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o discipulado em uma perspectiva missionária - Igreja Metodista de ...

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ém a sua pessoa, a sua vida e ativida<strong>de</strong>, a sua morte e ressurreição revelam<br />

a Deus. 44<br />

Para isso, o Novo Testamento e, <strong>em</strong> especial, as cartas paulinas <strong>de</strong>stacam a morte e a<br />

ressurreição <strong>de</strong> Jesus, como o centro da revelação <strong>de</strong> Deus ao Seu povo. 45 É este o ponto<br />

que caracteriza a revelação bíblica, pois:<br />

O fato <strong>de</strong> Deus se tornar manifesto é, conforme o test<strong>em</strong>unho bíblico, <strong>uma</strong><br />

história que Deus vive com os homens, na qual se une a eles nos acontecimentos<br />

[...] Revelação é [...] <strong>uma</strong> manifestação integradora: Deus v<strong>em</strong> ao<br />

hom<strong>em</strong>, não o abandona a si mesmo e não o <strong>de</strong>ixa sozinho, consigo mesmo,<br />

atirado no mundo. 46<br />

Para Walter Klaiber e Manfred Marquardt, Jesus Cristo é a palavra <strong>de</strong> Deus feita car-<br />

ne. A palavra <strong>de</strong> Deus se revela <strong>em</strong> Jesus, que é o Filho <strong>de</strong> Deus e que “acontece” na vida e<br />

no mundo (Gn 1,3; Sl 33,6; Is 55,10).<br />

Já para Karl Barth, no que se refere à palavra <strong>de</strong> Deus ou como ele diz “complexo fe-<br />

nômeno da palavra <strong>de</strong> Deus”, <strong>de</strong>fine e apresenta <strong>uma</strong> tripla caracterização, seguindo <strong>uma</strong><br />

estrutura conceitual:<br />

A palavra anunciada <strong>de</strong> Deus: <strong>em</strong> que Deus, pela pregação e nos sacramentos<br />

da <strong>Igreja</strong>, fala aos homens; A palavra escrita <strong>de</strong> Deus, a Sagrada Escritura,<br />

como m<strong>em</strong>ória da revelação acontecida; A palavra revelada <strong>de</strong> Deus, o<br />

evento mesmo da revelação, o qual é <strong>de</strong>scrito da maneira mais radical possível<br />

pela frase: “A Palavra se tornou carne”. Nessa tríplice forma <strong>de</strong> sua Palavra,<br />

Deus nos fala, e é importante apreen<strong>de</strong>r a profunda unida<strong>de</strong> e a mútua<br />

<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong>ssas três formas do falar <strong>de</strong> Deus: a Palavra revelada <strong>de</strong> Deus<br />

conhec<strong>em</strong>os unicamente pela escrita e a Palavra escrita se nos manifestou na<br />

pregação concreta e atual. Inversamente, a Palavra anunciada tira suas raízes<br />

da Escritura e a Palavra escrita recebe sua autorida<strong>de</strong> da revelação <strong>de</strong> Deus<br />

que a test<strong>em</strong>unha. 47<br />

Walter Klaiber e Manfred Marquardt, seguindo a linha <strong>de</strong> pensamento <strong>de</strong> Karl Barth e<br />

lançando mão dos “fundamentos da doutrina e da tarefa teológica da <strong>Igreja</strong> Evangélico-<br />

<strong>Metodista</strong>”, afirmam que:<br />

Na Bíblia, o Deus vivo nos encontra na experiência da graça re<strong>de</strong>ntora. T<strong>em</strong>os<br />

a convicção <strong>de</strong> que Jesus Cristo é a Palavra viva <strong>de</strong> Deus <strong>em</strong> nosso<br />

44<br />

KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt. Viver a Graça <strong>de</strong> Deus, p. 11.<br />

45<br />

Ver Colossenses 2,9<br />

46<br />

JOEST, W. Dogmatik I, 1984, pg. 17. In: Viver a Graça. KLAIBER, Walter e Manfred Marquardt, p. 13.<br />

47<br />

BARTH, K. Kirchliche Dogmatik I, 1, pg. 89-128. In: Viver a Graça. KLAIBER, Walter e Manfred Mar-<br />

quardt. Op. Cit. Pg. 15.<br />

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