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Edição 9 - Revista Aquaculture Brasil

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Artigo<br />

As algas pardas possuem alto valor nutricional e<br />

uma ampla diversidade de compostos bioativos. Por estas<br />

razões, a aplicação desse grupo de algas como ingrediente<br />

nutricional e funcional para alimentação humana<br />

e animal tem crescido nos últimos anos (Fleurence et<br />

al., 2012; Miyashita et al., 2013; Thanigaivel et al., 2016).<br />

Além disso, algas pardas, particularmente as oriundas<br />

de ambientes frios, demonstraram a capacidade de promover<br />

a resistência contra o estresse térmico em animais<br />

e plantas (Kandasamy et al., 2011; Kandasamy et al.,<br />

2014; Nair et al., 2012).<br />

O estresse por frio impõe múltiplas disfunções<br />

fisiológicas nos organismos ectotérmicos, tais como o camarão,<br />

incluindo perda da integridade de proteínas e das<br />

membranas celulares, mau funcionamento da respiração<br />

celular na mitocôndria, estresse oxidativo e desordens na<br />

homeostase de íons e coordenação neuromuscular (Hayward<br />

et al., 2014). Na carcinicultura, estresses ambientais<br />

desta natureza podem levar a perdas de produtividade,<br />

devido a problemas de crescimento, supressão da resposta<br />

imune e ao aumento da suscetibilidade a doenças<br />

(Kautsky et al., 2000). Neste sentido, o setor de produção<br />

de camarões do <strong>Brasil</strong> tem experimentado perdas<br />

econômicas expressivas com surtos de enfermidades,<br />

especialmente no Sul do <strong>Brasil</strong>. O clima desta região do<br />

<strong>Brasil</strong> é bastante instável, mostrando alta flutuação de<br />

temperatura durante os ciclos de produção, podendo<br />

servir como importante gatilho natural para tais surtos.<br />

AQUACULTURE BRASIL - NOVEMBRO/DEZEMBRO 2017<br />

O objetivo<br />

deste trabalho foi Algas pardas,<br />

avaliar o uso da biomassa<br />

seca das algas<br />

particularmente<br />

pardas Sargassum<br />

as oriundas<br />

filipendula e Undaria de ambientes frios,<br />

pinnatifida como aditivo<br />

alimentar para<br />

demonstraram a capacidade<br />

de promover<br />

o camarão-branco-do-Pacífico<br />

e seu a resistência contra<br />

efeito sobre o desempenho<br />

zootécnico, em animais e<br />

o estresse térmico<br />

morfo-fisiologia digestiva,<br />

microbiologia<br />

plantas.<br />

do trato digestivo, status<br />

imunológico e resistência ao choque térmico e infecção<br />

com vírus da Mancha Branca (WSSV).<br />

Este trabalho representa uma síntese da tese<br />

“Algas pardas como ingrediente bioativo na dieta do<br />

camarão branco do pacífico”, defendida em 2017 pelo<br />

autor do presente artigo, orientado pelo Prof. Dr. Edemar<br />

Roberto Andreatta e coorientado pela Profa. Dra.<br />

Leila Hayashi, no âmbito do Programa de Pós-Graduação<br />

em Aquicultura da Universidade Federal de Santa<br />

Catarina – UFSC. Um dos capítulos foi premiado como<br />

melhor trabalho da América Latina, no programa “Alltech<br />

Young Animal Scientist”.<br />

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