro do outro
Page 97 and 98:
O ser humano precisa ser encorajado
Page 99 and 100:
que a missão apresenta à Igreja.
Page 101 and 102:
Nesse momento surge o papel do líd
Page 103 and 104:
Bispo Nelson afirma ainda que, tant
Page 105 and 106:
Essa dimensão do discipulado junto
Page 107 and 108:
O discipulado no processo de forma
Page 109 and 110:
no. Sem preocupações imediatas qu
Page 111 and 112:
Nesse sentido, a figura do pastor o
Page 113 and 114:
ANEXO 1: ASPECTOS HISTÓRICOS DO TR
Page 115 and 116:
1ª Consulta de Educação Cristã
Page 117 and 118:
“Considerando que o 16º Concíli
Page 119 and 120:
partir dos parâmetros estabelecido
Page 121 and 122:
deste, por decisão do Concílio Re
Page 123 and 124:
123
Page 125 and 126:
30 25 20 15 10 5 0 Porcentagem de E
Page 127 and 128:
127
Page 129 and 130:
129
Page 131 and 132:
ANEXO 3: CARTA PASTORAL DO COLÉGIO
Page 133 and 134:
Todas as grandes heresias nasceram
Page 135 and 136:
características do metodismo, desd
Page 137 and 138:
Livros: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Page 139 and 140:
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo, Par
Page 141 and 142:
MAY, Rollo. O Homem à Procura de S
Page 143 and 144:
Artigos: LEITE, Nelson Luiz Campos.
show all

o discipulado em uma perspectiva missionária - Igreja Metodista de ...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?