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e Universidade no Brasil

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o projeto teve início, a universidade que havia iniciado com maiorsucesso estas ações era a <strong>Universidade</strong> Estadual do Mato Grossodo Sul (Uems), com base em legislação estadual estabelecida em dezembrode 2002, que definiu um percentual de 10% das vagas paraestudantes indígenas em todos os seus cursos, embora a populaçãoindígena daquele estado não chegasse a atingir 3% do total da população,segundo dados do censo de 2000 do IBGE.Além da ampliação das políticas de cotas para indígenas <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>superior iniciadas ao final do segundo mandato de FernandoHenrique, sobretudo em universidades estaduais, implantadas namaioria dos casos conjuntamente com cotas também para afrodescendentes,o primeiro mandato de Lula, conforme mencionado anteriormente,seria marcado ainda por medidas do gover<strong>no</strong> federalvoltadas a políticas de ação afirmativa e inclusão social <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong>superior, destacando-se entre estas a continuação do programa Diversidadena <strong>Universidade</strong>, iniciado por Fernando Henrique Cardoso,e o Prouni, bem como por um projeto de Reforma Universitáriaencaminhado pelo gover<strong>no</strong> Lula em 2004 que definia, entre outrascoisas, a implantação de políticas de cotas para estudantes egressosde escolas públicas, em especial indígenas e afrodescendentes, nasuniversidades públicas federais.Sem a existência dos debates ligados a este projeto e às políticasmencionadas anteriormente, em que pesem todas as suas falhas eproblemas de implementação, bem como sem a presença das políticasde cotas já implantadas, dificilmente o “Trilhas”, tal como foipensado, teria encontrado ambiente institucional e condições concretaspara ser lançado, ampliando o debate sobre a presença indígenanas universidades para além do âmbito estrito das discussões sobre aformação de professores e dos cursos específicos voltados para essefim. A equipe do Laced pensava em atender, sobretudo, às necessidadesgeradas pela situação criada com o fim do regime jurídico tutelarinstituído pela Constituição de 1988. O cenário político-administrativopós-tutela havia fragmentado entre diversas instâncias a gestãodas questões indígenas, introduzindo inúmeros interlocutores <strong>no</strong>vos,governamentais e não governamentais, nacionais e internacionais,neste campo, com os quais os índios tiveram que passar a dialogar.Lidar com essa variedade de atores, sem abrir mão do sonhado94 Povos indígenas e universidades <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>

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