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Revista Democracia, Direitos Humanos e Mediação de ... - Gajop

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2725,1% em relação ao total das famíliasno País, mas chega a 40,4% entre asfamílias com crianças <strong>de</strong> até 14 anos.Quando se consi<strong>de</strong>ram apenas asfamílias com crianças na faixa até os 6anos, o percentual é mais alto: 45,4%,ou seja, as famílias com filhos nestafaixa etária são mais pobres. Contudo,além da pobreza, a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> temoutras dimensões, outrascondicionantes e limitações para aação pública.De nada adianta falar emredução da mortalida<strong>de</strong> infantil, <strong>de</strong>evasão escolar no Brasil, se nãodissecarem esses dados para seconstatar que essa redução ocorre,por exemplo, em níveis maiores emmunicípios da Região Sul, que osdados referentes ao aumento damortalida<strong>de</strong> por morte violenta(homicídio, por exemplo) referem-semuito mais a municípios da RegiãoNor<strong>de</strong>ste e que a Região Norte tem ospiores índices no <strong>de</strong>senvolvimento daspolíticas públicas e no acesso àJustiça. A <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> tem diferentesdimensões regionais, geográficas.Como exemplo, tome-se a diferençado percentual <strong>de</strong> famílias com criançase adolescentes <strong>de</strong> até 14 anos quevivem em situação <strong>de</strong> pobreza no Sul(26,5%) e no Nor<strong>de</strong>ste (63,1%), ouseja, além <strong>de</strong> ser nacionalmente<strong>de</strong>sigual, o Brasil tem disparida<strong>de</strong>sregionais que chegam a quase 40pontos percentuais (IBGE, 2007).O mesmo se diga que aexploração e a violência têm raça/cor eetnia no Brasil, atingindo <strong>de</strong> maneiramaciça e sistemática a populaçãoindígena e afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte; e mais,igualmente, atingindo pessoas com<strong>de</strong>ficiência, LGBTT, crianças,adolescentes e jovens, idosos emulheres. Essas são também variáveisimportantíssimas na análise <strong>de</strong>ssesdados e informações. Ai <strong>de</strong> quemnasce pobre, ribeirinho amazônico,mulher, adolescente, afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte,lésbica, pessoa com <strong>de</strong>ficiência, porexemplo, nos municípios <strong>de</strong>ste Brasil.A <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> tem comocondicionante o fator cor/raça. Em2005, o Relatório <strong>de</strong> DesenvolvimentoHumano do Brasil (PNUD, 2005) focouas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s étnico-raciais. Deacordo com esse documento:Caso formassem uma nação à parte,os brancos, com um nível <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento humano alto [...] Apopulação negra, com um nível <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento humano médio [...] Adistância entre brancos e negros,portanto, seria enorme: 61 posições noranking do IDH mundial. (PNUD, 2005,p. 58).A população branca teria IDHalto (0,814) e ficaria na 44.ª posição noranking mundial – semelhante à da

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