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ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - ftc ead

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EstágioSupervisionado I1


EstágioSupervisionado ISOMESBSociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda.Presidente ♦ Gervásio Meneses de OliveiraVice-Presidente ♦ William OliveiraSuperintendente Administrativo e Financeiro ♦ Samuel SoaresSuperintendente de Ensino, Pesquisa e Extensão ♦ Germano TabacofSuperintendente de Desenvolvimento e>>Planejamento Acadêmico ♦ Pedro Daltro Gusmão da SilvaFTC - EaDFaculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a DistânciaDiretor Geral ♦Diretor Acadêmico ♦Diretor de Tecnologia ♦Gerente Acadêmico ♦Gerente de Ensino ♦Gerente de Suporte Tecnológico ♦Coord. de Softwares e Sistemas ♦Coord. de Telecomunicações e Hardware ♦Coord. de Produção de Material Didático ♦Reinaldo de Oliveira BorbaRoberto Frederico MerhyJean Carlo NeroneRonaldo CostaJane FreireLuis Carlos Nogueira AbbehusenRomulo Augusto MerhyOsmane ChavesJoão JacomelEQUIPE DE ELABORAÇÃO/PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO:♦ PRODUÇÃO ACADÊMICA ♦Gerente de Ensino ♦ Jane FreireAutores (as) ♦ Ana Tereza Gonçalves Ribeiro, Denise Mariade Jesus Santos, Edleide Carvalho de Araújo,Isabela SantosAlbuquerque.Coordenadora ♦ Gisele das Chagas CostaSupervisão ♦ Ana Paula Amorim♦ PRODUÇÃO TÉCNICA ♦Revisão Final ♦ Carlos Magno Brito Almeida SantosEquipe ♦ Alexandre Ribeiro, Ana Carolina Alves, Cefas Gomes,Delmara Brito, Diego Maia, Fábio Gonçalves, Francisco FrançaJúnior, Israel Dantas, Lucas do Vale e Mariucha Silveira.Editoração ♦ Diego MaiaIlustração ♦ Francisco França Júnior e Fábio GonçalvesImagens ♦ Corbis/Image100/Imagemsourcecopyright © FTC EaDTodos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98.É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito,da FTC EaD - Faculdade de Tecnologia e Ciências - Ensino a Distância.www.<strong>ftc</strong>.br/<strong>ead</strong>2


EstágioSupervisionado I4


Apresentação da DisciplinaPrezado (a) aluno (a),O ensino da Geografia se inscreve num amplo debate que, não sendonecessariamente novo, permanece muito atual, por trazer à tona questõesde centralidade pedagógica do saber geográfico. Essa discussão nãoenvolve apenas os aspectos epistemológicos e pressupostos teóricometodológicosque procuram sustentar as bases da ciência geográfica, masabarca, também, o processo de construção da prática docente e daidentidade profissional em Geografia. Neste sentido, é necessário aoprofessor de Geografia, hoje, conceber não apenas formas de compartilhar,ensinar e aprender conteúdos geográficos, mas de ter clareza dos objetivospedagógicos e do seu papel enquanto agente criativo, flexível e crítico dosaber.Estamos, então, diante de um desafio: a formação docente emGeografia. É, portanto, um desafio que se conviverá constantemente, já queo exercício da docência é uma ação continuada. Encarado como processo,o ensinar Geografia deve ser compreendido como um impulso à criatividade,à inovação, à reflexão e à crítica. Visando melhor enfrentar este processo, éque a disciplina Estágio Supervisionado I oferece caminhos a essa construçãoda prática pedagógica em várias dimensões e perspectivas.Convidamos você a realizar uma leitura e análise das discussões aquiapresentadas sobre a articulação do fazer pedagógico com os conhecimentosgeográficos. No decurso desta disciplina, você terá diferentes momentos quelhe oportunizarão aprendizagens singulares sobre o contexto do ensino deGeografia, a fim de que possa melhor preparar-se ao exercício da docência,permitindo-lhe alcançar o sentido do ensino e da aprendizagem.Seja bem vindo!ProfessorasAna Tereza Gonçalves RibeiroDenise Maria de Jesus SantosEdleide Carvalho de AraújoIsabela Santos Albuquerque5


EstágioSupervisionado I6


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É umaoportunidade de articulação entre o momento do saber e o momento do fazer.O aprender a ser professor, dessa forma, é reconhecido como um saber profissional voltadoa uma ação docente atendendo aos princípios do ensino.Estágio Supervisionado: O que é, Etapas e ImportânciaVocês já estão na metade do curso e é obrigatório por lei realizar o estágiosupervisionado, visto que, esse processo os conduzirá a vivência da realidade escolarnas Instituições de Ensino. Vamos conhecer um pouco acerca do histórico do iníciodo Estágio a sua concepção e importância na sua vida acadêmica e profissional?123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Como surgiu esse processo no âmbito educacional?Foi realizado na Universidade de Brasília o I EncontroNacional de Professores e Didática com a finalidade de discutirsobre a legislação que tornava obrigatório o estágio deestudantes. Acreditavam ser de grande importância colocar oseducandos no mercado de trabalho para contato prévio com aprofissão almejada.Então, em dezembro de 1996, em Natal, aconteceu oEncontro Nacional do Estágio Supervisionado de Administração (Enaescar), onde seestabeleceu algumas diretrizes, tais como:Os trabalhos de Estágio deverão ser desenvolvidos em função das exigênciasdas organizações, direcionados às áreas de interesses dos alunos e dasrespectivas IES às quais pertencem;Os trabalhos e a orientação de Estágio deverão ter acompanhamento e avaliaçãosistemática, previamente definido em regulamento da Instituição;O Estágio deverá ser interpretado como ponto convergente do curso devendoter como critérios orientadores a excelência, a praticidade, a qualidade e autilidade da produção acadêmica;O trabalho de Estágio deverá gerar um banco de dados no qual estejam inseridosconhecimentos, por parte do aluno, de forma que possam ser relacionados eaplicados em outras organizações e outras instituições de ensino;O trabalho de Estágio deverá ser um facilitador no ajustamento natural do alunono campo profissional dos administradores;A avaliação do trabalho de Estágio deverá contemplar, simultaneamente, o produtofinal gerado e o processo que conduziu a este produto;8


As horas dedicadas ao trabalho de Estágio deverão ser distribuídas em atividadesteóricas e de campo;As IES deverão gerar sistemas de controle para o processo de acompanhamentoe avaliação dos conhecimentos teóricos e práticos dos alunos adquiridos noEstágio;O produto final do Estágio deverá ser em forma de relatório, conforme metodologiaespecífica da IES, atendendo a normatização da ABNT, e defendido perantebanca examinadora;O Estágio deverá ser realizado após um processo cumulativo, de acordo com oprojeto pedagógico de cada IES, vinculando-se a área específica à conclusãodo estudo da matéria pertinente;A sistematética do Estágio deverá ser avaliada periodicamente e os resultadosdocumentados;Cada IES editará o seu Manual de Estágio Supervisionado;O Estágio deverá estar respaldado por um instrumento legal, celebrado com aOrganização concedente e a interveniência da Instituição de Ensino, remunerandoou não e com seguro de acidentes pessoais obrigatório.Após conhecer as diretrizes que nortearam e norteia o processo de estágio, naoportunidade, se faz interessante conhecer também a legislação sobre o mesmo.A portaria n. 1.002, de 29 de setembro de 1972, do Departamento Nacional de Mãode-Obrado Ministério do Trabalho foi a primeira referência a eles.A lei n. 6.494, sancionada em 7 de dezembro de 1977, de maneira mais minuciosa,“dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e deensino profissionalizante do segundo grau e supletivo e dá outras providências”.O Decreto n. 87.497, de 18 de agosto de 1982, regulamenta a Lei n. 6.494.Da nova LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, consta,em seu artigo 82: “Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dosestágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em suajurisdição”.Consta no Boletim IOB-Informações Objetivas-40/93, ou seja, o estudante pode realizaro estágio em duas diferentes situações:Item 9 – Estágio não é emprego. O Estágio de Estudantes não se confunde e nãodeve se confundir com emprego, quer de caráter temporário, quer de duração indeterminada.São figuras totalmente distintas. O estágio, desenvolvido ao longo do curso do estudante,em atividades correlacionadas à sua área de formação profissional, não é, portanto, emprego.Logo, não cria vínculo empregatício entre as partes e é regulamentado por legislaçãoespecífica.Item 14 - Estágio no próprio emprego. O empregado que, por ser estudante, necessitarda realização de um período de estágio, pode fazê-lo nas dependências da própria empresa,sem perder a condição de empregado. Nesse caso, se o período de estágio ocorrer emhorário ou áreas distintos do expediente normal de trabalho do empregado, a empresadeve informar o estágio com a documentação legal exigida e com a interveniência obrigatóriada instituição de ensino, para comprovação perante a fiscalização trabalhista.9


EstágioSupervisionado IAfinal, o que é Estágio Supervisionado?De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para formação deprofessores, o Perecer CNE – CP 21/2001, define o Estágio supervisionadocomo o tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência,alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depoispoder exercer uma profissão ou ofício. Assim, o estágio supõe uma relação pedagógicaentre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalhoe um aluno estagiário. Por isso, é que este momento se chama estágio supervisionado.O estágio curricular supervisionado é um momento de formação profissional doformando, seja pelo exercício direto in loco, seja pela presença participativa em ambientepróprio de atividades daquela área profissional, sob a responsabilidade de um profissionaljá habilitado.O estágio é uma das condições para obtenção da respectiva licença. Não se tratade uma atividade avulsa. Ele é necessário, como momento de preparação próxima, emuma unidade de ensino.Por or que é importante arealização do EstágioSupervisionado?O momento do estágio se faz importante por que junto com a prática de ensino, arelação teoria e prática social, como expressa o Art. 1º, § 2º da LDB, o estágio é o momentode efetivar, sob a supervisão de um profissional experiente, um processo de ensino/aprendizagem que se tornará concreto e autônomo, quando da profissionalização desteestagiário.Pode-se dizer que o estágio pretende oferecer ao futuro licenciado um conhecimentodo real em situação de trabalho, diretamente em unidades escolares dos sistemas deensino. É um momento para se verificar e provar (em si e no outro) a realização dascompetências exigidas na prática profissional e exigível dos formandos, especialmentequanto à regência. É um modo especial de atividade de capacitação em serviço, onde oestagiário assume efetivamente o papel de professor, testando suas competências por umdeterminado período. Sugere-se que este tempo supervisionado não seja prolongado, masseja denso e contínuo, pois é o momento em que a relação teoria/prática já seja um atoeducativo em ação.Nesse momento, compete ao estagiário demonstrar seu conhecimento pela teoriaaprendida dentro da sua área de atuação, sendo competente e firme nas suas ações,sabendo ouvir para aprender e ter conceitos claros, ser simples e demonstrá-los de maneiracordial.É importante lembrar que é necessário manter uma postura ética e moral durante arealização do estágio; e ser ético no local de estágio é compreender e estar atento ao queé válido fazer ou não.Assim, o estágio supervisionado deverá ser um componente obrigatório daorganização curricular das licenciaturas, sendo uma atividade intrinsecamente articuladacom a prática de ensino e com as atividades de trabalho acadêmico.10


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A disciplina promove articulação entre teoria e a prática, possibilitando atividadesde cunho interdisciplinar, fazendo o seu conteúdo pedagógico transitar e dialogar por essese pelos demais componentes curriculares, como também pelas Unidades Escolares, emuma espiral avançada de descobertas, construção de novas posturas e produção deconhecimento.O Estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática aser cumprida formalmente... Deve, sim, assumir a sua função prática,revisada numa dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de trocade serviços e de possibilidades de abertura para mudanças (KULCSAR,1994, p. 65).O estágio é reconhecido com um campo de conhecimentos e eixo curricular noscursos de formação de professores, possibilitando aos graduandos à construção daidentidade, e habilidade para o exercício do profissional docente.Diante disso, podemos questionar: em que consiste a identidade docente?De que maneira o estágio pode contribuir na sua construção?12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012????? ?O professor constrói a sua identidade ao longo de sua trajetória no magistério, porémé no processo de formação que são consolidadas as opções e intenções da profissão. E oestágio possibilita momentos de reflexão sobre o fortalecimento de sua identidade, atravésdas experiências vivenciadas e a história pessoal, no coletivo e na sociedade.Segundo Pimenta (2004), a construção e o fortalecimento da identidade e odesenvolvimento de convicções em relação à profissão estão ligadas às condições detrabalho e ao reconhecimento e valorização conferida pela sociedade à categoriaprofissional. Desta forma, os saberes, a identidade profissional e as práticas formativaspresentes nos cursos de formação docente precisam incluir aspectos alusivos ao modocomo a profissão é representada e explicitada socialmente.A sala de aula é o espaço para a teoria e o campo profissional é o espaço para aprática, contribui para que na realização do estágio curricular se concentre nos seus aspectosburocráticos. Fávero (2002, p.65), propõe a construção de uma concepção dialética, emque teoria e prática sejam considerados como um núcleo articulador no processo deformação a partir do trabalho desenvolvido com esses dois elementos de forma integrada,indissociável e complementar.A concepção dialética na formação nos ajuda a compreender a teoria e a prática,como elementos da práxis pedagógica, e para construí-la é necessário não só aprender esim saber fazer, é preciso que o professor, além de saber e de saber fazer, deve compreendero que faz.O estágio promove espaço e tempo no currículo de formação destinado às atividadesque devem ser realizadas pelos discentes nos futuros campos de atuação profissional,onde alunos devem fazer leitura da realidade, o que exige competências para “saberobservar, descrever, registrar, interpretar e problematizar e, conseqüentemente, proporalternativas de intervenção” (Pimenta, 2001.p.76).11


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Os educadoresauxiliam com seus saberes, seus valores, suas competências, nesta complexa tarefa.É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, váficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem formase forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao serformado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos,conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estiloou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência,as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam,não se reduzem à condição de objeto, um do outro (FREIRE, 1996, p. 12).Em cursos de formação de educadores, ou até mesmo de educação continuada oupermanente, deve-se propiciar a possibilidade de um confronto, onde as diferentesabordagens do processo ensino-aprendizagem sejam conhecidas por todos os envolvidosnesse movimento e repensadas, buscando visualizar os pontos de interseção que talconfronto pode criar.É necessário criar oportunidades para que o educador possa analisar o seu fazerpedagógico, objetivando a busca da consciência de sua ação e, assim, poder não somenteter capacidade de criar mecanismos de contextualização e interpretação, mas tambémbuscar a superação dos limites e entraves que existem em sua própria prática. (Freire,1996).O que fazer para ficar bem preparado para a sala de aula?123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123São reflexões que todo formando se faz. Trata-se de especificidadesacerca da prática de ensino, e o estágio como possibilidade de lhe fornecerelementos e oportunidades para a compreensão do seu processo.Para Sant‘Anna (1991), a atividade de ensinar caracteriza-se porações de alunos e professores que propiciam mudança de atitude esentimentos no educando. Provoca mudanças e aprendizagens profundase permanentes, não se limitando à aquisição de conteúdos.As teorias de ensino propiciam os caminhos para que a informaçãose processe de forma quantitativa e qualitativa na absorção dos conteúdos da matéria deensino. O educador deve ter sempre as seguintes palavras de Albert Einstein: “Não é obastante ensinar ao homem uma especialidade. Por ela, ele pode vir a ser útil, mas nãouma personalidade harmoniosa e desenvolvida”.12


12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012É imprescindível que o professor que se prepara para lecionar na educaçãobásica demonstre ter desenvolvido ou tenha a oportunidade de desenvolver, de modosólido e pleno, as competências previstas para os egressos da educação básica, taiscomo as estabelecidas nas diretrizes curriculares nacionais da educação básica.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Etapas do Estágio SupervisionadoNa seqüência, serão apresentadas reflexões sobre o planejamento, execução e aavaliação das atividades de estágio, ambos devem ser compreendidos como processocontínuo e coletivo.• O planejamento do estágioPor que o planejamento do estágio é importante?O planejamento durante o estágio é de suma importância, porque define as diretrizesda ação do estagiário, oportunizando maior clareza no processo, evitando cair na meraexecução de atividades cotidiana, sem a compreensão do por que e para que do estágio eda realização das ações.O planejamento precisa ser elaborado no início do estágio contemplando o objetivopedagógico; voltado para o discente e para os conhecimentos que se propõe atingir noperíodo de estágio, nesse momento de formação profissional. E os objetivos voltados paraa ação profissional, que são definidos no projeto específico de atuação do estagiário, deacordo com a realidade do lugar escolhido pelo estudante, para executar o projeto deintervenção.Os dois se complementam, à medida que valoriza no atendimento à finalidade deformação profissional do estudante, ao mesmo tempo em que atende também de formaadequada ao usuário, à população. Daí a importância de um plano específico, no sentidode alcançar os dois níveis de objetivos.Nesse momento, vamos relembrar o que sabemos acerca do planejamento. Depoisrefletiremos sobre a construção do plano de estágio.Como educadores que somos ou que seremos, precisamos entender que oplanejamento é um instrumento fundamental diário no ato de ensinar. Na nossa práticacotidiana elaboramos com freqüência planos de aula, programas e projetosmultiprofissionais, frentes às demandas que surgem no dia a dia.Planejar é um ato inerente ao homem. Ele planeja suas ações cotidianas sem se darconta de estar realizando o mesmo.O ato de planejar, no contexto profissional, torna-se fundamental, assumindo umaimportância impar, pois na medida em que as decisões vão tornando-se mais complexas,(difícil de concretizar os objetivos, os obstáculos apresentados, a escassez de recursos, asquestões políticas), mais necessário se torna o ato de planejar.De acordo com Amencar (1997), o planejamento é um processo sistemático, atravésdo qual os integrantes de uma organização identificam e definem ações que precisam serexecutadas para superar problemas, fortalecer potencialidades e alcançar objetivos comuns.Surge para redirecionar os caminhos, melhorando as ações.Na concepção de Gandin (1995), ...ele consiste exatamente no processo de explicara realidade desejada e de construir (transformar) a realidade existente tendo como rumoaquela realidade desejada. O planejamento é, justamente, a inteligência que dá eficácia aesse processo.13


EstágioSupervisionado IE Baptista (1981), afirma que “...processo permanente e metódico deabordagem racional e científica de problemas.Podemos perceber nos conceitos citados acima, algumas característicasdo planejamento, como: é um processo, mas não se esgota em si mesmo;constantemente encontra-se na posição de “vir a ser”, resulta do dinamismoda realidade e transformações provocadas durante a sua execução, por isso éflexível.Enquanto processo, ele, por si exige a reflexão, decisão (momento que pré determinao que, por que, como, quando e com quanto fazer); a ação e avaliação/revisão. Oplanejamento é uma idéia em ação, logo é comum ocorrer falhas ao pensarmos e aocolocarmos em prática reflete no trabalho a ser realizado, daí demonstra que o planejamentodeve acontecer em três grandes momentos: elaboração, execução e avaliação.Diante do exposto notem que qualquer plano, programa ou projeto só têm sentido nomomento em que for executado e a sua execução á medida em que for avaliada em umprocesso contínuo de relação dialética, de realimentação teórico-prático.Vale ressaltar que o planejamento pode ser operacionalizado a partir do ponto devista tecnocrata ou participativo.No âmbito educacional é mais interessante utilizarmos o planejamento participativo,visto que, o mesmo viabiliza uma prática dialética entre os envolvidos no processo.Diante do exposto, pode-se perceber que o ato de planejar parte do estudo, dapesquisa, da analise, da reflexão e da compreensão de uma determinada realidade. Esseestudo não pode perder de vista a concepção de homem, mundo e sociedade que o grupoque está planejando tem. Nesse momento evidencia-se a sua postura política e ideológica.Vejamos como proceder em relação aos aspectos metodológicos do planejamento:Buscar o conhecimento da situação real;Configurar a situação idealizada (distinguir o que pretendo);Apontar as dificuldades e obstáculos, visando superá-los para concretizar osobjetivos;Programar os objetivos, as etapas, os instrumentos, as atividades, diagnosticandoo ideal e o real.Vale lembrar que, a avaliação no processo do planejamento deve ser contínua,utilizando instrumentos válidos, indicadores e meios estabelecidos previamente. Sendoassim, o planejamento mostra na prática o seu aspecto operacional: a finalidade, justificativa,e com quem realizá-lo.O planejamento de estágio deve contemplar o plano pedagógico e o de atuação,viabilizando uma experiência construtiva para todos os indivíduos envolvidos no processo,expressando as diretrizes operacionais e políticos sociais do estágio.• Execução do EstágioEsse é o momento em que o estudante iniciará a sua vivência concreta. É aoportunidade de experimentar, perceber e apropriar-se da realidade do sistema de ensinono âmbito educacional. Aqui o discente poderá identificar, selecionar, os conhecimentosnecessários e válidos para a sua formação profissional. É o momento de aprofundarparâmetros da construção, reflexão e crítica, visando avançar na aquisição de sua autonomiaprofissional, ou seja, conhecer o que são, fazem e sabem, justificando a razão de sua ação.Sendo assim, é importante conhecer os três momentos de desenvolvimentos do estágioem campo. Que são: a observação, a co-participação e a regência.14


1. A observação – é um período em que o estagiário vai acompanhar através daobservação a prática do professor regente em determinada turma por um tempo. Perceberáa ação dos docentes e discentes no processo de ensino e aprendizagem. Também terá aoportunidade de compreender o contexto da instituição, identificando as metodologias dosprofessores, a cultura da escola e como a mesma organiza e exerce a sua relação depoder, seu projeto político pedagógico. O estudante tem a oportunidade em compartilharsaberes dentro da escola, inclusive e principalmente com os educadores da instituição.2. A co-participação – é o momento em que o discente compartilha junto com oprofessor regente as atividades com a turma, é a vivência do ensino na prática de formagradativa com os alunos já conhecidos durante o processo de observação, inserindo-secomo co-autor. Aqui eles passam a desenvolver atividades que anteriormente ajudaram aconstruir. Durante a co-participação o graduando pode participar dos conselhos de classes,encontros pedagógicos, para realizar o planejamento junto com o corpo docente da escola.3. A regência – é o momento em que efetivamente o estagiário ministrará aulaspara determinada classe por um período de tempo. Representa assumir a responsabilidadeda sala de aula e execução das diversas tarefas inerentes ao trabalho docente: planejamento,realização e avaliação, com autonomia e total responsabilidade acerca dos resultadosobtidos. O licenciando deverá ser apoiado e ter suporte do professor. Aqui representa achance do estudante realizar o melhor que puder e aproveitar a oportunidade para realizarreflexões sobre a sua ação. As atividades desenvolvidas durante a regência devem seracompanhadas pelo professor da classe e supervisor durante encontros semanais, com oobjetivo de refletir e discutir sobre a realidade da sala de aula, troca de experiências,esclarecimento de dúvidas, suporte teórico, avaliação e replanejamento. Ao final do processoé importante para o aluno elaborar um relatório, pois o mesmo auxilia na articulação dossaberes aplicados a sua prática, além de avaliar os resultados alcançados. Tal construçãocontribui para o desenvolvimento da sua capacidade enquanto profissional.• Avaliação do EstágioConceitoSegundo Oliveira (2003), devem representar as avaliações àqueles instrumentosimprescindíveis à verificação do aprendizado efetivamente realizado pelo aluno, ao mesmotempo em que forneçam subsídios ao trabalho docente, direcionando o esforço empreendidono processo de ensino e aprendizagem de forma a contemplar a melhor abordagempedagógica e o mais pertinente método didático adequado à disciplina [...].Para Esteban (2003), o processo avaliativo faz parte da continuidade aos estudosaprendidos pelos alunos no decorrer do processo de ensino e aprendizagem. Para ela, aavaliação é uma prática de investigação. E cabe a nós educadores, induzir os nossos alunosa buscar essa investigação, levando em consideração o erro/acerto, o fazer/refazer paraaprendermos a construir nossos conhecimentos fundamentados em dados concretos.É obrigação dos educadores buscar a atuação como pesquisadores, como criadoresde instrumentos e critérios avaliativos inovadores; precisam criar alternativas metodológicas,visando desenvolver suas habilidades e competências para proporcionar aos seus alunos,novos desafios, incentivando-os a buscarem novas descobertas na arte de avaliar. O grandedesafio dos educadores hoje, é descobrir novos caminhos para se avaliar com prazer,15


EstágioSupervisionado Ipesquisar e descobrir novos conhecimentos, buscando construir novasaprendizagens, proporcionando um ensino de qualidade.“O educador precisa incentivar os educandos a pesquisarem, a secomprometerem, a se auto-avaliarem e serem avaliados pelo grupo, pois aavaliação é um processo natural no desenvolvimento humano” (FREIRE, 1997,p.38).A avaliação é um processo contínuo e permanente na vida de todos os atoresenvolvidos na arte de educar. Precisamos de apoio, ajuda, orientação, e até mesmo de umpouco de solidariedade ao avaliarmos e sermos avaliados. Pois é necessária a consciênciade que nós educadores estamos trabalhando com seres humanos que possuem sentimentos,pensamentos e ações.“O desenvolvimento de uma consciência crítica, que permite aohomem transformar a realidade, é cada vez mais urgente. Na medida emque os homens, dentro de sua sociedade, vão respondendo aos desafiosdo mundo, vão também fazendo história, por sua própria atividade criadora”(FREIRE, 1981 p.52).Para se aplicar uma avaliação numa perspectiva construtiva é necessário umapedagogia que acredite que o ser humano é um ser inacabado e que estar constantementeem processo de construção, com potencialidades, biológicas, psicológicas e espirituais aserem desenvolvidos. E que os educadores pratiquem a avaliação para acolher, nutrir,sustentar e confortar de forma amorosa os educandos.O Estágio Supervisionado como outra disciplina qualquer tem o seu momento deavaliação. Todas as atividades desenvolvidas pelo estudante deverão ser planejadas ediscutidas com os responsáveis. O aluno deverá registrar todas as suas observações eexperiências, acompanhadas de reflexões pedagógicas que serão expressos no relatórioparcial e final. Os planos de aula, o projeto desenvolvido, o cronograma, os recursos queserão construídos, constituir-se-ão em avaliações. O estagiário será avaliado durante operíodo da disciplina, através da atividade orientada e deverá apresentar um relatório parcialdo Estágio Supervisionado I por ele realizado, que será avaliado durante a realização doEstágio Supervisionado II.Zabala (1999, p.17) afirma que o planejamento e a avaliação dos processoseducacionais são uma parte inseparável da atuação docente, já que o que acontece nasaulas, a própria intervenção pedagógica, nunca pode ser entendida sem uma análise queleve em conta as intenções, as previsões, as expectativas e a avaliação dos resultados.Observe a tabela comparativa entre uma concepção tradicional e uma concepçãomais adequada de avaliação.Modelo Tradicional de AvaliaçãoFoco na promoção – o alvo dosalunos é a promoção. No início das aulas,se discutem as regras e os modos pelosquais as notas serão obtidas para apromoção de uma série para outra.Implicação – as notas serãoobservadas e registradas. Não importacomo elas foram obtidas, nem por qualprocesso o aluno passou.Modelo mais AdequadoFoco na aprendizagem – o alvodo aluno deve ser a aprendizagem e o quede proveitoso e prazeroso dela obtém.Implicação – neste contexto, aavaliação deve ser um auxílio para se saberquais objetivos foram atingidos, quaisainda faltam e quais as interferências doprofessor que podem ajudar o aluno.16


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Foco nas provas – são utilizadascomo objeto de pressão psicológica, sobpretexto de serem um elemento motivadorda aprendizagem. Professores ameaçamdizendo: “Estudem! Caso contrário, vocêspoderão se dar mal no dia da prova!” ouFiquem quietos! Prestem atenção! No diada prova vêm aí e vocês verão o que vaiacontecer...”Implicação – as provas sãoutilizadas como fator negativo de motivação.Os alunos as significam porque sãoinstrumentos de ameaça e não porquerevelarão a aprendizagem construída emrelação aos conteúdos e habilidadespropostos. Estimula o desenvolvimento dasubmissão e de hábitos de comportamentofísico tenso (stresse).Os estabelecimentos de ensinoestão centrados nos resultados dasprovas e exames – eles se preocupamcom as notas que demonstram o quadroglobal dos alunos, para a promoção oureprovação.Implicação – O processo educativopermanece oculto. (não se buscam os reaismotivos para discrepâncias emdeterminadas disciplinas).O sistema social se contenta comas notas – as notas são suficientes paraos quadros estatísticos. Resultados dentroda normalidade são bem vindos.Implicação – não há garantia sobrea qualidade, somente os resultadosinteressam, mas estes são relativos.Foco nas competências – Odesenvolvimento das competênciasprevistas no projeto educacional deve sera meta em comum dos professores.Implicação – A avaliação deixa deser somente um objeto de certificação daconsecução de objetivos, mas também setorna necessária como instrumento dediagnóstico e acompanhamento doprocesso de aprendizagem.Estabelecimentos de ensinocentrados na qualidade – osestabelecimentos de ensino preocupam-secom o presente e o futuro do aluno,especialmente com relação à sua inclusãosocial (percepção do mundo, criatividade,empregabilidade, interação,posicionamento, criticidade).Implicação – o foco da escolapassa a ser o resultado de seu ensino parao aluno e não a média do aluno na escola.Sistema social preocupado como futuro – pretende reverter o quadro daeducação “domesticadora” para“humanizadora”.Implicação – valorização daeducação que traz resultados efetivos paraa construção da cidadania pelo indivíduo.O Trabalho Docente: A Construção da Práxis PedagógicaDe acordo com o conceito de ação docente, a profissão de educar éuma prática docente. É uma forma de intervir na realidade social, por meio daeducação que ocorre não só, mas essencialmente, nas instituições de ensino.Isso porque a atividade docente é ao mesmo tempo prática e ação.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901217


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123EstágioSupervisionado IPara Sacristán (1999), a prática é institucionalizada; são as formas deeducar que ocorram em diferentes contextos institucionalizados, configurandoa cultura e a tradição das instituições. Essa tradição seria o conteúdo e o métododa educação.Para Zabala (1998), a estrutura da prática institucional obedece amúltiplos determinantes, tendo sua justificação em parâmetros institucionais,organizativos, tradições metodológicas, possibilidades reais dos professorese das condições físicas existenciais.A ação refere-se aos sujeitos, seu modo de agir e pensar, seus valores,compromissos, opções, desejos, vontade, conhecimento, esquemas teóricos de leitura domundo, seu modo de ensinar, de se relacionar com os alunos, de planejar e desenvolverseu curso.Precisamos compreender a imbricação entre sujeitos e instituições, ação e prática.O professor precisa buscar um novo saber calcado na práxis (em seu pleno sentidode autonomia), criando a necessidade de conduzir uma práxis que, no campo pedagógicoe igualmente nos campos ideológico político, se comprometa com um trabalho de subversãodo desconhecimento instituído. (Imbert, op. Cit,p. 73).Existe uma preocupação central referente à experiência de Estágio Supervisionado,que é a construção de uma práxis que permita ao professor a descoberta de novos rostos,calcados em saberes docentes bem definidos.Tardiff (2002) cita algumas fases de construção desses saberes:Saberes dos professoresSaberes pessoaisSaberes oriundos da formação escolaranteriorSaberes oriundos da formação para omagistério/Curso de formação deprofessores, estágios,Saberes derivados dos programas elivros didáticos utilizadosSaberes adquiridos na própriaexperiência profissionalFontes sociais de aquisiçãoFamília, ambiente, história de vidaEnsino fundamental e médioFormação continuada recebidaProgramas, livros didáticos e paradidáticos.Prática adquirida no cotidiano escolar deaula, troca de experiências.Para ele, enquanto os professores são considerados práticos ou reflexivos queproduzem saberes específicos ao seu próprio trabalho e são capazes de deliberar sobresuas práticas, de objetivá-las e partilhá-las de aperfeiçoá-las e de introduzir inovaçõessusceptíveis de aumentar sua eficácia. A prática não é vista assim, como um simples campode aplicação de teorias elaboradas fora dela, por exemplo, nos centros de pesquisa e noslaboratórios. Ela torna-se um espaço original e relativamente autônomo de aprendizagem ede formação para os futuros práticos, bem como um espaço de produção de saberes e depráticas inovadoras pelos professores experientes.O Estágio Supervisionado é imprescindível à formação docente. Segundo Nóvoa(2002), deve se considerar três eixos fundamentais na formação do mesmo: a pessoa doprofessor e sua experiência; a profissão e seus saberes, e a escola e seus projetos. Paraele não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimento ou de técnica), mas simatravés de um trabalho de reflexão crítica sobre práticas e de (re) construção permanentede uma identidade pessoal.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123O saber é uma relação, um produto, relação do sujeito que conhece com o seumundo, resultado dessa interação (CHARLOT, 2000, p.61-62).12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012318


1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Competências Básicas para Ensinar de acordo com Paulo FreireUma das competências básicas é o professor manter o diálogo constante como estudante, ele deve auxiliar ao discente a ser ele mesmo. Se comunicar de forma adoar-se para o outro. Ajudar o indivíduo a questionar-se diante dos valores e aproblematizar a realidade diante do mundo existencial e também a tomar decisõesobjetivas, reais e desafiadoras, perante a realidade da vida.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012• O professor que dialoga e problematizaDe acordo com Freire (1975) deseja-se com o diálogo, a problematização acercado próprio conhecimento do indivíduo, com a realidade concreta, visando melhor compreendêla,explicá-la e transformá-la. A função do professor é promover através da relação dialógicaeducador - educando, educando - educador, a organização de um pensar correto em ambos.• O professor que conscientiza“Gosto de discutir sobre isto porque vivo assim, enquanto vivo, porém, não vejo. Agorasim, observo como vivo.A consciência é essa misteriosa e contraditória capacidade que tem o homem dedistanciar-se das coisas para fazê-las presentes, imediatamente presentes.... um método pedagógico que procura dar ao homem a oportunidade de re-descobrirseatravés da retomada reflexiva do próprio processo em que vai ele se descobrindo,manifestando e configurando – método de conscientização.Mas ninguém se conscientiza separadamente dos demais. A consciência se constituicomo consciência do mundo. Se cada consciência tivesse seu mundo, as consciências sedesencontrariam em mundos diferentes e separados. As consciências não se encontramno vazio de si mesmas, pois a consciência é sempre, radicalmente, consciência do mundo”(FRIORI, 1974).A consciência é uma das mais importantes faculdades inatas do ser humano. Daí aimportância em despertá-la durante o ensino formal, através de práticas pedagógicas,viabilizando a formação do ser integral.“Parece-nos claro que a Consciência, quando despertada e/ou construída em grausignificativo no Ser Humano, ajuda-o a eleger valores éticos, estéticos e morais, no mínimo,elevados”. (BARRETO, 2004, p. 51.).• O professor que facilita o pensamentoO pensar está ligado diretamente ao processo de conhecer. Daí a importância de noato de ensinar, conhecer como cada indivíduo aprende, considerando a individualização econstrução do conhecimento de cada um, pois cada pessoa tem um ritmo, auxiliá-los cadavez mais no desenvolvimento dos seus processos mentais e aguçar ainda mais aquelesque já estão desenvolvidos.“Uma população que não possa ou não deseja pensar sobre os seusproblemas não ficará livre e independente por muito tempo. Pensar é umaforma de aprender. Pensar é uma forma de perguntar pelos fatos, e se opensamento tem algum objetivo, os fatos assim encontrados serãosignificativos para esse objetivo” (RATHS, 1972).19


EstágioSupervisionado I• O professor que facilita a tomada de decisõesÉ demonstrado na maioria dos currículos que não se valoriza nem sedar atenção na prática docente o ensino para tomada de decisão. Não sediscute os processos de tomada de decisões e de escolhas. Tem-se aimpressão de que as pessoas aprendem a tomar decisões de formaautomática, porém, na prática, não ocorre dessa forma.• O professor que se comunicaA prática de ensino deve ser uma comunicação que implica em diálogo recíproco enão meramente um ato extencionista.“A comunicação implica uma reciprocidade que não pode serrompida. Por isso, não é possível compreender o pensamento fora de suafunção: cognoscitiva e comunicativa. Comunicar é comunicar-se em tornodo significadosignificante. Na comunicação não há sujeitospassivos. Os sujeitos co-intencionados ao objeto de seu pensar secomunicam seu conteúdo” (FREIRE, 1975).A capacidade de compartilhar abertamente e com honestidade ao seu próprio eu érequisito prévio da boa comunicação.Khôi apud Carmo (1997) afirma que “Durante séculos, o professor foi consideradocomo a fonte de todos os conhecimentos. Ele já não pode cumprir esta função numa épocaem que o saber não só se torna mais complexo de dia para dia, como também se modificarapidamente” (p.167) e orienta que o professor tem que deixar de ser um mero transmissorde informações para ensinar o aluno a buscar informações com criticidade.Na sociedade contemporânea vêm acontecendo várias transformações que refletemdiretamente na educação. O conhecimento, atualmente, é indicado como fundamental paraa produção de riqueza, o que exige mudanças nos modelos educacionais, pois, de acordocom opiniões de diversos autores que discutem educação e formação dos profissionais,as práticas dos professores não têm dado conta de atender aos desafios do contexto atual.Sandoval (1996, p.9), nos diz que “se o conhecimento é a chave, hoje, da atividadeprodutiva, isso requer mudanças radicais nos modelos educacionais”, e para isso, énecessário a participação ativa tanto do aluno como do professor.Segundo Libâneo (1998), para formar o aluno, para as exigências do mundocontemporâneo, é preciso uma formação de qualidade dos professores. “Há uma exigênciavisível de mudança da identidade profissional e nas formas de trabalho dos professores”.(p.52)A educação, não tem acompanhado o desenvolvimento tecnológico e científico, nãotem contribuído para a formação dos indivíduos preparados para este mundo que se constróicheios de tantas inovações.Diante do exposto faz-se urgente à redefinição do papel do educador para que ocorrao desenvolvimento dos processos educacionais. Sua atuação tenderá a sair da práticaexpositiva sábia de sala de aula para o diálogo dinâmico, do sentir.A preparação, pois, do professor deve realizar-se de maneira a torná-lo umprofissional qualificado, consciente do significado da educação, para que possa estenderessa consciência aos educandos, dando-lhes uma dimensão coletiva e solidária de suaexistência.Nesse sentido, autores como Severino (1999) dizem que valorizar o trabalho docentesignifica dotar os professores de perspectivas de análise que os ajudem a compreendercontextos nos quais se dá sua atividade docente, garantindo-lhes instrumentos adequadospara sua intervenção prática no processo social. É necessário, que esses profissionais seapropriem de conhecimentos, desenvolvam habilidades e principalmente hoje, dominemas novas tecnologias para dar conta das exigências na atualidade.20


12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A Ética Profissional do EducadorNa contemporaneidade, exige-se uma reflexão e uma postura ética em todosos setores da vida humana, especialmente no exercício das diversas profissões.Este é um momento de analisarmos então a definição de ética, o seu princípiofundamental e em especial à ética profissional.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Veremos então o que vem a ser:Ética/ Moral (valores).EtimologiaO termo ética é uma expressão do vocabulário grego ethos, que significa costume,maneira habitual de agir, índole (morada do ser). Sentido semelhante é atribuído à expressãolatina mos, moris, da qual deriva a palavra moral.ConceitoNa visão de Rodriguez, (1982), ética é a parte da filosofia que estuda a moralidadedo agir humano; quer dizer, considera os atos humanos enquanto são bons ou maus.Para Sertillanges (1916, p.35), ética é a ciência do que o homem deve ser emfunção daquilo que ele é, ou seja, é a parte da filosofia que estuda a moralidade dos atoshumanos.Freqüentemente se atribui à palavra moral uma dimensão religiosa, porém aquitrataremos de ética e moral como ciência prática de caráter filosófico que visa procurar obem do homem, voltada para a retidão moral dos atos humanos. Nesta perspectiva o conhecernão tem sentido em si, mas sim por se dirigir à ação, buscando o bem do homem. Assim, aatividade humana pode ser encarada como fazer (filosofia da arte) uma obra, ou agir (moralou ética) no caso em que as ações realizadas pelo homem orientem-no para atingir seubem absoluto e supremo.A ética como ciência prática não se detém no conhecimento da verdade em si, masem sua aplicação na conduta livre do homem, fornecendo-lhes as normas necessárias paraa forma correta de agir, por isso é uma ciência normativa.Aristóteles (1973), já dizia que não se estuda Ética para saber o que é a virtude, maspara aprender a tornar-se virtuoso e bom; de outra maneira, seria um estudo completamenteinútil.Assim, a construção da ética parte das exigências ou necessidades fundamentaisda natureza humana; estas não são aleatórias, mas existem no ser humano, portanto é umaquestão ética o desenvolvimento das potencialidades humanas. Antes do indivíduo sequestionar: o que devo fazer? Como devo me comportar? Deve se perguntar: o que sou?Como descobrir isso? Através da ação racional descobrirá a sua essência, seus valores eprincípios universais, suas faculdades ou capacidades, determinando também como vivêlas.De acordo com Silva (1994, p.6), “De um modo geral a ética é a ciência que tem porobjetivo a finalidade da vida humana e os meios para que isso seja alcançado” e Martins(1990, p. 24) complementa “Vejo a ética como caminho para a busca do aperfeiçoamentohumano”.Há uma tendência de separar ou diferenciar, de várias formas, o sentido de ética eda moral, porém pode-se afirmar que essas palavras são sinônimas, podendo uma substituir21


EstágioSupervisionado Iintegralmente a outra; assim nada impede que em vez de utilizar “código deética profissional” seja chamado de “código de moral profissional”. O importanteé aprofundar a razão de ser, os valores que tanto a moral ou a ética nosapresentam.Nosso dia-a-dia, muitas vezes não notamos as inúmeras formas,pessoais e coletivas, de busca da sobrevivência, preservação e promoçãoda vida. Por pequenas que sejam, revelam a capacidade de resistência,enorme criatividade e vontade de viver e buscar vias para promovercondições dignas de vida (FREIRE, 1996).O princípio fundamental da éticaDe acordo com Camargo (1999), existem três critérios auxiliares que facilitam adeterminação do princípio fundamental da ética.Os primeiros princípios são aqueles de fácil compreensão e aceitação, são universais;fazem parte do senso comum. Exemplo: respeitar a vida humana, respeitar as coisas alheias,ser fiel na vida conjugal (na cultura ocidental).Os segundos princípios são concretizados em situações mais específicas com maisdificuldades para aceitação unânime. Dependem de culturas, ideologias, tradições,costumes e interesses, havendo divergências entre os grupos humanos. Exemplo: respeitara vida humana de um feto, respeitar as coisas alheias de um rico, ser fiel na vida conjugal nocaso de ter sido traído.Os terceiros princípios são ainda mais difícil que o segundo, aqui entram em jogoproblemas ou realidades pessoais, especialmente de ordem emocional. Exemplo: respeitara vida humana de um feto descerebrado, respeitar as coisas alheias de um rico que ganhouna loteria, ser fiel na vida conjugal no caso de ser traído pelo melhor amigo.Com bases nesses três critérios é que cada pessoa procura responder para si o quedeve fazer, por exemplo: um médico responsável por um doente em coma, cujos parentespedem-lhe o desligamento dos aparelhos que ainda o mantêm vivo: desliga ou não? Comodiz o ditado popular “sua cabeça é o seu guia”A ética profissionalA expressão profissão provém do latim professione, dosubstantivo professio, foi empregado por Cícero (1992) como“ação de fazer profissão de”.O conceito de profissão na atualidade, representa:“trabalho que se pratica com habitualidade a serviço deterceiros”, ou seja, “prática constante de um ofício”O conceito é a evidência, perante terceiros, das capacidades e virtudes de ser umser no exercício de um trabalho habitual de qualidade superior. A ética profissional e aaplicação da ética geral no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estarimbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivê-los nas suasatividades de trabalho. Não se constrói um conceito pleno, todavia, sem que se pratiqueuma conduta também qualificada.Quando só existe a competência técnica e cientifica e não existe uma conduta virtuosa,a tendência é de que o conceito, no campo do trabalho, possa abalar-se, notadamente emprofissões que lidam com mais riscos. A profissão, pois, que pode enobrecer pela açãocorreta e competente, pode também ensejar a desmoralização, através da condutainconveniente, com a quebra de princípios éticos.O sentido de utilidade pode existir e a ética não se cumprir.22


Segundo Camargo (1999), toda profissão deve dispor de organizações adequadascom atividades, obrigações e responsabilidades com consciência de grupo; assim, asassociações profissionais, os sindicatos, os conselhos profissionais, são importantes paraa ética; desta maneira a pessoa encontra uma razão mais forte para viver de acordo com oprincípio de solidariedade; e também a conduta de cada um se reflete na formação daimagem da profissão.De acordo com Maximiano (1997, p.294) “Códigos de ética fazem parte do sistemade valores que orientam o comportamento das pessoas, grupos e das organizações e seusadministradores”.Quando a consciência profissional se estrutura em um trígono,formado pelos amores à profissão, à classe e à sociedade, nada existe atemer quanto ao sucesso da conduta humana; o dever passa então a seruma simples decorrência das convicções plantadas nas áreas recônditasdo ser, ali depositadas pelas formações educacionais básicas (SÁ, 1996).Os valores éticos podem se transformar, assim como a sociedade se transforma,considerando que na sociedade desempenhamos papéis diferenciados e adequados acada espaço de convivência. Nosso desempenho está associado ao que é preciso fazerna representação de cada papel. O que devemos ser é indicados pelas regras do coletivode que fazemos parte. Cada sociedade se compõe de um conjunto de “ethos”, ou seja,jeitos de ser, que conferem um caráter àquela organização.A ética e a virtudeA virtude é uma disposição firme e constante para a prática do bem, sãoessencialmente pessoais e para praticá-la nas ações, requer muito exercício de observaçãoe atenção antes do agir. As pessoas virtuosas apresentam uma postura ética constante nasua conduta diante das suas ações nas relações.De acordo com Sá (1996, p. 65), na conduta ética, a virtude é condição basilar, ouseja, não se pode conceber o ético sem o virtuoso como princípio, nem deixar de apreciartal capacidade em relação a terceiros.Quais virtudes o ser humano necessita fortalecer em si para facilitar asrelações sociais na área profissional e pessoal?A prudência – é a virtude que integra o caminho que direciona o homem a conhecera sua verdade interna, observando o método correto que promova a realização dos seusdesejos, usando a precaução para vencer todos os obstáculos que surgirem no seu dia adia.A fortaleza - é a firmeza que emerge do interior humano que o auxilia a vencer osobstáculos encontrados na arte do viver.A temperança – é uma das virtudes através da qual o indivíduo deve se conduzir, poisa mesma proporciona a solidariedade, a calma e a paciência para todos aqueles que apratica. Ela exige sensatez bas<strong>ead</strong>a num pensamento flexível e firme.A perseverança – é uma virtude que necessita de início a coragem para ousar seguidode esforço e persistência, constituindo em qualidades indispensáveis para a conclusão darealização do que deseja em devido tempo.A caridade – encontra-se diretamente ligada a necessidades que certas pessoasem ajudar ou serem ajudadas, sem que haja prejuízo entre as partes.A esperança - é uma confiança interna que auxilia o homem a suportar com resignaçãoos desesperos, tristezas e desilusões experimentadas em nosso cotidiano.23


EstágioSupervisionado IA fé é uma virtude que representa no ser humano o próprio conhecimentopor si adquirido. O indivíduo que tem fé é aquele que sabe, porque sente e temconvicção do seu saber.É importante refletirmos no nosso dia a dia as nossas ações, pois anossa postura e atitude diante da e para a vida precisa ter significado, serinteressante e conter beleza.Os vícios são reconhecidos como uma conduta ou costume nocivo ou condenávelnas relações sociais. Em termos éticos os vícios são adquiridos pelas pessoas, eles nãosão a negação das virtudes, mas atitudes contrárias ao bem para agir mal.Quais vícios o ser humano necessita minimizar ou exaurir em si para facilitaras relações sociais profissionais e pessoais?O orgulho – pode ser considerado como uma arrogância, presunção, estas encerramem si a vaidade. O orgulhoso se valoriza demais e diminui os outros.A avareza – demonstra o apego exagerado pelo dinheiro e, ás vezes, acumula riquezasfazendo uso de meios ilícitos e normalmente centra-se seu esforço nesse objetivo.A preguiça – é o recuo diante do trabalho e do esforço. O individuo preguiçoso éciente de suas obrigações, mas adia a realização, termina sentindo-se fraco e desanimado.A gula – é estabelecido entre os povos, em função de seus costumes. É a procuradesequilibrada dos prazeres de comer.A inveja – é a tristeza pelo bem alheio como obstáculo ao próprio bem. Para o invejoso,o bem do próximo é uma ameaça ao seu sucesso.A luxúria – é um vício caracterizado pela cobiça, de onde surgem os atos tão somenterelacionados com os interesses possessivos, apegando-se, em conseqüência, aos objetosque produzem sensações e prazeres materiais.A cólera ou ira - é um vício que transforma um homem em um senhor todo poderoso,se identificando pela paixão através de um afeto violento. Pela zanga através doaborrecimento, pela fúria através do ímpeto e pelo governo através da vingança. A pessoairada não raciocina, e não mede as conseqüências de seus atos.A sabedoria, o conhecimento, a crença e a certeza são qualidades que levam ohomem a seguir o caminho do real e da verdade sobre si. Segundo Camargo (1999), asvirtudes bem como os vícios demonstram que a ética é uma construção a partir do que elapretende com o seu ser, com sua vida, não só isoladas, mas junto com os outros nestasrealidades materiais. A palavra virtude origina-se da palavra latina “vis”, que significa força,energia, dinamismo; então o ser humano não pode esperar que as coisas aconteçam, masdeverá esforçar-se para imprimir um ritmo à sua vida.Tabela das virtudes e vícios com suas respectivas condutasVÍCIOS CONDUTA VIRTUDES CONDUTAORGULHO Arrogância,Sistemática, Insolência,Egoísmo, Presunção,Resistência.FORTALEZA Constância, Estabilidade,Igualdade, Estabilidade,Tolerância, Solidez,Segurança, Moderação.CÓLERAPaixão, Ódio, Agitação,Precipitação, Crime,Desforra, Ânsia.TEMPERANÇACalma, Serenidade,Brandura, Tranqüilidade,Meiguice e Sobriedade.24


12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012INVEJALUXÚRIAGULAPREGUIÇAAVAREZANervosismo, Ciúme,Suicídio, Calúnia, Tédio,Ganância.Corrupção, Volúpia,Ilusão, Sensualidade,Possessividade eCobiça.Irracionalidade,Superstição, Fanatismo,Depressão, Angústia,Excessividade,Repugnância.Fraqueza, Ociosidade,Desânimo, Revolta,Ignorância e Desespero.Apego, Ambição,Insegurança, Receio,Descrença.PRUDÊNCIAPERSEVERANÇAESPERANÇACARIDADEFÉDeterminação, Vigilância,Prevenção,Premeditação, Atenção,Reflexão e Precaução.Fixidez, Análise,Persistência, Coragem,Sabedoria, Ousadia eEsforço.Felicidade, Resigno,Compreensão,Confiança, Sentimento,Reconhecimento eVerdadeirismo.Sensibilidade,Dedicação, Respeito,Racionalidade, Renúncia,Despreendimento eConsciência.Racionalização,Justiça,Certeza, Retidão,Convicção e Paz Interior.Vamos agora analisar aspectos objetivos e subjetivos sobre o ser humanoque são de suma importância e fundamental que auxiliam para equacionar umasérie de questões ou situações que podem surgir na existência humana.1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Fundamentos Objetivos da ética12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012O homem é um ser:• CorpóreoA valorização do homem pelo próprio corpo e pelo do próximo é indispensável parauma construção ética. Nosso corpo e nossa vida são afetados constantemente por nossamente e vice-versa, nossa mente se comporta dependendo de como se encontra nossocorpo.O homem é capaz de um desenvolvimento extraordinário com o seu corpo; a própriaexistência do homem se torna concreta através de um corpo do qual se tem a impressão dedominar o mundo; a capacidade ou a somaticidade é um componente essencial do serhumano. (KELLER 1993)• InteligenteTodo indivíduo é dotado de inteligência, sabedoria e sentimento. É dotado de todasas qualidades indispensáveis para estudar, pesquisar e concluir, embora haja diferentestipos de inteligência. É um dever ético, o homem usar da inteligência em qualquer situaçãoda vida. (GARDNER 1987) define inteligência como a habilidade para resolver problemasou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais.25


EstágioSupervisionado I• VolativoA vontade é a faculdade pela qual a pessoa toma decisões em suavida. Através dela o indivíduo constrói sua existência a partir de convicções,sendo dono de si mesmo, percebendo-se responsável pelos seus atos,sucessos ou fracassos. Jolivet (1966) diz que: a dignidade e a retidão davontade é o que verdadeiramente valoriza o homem. É um dever ético do homem usar davontade para superar dificuldades e problemas encontrados na vida.• EmotivoConjunto de realidade humana que se distingue do lógico. São vibrações que atuamna mente do homem, provocando alterações psicológicas. Citando Camargo, 1999 apudPascal “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. A paixão, o medo, asfrustrações/conflitos, a raiva ou dor e o amor, são emoções que dão colorido à vida humana.É uma questão ética o indivíduo reconhecer a existência dessas sensações em si paraequilibrá-las nas suas relações no convívio social.• EspiritualÉ a busca da consciência do absoluto que faz surgir do interior do homem acerca desi e de tudo que lhe rodeia. Camargo (1999) cita Ekeller (1993) “uma reflexão sobre estacapacidade de autodeterminação do homem desperta a atenção pela sua insaciabilidade;o homem nunca está contente com o que realizou ou conquistou”.• Ser pertencente a um determinado gênero: masculino ou femininoRefere-se ao sentido de personalidade e não de sexualidade. Antes que cada gêneroprocure alguém do sexo oposto ou do mesmo sexo ele precisa estar bem resolvido consigomesmo e com seus valores específicos; a mulher precisa sentir-se mulher e o homem sentirsehomem, desenvolver-se nas suas características e perceber o outro gênero como umsujeito.• SocialÉ uma condição humana viver em sociedade, pois garante a sobrevivência,conseqüentemente a continuidade da espécie.O fato é que o homem tem a propensão de viver junto com os outros,seus semelhantes, e comunicar-se com eles, tornando-os participantes desuas próprias experiências e desejos, ficando, portanto, mais próximo deles,convivendo e partilhando emoções e bens (KELLER, 1993).• CósmicoO homem faz parte do mundo material, o seu corpo físico necessita de tudo o que ématéria para viver. O Universo depende do homem e vice versa. Para Camargo (1999), aação do indivíduo sobre a natureza está inserida numa perspectiva do que ele pretende desi mesmo como pessoa e humanidade. O homem precisa ter consciência do poder quetem sobre o mundo como senhor do Universo. Pois, pode-se concluir que o mundo espelhao que o homem é, favorecendo-o ou destruindo-o.26


• HistóricoPessini (1997, p. 76), afirma que “O ser humano acontece no movimento da históriaque ele mesmo preside (...) o ser humano é o que ele decide ser pelo conjunto de suasações”. Quando se convence desta historicidade, ele vive mais feliz e confiante dos seusatos. O homem sofre influências do mundo em que vive. Ele precisa tomar consciência deque é o único responsável pelos seus atos, pelo seu sucesso ou fracasso.• LivreLiberdade é a capacidade de escolher os melhores meios para a própria realizaçãocomo pessoa. Compete a ele escolher diante das séries de possibilidades qual lhe é maisconveniente para seguí-la. Segundo Camargo (1999), esta liberdade corresponde aresponsabilidade; o ato livre é um ato pelo qual necessariamente se deve responder,assumindo as conseqüências das ações e omissões; refere-se ao cumprimento dasobrigações, como ser humano que pode destruir ou construir; a mesma liberdade oferece apossibilidade de corrigir o mau uso que se faz dela.• EstéticoAo desenvolver a sua intuição, o homem procura viver em harmonia, da coerência,da beleza, da perfeição das formas, da unidade das coisas, procurando compreender oque cada realidade é em si mesma. É uma percepção de relações que caminha para umasíntese na compreensão do mundo. Sua base é a imaginação em constante criatividadeque ultrapassa o imediato.• AxiológicoSignifica estudo dos valores e este tem como significado, apreço, estima (é tudoque tem sentido). Exemplo: nós questionamos: vale a pena fazer ou ter determinada coisa?Ou, que valor tem isto? Maximiniano (1997:295) afirma que os “valores são julgamentos arespeito do que é desejável e indesejável e oferecem justificativas para as decisões”.• PolíticoPolítica, no sentido amplo tem como significado a procura do bem comum, da“cidade”. Vem da palavra polis e tem origem grega. Implica uma teia de relações entre si,dos indivíduos com os grupos e dos grupos entre si, tendo em vista ações que beneficiemas pessoas, deve está presente na família, local de trabalho, etc. No sentido restrito, é aprocura do exercício do poder, é o gosto pelo poder.O homem é por essência um ser político. Também é verdade que éa única espécie capaz de produzir cultura. Política e cultura, portanto, sãocaracterísticas inerentes e indissociáveis no ser humano. Assim, políticadeve ser entendida como um ato cultural e a cultura como um ato político.(Política cultural: Gestão ou dministração? Carlos Carvalho Cavalheiro (*)La Insignia. Brasil, outubro de 2004 http://www.lainsignia.org/2004/noviembre/cul_028.htm Acesso em: 29.08.06)27


EstágioSupervisionado I• TeorizanteProcura sistematizar e ordenar explicando as coisas construídas porele e pelas coisas naturais, preocupa-se com o conhecimento lógico, odesenvolvimento de sua mente, interessa-se pela clareza das idéias, dos juízose raciocínios na busca da verdade. É um dever ético do homem teorizar paraque não seja um ser passivo diante do mundo que o envolve, que perceba o dinamismo davida, tornando-se um ser aberto, reflexivo, sendo capaz de perceber o novo o evolutivo.• PráticoÉ ter o senso da oportunidade e da realidade, sem esperar que uma teoria arcaicavenha resolver questões desta atualidade. É necessário compreender que práticas utilizadasno passado podem não ser interessantes para a prática no presente, pois precisa levar emconsideração o histórico social e cultural, contextualizando as realidades. Exemplo: Eu fuieducado desta forma e assim vou educar os meus alunos.Acabamos de ver alguns aspectos importantes, necessários e fundamentais dequestões e situações que podem ocorrer na existência humana, o homem como homem. Éuma visão de unidade que deve prevalecer, visto que são aspectos vivenciados de formapessoal e inconfundível.Fundamentos subjetivos da ética: A CONSCIÊNCIAÉ necessário demonstrar através de estudos realizados recentemente, uma brevevisão da concepção de educação integral e seus reflexos diretos na prática educativa,evidenciando o papel da consciência no sistema formal de educação, sugerindo umcaminho completamente novo.A Psicologia Transpessoal que tem como base teórica o estudo da CONSCIÊNCIA,que significa além do pessoal, além do ego, é uma abordagem recente, que surgiu nosEstados Unidos em 1996, a partir de um movimento que se tornou conhecido como quartaforça, depois do behaviorismo e da psicanálise, tendo sido considerada como umdesdobramento da Psicologia Humanista.Curioso? Para saber o que é consciência?Vamos continuar!De acordo com BARRETO (2005) apud Theda Basso e Aidda Pustilnik (200), aconsciência é a totalidade do nosso ser, que se expressa visivelmente em nosso corpo,porquanto vivemos nos revelando pela forma de sentir, pensar e agir.No dicionário de Filosofia, a palavra consciência deriva do latim conscientia. Osignificado que esse termo tem na filosofia moderna e contemporânea é o de uma relaçãoda alma consigo mesma, de uma relação intrínseca ao homem, “interior” ou “espiritual”,pela qual ele pode conhecer-se de modo imediato e privilegiado e, com isso julgar-se deforma segura e infalível.A consciência no indivíduo representa o reconhecimento de si mesma, de seus atos,percebe o seu movimento interior e o que ocorre consigo fisicamente, psicologicamente eespiritualmente, convocando-o a investigar a verdade de si e em si. Conforme La SalaBatà (1989, p. 32) a única finalidade verdadeira da existência é o desenvolvimento daconsciência.28


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A consciência não é abstração, algo intocável, mas sim aquilo quesomos na totalidade do nosso ser, o que inclui, simultaneamente, asdimensões do corpo, da personalidade (emoção) e da espiritualidade. Eleexpressa que a consciência não é dada plenamente manifesta; ela nos édada como um dom e para que se manifeste, necessita da nossacapacidade para manifestá-la e esta, por sua vez, depende do nossodesenvolvimento (ende do nosso desenvolvimento.LUCKESI, 1999, p.13-25).Desenvolvê-la pressupõe uma série de fatores. O incentivo na família desde a infância,o sistema escolar que tem como fim despertar a consciência do indivíduo, pois só assim épossível prepará-lo para a vida e para a crítica.De acordo com BARRETO (2005), a consciência nos é disponibilizada pela naturezacomo uma faculdade latente em nosso ser, e para que se manifeste é necessário despertálae para despertá-la precisamos desenvolver as nossas qualidades, por exemplo: sentir,querer, pensar, reconhecer, ousar e raciocinar, através das relações que estabelecemos nodia-a-dia seja com pessoas, seres, pensamentos e/ou sentimentos. Ela entende aconsciência como uma das faculdades inatas, capitais do ser humano, que o favorece,inclusive, na absorção, se assim podemos dizer, do valor significativo real das relações,conforme o que estabelecem as Leis Naturais que regem o Universo. Refere-se, portanto,àquela força interior do ser humano que o impele a exteriorizá-la sob forma de ação. Temosque assumir o dever de buscar, integrar o nosso sentir, pensar e agir, quando nas relações;afinal, o ser humano é, também, o produto do que sente, pensa e age. Eis que os nossossentimentos, pensamentos e atos nada mais são que expressões de nossa consciência.Diante das colocações acerca do assunto, é imprescindível reforçar quenão temos como fugir da empreitada urgente em trabalhar em prol dodespertamento da nossa consciência, principalmente através da educação,mesmo com as dificuldades e limitações que a mesma apresenta.1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012É finalidade da educação, auxiliar os educandos nesse processo de desenvolvimentodos estados de consciência, assim como das suas relações com a realidade e com osvalores existenciais. É dever da educação ajudá-los no direcionamento do processo deauto-integração, realizando o ato educativo que venha a primar pela unidade doconhecimento, a partir da compreensão da necessidade de integração de todos os níveis etodas as dimensões do ser humano, possibilitando-lhes conceberem da vida a sua realriqueza, a sua real beleza, bem como a sua real significação.Segundo BARRETO, (2005) precisamos, por conseguinte, de uma pedagogia queesteja de acordo com as pesquisas contemporâneas da consciência. Para Stanislav Grof(1987, p.241), resultados mais ambiciosos são inconcebíveis sem que se introduzam aespiritualidade e a perspectiva transpessoal na educação.Na perspectiva da abordagem transpessoal surge espaço para tratar da consciênciana dimensão para “além do ego” humano, envolvendo a sua maneira de sentir, pensar eagir, através da sua conduta, a qual denuncia o seu grau de consciência.O maior desafio do ser humano é compreender a vida e, para tanto,ele lança mão da sua consciência, que quanto maior for o seu grau, tantomaior será a sua compreensão acerca da vida. Pois, parece-nos claro que,a consciência, quando despertada e/ou construída em grau significativo noSer Humano, ajuda-o a eleger valores éticos, estéticos e morais, no mínimoelevados; a identificar as faculdades e qualidades formadoras do seu ser,bem como a buscar saber significativamente acerca do Princípio Criador,da finalidade da vida e da razão de nossa existência, a partir da compreensãodo valor significativo real das relações que estabelece no dia-a-dia. (Barreto,2004, fonte: entrevista na Gestão Universitária, edição nº 23).29


EstágioSupervisionado IO Ser humano vive em sociedade e constantemente se relaciona comobjetos, pessoas, sentimentos, pensamentos, assim vale então ressaltar o valordas relações humanas no contexto da vida. É importante perceber o real valordas relações, pois nela não deveríamos só buscar a segurança, a satisfação ea felicidade, mas, através das relações se encontra também a auto-revelação,para que possa haver, no ser, o conhecimento, o autoconhecimento e a autorealização.Quanto mais consciência o homem tiver a acerca da vida, menos conflito criará nasrelações, porquanto, um dos maiores desafios do gênero humano é desenvolver em si acapacidade de usar sua qualidade de pensar para agir, resolvendo problemas que porventura apareçam no convívio familiar, profissional, enfim, no convívio social.Parafraseando BARRETO (2004), a educação, por sua vez, não pode ficar alijadadesse processo. É chegada a hora de tratarmos da consciência na prática pedagógica,buscando contribuir, efetivamente, para o desenvolvimento humano, como um todo.A educação integral, fundamentada no estudo da consciência, responde, inclusive,aos anseios da educação para o século XXI, a partir de um método educativo que privilegieo ensino que facilite a aprendizagem do indivíduo despertando seus sentimentos. Essaproposta de educação necessita ser exercida em todos os âmbitos das instituições deensino.Qual a finalidade da educação em despertar a consciência no homem?De acordo com Barreto, (2004) a finalidade do despertar da consciência é: Facultar ao ser humano aptidões como a do discernimento, que o possibilitecompreender, absorvendo, em si mesmo, a natureza real que reside em todas as coisas. Oportunizar ao ser humano o despertamento e/ou construção do seu caráter,segundo aquilo que indica a moral, a ética e a estética elevada; Favorecer ao ser humano o estudo da sua conduta psicossocial, portanto,buscando verificar o grau de sua consciência individual e social. Auxiliar o ser humano na observação da relação entre a sua constituição física/psíquica/moral e a sua maneira de sentir, pensar e agir, enfim, de realizar, segundo asexigências de suas necessidades básicas individuais e sociais;Convida-se todos os educadores, a refletir uma educação que favoreça, de fato, odesenvolvimento integral do ser humano, destacando o papel da consciência na práticaeducativa.Ética e educaçãoA educação é uma socialização das novas gerações de uma sociedade e, enquantotal conserva os valores dominantes (a moral) naquela/daquela sociedade. A educação étambém uma possibilidade e um impulso à transformação: desenvolvimento daspotencialidades dos educandos. Toda educação é uma ação interativa: se faz medianteinformações, comunicação, diálogo entre seres humanos. Em toda educação há um outroem relação. Em toda educação, por tudo isso, a ética está implicada. Uma educação podeser eficiente enquanto processo formativo e ao mesmo tempo, não ser eticamente, comofoi a educação nazista, por exemplo. Pode ser boa do ponto de vista da moral vigente e mádo ponto de vista ético. A educação ética (ou, a ética na educação) acontece quando os30


valores no conteúdo e no exercício do ato de educar são valores humanos e humanizadores:a igualdade cívica, a justiça, a dignidade da pessoa, a democracia, a solidariedade, odesenvolvimento integral de cada um e de todos.A falta de educação ética constitui-se na principal causa da carência de ética comque estamos nos deparando nos últimos tempos. A família e a escola não são vistas comosimples reflexos passivos da sociedade em geral, mas são detentoras da condição dearticulação para reagir à situação vigente, desde que motivadas para tal, o que poderiaacontecer se dotadas de mecanismos específicos de educação ética. As pessoas, de certomodo já começam a tomar consciência dessa ausência de critérios éticos na vida cotidiana.Formular uma educação ética não é fácil, mas o educador não pode desistir de buscar umcaminho para formar a consciência da juventude, pois é a partir dela que se pode construiruma sociedade de justiça e liberdade.“Montar um mecanismo de auto-educação autônoma, em que opróprio educando vá traçando seu caminho, para se tornar plenamente oque é chamado a ser e se realizar como ser humano na comunidade emque vive e em que é chamado a ser feliz”. (CATÃO, 1995)Por que a ação ética vem desaparecendo na nossa sociedade?A sociedade está em constante processo de mudança, o que provoca abalos e crisesnos fundamentos do convívio social e a carência de ética passa a ser acentuadamentenotada, ao contrário de sociedades estáveis nas quais a ética passa despercebida. É oque preocupa. Existe uma queixa freqüente quanto à falta de ética em nossa sociedade.Essa ausência de critérios éticos se reflete não só na filosofia de vida que norteia a práticacotidiana, mas de modo geral na sociedade como um todo em variadas esferas: política,industrial, comercial, assim como naquilo que é veiculado pelas diferentes mídias. Impera abusca de vantagens e da impunidade gozada pelos poderosos. Alguns autores apontamcaminhos para reagir diante da situação em que vivemos, caminhos que perpassam desdea mudança de postura de governantes, legisladores, poder judiciário, bem como um quede modo algum pode ser negligenciado quando se busca a construção de uma sociedadeética.Após leitura e reflexões sobre o assunto, vocês puderam perceber a importância evalor de agirmos eticamente uns com os outros nas nossas relações e da necessidade dodespertar da consciência como prática educativa. Não esqueçam que aquele que prezapor sua dignidade de ser humano e pretende desenvolver a si mesmo busca estudar,pesquisar, compreender e experimentar a ética para que cada vez mais possa ter ações eposturas cada vez mais elevadas nas suas relações no meio social.Atividade ComplementarDesde a disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica você vem realizando observaçõesem instituições de ensino; tive oportunidade de perceber a dinâmica dessas instituições,inclusive a sua realidade no contexto educacional. Agora irão realizar o estágio, momentode construção de identidade enquanto profissional de educação, através da experimentação.Reflita sobre as questões seguintes e responda (com bases no conhecimento que vemadquirindo nas diversas disciplinas oferecidas ao longo do curso, na realidade vivenciadanas observações in loco e sua práxis), as questões abaixo-relacionadas. Utilize também oambiente AVA (recurso riquíssimo) como leitura complementar para respondê-las.31


EstágioSupervisionado INão há sociedade sem prática educativa nem prática educativa semsociedade. Pela ação educativa, o meio influencia os indivíduos e estes, aoassimilarem e recriarem essas influências tornam-se capazes de estabeleceruma relação ativa e transformadora em relação ao meio social.1.Faça uma análise reflexiva acerca dos conteúdos que você aborda em sala de auladurante o ano letivo. Que conhecimentos são privilegiados e quais estão ausentes nesseprocesso? Nessa escolha, questionou-se o por que e para que ensinar os mesmos aocorpo discente? Após reflexão, faça um relatório pessoal, descrevendo o processo ensinoaprendizagemem relação a esses conteúdos em sua prática docente.2.2.Considere o texto:O trabalho docente constitui o exercício profissional do professor e esse é o primeirocompromisso com a sociedade... O compromisso social, expresso primordialmente nacompetência profissional, é exercido no âmbito da vida social e política... O compromissoético-político é uma tomada de posição frente aos interesses sociais em jogo na sociedade.(LIBÂNEO, 1998)Com base nas leituras anteriores e na citação feita acima, responda: Como seconcretiza o compromisso social e ético do professor na sua prática de sala de aula?Explique.32


3.3.O planejamento na instituição em que você ensina ou que você ensinará extrapola oconceito meramente técnico para transformar, através de sua prática, a sociedade, ou seplaneja para a reprodução do conhecimento? Faça uma lista das vantagens e/oudesvantagens em planejar nas duas perspectivas.PLANEJAMENTO PARATRANSFORMAR A SOCIEDADEVantagens DesvantagensPLANEJAMENTO PARAREPRODUZIR O CONHECIMENTOVantagens Desvantagens4.4.Balmés (1956:9) diz: “Todos os homens têm idéias morais; bom, mau, virtude, vício,lícito, ilícito, direito, dever, obrigação, culpa, responsabilidade, mérito, demérito, são palavrasque tanto o ignorante como o sábio empregam em todos os tempos e paises” e acrescentaCoelho (1990:53) “A problemática dos valores éticos está presente em todas as correntes,do capitalismo ao marxismo, dentro do plano uniforme de tratamento a partir do homemenquanto ser-em-situação e enquanto sem-com-o-outro”.Diante desta citação, construa um resumo, no qual você deverá relatar os caminhospara o desenvolvimento de uma postura ética na vida e no ambiente de trabalho.5.5.Reflita a citação e responda:(...) A consciência ajuda-nos a cultivar um interesse por outras pessoas e a aperfeiçoara arte de viver. (DAMÁSIO, 2000).Para que o professor seja alguém que desperte consciências, qual deve ser suavisão de mundo e de valores? Como deve ser sua prática? Construa um texto, respondendoessas questões, fundamentando-o teoricamente.33


EstágioSupervisionado IESTÁGIO <strong>SUPERVISIONADO</strong> NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINOFUNDAMENTALO Processo de Aprendizagem e os Conceitos de GeografiaA aprendizagem pode ser vista como um processo de mudança de comportamentoem função de aquisições construídas. Analisar como ocorre este processo e as condiçõesnecessárias para a sua realização é condição fundamental para os educadores. Nestesentido, podemos dizer que aprendemos cotidianamente na realização das atividades,sendo influenciados por aspectos variados, como os biológicos, sociais e culturais, alémdos afetivos.A Teoria Construtivista trouxe contribuições significativas para a compreensão dosprocessos de ensino e de aprendizagem, pois nesta corrente:o conhecimento é visto não como mera cópia do mundo exterior,mas como um processo de compreensão da realidade, a partir dasrepresentações que as pessoas têm dos objetos e fenômenos (significados),em consonância com seus próprios conhecimentos e experiências (ações).Portanto, a aprendizagem, nessa perspectiva, consiste em conjugar,confrontar ou negociar o conhecimento entre o que vem do exterior e o quehá no interior delas (CASTELLAR, 2005, p. 38, grifo nosso).“A aprendizagem é concebida por Piaget como um processo de adaptação àsestruturas mentais do sujeito (aspectos biológicos) e interação social (aspectos sociais)[...]” (p.39, grifo nosso). Sendo assim, podemos afirmar que o aluno é visto como sujeito queconstrói ativamente a partir da interação com o meio e com as experiências vividas.Os estudos de Jean Piaget defendem que a interação do indivíduo com o mundo écondição sine qua non para a construção da aprendizagem. Alguns princípios sãofundamentais para compreender melhor os referidos estudos, como: os estágios dodesenvolvimento cognitivo, que demonstram “a forma intelectual que o sujeito se relacionacom o mundo” (p.41); a teoria da equilibração, que evidencia o mecanismo de reestruturaçãoque permite o sujeito passar de um esquema de aprendizagem para outro.34


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os estágios do desenvolvimento cognitivo:123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121. Sensório-motor (até dois anos): fase anterior à linguagem, na qual a criançadesenvolve a percepção de si e dos objetos ao seu redor. A capacidade paraadministrar reflexos básicos é outra característica importante deste momento.2. Pré-operacional (vai dos dois aos sete anos): neste período a criança aindaestá centrada em si mesma, mas já desenvolve a capacidade para dominar alinguagem e a representação através dos símbolos.3. Operações-concretas (vai dos sete aos onze ou doze anos): a criança jáconsegue perceber as semelhanças e diferenças dos objetos, bem como areversibilidade das ações.4. Operações-formais (inicia aos doze anos e marca o início da fase adulta):o adolescente já tem possibilidades de dominar o pensamento lógico e dedutivo, oque favorece a experimentação mental.1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Fonte: Jean Piaget: o biólogo que pôs o aprendizado no microscópio. In:Revista Nova Escola. Edição especial, Grandes Pensadores, vol. 1.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Ribeiro (1995, p.17) menciona que segundo Piaget, o papel da escola é ensinar oaluno a pensar, utilizando a sua inteligência, pois “a capacidade de pensar da criança épassível de desenvolvimento, é cultivável, e espera, essa capacidade, como direito mesmodo educando, ser estimulada pelos educadores”. Assim, é fundamental despertar e estimularno educando o desejo pelo saber, pelo conhecer e intervir.Então, torna-se relevante para o educador conhecer o trabalho de Piaget, a fim deter subsídios para realizar um planejamento mais coerente com a situação e realidade dosseus alunos, favorecendo a construção de uma aprendizagem significativa.Quer saber mais sobre a obra de Jean Piaget? Então leia:Atualidade de Jean Piaget. Emília Ferreiro, Ed. Artmed;Epistemologia Genética. Jean Piaget. Ed. Martins Fontes;Por que Piaget? Lauro de Oliveira Lima. Ed. Vozes.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012As experiências, individuais ou coletivas, vivenciadas no dia-a-dia influenciam naforma como conhecemos a realidade. Através da interação com o meio podemos construiraprendizagens conforme articulou Lev Vygotsky. Para ele, a formação ocorre numa relaçãodialética entre o sujeito e a sociedade, ou seja, o homem transforma o ambiente e tambémé modificado em função do mesmo.Segundo Vygotsky, os processos psicológicos que tornam o ser humano diferentedos demais animais, só ocorrem pelo aprendizado. Deste modo, o conceito de mediação,outra característica fundamental mencionada pelo pesquisador, balizada por instrumentostécnicos e pela linguagem, é fundamental para que o processo de aprendizagem sejarealizado.O ensino deve favorecer que o aluno se aproprie de conhecimentos que nãotem condições de construir sozinho.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901235


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trabalho pedagógico precisa focalizar a zona de desenvolvimentoproximal do aluno, que corresponde à distância entre o desenvolvimento reale o potencial.EstágioSupervisionado IZona de desenvolvimento proximalZona de desenvolvimento realZona de desenvolvimento potencialQuer saber mais sobre a obra de Lev Vygotsky, então leia:123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Vygotsky – aprendizado e desenvolvimento. Marta Kohl de Oliveira. Ed.Scipione;Vygotsky – uma perspectiva histórico-cultural da educação. TeresaCristina Rego. Ed. Vozes.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Outra contribuição efetiva sobre a cogniçãorelacionada a aspectos culturais (e sociais) são osestudos desenvolvidos pelo professor Jerome Bruner.Lunedo (2006, p.25) ressalta que Bruner aplicou apsicologia cultural à educação, inferindo que “as pessoasnão são uma ilha, inteira nela mesma, mas fazem parteda cultura que herdam e recriam”. Assim, cabe aos educadores, enquanto mediadores doprocesso de ensino e de aprendizagem, compreenderem melhor os aspectos culturais queinfluenciam e também são influenciados pela educação.Idéias centrais de Jerome Bruner sobre a mente humana, a escola e o ato deensinar:1. A idéia de agência: a autonomia é uma característica que precisa servalorizada no ambiente escolar, a fim de ajudar os alunos a controlarem sua atividademental;2. A idéia de reflexão: o educador precisa compreender a importância derealizar um trabalho contextualizado e significativo, afinal o que se aprende na escolatem que ter sentido para o aluno.3. A idéia de colaboração: é fundamental respeitar as diferenças, gerandopossibilidades para as várias formas de ser.4. A idéia de cultura: o educador precisa estar atento às variadas formas depensar, construir e compreender a realidade.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Fonte: LUNEDO, Luciane. Jerome Bruner: um dos arquitetos da revoluçãocognitiva. In: Revista Aprende Brasil. Ano 2, nº 9, fevereiro-março de 2006.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012336


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refletir...As pessoas possuem um conjunto de preferências que determinam uma abordagemindividual para aprender. Na sala de aula, estão em jogo tanto as preferências do professor,quanto as dos alunos. Por isso, o professor deve conhecer seus processos e suaspreferências de aprendizagem, para poder criar uma melhor adequação entre o que irápropor em aula e a abordagem de cada aluno (CAVELLUCCI; VALENTE, 2003, p.47).O que você acha sobre a colocação acima?Vimos anteriormente a importância dos aspectos cognitivos, sociais e culturais parao desenvolvimento da prática pedagógica. Embora tais características possam parecerdistintas para alguns, muitos pesquisadores ratificam a necessidade dos educadores asconhecerem, refletindo sobre elas. Neste sentido, outro importante aspecto que mereceressalva é o afetivo.Henri Wallon foi o primeiro cientista a defender a valorização da dimensão afetivacomo meio de proporcionar a formação e desenvolvimento integral dos educandos. Balizousuas idéias a partir dos seguintes elementos básicos: a afetividade, o movimento, ainteligência e a formação do eu como pessoa.As emoções têm um papel relevante para Wallon, pois é através delas queos alunos demonstram seus desejos e sentimentos.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Pode-se dizer que as idéias de Wallon trouxeram sensíveis mudançaspara o panorama educacional, em função de valorizar os desejos, pensamentos,vontades e sentimentos dos alunos no processo pedagógico. Segundo talpesquisador, as emoções são capazes de alterar o comportamento daspessoas, por isso precisam ser consideradas pela escola. A organizaçãodos espaços também pode influenciar na motricidade dos alunos, tendoum rebatimento direto nas emoções. Assim, o educador deve estaratento para escolher o espaço de trabalho e estruturá-lo em função dasespecificidades da atividade planejada. Outro aspecto fundamental é a formação do euque na perspectiva walloniana depende diretamente do outro. É em função do outro quenos primeiros anos de vida a criança começa a se perceber e com o passar dos anospodemos abordar que sempre temos alguém como referencial. Em função dos pressupostosabordados – emoções, movimento e formação do eu – que ocorre o desenvolvimentointelectual.Quer saber mais sobre a obra de Henri Wallon? Então leia:12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012* Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil.Izabel Galvão. Ed. Vozes;* A infância da razão: uma introdução à Psicologia da Inteligência deHenri Wallon. Heloysa Dantas. Ed. Manole;* Walon, Vygotsky, Piaget: Teorias Psicogenéticas em discussão. Yvesde la Taille; Marta Kohl de Oliveira; Heloysa Dantas. Summus Editorial.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901237


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refletir...EstágioA teoria de Henri Wallon ainda é um desafio para muitas escolas, pais eSupervisionado Iprofessores. Sua obra faz uma resistência contumaz aos métodos pedagógicostradicionais. Numa época de crises, guerras, separações e individualismos como a nossa,não seria melhor começar a por em prática nas escolas idéias mais humanistas, quevalorizem desde cedo a importância das emoções? (Revista Nova Escola. Henri Wallon: oeducador integral. In: Revista Nova Escola. Edição especial, Grandes Pensadores, vol. 1)O desafio do trabalho pedagógico na ciência geográficaOs alunos reagem diferentemente às situações desenvolvidas em sala de aula, porisso Gentile (2005) ressalta a importância do professor estar atento aos interesses eperspectivas dos educandos para elaborar e desenvolver o seu trabalho. Fique atento, poisno quadro abaixo são apresentadas algumas questões relevantes.A APRENDIZAGEM NA SALA DE AULA123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123No intuito de contribuir para uma aprendizagem significativa é importantedespertar as emoções, trabalhar com o humor e estimular os vários sentidos dosalunos. Por isso, professor fique atento e:• Pergunte o que eles conhecem a respeito do tema em questão (isso vaifazer com que evoquem memórias);• Estabeleça conexões claras entre o tema e situações do cotidiano;• Conte histórias relacionadas ao tema;• Convide os alunos a emitirem opiniões;• Apresente textos relacionados ao assunto em foco para que elesestabeleçam relações;• Mude a disposição da sala quando for possível;• Desenvolva diferentes estratégias para mediar;• Valorize as maiores habilidades dos alunos; e• Elogie o desempenho e fale acerca do que é possível construir.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Fonte: GENTILE Paola. É assim que se aprende. In: Revista Nova Escola.Ano XX. nº. 179, jan-fev, 2005.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012338


Segundo os PCN (1998), a Geografia é uma área do conhecimento “comprometidaem tornar o mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações”(BRASIL. PCN. 1998, p.27). A referida colocação nos faz perceber a importância da ciênciageográfica frente à análise das questões sociais, econômicas, culturais, políticas, etc. latentesno mundo em que vivemos. Então, o professor de Geografia tem a responsabilidade deestar atento a tais aspectos, ajudando os alunos na compreensão dos mesmos.Neste sentido os PCN (1998) inferem que para ocorrer uma aprendizagemsignificativa na Geografia, o professor deve criar situações que possibilitem os alunosutilizarem procedimentos geográficos variados, tais como:Problematização;Observação;Registro;Descrição;Documentação;Representação;Pesquisa.Além da utilização dos procedimentos geográficos variados, torna-se imprescindívelque o educador busque valorizar o conhecimento dos alunos como ponto de partida para asanálises desenvolvidas. Convém ratificar, que as experiências cotidianas devem ser o inputpara a sistematização e ampliação do tema trabalhado.Outros aspectos que podem favorecer a aprendizagem dos temas e conteúdos é aadoção de uma prática interdisciplinar e utilização de diferentes linguagens e fontes deinformação. A prática interdisciplinar contribui para trabalhar os temas articulando as diversasáreas do conhecimento. Já a utilização de diferentes linguagens e fontes de informaçãopermite que os alunos expressem as aprendizagens construídas de modo diversificado,desenvolvendo habilidades e competências.A característica central da interdisciplinaridade consiste no fato deque ela incorpora os resultados de várias disciplinas, tomando-lhes deempréstimo esquemas conceituais de análise a fim de fazê-las integrar,depois de havê-las comparado e julgado. [...] ao proporcionar trocasgeneralizadas de informações e críticas, a interdisciplinaridade amplia aformação geral dos alunos, permitindo descobrir melhor sua aptidão, qual oseu papel na sociedade, aprender a aprender, situar-se melhor no mundode hoje, dialogar com outras ciências (MARQUES, 1995, p.VI).A utilização de recursos didáticos diferenciados também deve ser levada em contano trabalho com a Geografia. O professor precisa considerar os temas e conteúdos emquestão, a fim de selecionar recursos que favoreçam a articulação do trabalho. O recursodeve ser selecionado de forma consciente, balizado por um processo de planejamento bemarticulado.Reportando-se à Geografia, pode-se dizer que a análise realizada é importante namedida em que fornece bases para o educador melhor entender aspectos, como: a seleçãode conteúdos e de procedimentos geográficos, a sistematização de atividades, dentre outros.Neste sentido,para compreender algumas noções base para a Geografia, como,por exemplo, o conceito de lugar, é necessário que a criança desenhe oseu lugar de vivência [...], mas para agir sobre ele e transformá-lo, as açõesdevem motivá-la a pensar sobre as noções e conceitos, relacionando osenso comum (vivência) com o científico. Para tanto, a representaçãosimbólica, as relações espaciais, a reversibilidade fazem parte do processo[...] (CASTELLAR, 2005, p.44).39


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IDiante do exposto, pode-se ratificar a importância dos educadores quetrabalham com a ciência geográfica estarem atentos tanto para asespecificidades da área, a fim de realizarem um trabalho criativo e crítico que“permita que os alunos desenvolvam hábitos e construam valores significativospara a vida em sociedade”, quanto para as questões pedagógicas que muitasvezes não são priorizadas. Desse modo, buscar conhecer os pressupostosque podem influenciar nos processos de ensino e de aprendizagem é condição imprescindívelpara a construção de uma práxis dinâmica e reflexiva (BRASIL. PCN, 1998, p.39).Assim, é possível mencionar que os aspectos cognitivos, sociais e culturais, alémdos afetivos não são contraditórios, devendo ser conhecidos e valorizados pelos educadores.A partir da avaliação da cognição, percebemos a importância de saber acerca daspossibilidades e/ou capacidade dos alunos nas diferentes fases da vida, afinal existemaprendizagens que só serão construídas se os mesmos tiverem maturidade. Os aspectossociais e culturais evidenciaram como o convívio coletivo é necessário para a troca deexperiências e construções de aprendizagens. Já com a afetividade, compreendemos quenós seres humanos demonstramos nossos sentimentos e pensamentos através dasemoções.Para refletir...O trabalho com a ciência geográfica traz alguns desafios ao professor. Entretanto, épossível realizar uma prática capaz de possibilitar a construção de uma aprendizagemsignificativa. Mencione aspectos que podem tornar o referido processo mais dinâmico:Inteligências Múltiplas e Diversidade em Sala de AulaEm Maurília, o viajante é convidado a visitar a cidade ao mesmo tempo emque observa uns velhos cartões-postais ilustrados que mostram como esta haviasido: a praça idêntica, mas com uma galinha no lugar da estação de ônibus, o coretono lugar do viaduto, duas moças com sombrinhas brancas no lugar da fábrica deexplosivos [...] (CALVINO, 2003, p. 30).123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Alguma coisa acontece no meu coração que só quando cruzo a Ipiranga e aAvenida São João. É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi: da durapoesia concreta de tuas esquinas, da deselegância discreta de tuas meninas [...] dopovo oprimido nas filas, nas vilas, favelas, da força da grana que ergue e destróicoisas belas, da feia fumaça que sobe apagando as estrelas [...] (VELOSO, 1977).12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012340


São memoráveis as maneiras pelas quais escritores comoÍtalo Calvino (que a partir de uma cidade imaginária, Maurília,conseguiu descrever uma perspectiva das realidades urbanas),compositores como Caetano Veloso (que utiliza os recursosmetafóricos para discorrer as suas reflexões sobre o contexto socialbrasileiro) e artistas como Vicent Van Gogh (pintor holandês quecom seu subjetivismo conseguiu apreender a realidade de suaépoca), expressam combinações de formais de inteligência com características cognitivasbastante distintas entre si. Cada um deles apresenta uma gama de habilidades que sãoconstantemente desenvolvidas no meio social.Mas, compreender como se desenvolve a inteligência humana tem sido ainda umdos desafios da própria humanidade. Embora ela seja capaz de realizar tantos inventos etransformações, carece hoje de um melhor entendimento. Durante algum tempo se acreditouque os processos de inteligência dos seres humanos fossem unitários e quantificáveis, talcomo tentaram provar os famosos testes-padrão de Quoeficiente de Inteligência (QI).Porém, desde 1983 ganhou força a idéia de que nós desenvolvemos nossa inteligência deforma múltipla e ilimitada. Essa foi a argumentação apresentada por Howard Gardner emseu livro Estruturas da Mente:É de máxima importância reconhecer e estimular todas asvariadas inteligências humanas e todas as combinações deinteligências. Nós somos tão diferentes, em grande parte, porquepossuímos diferentes combinações de inteligência (GARDNER apudARMSTRONG, 2001, p. 13).Gardner, um psicólogo de renome da Universidade de Harvard (EUA), desestruturouo pensamento sobre a inteligência pautada nos estudos franceses e norte-americanos. Paraele, a inteligência não é algo que pode ser simplesmente e unicamente quantificável, ela foitratada assim para atender aos objetivos do Estado Francês que desejava, desde 1904,identificar quais alunos estariam passíveis de fracassar na escola e, assim, intervir nessarealidade visando remediá-la. Para Gardner (1994), a inteligência é uma capacidade quepudemos desenvolver buscando resolver problemas ou criar produtos que sejam valorizadosdentro de uma cultura. A Teoria das Inteligências Múltiplas por ele elaborada se baseiaem evidências biológicas e antropológicas que forneceram suporte ao estabelecimento deoito formas distintas de inteligência, a saber:1. Inteligência verbal-lingüística;2. Inteligência lógico-matemática;3. Inteligência visuoespacial;4. Inteligência cinestésico-corporal;5. Inteligência musical;6. Inteligência interpessoal;7. Inteligência intrapessoal;8. Inteligência naturalista.O que apresentaremos, doravante, é uma discussão dos principais aspectos ecaracterísticas de cada uma destas formas de inteligência e sua relação com o processode ensino e de aprendizagem.Segundo Campbell et al (2000, p. 22), a inteligência lingüística, também chamada deinteligência verbal-linguística, refere-se àquela “capacidade de pensar com as palavrase de usar a linguagem para expressar e avaliar significados complexos”. A autora sinalizaque no início da história da humanidade uso da linguagem alterou a especialização e a41


EstágioSupervisionado Ifunção do cérebro, possibilitando ao homem expandir e explorar a esta suainteligência. É, portanto, por meio da linguagem que desenvolvemos diferenteshabilidades do pensar, do agir, do analisar, do refletir e do criar.Mas se as salas de aula são ambientes em que afloram o uso dalinguagem para comunicar e compartilhar o saber, o aprendizado desta formade inteligência não ocorre de forma isolada, mas conectada ao currículo escolar.Não se trata de uma habilidade que o ensino da língua vernácula possa dar conta sozinha,já que nas demais disciplinas os alunos têm a necessidade de falar, discutir e explicar.Campbell et al (2000) salienta que nem toda prática pedagógica apresenta uma tendênciade considerar o desenvolvimento desta inteligência como fator importante do aprendizado.Existem, segundo a autora, deficiências no processo de escuta, fala, escrita e leitura porparte dos alunos e mesmo dos professores. Estes são quatro componentes importantes dainteligência verbal-linguística que se estrutura num conjunto de indicadores, cujo entendimentopode ser útil ao exercício docente. Acompanhe no quadro abaixo uma síntese formulada apartir destas idéias que podem servir de instrumento de diagnose.ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA VERBAL-LINGUÍSTICAA pessoa escuta e responde ao som, as ritmo, à cor e a variedade da palavra falada?A pessoa aprende através da escuta, leitura, e escrita e discussão?A pessoa lê eficientemente, compreende, resume, interpreta ou explica e recorda-sedo que foi lido?A pessoa demonstra interesse por jornalismo, poesia, narração de histórias, debates,fala, escrita ou edição?A pessoa cria novas formas lingüísticas a obras originais de comunicação escrita ouoral?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell (2000).Uma das capacidades de desenvolvimento da inteligência verbal-lingüística (falar,ouvir, ler e escrever) podem aparecer de forma deficiente num indivíduo, como por exemplo,os deficientes visuais que podem compensar esta deficiência explorando outras formas deinteligência. Entretanto, há também deficiências que não envolvem apenas o aspectobiológico, mas também social. Vejamos um exemplo em relação ao ato de escutarrelacionado ao ato de aprender: uma pesquisa realizada na Universidade de Minnesota(EUA) por um professor de oratória revelou que os indivíduos passam 80% das horas emque estão acordados comunicando-se, mas 45% deste tempo é utilizado para escutar.Contudo, o estudo revelou que em ambientes de aprendizagem (do tipo sala de aula) estepercentual pode alcançar até 70% deste tempo. Mas em que medida o ato isolado deescutar pode garantir processos de aprendizagem mais eficientes e significativos?Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas que ouve, apresenta algumadeficiência. O autor da pesquisa salienta: “depois de escutarmos uma apresentação oralde 10 minutos, por exemplo, a maior parte dos ouvintes escuta, compreende, avalia e retémapenas 50% do que foi dito, mas perde 25% disto nas próximas 48 horas” (STEIL apudCAMPBELL, 2000, p. 31). Mas o professor apresenta possibilidade de diminuir estes índicesvisando uma escuta mais eficiente através de alguns procedimentos como escutar históriase ler em voz alta.Outros estudos sobre as habilidades da inteligência verbal-linguística destacam aquestão da fala. Albert Mehrabian (professor da Universidade da Califórnia, EUA), porexemplo, admite que apenas 7% do que comunicamos na fala estão relacionadas a palavras,pois 38% estão relacionadas ao tom de voz e 55% as expressões faciais e corporais. Issolevou o pesquisador a concluir que a fala eficiente envolve não apenas a inteligência verballinguísticas,mas outras formas de inteligência.42


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abordamos uma outra forma de inteligência, acompanhe o trecho abaixo:POR AMOR AOS NÚMEROS12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Quando tinha dois anos de idade, Daniel gritava encantado toda vez que suamãe dizia qualquer série casual de números, como 21, 47, 63, 150,2. 679...Não apenas o som dos números era agradável, mas os próprios símbolosabstratos transmitiam mistério a serem solucionados. Pedaços de cereal na tigelatinham de ser contados e escritos sob a forma de números, as pedras da rua e osbrinquedos da caixa de brinquedos tinham de ser conhecidos pela quantidade.Quando Daniel estava com três anos, as questões de tempo, a seqüência e o conceitoda multiplicação dominavam o seu interesse. Para ele, meia hora significava o tempoque durava o seu programa favorito da TV ou para ir de carro até a confeitaria [...].Quando estava jogando basquete com os amiguinhos, atribuía a cada cesta umnúmero e praticava a tabuada de multiplicação enquanto jogava. Seus pontos nobasquete aumentavam tão rapidamente quanto a sua memorização dos fatos damultiplicação [...].Durante todos os anos do ensino fundamental, a matemática foi a matériapreferida [...]. Atualmente, no final do ensino fundamental, o interesse de Daniel pelamatemática evidencia-se não somente nas aulas avançadas que assiste, mastambém em sua alegria por resolver problemas da vida real.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Fonte: CAMPBELL, Linda et al, 2000, p. 50.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012O texto apresentado evidencia na história do personagem Daniel a sua capacidadeinteligível de lidar com situações e problemas que podem ser resolvidos por meio damatemática. Essa inteligência lógico-matemática foi identificada por Gardner como umaoutra possibilidade da inteligência humana se desenvolver. Ela não é nem superior, neminferior a uma outra forma de inteligência; ela é apenas diferente das demais. Possibilitacalcular, quantificar e realizar operações matemáticas complexas. Existem algunsindicadores que permitem identificar, verificar e avaliar a inteligência lógico-matemática deum aluno, a saber:ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA VERBAL-LINGÜÍSTICAO aluno faz muitas perguntas sobre como as coisas funcionam?O aluno resolve problemas matemáticos mentalmente com rapidez?O aluno gosta de resolver enigmas lógicos ou quebra-cabeças?O aluno aprecia jogos de estratégias como o xadrez?O aluno gosta de colocar as coisas em categorias ou hierarquias?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Armstrong (2001).Campbell et al (2000) salienta que as inteligências múltiplas não são muitoconsideradas na formação do currículo escolar. A própria organização bas<strong>ead</strong>a nas matériasou disciplinas muitas vezes impede que os professores identifiquem as inteligências deseus alunos. O ensino da Geografia, por exemplo, necessita que as inteligências verballinguísticae lógico-matemática sejam consideradas no processo de aprendizagem, istoporque as capacidades discursivas e explicativas são importantes na análise espacial, assimcomo as capacidades de expressar graficamente fenômenos sociais e espaciais e trabalharcom os números (como por exemplo, com as distâncias que podem ser medidas num mapa).Mas, a Geografia, para ser melhor compreendida, necessita explorar outras formasde inteligência. Para discutirmos sobre a relação entre o conhecimento geográfico, a43


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Iaprendizagem e o desenvolvimento das relações espaciais, consideremos otrecho que se segue:A HISTÓRIA DE SARAH123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Sarah parecia desmotivada, insatisfeita com seu trabalho escolar,apresentando trabalhos que não estavam à altura de suas verdadeiras habilidades.A única área em que ela mostrava um bom desempenho era o desenho, emboraessas habilidades raramente fossem necessárias na maioria das tarefas da salade aula [...]. Durante todo o ensino fundamental, Sarah foi taxada de inquieta eperturbadora; além disso, raramente se recordava de qualquer informação sobre osestudos do dia. Quando estava na quinta série, sua professora percebeu que, quandoSarah podia desenhar, não somente ficava quieta, mas também parecia atenta aoassunto da aula.Certo dia, quando a professora estava conversando com Sarah a respeitode uma unidade de ciências sobre a estrutura da terra, a menina mostrou-lhe umdesenho sobre a aula da manhã. Nele, em uma linguagem visual desenvolvida ecompreendida pela garota, estavam imagens que representavam o centro da terra,o manto e a crosta terrestre, com as características e proporções adequadas exibidasde forma artística [...]. Sempre que podia desenhar, mapear ou simbolizar visualmentea informação, a aprendizagem ganhava vida para ela.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Fonte: CAMPBELL, Linda et al, 2000, p. 101.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123A habilidade que a personagem Sarah apresenta, conforme suadescrição no texto, é chamada de inteligência visuoespacial. Refereseàquela inteligência que permite formular visualizações e modelosmentais (imagens) manifestando-se nacapacidade de relacionar o espaço próprio com o espaço que nosenvolvem percebendo e administrando distâncias, pontos de referência elocalizando-se geograficamente, bem como revelando a capacidade emperceber diferentes objetos, eventualmente transformando-os oucombinando-os em novas posições (ANTUNES, 2006, p. 17).No ensino da Geografia, as habilidades visuoespaciais podem ser bastanteexploradas na prática docente por meio de procedimentos e estratégias pedagógicas. Oprofessor pode explorar o pensamento visual por meio do uso de filmes, cartazes, mapas,diagramas, caricaturas, charges, fotografias e observação criando diferentes estratégiasque devem considerar os seguintes indicadores de diagnose:44


ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA VERBAL-LINGÜÍSTICAO aluno aprende por meio da visão e observação?O aluno percebe e produz imagens mentais, pensa ou recorda informações por meiodelas?O aluno decodifica mapas, gráficos, tabelas?O aluno gosta de desenhar, rabiscar ou pintar?O aluno cria representações para informações por meio de quadros-síntese,fluxogramas ou mapas mentais?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell et al (2000).A inteligência visuoespacial pode se expressar de diferentes formas, mas envolve,segundo Antunes (2006), três componentes, a saber: a capacidade em reconhecer aidentidade de um objeto (comparando suas dimensões e forma com outros objetos a fim deidentificar semelhanças e diferenças); a capacidade de imaginar movimentos oudeslocamentos no espaço e a capacidade de pensar sobre as relações espaciais (orientaçãoespacial por meio das relações com o corpo e pontos de referência).Assim, um dos desafios, sobretudo ao professor de Geografia, é incluir nas suasestratégias didáticas processos de aprendizagem visuoespaciais, através dos quais sejapossível utilizar com alguma freqüência as habilidades que estimulam o desenvolvimento eo aprimoramento do pensar visualmente. Por isso, autores como McKim apud Campbell(2000), sugere ao professor algumas ações, consideradas por ele, vitais: Criar um ambiente de aprendizagem visual: atente-se para a disposição dascadeiras, para a fixação de cartazes, mapas, fotografias e outros estímulos visuais, tendoseo cuidado com a sobrecarga visual; Explorar a representação pictórica e os instrumentos de registro visual: insiraquadros, diagramas, fotografias, fluxogramas ou mapas mentais na explicação, interpretaçãoe compreensão de temas; Construir visualizações: estimule ou explore a capacidade mental de construir ourecordar de situações ou representações.Num dos seus trabalhos, Antunes (2006) salienta que o estímulo à inteligênciavisuoespacial no ensino de Geografia deve ocorrer desde as séries iniciais do EnsinoFundamental por meio do processo de alfabetização cartográfica. Vocês já estudaram nasdisciplinas Cartografia e Pesquisa e Prática Pedagógica III o quanto a alfabetizaçãocartográfica é importante à compreensão dos conteúdos geográficos e da própria realidade(seja ela próxima ou distante). Sabemos que os procedimentos de leitura, interpretação e aprodução de mapas envolvem a construção de diferentes habilidades simbólicas erepresentacionais de um espaço, incluindo seus objetos e fenômenos. Este mesmo autorressalta que o trabalho da alfabetização cartográfica adquire novo e revelador papel naeducação, já que ao abordar a espacialidade (dos fatos, objetos e fenômenos) sintetizainformações, desenvolve a capacidade de análise e de dedução conduzindo o aluno aperceber o espaço por meio da sua produção, organização e distribuição.Mas a Geografia, assim como as demais disciplinas curriculares, podem utilizardiferentes recursos visuais nas suas abordagens. Destacaremos, doravante, como asrepresentações pictóricas podem favorecer um desenvolvimento da aprendizagem de formamais significativa, tornando mais claros conceitos e idéias. Os fluxogramas e os quadrosexplicativos, por exemplo, são bastante contributivos neste aspecto, pois é possível atravésdeles descrever a estrutura de um conceito e simbolizar as idéias. O uso de formasgeométricas (retângulo, círculo, triângulo) para representar a compreensão de um conceitoauxilia na explicação da informação. A seguir apresentamos um exemplo de como produzílo.45


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IPassos para construir um fluxograma ou quadro explicativo: Selecione o conceito que será representado e escreva-o no espaço deum retângulo; Estabeleça os fatos que podem ser identificados a partir deste conceitoe escreva-os em cada espaço de um retângulo; Indique o fluxo das idéias por meio de setas ou flechas ou outros símbolos; Estabeleça uma conclusão (ou conclusões) para o conceito representado.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Esta forma de representação ajuda a sistematizar idéias e pensamentos (seja umesboço ou síntese) de forma visual e tanto professores quanto alunos podem utilizar desterecurso nos processos de ensino e de aprendizagem.Um outro recurso que se pode explorar a inteligência visuoespacial são os mapasmentais e os mapas conceituais. Tratam-se técnicas ou mesmo estratégias eficientes pararegistrar uma anotação de forma visual. Diferente do mapa conceitual que se restringe noenfoque de um determinado conceito, o mapa mental pode ser aplicado a qualquerinformação visando ordenar idéias, organizar tarefas em forma de esquemas utilizandoimagens, cores e palavras.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Passos para construir um mapa mental ou mapa conceitual:123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123 Estabeleça uma questão pertinente para expressá-la visualmente; Identifique palavras-chaves para a questão e distribua-as de foramaleatória no espaço onde o mapa será elaborado (cartolina, papel ofício, etc.); Estabeleça relações entre as palavras-chaves e a questão selecionada; Expresse as relações (utilizando palavras e linhas de conexão para osmapas conceituais e inserindo imagens, ilustrações ou desenhos para os mapasmentais);123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Estas construções mentais aqui apresentadas apenas exemplificam algumaspossiblidades que o porfessor dispõe para dinamizar e significar a aprendizagem de seusalunos e suas próprias aprendizagens e explorar, desenvolver ou empregar a capacidadede expressar por meio da visualização ou modelos mentais a percepção do mundo e dascoisas.Para refletir...Um professor de Geografia desejando desenvolver ou explorar a inteligência visuoespacialde seus alunos da 5ª série, necessita especificar algumas situações didáticaspara trabalhar a noção cartográfica de orientação espacial. Ao escolher o “Jogo dos seteerros” (duas imagens de uma mesma ilustração são apresentadas com o objetivo deencontrar diferenças entre elas) o professor estará aproveitando esta oportunidade paraalcançar seus objetivos?46


Além das formas de inteligência aqui apresentadas, Gardner também identificou outrascomo a inteligência cinestésico-corporal que ser refere à capacidade de unir o corpo ea mente para desempenhar uma ação/atividade física. De acordo com Campbell (2000) épossível detectar qualidades tátil-cinestésicas a partir das seguintes observações:ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA CINESTÉSICO-CORPORALO aluno aprende melhor através do envolvimento e da participação direta associandoo que foi feito, dito ou observado?O aluno gosta de aprendizagens concretas (saída de campo, exercícios físicos,dramatizações, etc)?O aluno mostra destreza com o trabalho realizado com movimentos motores?O aluno se preocupa em compreender e viver segundo padrões fisicamente saudáveis?O aluno demonstra habilidades para representar e expressar idéias e sentimentosatravés do corpo?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell et al (2000).Segundo o pesquisador educacional GOODLAD apud CAMPBELL (2000),independente da matéria ou disciplina, os alunos gostam de realizar atividades que osenvolvem ativamente ou que trabalham com outras pessoas. Fazer trabalhos de campo,realizar filmagens, construir ou desenhar coisas, fazer coleções, entrevistar pessoas,representar situações e realizar projetos são algumas formas que se pode promover umaaprendizagem mais participativa e ativa.Há uma variedade muito grande de propostas didáticas que um professor pode utilizarpara melhorar o ensino para os seus alunos por meio da aprendizagem tátil-cinestésica,como motivar as formas de expresssão por meio do teatro (simulações, e dramatizações),da dança, da manipulação de objetos, da educação física, dentre outros. As aprendizagenspráticas estabelecidas por meio da vivência e da experiência auxiliam na compreensão deidéias abstratas por meio da realção entre o corpo e a mente.Já a inteligência musical é uma das formas de expressão que utiliza da voz humanae do corpo como instrumentos naturais. Refere-se à capacidade de perceber, discriminar,transformar e expressar formas musicais. Para Gardner (1994) um indivíduo que tem umaexposição frequente à música tem maior possibilidade de desenvolver o interesse, e ashabilidades musicais como a composição, a execução de um instumento ou canto. Asexpressões musicais, quando exploradas com uma finalidade pedagógica, podem trazerresultados positivos a uma prática docente mais receptiva na sala de aula. No quadro abaixosegue alguns indicadores para verificar se esta forma de inteligência é bem desenvolvidanos alunos:47


EstágioSupervisionado IALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA MUSICALO aluno responde com interesse a uma variedade de sons ambientes, inclusive a vozhumana?O aluno reconhece e diferencia gêneros e estilos musicais e suas variações culturais?O aluno gosta de catalogar informações sobre músicas (quem é o compositor, ointérprete)?O aluno expressa interesse por profissões que envolvem a música?O aluno cria composições e ou instrumentos musicais originais?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell et al (2000).Dessa forma conhecer a música é importante porque ela é uma linguagem quetransmite uma herança cultural, expressa uma aptidão do ser humano para comunicar-sede forma criativa permitindo a apresentação de pensamentos e sentimentos, valoriza orelacionamento e oferece caminhos para que os alunos e professores aprendam e ensinemcom maior motivação.Há ainda outras formas de inteligência: a inteligência interpessoal e a inteligênciaintrapessoal. A primeira se refere à “capacidade de perceber e fazer distinções no humor,intenções, motivações e sentimentos das outras pessoas” (ARMSTRONG, 2001, p. 14).Inclui as expressões faciais, a voz, o gesto, a capacidade de formar e manter relacionamentos,os quais nos permite compreender as outras pessoas e comunicarmos com elas. De acordocom Campbell (2000) alunos com habiliddes interpessoais apreciam a interação com outraspessoas e têm facilidade de convencer os outros com suas idéais ou pensamentos.ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA INTERPESSOALO aluno desenvolve diferentes formais de relacionamento social?O aluno participa de esforços cooperativos assumindo diferentes papéis?O aluno influencia a opinião e a ação das outras pessoas utilizando a persuasão?O aluno adapta o seu comportamento a diferentes ambientes ou grupos a partir dasinformações de outras pessoas?O aluno desenvolve habilidades de mediação, organizando pessoas para um trabalho?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell et al (2000).A inteligência interpessoal está tão intrínseca à interação com as outras pessoasque não se poderia conceber uma prática docente desconsiderando-a. Entretanto, ainda écomum à alguns professores tratarem seus alunos como um número da matrícula oufrequência escolar, esquecem-se que estão convivendo com pessoas que com elas deveinteragir. Criar estratégias para o desenvolvimento das relações interpessoais positivas esaudáveis é uma importante contribuição à uma aprendizagem mais efetiva e significativa,o que inclui, invariavelmente, o respeito a si próprio e às difeenças.Ao professor cabe propiciar momentos em que os alunos possam desenvolver acapacidade de respeitar as diferenças de comportamento, de estilo de aprendizagem, decultura, de idéias...48


Para refletir...Numa ocasião Albert Einstein afirmou: “O nível geral de informação do mundo é alto,mas comumente tendencioso, influenciado por preconceitos nacionais que servem paranos tornar cidadão da nossa nação mas não do nosso mundo”. Considere a afirmação eexpresse sua opinião sobre como as formas de estratégia militar (que você estudou nadisciplina Geografia Política) podem utilizar da persuasão para atingir seus objetivos.A inteligência intrapessoal, por outro lado, inclui os nossos pensamentos e sentimentos,abrange o autoconhecimento e a capacidade de agir com base neste conhecimento.Inclui,a imagem que se tem de si mesmo e das próprias forças e limitações,consciência dos estados de humor, intenções, motivações, temperamentoe desejos, bem com a capacidade de autodisciplina, auto-entendimento eauto-estima (ARMSTRONG, 2001, p. 15).ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA INTRAPESSOALO aluno tem consciência de suas emoções?O aluno encontra formas e modos de expressar seus sentimentos?O aluno é motivado e sabe estipular objetivos para a sua vida?O aluno busca compreender suas experiências e internalizá-las?O aluno apresenta uma identidade precisa e trabalha de forma independente?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell et al (2000).As relações intrapessoais estão maciçamente presentes no ambiente da sala deaula e a prática docente contextualizada articula as questões emocionais às estratégiasdidático-pedagógicas. O professor pode refletir sobre algumas questões para melhorconhecer o ambiente emocional de sua sala de aula visando a compreensão das diferentesformas de expressão emocional:Os conteúdos da disciplina são ensinados com expressão emocional?Que tipo de sentimentos estão sendo estimulados na sala de aula e de quem?Quais comportamentos ou sentimentos estão sendo estimulados e quais estãosendo desestimulados?Quais as formas que os alunos possuem para expressar seus sentimentos?Por meio destas e de outras questões o professor pode criar situações ou mesmovalorizar a expressão dos sentimentos de seus alunos para contribuir com um processo deaprendizagem bas<strong>ead</strong>o nos valores humanos comuns como a justiça, a confiança, agenerosidade, a tolerância, o respeito, a solidariedade, a cortesia, dentre outros.49


EstágioSupervisionado IPara refletir...De quais maneiras o professor pode estimular, de forma adequada, a emoção deseus alunos?Dentre o conjunto de inteligências estipuladas por Gardner, havia uma que eleacreditava está relacionada às habilidades das inteligências lógico-matemática evisuoespacial, mas a partir dos critérios por ele estabelecidos para caracterizar uma aptidãoou talento como uma inteligência foi possível identificar o que chamou de inteligêncianaturalista. Trata-se da capacidade de distinguir, classificar espécies da fauna e da flora ede fazer-se sentir como parte de um sistema (ambiente). Acompanhe abaixo uma síntesedos indicadores que auxiliam na identificação das habilidades naturalistas de uma pessoa.ALGUNS INDICADORES DA INTELIGÊNCIA NATURALISTAO aluno gosta de explorar ambientes naturais ou humanizados?O aluno gosta de observar, interagir e cuidar de plantas ou animais?O aluno demonstra interesse pelos ciclos de vida da flora ou fauna?O aluno se interessa em usar instrumentos como binóculo de registrar as observaçõesfeitas sobre a fauna e flora?O aluno demonstra interesse por profissões como biologia, ciências, ecologia?Fonte: Bas<strong>ead</strong>o em Campbell et al (2000).Um currículo escolar que busca enriquecer a prática pedagógica e o processo deaprendizagem com base nas habilidades naturalistas deve inserir alguns temasestimuladores como as relações de interdependência, mudança, adaptação, equilíbrio,diversidade, competição, população, dentre outros. A Geografia, assim como outrasdisciplinas como a Biologia mais especificamente, também procura compreender processosespaciais por meio da linguagem e compreensão da perspectiva naturalista. No mundocontemporâneo, as questões como índice populacional, fome, esgotamento dos recursos,dentre outros fenômenos, necessitam de uma visão naturalista para observar, identificar,perceber inter-relações, formular hipóteses e comunicar maneiras de melhorar a qualidadede vida.Diante do exposto, é preciso salientar que nenhuma das habilidades aqui descritasse apresenta desenvolvida de forma estanque nas pessoas, pois todos nós possuímostodas elas. Entretanto, cada um de nós desenvolve formas de combinação entre elas ediferentes níveis de competência para desempenhá-las mediante estímulos. O desafio doprofessor não é apenas saber reconhecer e identificar uma ou outra inteligência de umaluno, mas de propor situações em que àquelas inteligências que ele pouco explora possamser estimuladas. Por exemplo, se o professor identifica que um de seus alunos tem umahabilidade corporal-cinestésica significativa, mas apresenta dificuldades no entendimento50


das relações visuoespaciais, o professor deve estimular formas pelas quais essa forma deinteligência possa ser despertada neste seu aluno. Além disso, é preciso considerar queuma pessoa que tenha uma das inteligências bem desenvolvidas não significa que ela possademonstrá-la em todos os aspectos de sua vida.Existem também fatores que podem ativar ou desativar estas inteligências. Armstrong(2001) apresenta algumas influências ambientais que podem promover ou retardar odesenvolvimento de uma ou mais formas de inteligência, a saber: acesso a recursos (umacriança, cuja família não tem recursos para comprar um instrumento musical, terá uma maiordificuldade em desenvolver sua inteligência musical), fatores histórico-culturais (um alunoque demonstre um interesse pela matemática se este for valorizado e estimulado, a suainteligência lógico-matemática, provavelmente, terá um bom desenvolvimento), fatoresgeográficos (alunos que vivem em ambientes urbanos certamente têm uma compreensãoespacial distinta daqueles que vivem em espaços rurais), fatores familiares (a influência defamiliares para o desenvolvimento de certa inteligência pode desmotivar o desenvolvimentode outras formas de inteligência) e fatores situacionais (as oportunidades que cada um tempodem limitar ou expandir o desenvolvimento de determinadas inteligências).Assim, a Teoria das Inteligências Múltiplas desenvolvida por Gardner enfatiza a riquezae a diversidade de formas pelas quais nós podemos expressar nossas habilidades emrelação a uma inteligência assim como a relação entre as diferentes inteligências que podemser exploradas e estimuladas. Gardner não descartou a possibilidade da existência de outrasinteligências como a inteligência existencial, a qual tem dedicado seus estudos recentes.Outros autores, entretanto, presumem a existência de outras inteligências como a criatividade,a capacidade culinária, a capacidade mecânica, dentre ouras. O importante é quecompreendamos que as inteligências são múltiplas e podem ser usadas na escola paradescobrir e saber lidar com as diferenças que existem entre os seres humanos.Princípios Orientadores da Ação Pedagógica na Sala de Aula:Interdisciplinaridade, Contextualização e Transposição DidáticaO espaço da sala de aula é o espaço maior da atuação do professor, é nele que seefetiva toda a concepção de aprendizagem pensada. Este importante espaço da escola, enão fazendo referência ao espaço físico, mas ao espaço enquanto ambiente deaprendizagem, deve ser concebido e planejado muito bem pelo professor antes da sua realefetivação. Sendo assim, fica claro que o professor mais do que nunca, tem que terconsciência do seu papel e da importância da sua atuação.Hoje, não se admite mais a possibilidade de uma ação docente ingênua edescomprometida de um embasamento teórico que a respalde e que a legitimize. Nestesentido, o papel do professor assume uma importância vital para efetivação da práticapedagógica proposta pela escola e pela sua comunidade. Sem o comprometimento eenvolvimento deste articulador ou mediador, a proposta não acontece, pois por mais bemelaborado que seja um projeto pedagógico, é através da ação docente, e principalmente noambiente da sala de aula, que ela será praticada e ratificada.Sobre a cultura ensinada,em parte criada ou recriada no dia-a-dia, ao sabor da preparação e do trabalho naaula. Não existe sob a forma de um repertório bem organizado que seria depositadode uma vez por todas no espírito do professor, de onde ele retiraria excertos deconteúdo (...) à medida que fosse progredindo (PERRENOUD, 1994).51


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123EstágioSupervisionado IPara refletir...Perrenoud fala da relação do professor e da cultura ensinada. E paravocê, qual o principal papel do professor de hoje?Fica evidente, então, que uma das responsabilidades hoje do professor, é motivaros alunos para aprender. E para tal, ele conta com um leque de possibilidades didáticasque podem ser utilizadas de acordo com os seus objetivos e com o tipo de relação quepretende estabelecer no espaço de sala de aula.A contextualização, a transposição didática, uma ação interdisciplinar sãoalgumas destas possibilidades possíveis de serem utilizadas para a efetivação de umaaprendizagem mais significativa e que são alguns dos princípios orientadores de uma açãopedagógica na sala de aula.Mas, o que significa mesmo cada uma destas possibilidades?A inexistência de um conjunto de regras, capaz de dar conta de todas as situaçõesque ocorrem na sala de aula, estimula o professor à reflexão sobre sua prática. Ao refletirsobre a mesma de forma crítica, analisando e avaliando as questões que se apresentam noseu cotidiano profissional, à luz de teorias e valores, faz com que o docente vá estruturandoo pensamento prático. Este, segundo Pérez Gómez (1995), é responsável pela aptidão doprofessor para mediar, com competência, as diferentes situações que se apresentam nodia-a-dia profissional.Nesse sentido, Shulman (1996) cunhou a expressão “conhecimento pedagógicodos conteúdos”, que inclui, para tópicos mais freqüentemente ensinados em certa área,“as formas mais úteis de representação daquelas idéias, as mais poderosas analogias,exemplos, ilustrações, explicações e demonstrações, em outras palavras, as maneiras derepresentar e formular a matéria de modo a torná-la compreensível para os outros”.Portanto passaremos a seguir a descrever, de uma forma prática, o que fundamentacada uma das propostas pedagógicas anteriormente mencionadas.INTERDISCIPLINARIDADEPara a compreensão do que é interdisciplinaridade é necessário compreender anteso que é disciplinaridade, já que pressupõe-se que a primeira seria uma superação dasegunda. Parafraseando Heloísa Lück (1994), na sua obra Pedagogia Interdisciplinar,encontramos as seguintes definições:123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Numa 123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Disciplinavisãoé:epistemológica:- uma ciência (atividade de investigação).- cada um dos ramos do conhecimento.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012352


1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A disciplina (ciência), entendida como um conjunto específico de conhecimento decaracterísticas próprias, obtido por meio de método analítico, linear e atomizador darealidade, produz um conhecimento aprofundado e parcelar (as especializações). Elacorresponde, portanto, a um saber especializado, ordenado e profundo que permite aohomem o conhecimento da realidade, a partir de especificidades, ao mesmo tempo emque deixa de levar em consideração o todo de que faz parte. Disciplina e Ciência, portantose correspondem e têm como elemento básico a referência e o estudo de objetos de umamesma natureza.Numa visão pedagógica:Disciplina é:- atividade de ensino ou o ensino de uma área da Ciência.- ordem e organização do comportamento.1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012No contexto pedagógico, o conhecimento já produzido, conforme o enfoqueepistemológico descrito anteriormente, é submetido, novamente, ao tratamento metodológicoanalítico, linear e atomizador, agora com o objetivo de facilitar a sua apreensão pelosestudantes. O objetivo didático promove, no contexto escolar, mediante raciocínio lógicoformal, um mais acentuado distanciamento do conhecimento, em relação à realidade deque emerge.Sendo assim, a disciplina ou disciplinaridade resulta do paradigma positivista quevem orientando a produção do conhecimento, e para compreendê-la mais plenamente, éútil, portanto, compreender antes também o que existe por traz desse paradigma.Ainda segunda Heloísa Lück, o método da construção disciplinar se caracteriza por:Fragmentação ou atomização gradativa da realidade em suas unidadesmenores, para conhecê-la (atomização), de que resultam as variáveis, isto e,unidades mínimas de análise (reducionismo);Consideração da percepção sensorial como fonte básica de conhecimento deverdade;Isolamento do fenômeno estudado, em relação ao contexto de que faz parte (ahistoricidade);Organização das partes estudadas, segundo leis causais unidirecionais(linearidade);Distanciamento do observador em relação ao objeto observado, de modo agarantir objetividade;Estudo de validação e fidedignidade dos instrumentos de medida, com vistas agarantir objetividade, identificação de regularidade, estabilidade e permanência;Análise quantitativa e explicação estatística da realidade, a partir do pressupostode que a representação estatística e a realidade cultural coincidem e que tudoque existe se expressa em quantidade;Simplificação, uma vez que cada estágio e momento de produção doconhecimento é considerado independente de outro;Lógica dedutiva, a partir do pressuposto de que as importantes dimensões deum fenômeno, evento ou situações são já conhecidos e podem ser replicadospor experimentação.Entretanto, o mundo é uma totalidade. Mas, sendo tão grande e complexo, seuconhecimento é feito pelas partes. Foi essa idéia de que a fragmentação facilita a53


EstágioSupervisionado Icompreensão do conhecimento científico que orientou a elaboração doscurrículos básicos em certo número de disciplinas consideradas indispensáveisà construção do saber escolar. Tal simplificação, por outro lado, complicou acompreensão de fenômenos mais complexos. A solução para o problema foirelacionar as várias disciplinas do currículo.Assim, a necessidade de se alterar o método de análise, para outromais abrangente, resulta não apenas no reconhecimento da limitação do método, mas doreconhecimento da relação método-conhecimento. Emerge, portanto no quadro referencialdessas idéias, a necessidade e uma visão da realidade que transcenda os limites dadisciplinaridade e conceituais do conhecimento.Surgem então determinadas terminologias na educação para dar conta de umaprática educativa que contemple esta visão integradora e não mais fragmentada, globalizadae não mais simplificada.Segundo os principais teóricos da educação, existem três principais terminologiaspara dar conta dos níveis de relação entre as disciplinas: multidisciplinaridade,interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.Na multidisciplinaridade, recorremos a informações de várias matérias para estudarum determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si. Assim,ao analisar a arte barroca, podemos usar dados vindos da História, da Química e daEducação Artística. A História conta, por exemplo, quando foi o período chamado Barroco.A Química descreve a composição do material usado nas pinturas. A Educação Artísticalida com seus aspectos estéticos – as cores usadas, a disposição dos elementos decontraste. Neste caso, cada matéria contribuiu com informações pertinentes ao seu campode conhecimento, sem que houvesse uma real integração entre elas. Essa forma derelacionamento entre as disciplinas é a menos eficaz para a transferência de conhecimentospara os alunos.Na interdisciplinaridade, estabelecemos uma interação entre duas ou maisdisciplinas. No exemplo anterior, haveria interdisciplinaridade se, ao estudar a Semana deArte Moderna, relacionássemos o contexto histórico do Modernismo com os temas usadospelos artistas de então e sobre as técnicas empregadas por eles. A análise do materialutilizado na pintura poderia ser ampliada para um estudo do desenvolvimento tecnológicoao longo do tempo. E a Geografia poderia analisar se houve um impacto na distribuição dapopulação ou de algum setor de atividade primária, secundária ou terciária no espaçogeográfico brasileiro com este movimento artístico. O ensino bas<strong>ead</strong>o na interdisciplinaridadeproporciona uma aprendizagem muito mais estruturada e rica, pois os conceitos estãoorganizados em torno de unidades mais globais, de estruturas conceituais e metodológicascompartilhadas por várias disciplinas.Na transdisciplinaridade, a cooperação entre as várias matérias é tanta, que nãodá mais para separá-las: acaba surgindo uma nova “macrodisciplina”. Um exemplo detransdisciplinaridade são as grandes teorias explicativas do funcionamento das sociedades.Esta é a relação mais difícil de ser estabelecida na prática escolar, até pela complexidadedesta relação.Portanto, ao falar do espaço da sala de aula, e da relação com prática educativa quese estabelece neste espaço, percebemos que os exemplos são maiores e mais evidentesda relação multi ou interdiciplinar. Entretanto, cabem aqui alguns questionamentos que, dadoo processo de formação dos profissionais que estão em atuação hoje, não podem deixarde serem feitos até por já se ter conhecimento da importância do professor crítico e reflexivo:1. Poderá o educador engajar-se num trabalho interdisciplinar sendo sua formaçãofragmentada?54


2. Existem condições para o educador entender como o aluno aprende se não lhefoi reservado espaço para perceber como ocorre sua própria aprendizagem?3. Que condições terá para trocar com outras disciplinas se ainda não dominou oconteúdo específico da sua?4. Poderá entender, esperar, dizer, criar e imaginar se não foi educado para isto?5. Buscará a transformação social se ainda não iniciou o processo de transformaçãopessoal?Sendo assim, fica evidente a relevância de ao preparar um material de estudo paraser explorado na disciplina Estágio Supervisionado trazermos estes temas como um dosfocos do nosso estudo para que no processo de formação docente, que é o nosso objetivoneste momento, capacitá-lo para que no exercício de sua prática, possa desenvolversituações didáticas que dêem conta destas novas demandas que emergem da sociedade,e que são colocadas como fundamentais nos principais documentos oficiais que trazem asdiretrizes e parâmetros para educação brasileira. Não só no Ensino Fundamental, mastambém no Ensino Médio.Você sabia?A interdisciplinaridade aparece nas diretrizes curriculares do Ensino Médio comoprincípio nort<strong>ead</strong>or para a superação da excessiva fragmentação dos conteúdos disciplinares.A consciência da importância da interdisciplinaridade aparece, por exemplo, nas propostasde organização do conhecimento por área, dividindo os conteúdos por blocos de temas enão por disciplinas; no desenvolvimento de projetos e de outras atividades significativas eprazerosas que proporcionem a conexão entre as disciplinas. As experiências que osprofessores afirmam ter com a interdisciplinaridade incluem o trabalho com os temas dacidadania, política, ética, problemas ambientais e questões gerais da atualidade.Segundo este documento para a área de Ciências Humanas e suas Tecnologias,as contribuições foram agrupadas em dois conjuntos: inserção social, com destaquepara a formação da cidadania, e a construção de competências intelectuais. Como mençãoà necessidade de os jovens se inserirem na sociedade aparece à noção de que é necessáriaa formação de sujeitos da história, pessoas capazes de interferir em seu meio portransformações no sentido da igualdade social. A preparação para a cidadania apareceassociada ao compromisso social e à formação ética pautada em valores humanistas. Sabercriar relações interpessoais satisfatórias surge também como objetivo a ser perseguido.Para refletir...“Diante do colar - belo como um sonho - admirei, sobretudo, o fio que unia as pedrase se imolava anônimo para que todos fossem um…” (D. Helder Câmara).Agora que você já sabe o que significa interdisciplinaridade, qual a relação que vocêestabelece entre o fragmento acima e uma prática pedagógica?55


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ISaiba mais...Interdisciplinaridade. Fundação Darcy Ribeirohttp://www.fundar.org.br/temas/texto_7.htm123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Inter-transdisciplinaridade e transversalidadehttp://www.inclusao.com.br/projeto_textos_48.htm123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Interdisciplinaridade: o pensado o vivido - de sua necessidade àsbarreiras enfrentadashttp://www.intercom.org.br/papers/xxii-ci/gt02/02b05.pdf123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Uma postura interdisciplinarhttp://www.forumeducacao.hpg.ig.com.br/textos/textos/didat_7.htm123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123O mundo não é um quebra-cabeçahttp://novaescola.abril.com.br/ed/124_ago99/html/comcerteza_didatica.htm123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Interdisciplinaridadehttp://www.campogeral.com.br/texto.php?matid=13123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123A questão da interdisciplinaridade no ensinohttp://www.ensinofernandomota.hpg.ig.com.br/textos/arquivo%20%20A%20QUESTAO%20DA%20INTERDISCIPLINARIDADE%20NO%20ENSINO.doc123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Práticas interdisciplinares na educação básica: uma revisãobibliográfica - 1970 a 2000http://www.bibli.fae.unicamp.br/etd/artcc01.pdf123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123A informática e a interdisciplinaridade no Ensino Fundamentalhttp://www.ntevr.hpg.ig.com.br/Interdisciplinaridae.htm123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123CONTEXTUALIZAÇÃOAo falarmos de contextualização cabe então fazermos uma distinção entrecontextualização e interdisciplinaridade. Mesmo sendo situações didáticas que não seexcluem e sim se complementam, é importante destacar o que cada palavra traz designificado no que se refere à prática educativa, pois é fundamental, como já destacamosanteriormente, que o professor conheça não só o objeto de estudo próprio da sua área deatuação (o que ensinar), mas também as situações didáticas que podem ser utilizadaspara explorar este objeto de estudo (como ensinar) como também, a intencionalidade e aconsciência da relevância do mesmo para a formação do aluno (por que ensinar).Sendo assim, chamamos a atenção que os conteúdos intercruzados e aquelesunificadores de temas constituem a mola mestra da interdisciplinaridade. O interrelacionamentoentre os conteúdos das disciplinas configura a interdisciplinaridade. Os56


12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012conteúdos impregnados da(s) realidade(s) do aluno demarcam o significado pedagógicoda contextualização. A contextualização imprime significados e relevância aos conteúdosescolares. A interdisciplinaridade explicita conteúdos contextualizados.Citando os Parâmetros:12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012“O conceito de aprendizagem significativa, central na perspectivaconstrutivista, implica, necessariamente, o trabalho simbólico de significar a parcelada realidade que se conhece. As aprendizagens que os alunos realizam na escolaserão significativas na medida em que consigam estabelecer relações substantivase não arbitrárias entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamenteconstruídos por eles, num processo de articulação de novos significados”.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Portanto, o que caracteriza a contextualização didática é a ação do professor deestabelecer relação entre o que é trabalhado na escola (conteúdo) e o que é vivenciadopelos alunos (realidade). Dessa forma, faz-se com que o aluno parta de uma situaçãoconhecida, para a construção de um conhecimento científico e socialmente aceito. Ficaclaro então que, a contextualização é uma forma de partir do que é próximo e vivido peloaluno, onde dá-se sentido ao que está sendo trabalhado, buscando possibilitar umaaprendizagem significativa e não mais mecânica e repetitiva. Todavia para que esta práticapossa se desenvolver no ambiente de sala de aula é necessário que o professor conheça arealidade de seus alunos, perceba as necessidades da comunidade em que está inserido.TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICAPerrenoud, (1993 p. 25) define como transposição didáticaa essência do ensinar, ou seja, “a ação de fabricar artesanalmenteos saberes, tornando-os ensináveis, exercitáveis e passíveis deavaliação no quadro de uma turma, de um ano, de um horário, de umsistema de comunicação e trabalho”. Para ele, essa é uma traduçãopragmática dos saberes para atividades e situações didáticas, quesurge como uma resposta ou reação às situações reais de sala deaula.Esse conceito traz em seu bojo a concepção de que a docência se constrói numaarticulação da competência acadêmica (conhecimento de um corpo organizado deconteúdos) com a competência pedagógica (conhecimento do processo de ensino). Parasaber ensinar é indispensável saber o que e como ensinar.O desafio do professor é conhecer a realidade em que está inserido, não só o contextosocial dos seus alunos como também suas condições emocionais e os recursos que têmdisponível para mediar esta díade: o quê e como ensinar. Sendo assim, na transposiçãodidática, é importante levar em conta os objetivos e os valores educativos da escola; aidade e a situação sociocultural dos alunos; os recursos disponíveis para ensinar, aprendere avaliar; as expectativas da família e da comunidade; as demandas da sociedade — aíincluídos o exercício da cidadania e o mundo do trabalho; o universo cognitivo e afetivo dosalunos; e os desafios que eles enfrentam para se desenvolver. Claro! É ao aluno que osobjetos de conhecimento devem ser oferecidos para que se tornem objetos de ensino queproduzam aprendizagens. Uma transposição didática bem-feita permite que conhecimentosconstruídos em outros tempos e espaços possam ser reconstruídos, compreendidos eaplicados no contexto (espaço) em que aluno e escola estão inseridos agora (tempo).57


EstágioSupervisionado IAchou complicado? Não se impressione, pois transposição didática éalgo que se aprende! (E deveria ser a parte mais importante dos cursos deformação). Dominada a técnica, é só usar a intuição e a criatividade para realizartantas variantes quantas forem as diferentes – e às vezes adversas – situaçõesem sala de aula.Mas atenção, adverte Guiomar Namo de Mello (2004), que é diretoraexecutivada Fundação Victor Civita, a transposição didática necessita dos conhecimentosda área que se está trabalhando. Quem tem domínio sólido da estrutura e dos conceitoschavesde uma disciplina está, em princípio, mais bem preparado para dizer como esseconhecimento é aprendido. E sua chance de mergulhar na didática sem se afogar no“pedagogês” é maior. Ela sugere que para fazer uma transposição didática eficaz, é preciso: Saber como é a aprendizagem em determinada área e articulá-la com osprincípios gerais da aprendizagem; Selecionar e organizar o conteúdo; Distribuir o conteúdo no tempo, estabelecendo seqüência, ordenamento, sérieslineares ou não de conceitos e relações, etapas de análise, síntese e de avaliaçãoformativa de acordo com as características dos alunos; Selecionar materiais ou mídias pelos quais os conteúdos serão apresentados –textos, vídeos, pesquisa na web etc.; Selecionar e aplicar técnicas e estratégias de ensino.As técnicas e estratégias de ensino, que normalmente entendemos por didática,articulam todas as dimensões acima citadas. Na verdade, elas são o ponto de chegada deum processo iniciado na reflexão educacional que passa, obrigatoriamente, pelo domíniodo conteúdo a ser ensinado.A transposição didática é ainda influenciada por diferentes tipos de contextos: O contexto psicológico do professor: personalidade, valores, crenças, idéias,organizadas em teorias explícitas ou não - tem uma ação direta na escolha de metodologias,no modo de processar a informação e solucionar problemas, marcando a ação do professor.O professor com concepção estática de ciência não questiona tanto os conteúdos, mas ametodologia e os recursos, no sentido de encontrar exemplos e analogias esclarecedoras.Posições teóricas a respeito do ensino e da aprendizagem e sobre o papel do professordeterminam práticas mais ou menos ativas e, igualmente, mais ou menos centradas nosalunos; O contexto sociológico: características grupais e funcionais da sala de aula eda instituição, os requisitos administrativos têm papel decisivo na inovação ou na rotina doprofessor.Segundo Grillo (1999), os professores, em geral, movimentam-se, no cenáriopedagógico, numa dinâmica limitada, por um lado, por uma racionalidade técnica, comprescrições de conteúdos, normas de trabalho, horários. É forte a preocupação com aseqüência de conteúdos para não comprometer o andamento de disciplinas posteriores eo trabalho dos colegas. Muitas vezes o professor adota uma prática repetitiva por sentir-secerc<strong>ead</strong>o pelas condições que lhe são impostas na instituição: turmas grandes, programasextensos, cobrança de resultados. Com freqüência, o professor salienta que, em sua ár<strong>ead</strong>e atuação, não é possível flexibilizar os conteúdos programáticos, forçado que é aocumprimento de um programa. No entanto, sabemos que uma das características mais58


importantes de um plano de ensino é a sua flexibilidade. O que faz, então, os professoresdeclararem não poder alterar as unidades programáticas de suas disciplinas? Este seria olado da profissão dominado pela rotina ou pela técnica.Por outro lado, porém, o professor se reconhece como um profissional capaz deromper com rotinas e promover inovações, sensibilizado pelo imprevisto e pela singularidadede cada contexto. O espírito da instituição, do grupo de colegas (coletividade ausente oupresente, interessado ou não em mudanças) e o tipo de aluno (estudante em formaçãoinicial ou profissional em formação continuada) sugerem reflexões ao professor que desvelamprioridades para a prática. Esta pode se efetuar com inovações no conteúdo, ou na formade apresentá-lo, na metodologia ou na forma de interagir, mas tem sempre o aluno comoponto de partida e de chegada. O professor, ao preparar sua aula, revela seu compromissocom o estudante, buscando o melhor conteúdo, o procedimento mais adequado, ou a unidadedo conteúdo ou ainda outras maneiras de se comunicar, enfim, constrói uma novaconfiguração do que vai ser ensinado, realizando assim a transposição didática.Portanto, este é o grande objetivo que a prática do estágio pode possibilitar, pois ésó ao se deparar com a realidade do exercício da docência e da cultura da escola queestará inserido, que o professor em formação perceberá os reais obstáculos que encontraráno exercício da sua profissão e pode então pensar nas estratégias para superar os desafiosencontrados. Se existe uma palavra que pode dar conta de retratar a principal qualidadenecessária ao professor, esta palavra seria PERSEVERANÇA. A capacidade de não desistirnunca e se reinventar sempre. E é somente no espaço da sala de aula que esta necessidadevai ser mais claramente percebida.Atividade Complementar1.Vimos que os estudos de Jean Piaget são importantes para compreender como ocorreo processo de aprendizagem. Tomando como base tais pressupostos, leia o trecho abaixoe faça um comentário:A interpretação do desajuste ótimo evidencia a natureza interativa do processo deconstrução do conhecimento. A idéia essencial é que, se o conteúdo que o aluno deveaprender está excessivamente afastado de suas possibilidades de compreensão, não seráproduzido desequilíbrio tal, que qualquer possibilidade de mudança está bloqu<strong>ead</strong>a. Emambos os casos, a aprendizagem será nula ou puramente repetitiva. Porém, se o conteúdoque o aluno deve aprender está totalmente ajustado a suas possibilidades de compreensão,tampouco acontecerá desequilíbrio algum e a aprendizagem real será, novamente, nula oumuito limitada. Entre esses dois extremos, existe uma zona na qual os conteúdos, ou asatividades de aprendizagem, são suscetíveis de provocar uma defasagem ótima, ou seja,um desequilíbrio manejável pelas possibilidades de compreensão do aluno. Nesta zona éque deve estar situada a ação pedagógica (COOL; MARTÍ, 1995 apud CASTELAR, 2005,p.43).59


EstágioSupervisionado 2.I2.Segundo Vygotsky, o saber que não vem da experiência não é de fato um saber,ratificando a importância da interação entre sujeito e o meio social. Dê a sua opinião sobretal assertiva.3.3. Anteriormente apresentamos algumas possibilidades de trabalho que podem tornara práxis geográfica mais criativa. Que outras sugestões você abordaria?4.4. Ao propor um jogo operatório chamado Legenda Criativa, um professor ofereceuaos seus alunos a seguinte ilustração e solicitou que eles preenchessem os balões commensagens que fossem significativas. Experimente este exercício e comente as formas deinteligência que o professor pode explorar com esta atividade.60


5.5.Para abordar determinados temas cartográficos, o professor de Geografia necessitaestimular e/ou desenvolver determinadas formas de inteligência. Especifique e explique,pelo menos, duas formas distintas de inteligência estabelecidas por Gardner que podemauxiliar na compreensão destes temas.6.6.Considere o trecho abaixo:Não serei o poeta de um mundo caduco.Também não cantarei o mundo futuro.Estou preso à vida e olho meus companheiros.Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.Entre eles, considero a enorme realidade.O presente é tão grande, não nos afastemos.Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.Mãos dadas - Carlos Drummond de AndradeQue relação podemos estabelecer entre o texto de Carlos Drummond de Andrade eos princípios orientadores da ação didática destacados no texto acima?61


1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901231234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901237.Que exemplo você daria para ilustrar uma ação de transposição didáticana área de Geografia?EstágioSupervisionado IDO PLANEJAMENTO À AÇÃO DOCENTEESTÁGIO <strong>SUPERVISIONADO</strong>: PLANEJAMENTO EACÃO DOCENTEPré-Projeto de Intervenção: A ImportânciaDiariamente estamos sempre planejando e projetando algo, não é verdade? Durantea disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica III, cursada no 3º período do curso, você teve aoportunidade de ir a uma escola a fim de observar a prática docente em Geografia,juntamente com seus colegas de grupo. A partir das observações realizadas, o seu grupoconcentrou esforços para escolher alguma situação passível de problematização no intuitode elaborar um Pré-Projeto de Intervenção.Vimos que um Pré-Projeto de Intervenção procura sugerir propostas que buscamsolucionar e/ou minimizar uma problemática, por meio do conhecimento, neste caso, ogeográfico, a partir de uma realidade previamente observada. Assim, o Pré-Projeto deIntervenção é......um instrumento que podemos utilizar para propor e sugerir açõesque atinjam uma determinada problemática levantada por meio da observaçãoda realidade, visando uma futura intervenção.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Na prática docente enfrentamos muitos desafios e um deles é estarmosconstantemente refletindo sobre as nossas ações. Portanto, a importância de elaborar umPré-Projeto de Intervenção na área de Geografia é possibilitar uma reflexão sobre a práticadocente não apenas no sentido de constatar problemas, mas de utilizar os conhecimentosteóricos para propor possíveis soluções contribuindo, assim, para o aprimoramento do fazerpedagógico.O Pré-Projeto de Intervenção é um instrumento significativo que oportuniza umaobservação e reflexão sobre a prática docente, afinal como licenciando do curso deGeografia torna-se fundamental pensar possibilidades para enriquecer o fazer pedagógico.A partir da avaliação feita, reflita sobre as condições existentes na escola em foco e naspossibilidades que você, juntamente com seu grupo de pesquisa, dispõe para realizar otrabalho. O que o grupo pode realizar para dinamizar a práxis?12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012362


Neste momento, é importante avaliar e aperfeiçoar o trabalho desenvolvido porocasião da disciplina PPP III, pois como já foi abordado cada grupo colocará em prática asidéias apresentadas. Então, convém questionar: O trabalho é exeqüível, ou seja, passívelde realização? O grupo tem como arcar com as intervenções propostas? É hora deressignificar para operacionalizar!Continuando a nossa conversa sobre o Pré-Projeto de Intervenção, vamos relembrara estrutura do documento:Problematização;Objetivos;Intervenção Proposta;Procedimentos;Recursos;Perspectivas;Referências;Anexos.Podemos dizer que a estrutura que sugerimos para o Pré-Projeto de Intervenção nãotem um rigor científico, pois visamos oferecer uma maleabilidade didática e funcional parafacilitar tanto as fases de elaboração, revisão e execução.Fique atento!Caso desejem tirar alguma dúvida quanto à estrutura do Pré-Projeto é só consultar odocumento “Orientações para a Produção do Pré-Projeto de Intervenção”, objeto de estudodiscutido durante a 3ª etapa da Atividade Orientada de PPP III.Na revisão do Pré-Projeto de Intervenção, o seu grupo deverá ter um olhar especialpara as intervenções propostas, já nesta parte do trabalho são mencionadas as linhas deações mais gerais. Destas linhas gerais também foram sugeridos os procedimentos, queconsistem em ações de trabalho específicas.Fique de olho!Todas as intervenções propostas por vocês não podem perder de vista o públicoalvoque deverá abranger uma das séries dos 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental (5ª a 8ªséries).Do Pré-Projeto de Intervenção ao Plano de AçãoA partir de agora o seu grupo focalizará a atenção nas intervenções propostas e nosprocedimentos, a fim de construírem o Plano de Ação. Para tanto, os componentes farão arelação entre cada intervenção e procedimento, a fim de constatar se ambos mantém umarelação direta, ou seja, se as ações específicas (procedimentos) estão condizentes com asações gerais (intervenção proposta).63


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Você pode elaborar um plano de ação a partir de uma introdução (na qual serãoexplicadas de forma resumida as atividades que estão sendo propostas diante da realidadeproblematizada e qual referência bibliográfica ou teórica você baliza a sua argumentação)passando pela delimitação dos objetivos de cada ação, pela operacionalização ouexecução (detalhando como cada atividade propostas em cada ação será executada,descrevendo as metas, informando a carga horária de cada uma delas) até alcançar omomento de avaliação e conclusão das ações propostas à luz da situação problematizada;Você pode optar em elaborar um plano de ação considerando os seguintes eixos:• Descreva cada ação que está sendo proposta no plano;• Apresente a organização ou estrutura de execução de cada ação;• Estabeleça os passos para executar cada ação e suas atividades;• Avalie o desempenho do que foi executado em cada ação;Não existe um modelo único que oriente a elaboração de um Plano de Ação e, sendoassim, você mesmo pode estabelecer uma estrutura que seja compatível e adequada àquiloque você propôs no seu Pré-projeto de Intervenção. O importante é não perder de vista ocaráter funcional e o apelo prático que este deve ter. Vamos, então, encarar este desafio?Partiremos considerando a situação que foi problematizada no documento que serviude referência para a elaboração do Pré-Projeto de Intervenção – Orientações para aProdução do Pré-Projeto de Intervenção – que vocês utilizaram na disciplina PPP III. Nestedocumento foi pontuado que um professor de Geografia iniciou um trabalho com sua turmade alunos sobre o tema “Ecossistemas Brasileiros”. Todavia, observou-se que nasestratégias metodológica e didática de suas aulas não se utilizou recursos cartográficos(mapas, Atlas, etc.) para contextualizar, espacializar e analisar o tema trabalhado, embora abiblioteca da escola dispusesse de um bom acervo cartográfico.Diante desta situação observada da prática docente em Geografia, foi possívelconceber algumas atividades que visassem atingir o aspecto problematizado. Conformese viu no documento acima especificado, era necessário propor atividades que os alunosdesenvolvessem suas habilidades de leitores, interpretadores e produtores de mapas. Porisso, foram propostas duas ações que se complementam: a Oficina Cartográfica e a MostraCartográfica.Faça você também!Agora, considere o que você problematizou e resgate as ações que você propôs,juntamente com seu grupo de trabalho, para atingir a situação que foi problematizada noseu Pré-Projeto de Intervenção.É com este cenário que você deverá encarar o desafio de elaborar umplano de execução para ações que foram propostas. Relembre que no nossoexemplo-modelo trabalhado em PPP III, as ações propostas devem agora serpensadas em termos de sua operacionalização, buscando apontarcuidadosamente e com riqueza de detalhes como é possível tornar o que foiplanejado em algo aplicável. De agora em diante, veremos como isso podeser possível.EXEMPLO DE UM PLANO DE AÇÃOAção 1: Oficina Cartográfica65


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123EstágioSupervisionado ICONCEBENDO A OFICINA CARTOGRÁFICAA Oficina Cartográfica é uma intervenção fruto de uma revisão do Pré-Projeto de Intervenção, concebido durante o desenvolvimento da disciplinaPesquisa e Prática Pedagógica III que apresenta uma proposta de trabalhoem Cartografia no ensino da Geografia. A realização desta oficina será noambiente escolar em que a prática docente em Geografia foi observada duranteuma das etapas de trabalho da Atividade Orientada da disciplina PPP III e procurará estimularo uso e produção de recursos cartográficos no ensino dos conteúdos geográficos.A Cartografia e o ensino de Geografia é um tema de centralidade nas discussõessobre a prática docente e aprendizagem em Geografia, motivo pelo qual os ParâmetrosCurriculares Nacionais alertam para a necessidade de:reconhecer a importância da Cartografia como uma forma de linguagem para trabalharem diferentes escalas espaciais as representações locais e globais do espaçogeográfico. [...] [Para tanto, é preciso realizar uma atuação docente em que os]alunos adquiram as competências para trabalhar com análise/localização e com acorrelação [...], estudando um fenômeno isoladamente e analisando a sua distribuiçãoespacial, produzindo cartas analíticas; combinando duas ou mais cartas analíticas;produzindo sínteses ou cartas que reúnem muitas informações analíticas (BRASIL.PCN GEOGRAFIA, 1998, p. 53; 80).Diante do exposto, vê-se que o ensino da Geografia carece de um foco que articuleos conteúdos geográficos (neste caso os Ecossistemas Brasileiros) aos conteúdoscartográficos, aspecto que esta Oficina pretende salientar como forma de contribuir para aconstrução de uma prática docente e de uma aprendizagem que pense e reflita sobre oespaço produzido socialmente.É necessário que você releia o seu Pré-Projeto de Intervenção e reflitasobre as ações propostas!123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123ESTABELECENDO OS OBJETIVOS DA OFICINA CARTOGRÁFICAA Oficina Cartográfica tem como objetivo sensibilizar os alunos para a importânciado uso da Cartografia na aprendizagem da Geografia e, portanto, apresenta como metascentrais:Trabalhar uma abordagem geográfica sobre os Ecossistemas Brasileiros deforam dinâmica, considerando as possibilidades que a linguagem cartográficadisponibiliza para representar, analisar e compreender este fenômeno;Apresentar a Cartografia como uma valiosa linguagem para a análise do espaço,desenvolvendo as habilidades do aluno leitor e interpretador de mapas;Produzir mapas síntese a partir de mapas de análise, construindo as habilidadesdo aluno map<strong>ead</strong>or.ORGANIZANDO A OFICINA CARTOGRÁFICAFase de preparação: Apresentar a proposta da Oficina Cartográfica e da Mostra Cartográfica para ainstituição de ensino onde será executado o Plano de Ação; Divulgar a Oficina nas turmas onde o trabalho acontecerá.Fase de execução: Organizar os alunos em grupos para fazer uma pesquisa sobre a importância eutilidade da Cartografia no estudo da Geografia;66


Fazer uma pesquisa cartográfica sobre o tema trabalhado: EcossistemasBrasileiros e selecionar um mapa que represente adequadamente o tema de acordocom a finalidade da Oficina (mapa de análise); Levantar documentos cartográficos sobre o clima na mesma escala geográficae cartográfica de trabalho e selecionar aquela representação mais didática aosobjetivos da Oficina (mapa de análise); Desenvolver um roteiro de leitura dos mapas selecionados e orientar osprocedimentos de interpretação dos mapas pesquisados; Propor a compilação dos mapas de análise lidos e interpretados (ecossistemase climas brasileiros); Produzir um mapa de síntese (método cartográfico que reúne informações simplesrepresentadas em mapas de análise, gerando um novo produto cartográfico queutilizará de novas variáveis para representar as correlações); Avaliação do desempenho dos alunos na Oficina.Fique atento!Veja que é necessário revisar as ações propostas a fim de adequá-las à realidadeonde a intervenção acontecerá. No nosso exemplo, foram feitas novas orientações paraque o trabalho alcançasse, de forma mais adequada, o seu êxito. Verifique com seus colegasde grupo essa necessidade no seu Pré-Projeto de Intervenção!EXECUTANDO A OFICINA CARTOGRÁFICAA fim de discorrer como a Oficina Cartográfica funcionará, é necessário enfatizarque o público escolhido para trabalhar são os alunos da 6ª série do Ensino Fundamental.Além disso, torna-se necessário também salientar a importância de se realizar abordagenssobre as noções cartográficas para o desenvolvimento do trabalho pretendido e sobre otema geográfico em estudo – Ecossistemas Brasileiros – e sua correlação aos aspectosclimáticos do Brasil.Buscando enriquecer e demonstrar a significância da aprendizagem contextualizada,fundamentada no cotidiano do aluno, utilizar-se-á de atividades variadas como aulasparticipativas, pesquisas bibliográficas e cartográficas e atividades práticas de leitura,interpretação e produção de mapas.A Oficina se desenvolverá a partir de duas propostas que serão apresentadas eanalisadas pela Direção e Coordenação Pedagógica da Escola visando a escolha de umadelas:Primeira Proposta: realizar esta oficina ao longo de oito semanas (dois meses) deuma unidade de trabalho da disciplina Geografia em duas turmas da 6ª série do EnsinoFundamental, cumprindo a carga horária de 24 horas/aula em cada uma das turmas, o quetotalizará 48 horas/aulas de Oficina que serão somadas a 32 horas de Atividade deCoordenação e/ou Complementar, momento em que serão socializadas as ações da Oficinacom o respectivo professor de Geografia. Com isso, serão utilizadas 80 horas na execuçãoda Oficina Cartográfica.Segunda Proposta: realizar esta oficina com alunos interessados em outro turnoem que as aulas de Geografia ocorrem, cumprindo igual carga horária de 48 horas/aula deOficina que serão agregadas a 32 horas de Atividade de Coordenação e/ou Complementar,momento em que serão socializadas as ações da Oficina com o respectivo professor deGeografia. Com isso, serão utilizadas 80 horas na execução da Oficina Cartográfica.67


EstágioSupervisionado IParalelamente, é necessário apresentar um planejamento da execuçãoda Oficina Cartográfica contendo o conteúdo, as atividades, o(s) objetivo(s),os recursos etc. Assim, a sugestão é apresentar planos de aulas para cadamomento da Oficina Cartográfica. Tem-se abaixo uma síntese desteplanejamento.PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO1ª SEMANAApresentação da Oficina Cartográfica;Resignificando o tema de trabalho Ecossistemas Brasileiros.Divulgação da Oficina;Conversa sobre a dinâmica que norteará a Oficina e o tema de trabalho.Estimular a participação dos alunos na Oficina Cartográfica;Discutir sobre a proposta da Oficina e suas etapas de realização.Folder;Recursos cartográficos.Ficha de acompanhamento do desempenho.PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO2ª SEMANAResignificando o tema de trabalho Ecossistemas Brasileiros e suarelação com temas afins.Apresentação dos aplicadores da Oficina e dos alunos através de umadinâmica;Ler o Texto 1 “A importância da representação do espaço para aGeografia” a partir do qual os alunos serão motivados a pesquisaremsobre a importância e utilidade da Cartografia no estudo da Geografia;Aula expositiva participada para discussão do texto;Dinâmica: simulação de uma situação pelos alunos em que o uso dosmapas seja importante para a sua vida.Significar a Cartografia como uma linguagem importante para acompreensão do espaço geográfico.Texto;Dicionário;Quadro-de-giz ou lousa;Recursos cartográficos.Ficha de acompanhamento do desempenho.68


PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃOA linguagem cartográfica.3ª SEMANADinâmica do caminho onde os alunos registram por meio darepresentação gráfica o trajeto casa - escola;Leitura orientada do Texto 2: “Uma linguagem para conhecer ecompreender o espaço geográfico”;Aula expositiva participada;Orientar a pesquisa de documentos cartográficos sobre o tema de estudoEcossistemas Brasileiros e sobre os Climas Brasileiros que os alunosfarão organizados em grupos de trabalho;Investigar o nível de percepção das relações espaciais através darepresentação gráfica;Discutir conceitos e noções cartográficas importantes para acompreensão e representação do espaço.Texto;Dicionário;Quadro-de-giz ou lousa;Recursos cartográficos.Ficha de acompanhamento do desempenho.PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO4ª SEMANAA Cartografia como instrumento para a construção do saber.Entrega da pesquisa realizada pelos alunos sobre a importância do usoda Cartografia no estudo da Geografia;Seleção de dois mapas levantados pelos alunos – mapas de análise –na mesma escala geográfica e cartográfica (um sobre a representaçãodos ecossistemas brasileiros e outro sobre a representação dos tiposclimáticos do Brasil);Apresentar o roteiro de leitura e interpretação dos mapas selecionadose iniciar estes procedimentos.Perceber o mapa com um recurso fundamental para o conhecimento eanálise do espaço geográfico;Desenvolver habilidades de leitura e interpretação de documentoscartográficos e de seus elementos (título, legenda, escala cartográfica,etc).Quadro-de-giz ou lousa;Livros didáticos;Recursos cartográficos.Ficha de acompanhamento do desempenho.69


EstágioSupervisionado IPERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃOPERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃOPERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO5ª SEMANAUtilizando a técnica de compilação na produção de mapas.Compilar o mapa selecionado sobre a representação dos EcossistemasBrasileiros e verificar a necessidade de adequação da escalacartográfica do mapa selecionado sobre a representação dos Climasdo Brasil por meio da ampliação ou redução do mapa (uso dos recursosde fotocópia).Desenvolver as habilidades do aluno map<strong>ead</strong>or.Recursos cartográficos selecionados pelos alunos;Papel vegetal ou papel que tenha transparência suficiente para permitira compilação das informações do mapa;Fita adesiva;Lápis, borracha, régua.Ficha de acompanhamento do desempenho.6ª SEMANAUtilizando a técnica de compilação na produção de mapas.Compilar o mapa selecionado sobre a representação dos Climas doBrasil, sobrepondo ao mapa compilado sobre os EcossistemasBrasileiros confeccionando a “boneca” dos mapas compilados.Desenvolver as habilidades do aluno map<strong>ead</strong>or.Mapa compilado dos Ecossistemas Brasileiros;Fita adesiva;Lápis, borracha, régua.Ficha de acompanhamento do desempenho.Produzindo mapa síntese.7ª SEMANAIdentificar as áreas ou zonas compostas pela compilação dos mapasde análise (mapa dos Ecossistemas Brasileiros e Climas do Brasil);Definir o tipo de variável visual a ser utilizada para representar a síntesecartográfica;Criar a legenda do novo mapa produzido pelos alunos.Desenvolver as habilidades do aluno map<strong>ead</strong>or.“Boneca” dos mapas compilados;Lápis de cor e hidrocor;Régua, lápis e borracha.Ficha de acompanhamento do desempenho.70


PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO8ª SEMANAFinalizando a produção do mapa síntese.Adicionando os demais elementos de identificação do documentocartográfico (decidir sobre a disposição do título, da legenda, da escalacartográfica, da fonte de dados e elaboradores do mapa)Desenvolver as habilidades do aluno map<strong>ead</strong>or.“Boneca” dos mapas compilados;Lápis, borracha, régua;Lápis de cor e hidrocor.Ficha de acompanhamento do desempenho.Ação 2: Mostra CartográficaVisando estimular a socialização das aprendizagens, é proposta uma MostraCartográfica para que os alunos possam expor os produtos cartográficos por eles elaboradosdurante a Oficina Cartográfica.PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO1ª SEMANADivulgação da Oficina Cartográfica.Construção dos materiais de divulgação (cartazes e convites).Envolver a comunidade na proposta da Oficina Cartográfica;Socializar com toda a comunidade escolar os materiais construídos eanalisados na Oficina Cartográfica.Papel ofício;Lápis de cor e piloto;Régua, lápis e borracha.Ficha de acompanhamento do desempenho.PERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO2ª SEMANAOrganização para a apresentação da Mostra Cartográfica.Orientação dos alunos quanto aos procedimentos necessários paraapresentação de um trabalho ao público (abordagem, linguagemutilizada, vestimenta) a partir da análise e discussão de um documentárioque apresenta uma Feira de Ciências de uma escola pública do municípiode São Paulo.Orientar os alunos para a apresentação dos materiais na MostraCartográfica.Documentário;Videocassete ou DVD;Quadro-de-giz ou lousa.Ficha de acompanhamento do desempenho.71


EstágioSupervisionado IPERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃOPERÍODOCONTEÚDOSATIVIDADESOBJETIVOSRECURSOSAVALIAÇÃO3ª SEMANAOrganização do ambiente para a Mostra Cartográfica.Arrumação dos materiais construídos durante a Oficina Cartográfica,permitindo visibilidade do público e explicação dos alunos.Orientar os alunos para a organização do ambiente de exposição daMostra Cartográfica.Área para exposição;Varal com pregadores;Mesas;Materiais construídos durante a Oficina Cartográfica.Ficha de acompanhamento do desempenho.A Mostra Cartográfica.4ª SEMANAApresentação à comunidade da Mostra Cartográfica.Possibilitar uma socialização com toda a comunidade escolar dosconceitos e materiais construídos ao longo da Oficina Cartográfica.Ambiente de exposição organizado com os recursos necessários paraesta finalidade, demonstrados na atividade de organização da MostraCartográfica.Ficha de acompanhamento do desempenho.Cronograma de ExecuçãoUm cronograma de execução considera as estimativas de execução edesenvolvimento das ações propostas para a vivência do Estágio Supervisionado I, segundoo Plano de Ação, citando cada atividade, seus respectivos objetivos e carga horária.CRONOGRAMA SIMPLIFICADO DE ATIVIDADES DO PLANO DE AÇÃOOFICINA CARTOGRÁFICA72


PERÍODOSETAPASOBJETIVOSCARGAHORÁRIAATIVIDADES A SEREMDESENVOLVIDAS1ª SemanaDivulgação daOficinaCartográfica.Estimular aparticipaçãodos alunos naOficinaCartográfica;Discutir sobre aproposta daOficinaCartográfica esuas etapas derealização.3h/aDivulgação da OficinaCartográfica;Conversa sobre a dinâmicaque orientará a OficinaCartográfica e o tema detrabalho.Participação naReunião de AC.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.4h/aApresentação da propostade trabalho na semana.Ressignificandoo tema detrabalho:EcossistemasBrasileiros esua relaçãocom temasafins.Estimular aparticipaçãodos alunos naOficinaCartográfica;Discutir sobre aproposta daOficinaCartográfica esuas etapas derealização.3h/aApresentação dosaplicadores da OficinaCartográfica e dos alunosatravés de uma dinâmica;Ler o Texto 1 “A importânciada representação do espaçopara a Geografia” a partir doqual os alunos serãomotivados a pesquisaremsobre a importância eutilizada da Cartografia noestudo da Geografia;2ª SemanaAula expositiva participadapara a discussão do texto;Dinâmica: simulação deuma situação pelos alunosem que o uso dos mapasseja importante para a suavida.Participação naReunião de AC.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.4h/aApresentação da propostade trabalho na semana.73


EstágioSupervisionado IPERÍODOSETAPASOBJETIVOSCARGAHORÁRIAATIVIDADES A SEREMDESENVOLVIDAS3ª SemanaAprendendo alinguagemcartográfica.Investigar onível depercepção ecompreensãodas relaçõesespaciaisatravés darepresentaçãográfica;Discutirconceitos enoçõescartográficasimportantespara acompreensão erepresentaçãodo espaço.3h/aRealizar a Dinâmica doCaminho, onde os alunosregistram, por meio darepresentação gráfica, otrajeto casa-escola;Leitura orientada do Texto 2:“Uma linguagem paraconhecer e compreender oespaço geográfico”;Aula expositiva participada;Orientar a pesquisa dedocumentos cartográficossobre o tema de estudoEcossistemas Brasileiros esobre os Climas Brasileirosque os alunos farãoorganizados em grupos detrabalho.Participação naReunião de AC.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.4h/aApresentação da propostade trabalho na semana.4ª SemanaUtilizandomapas paracompreender otema detrabalho.Perceber o mapacomo um recursofundamental parao conhecimentoe análise doespaçogeográfico;Desenvolverhabilidades deleitura einterpretação dedocumentoscartográficos ede seuselementos (título,legenda, escalacartográfica,etc.).3h/aEntrega da pesquisa realizadapelos alunos sobre aimportância do uso daCartografia no estudo daGeografia;Seleção de dois mapaslevantados pelos alunos –mapas de análise – na mesmaescala geográfica e cartográfica(um mapa sobre arepresentação dosecossistemas brasileiros eoutro sobre a representaçãodos tipos climáticos do Brasil);Apresentar o roteiro de leitura einterpretação dos mapasselecionados e iniciar estesprocedimentos.74


PERÍODOSETAPASOBJETIVOSCARGAHORÁRIAATIVIDADES A SEREMDESENVOLVIDAS4ª SemanaParticipação naReunião de AC.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.4h/aApresentação da propostade trabalho na semana.5ª SemanaUtilizando atécnica dacompilaçãopara produzirmapas.Desenvolver ashabilidades doalunomap<strong>ead</strong>or.3h/aCompilar o mapaselecionado sobre arepresentação dosEcossistemas Brasileiros everificar a necessidade d<strong>ead</strong>equação da escalacartográfica do mapaselecionado sobre arepresentação dos Climasdo Brasil por meio daampliação ou redução domapa (uso dos recursos defotocópia);Desenvolver as habilidadesdo aluno map<strong>ead</strong>or.Participação naReunião de AC.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.4h/aApresentação da propostade trabalho na semana.6ª SemanaUtilizando atécnica dacompilaçãopara produzirmapas.Participação naReunião de AC.Desenvolver ashabilidades doalunomap<strong>ead</strong>or.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.3h/a4h/aCompilar o mapaselecionado sobre arepresentação dos Climasdo Brasil, sobrepondo aomapa compilado sobre osEcossistemas Brasileirosconfeccionando a “boneca”dos mapas compilados.Apresentação da propostade trabalho na semana.75


EstágioSupervisionado IPERÍODOSETAPASOBJETIVOSCARGAHORÁRIAATIVIDADES A SEREMDESENVOLVIDAS7ª SemanaProduzindouma mapa.Desenvolver ashabilidades doalunomap<strong>ead</strong>or.3h/aIdentificar as áreas ou zonascompostas pela compilaçãodos mapas de análise;Definir o tipo de variávelvisual a ser utilizada pararepresentar a síntesecartográfica;Criar a legenda do novomapa produzido pelosalunos.Participação naReunião de AC.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.4h/aApresentação da propostade trabalho na semana.8ª SemanaFinalizando aprodução domapa síntese.Participação naReunião de AC.Desenvolver ashabilidades doalunomap<strong>ead</strong>or.Socializar comos demaisprofessores ecorpo técnicodiretivo asatividadesdesenvolvidasna semana.3h/a4h/aAdicionar os demaiselementos de identificaçãodo documento cartográfico(decidir sobre a disposiçãodo título, da legenda, daescala cartográfica, da fontede dados e elaborados domapa).Apresentação da propostade trabalho na semana.OBS.: A carga horária destinada às atividades específicas da Oficina Cartográfica corresponde auma turma de trabalho – 24h/a. considerando que a proposta desta Oficina será desenvolvida emduas turmas, teremos uma carga horária de 48h/a. Somadas às 32h/a de AC, totalizam 80h/a doEstágio Supervisionado I.76


PERÍODOS1ª SemanaETAPASDivulgação daOficinaCartográfica.MOSTRA CARTOGRÁFICACARGAOBJETIVOSHORÁRIAEnvolver acomunidade naproposta daOficinaCartográfica;Socializar comtoda acomunidadeescolar osmateriaisconstruídos eanalisados naOficinaCartográfica.4h/aATIVIDADES A SEREMDESENVOLVIDASConstrução dos materiaisde divulgação (cartazes econvites).2ª SemanaOrganizaçãodaapresentaçãoda OficinaCartográfica.Orientar osalunos para aapresentaçãodos materiaisna MostraCartográfica.4h/aOrientação aos alunos dosprocedimentos necessáriospara a apresentação de umtrabalho ao público(abordagem, linguagemutilizada, vestimentas)partindo da análise ediscussão realizadas de umdocumento que apresentauma Feira de Ciências deuma escola pública domunicípio de São Paulo.3ª SemanaOrganizando oambiente daMostraCartográfica.Realizando aMostraCartográfica.Possibilitar umasocializaçãocom toda acomunidadeescolar dosconceitos emateriaisconstruídos aolongo daOficinaCartográfica.Possibilitar umasocializaçãocom toda acomunidadeescolar dosconceitos emateriaisconstruídos aolongo da OficinaCartográfica.4h/a8h/aArrumação dos materiaisconstruídos durante aOficina Cartográfica,permitindo visibilidade dopúblico e explicação dosalunos.Apresentação à comunidadeda Mostra Cartográfica.TOTAL DA CARGA HORÁRIA40h/aOBS.: A carga horária destinada à Mostra Cartográfica -20h/a deve ser considerada em dobro, jáque a proposta é desenvolver esta atividade em duas turmas, correspondendo a carga horária de40h/a. Somadas às 80h/a de Oficina Cartográfica totalizam as 120 h/a do Estágio Supervisionado I.77


Atividade ComplementarEstágioSupervisionado I1. Vimos que um plano de ação pode ser definido como um plano de trabalho queapresenta detalhadamente as ações a serem desenvolvidas. Neste sentido, considerandoas ações a serem realizadas durante a disciplina Estágio Supervisionado I (revisão do Pré-Projeto de Intervenção, elaboração do Plano de Ação, participação nas aulas de videostreaming,interação no Fórum de discussões e no SAE, auto-estudo, dentre outras) elaboreum Plano de Ação que lhe ajude a sistematizar as atividades que precisa cumprir.Apresentamos, abaixo, uma das possibilidades que você tem de estruturar este plano.MODELO DE PLANO DE AÇÃO DAS ATIVIDADES DA DISCIPLINA ESTÁGIO<strong>SUPERVISIONADO</strong> IPERÍODO ATIVIDADE DESCRIÇÃOInteligências Múltiplas Como Princípio de Seleção e Uso dosRecursos DidáticosJá discutimos num momento anterior que a Teoria das Inteligências Múltiplaselaborada por Howard Gardner concebe a inteligência como um sistema de habilidadeshumanas que se interconectam formando um conjunto complexo de oito formas de expressão:verbal-linguística, lógico-matemática, visuoespacial, cinestésico-corporal, musical,interpessoal, intrapessoal e naturalista.Embora existam críticas sobre as diversas teorias que discorrem sobre odesenvolvimento cognitivo humano, incluindo esta desenvolvida por Gardner, uma análisecrítica e reflexiva destas na abordagem pedagógica também carece de igual análise. Ébom frisar que o trabalho com as diferentes expressões da inteligência na sala de aula nãodeve ser mediado por nenhuma “receita” sobre como estimular e desenvolver o uso dasinteligências múltiplas dos alunos. Entretanto, a prática docente pode fazer desseconhecimento elaborado sobre como se desenvolvem as inteligências múltiplas como umimpulso à consideração da diversidade dos nossos alunos e, assim, propormos situaçõesdidáticas e estratégias significativas de aprendizagem.78


De acordo com Antunes (2001, p. 23) o conhecimento sobre “procedimentosestimuladores das inteligências não constitui um método pedagógico, e, portanto, não implicana adoção irrestrita de suas práticas”. Trata-se, segundo este autor, de uma tendênciaestimuladora da escola e pode ser interpretada como uma nova forma de buscar acompreensão sobre o ser humano, considerando suas amplitudes lingüística, lógicomatemática,criativa, sonora, cinestésica, naturalista e emocional.No trabalho docente, o professor pode utilizar as inteligênciasmúltiplas como um princípio orientador de seleção e uso de recursosdidáticos. Existe uma infinidade de atividades, jogos e outros recursosque podem ser utilizados para estimular e potencializar, de diferentesmaneiras, estas habilidades.Para refletir...Considerando que neste momento, você estará, juntamente com seu grupo detrabalho, se preparando para a prática do Estágio Supervisionado I, existe a necessidadede selecionar e utilizar recursos didáticos para tornar as intervenções propostas no Planode Ação executáveis. Vamos aproveitar este momento para refletirmos sobre como asinteligências múltiplas poderão ampliar o aspecto pedagógico e didático de cada açãoproposta?O papel de um recurso didático é oferecer possibilidades de explorar um material ouferramenta com uma finalidade didático-educativa. Na prática escolar, a escolha dos recursosdidáticos utilizados pelo professor implica numa articulação entre o ensino e a aprendizagem,aspecto que pode ser potencializado com a consideração das inteligências múltiplas nocontexto educativo.Não é muito comum entre os educadores, por exemplo, discutirem sobre oconhecimento matemático a não ser de forma isolada dentro da disciplina que é oferecidanos currículos escolares do Ensino Fundamental e Médio. No entanto, a matemática, emboratenha suas funções específicas, é um conhecimento útil as demais disciplinas curriculares.No ensino da Geografia, por exemplo, o conhecimento lógico-matemático tem importânciaem diferentes conteúdos tratados sob o olhar geográfico. São gráficos (de setores, linhas,barras), regras de proporcionalidade, cálculo de taxas e índices, médias, latitudes e longitudesalém de outras variadas informações de interesse da Geografia que necessitam do olharmatemático na análise dos fatos ou fenômenos que ocorrem no espaço produzido. E otratamento e o uso destas informações, devem levar em consideração a contextualização eseus reflexos no cotidiano dos alunos.Existem algumas situações didáticas e atividades que o professor pode lançar mãopara melhor estimular, desenvolver ou ampliar esta e outras inteligências de seus alunos.As estratégias que trabalhem com o questionamento das coisas, a construção de modelosconceituais, o estabelecimento de relações entre conceitos ou processos matemáticos aoutras disciplinas, a construção de analogias, o trabalho com a geometria dos objetos, aprojeção de objetos, a realização de procedimentos de medida e registros de informaçõesquantitativas, o uso de diferentes tipos e estilos de jogos podem conduzir à prática docentea uma seleção e uso mais adequado dos recursos didáticos.O conhecimento dos recursos didáticos deve ser amplamente valorizado e discutidoentre os profissionais da educação para a criação de aulas e situações didáticas que79


EstágioSupervisionado Iatendam, verdadeiramente, aos objetivos dos professores e promovam oaprendizado dos alunos. Diante disso, a utilização de tais recursos acabainterferindo na prática docente e na aprendizagem, já que o uso de umdeterminado recurso pode atuar numa especificidade ou um conjunto dehabilidades do aluno no contexto do seu desenvolvimento cognitivo. Porexemplo, atividades que permitam aos alunos produzirem relatórios, realizarementrevistas, criar roteiros, anúncios, slogans, cartazes, folhetos, dentre outras possibilidades,podem conduzir à estimulação da inteligência verbal-linguística, por exemplo. Mas tambémpodem estimular a inteligência interpessoal e visuoespacial. O mesmo se pode dizer dosrecursos didáticos que se pautam na simulação e manipulação que são excelentespossibilidades para se trabalhar com as habilidades cinestésico-corporais e intrapessoaisdos alunos.O conjunto das habilidades humanas, chamadas aqui de inteligências múltiplas, podeenriquecer o trabalho educativo, ao considerá-las nas propostas de atividades que permitamao aluno vivenciar e experienciar diferentes aprendizagens. Por exemplo, o uso de recursosauditivos e visuais pode estimular e desenvolver a inteligência musical e cinestésica. Taisrecursos podem potencializar o conhecimento dos alunos oportunizando experimentar aaprendizagem de foram dinâmica e instigante. Da mesma forma, o uso de recursos didáticosque permitam desenvolver o sentido da orientação e manejo criativo do espaço,potencializam a inteligência visuoespacial dos alunos.Mas é preciso considerar que no contexto brasileiro, grande parte das escolas sequervem discutindo as idéias sobre as inteligências múltiplas e mesmo naquelas onde se iniciouessa discussão, o processo está em construção. Há, assim, uma necessidade do currículoescolar e da prática docente ganhar outros contornos considerando não apenas a dimensãoda inteligência múltipla, mas os objetivos de cada aprendizagem.Saiba MaisAcesse http://www.inep.gov.br para explorar títulos de periódicos e monografiassobre o tema inteligências múltiplas.O Papel da Lucidade na Construção dos Recursos Didáticos eSua Aplicação no Estágio SupervisionadoCreio que, depois de Homo Faber e talvez ao mesmo nível deHomo Sapiens, a expressão Homo Ludens merece um lugarem nossa nomenclatura.Huizinga (1990)A educação por meio da ludicidade tem se tornado, nas últimas décadas, umaalternativa metodológica bastante pesquisada, utilizada e abordada em seus váriosaspectos. Portanto ao elaborar um material didático de embasamento teórico para adisciplina Estágio Supervisionado não poderíamos deixar de falar desta importanteferramenta didática que pode ser bastante explorada na prática pedagógica a serdesenvolvida neste momento da sua formação docente.Mas, o que significa a palavra LÚDICO?80


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A palavra lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer“jogo”. Se se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindoapenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo.1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A evolução semântica da palavra “lúdico”, entretanto, não parou apenas nas suasorigens e acompanhou as pesquisas de psicomotricidade. O lúdico passou a ser reconhecidocomo traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que adefinição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdicaextrapolaram as demarcações do brincar espontâneo.Passando à necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdicofaz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, caracterizando-se por serespontâneo funcional e satisfatório.Sendo funcional: ele não deve ser confundido com o mero repetitivo, com a monotoniado comportamento cíclico, aparentemente sem alvo ou objetivo. Nem desperdiça movimento:ele visa produzir o máximo, com o mínimo de dispêndio de energia.Segundo Luckesi (2000) atividades lúdicas são aquelas que propiciam umaexperiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis.São ações vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição,povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam como teias urdidascom materiais simbólicos. Assim elas não são encontradas nos prazeres estereotipados,no que é dado pronto, pois, estes não possuem a marca da singularidade do sujeito que asvivencia.É importante destacar também que esta não é uma prática moderna econtemporânea, a utilização da ludicidade no processo educativo, seja ele formal ou informal,tem uma evolução histórica que merece aqui ser resumidamente retomada.Para refletir...Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futurobaseia-se no passado e corporifica no presente. Temos que saber o que fomos e o quesomos para saber o que seremos. Freire, 1994.Na Antiguidade, o brincar era uma atividade característica tantode crianças, quanto de adultos. Para Platão, por exemplo, o “aprenderbrincando” era mais importante e deveria ser ressaltado no lugar daviolência e da repressão. Almeida (1987) relata que, também nos povosegípcios, romanos e maias, a prática dos jogos era utilizada para queos mais jovens aprendessem valores, conhecimentos, normas e padrões de vida com aexperiência dos adultos.Utilizando-se da iconografia, Ariés (1978) mostra-nos que, como o trabalho nãoocupava tanto tempo da sociedade antiga, adultos e crianças participavam dos mesmosjogos e diversão, os quais constituíam o momento favorável para que a sociedade estreitasseseus laços coletivos, a fim de se sentir unida. Os jogos, as brincadeiras e os divertimentosocupavam posição bastante importante nessa sociedade. Segundo Eva Maria Siqueira(2001), esse autor ressalta ainda que os jogos e as brincadeiras dessa época eram, parauma grande maioria, admitidos e estimulados sem reservas nem discriminações. Porém,81


EstágioSupervisionado Ipara uma maioria poderosa, como também para a Igreja, eram consideradosprofanos, imorais, delitosos e sua prática não era admitida de forma alguma.Assim, o interesse até então demonstrado pelos jogos perde o seucrescimento, paralelamente à ascensão do cristianismo que, ao tomar posse do ImpérioRomano, impõe uma educação rígida, disciplinadora, proibindo veementemente os jogos.Já a Companhia de Jesus, fundada por Ignácio de Loyola em 1534, compreende agrande importância dos jogos como aliados do ensino, pois verifica não ser possível nemdesejável suprimí-los, mas sim, introduzí-los oficialmente. Desse modo, os jesuítas são osprimeiros a recolocar os jogos de volta à prática, de forma disciplinadora e recomendadacomo “(…) meios de educação tão estimáveis quanto o estudo” (ARIÉS 1978, p.112).Além da fundamental contribuição dos jesuítas ao desenvolvimento e à aceitaçãodos jogos no ensino, outros educadores, teóricos e pesquisadores oferecem também suaparticular colaboração e ênfase ao processo lúdico na educação.Surge, então, no século XVI o jogo educativo, com o objetivo de ancorar açõesdidáticas que visam, segundo Kishimoto (1994), à aquisição de conhecimentos. Consideraque a diversificação dos jogos ocorre a partir do movimento científico do século XVIII,propiciando a criação, a adaptação e a popularização dos jogos no ensino.Spencer (1820-1903) elege o jogo como elemento que propicia o desenvolvimentoda vida intelectual em todos os aspectos, pois produz uma excitação mental agradável e,ainda, as crianças que com ele se envolve denotam interesse e alegria.O filósofo norte-americano John Dewey (1859-1952), ao criticar veementemente aobediência e a submissão até então cultivadas nas escolas, propõe uma aprendizagempor meio de atividades pessoais para cada aluno, em que o jogo é o elementodesencad<strong>ead</strong>or desse ambiente, fértil ao aprendizado, sendo, portanto, diferentes dasreferências abstratas, distintas, pelas quais as crianças não se motivam.Piaget, também em defesa do uso de jogos na educação, critica a escola tradicional,por ter como objetivo acomodar as crianças aos conhecimentos tradicionais, em oposiçãoao que ele defende que é suscitar indivíduos inventivos, críticos e criadores. Por issoproclama: “Os métodos de educação das crianças exigem que forneça as crianças ummaterial conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidadesintelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil”.Vigotsky (1994, p. 135) acentua que “apesar da relação brinquedo-desenvolvimentopoder ser comparada à relação instrução-desenvolvimento, o brinquedo fornece amplasestrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência”.Por fim, desse mergulho histórico que possibilita uma melhor percepção da relaçãoentre a ludicidade e a educação fica claro que existe um número de trabalhos que respaldame legitimam este importante mecanismo didático associado à motivação dos alunos e dereal valor em sala de aula e só ratifica a importância de trazermos este tema como estudopara um processo de formação docente.Entretanto, na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade,o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia,momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, deressignificação e percepção, momentos de auto-conhecimento e conhecimento do outro,de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida.82


12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012COMO TORNAR UMA AULA LÚDICA?Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos.O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma “atitude” lúdica do educadore dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, umamudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva,mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposiçãointerna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, deconhecimentos, embora estes sejam muito importantes.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012A escola tradicional, centrada na transmissão de conteúdos, não comporta um modelolúdico. Por isso é tão freqüente ouvirmos falas que apóiam e enaltecem a importância dolúdico estar presente na sala de aula, e queixas dos futuros educadores, como tambémdaqueles que já se encontram exercendo a docência, de que se fala da importância daludicidade, se discutem conceitos de ludicidade, mas não se vivenciam atividades lúdicas.Fala-se, mas não se faz. De fato não é tão simples uma transformação mais radical pelaspróprias experiências que o professor tem ao longo de sua formação acadêmica.Portanto, espera-se que ao iniciar esta etapa de estágio, você educador em formação,possa compreender a importância do lúdico no desenvolvimento do processo deaprendizagem de seus alunos.Segundo Tânia Fortuna (2001), em uma sala de aula ludicamente inspirada, convivesecom a aleatoriedade, com o imponderável; o professor renuncia à centralização, àonisciência e ao controle onipotente e reconhece a importância de que o aluno tenha umapostura ativa nas situações de ensino, sendo sujeito de sua aprendizagem; a espontaneidadee a criatividade são constantemente estimuladas.Podemos observar que essas atitudes, de um modo geral, não são, de fato,estimuladas na escola. A construção de um simples jogo de memória, como recurso didáticopara fazer uma sistematização de conceitos trabalhados ou de brincadeira de cabra cega,onde o grupo orienta o aluno vendado na locomoção no espaço da sala de aula, utilizadapara introduzir coordenadas geográficas, pode possibilitar este movimento e estainteratividade tão importantes no processo de aprendizagem. Atividades como estasdispensam altos investimentos financeiros por parte da instituição ou do professor.São lúdicas as atividades que propiciam a vivência plena do aqui - agora, integrandoa ação, o pensamento e o sentimento. Tais atividades podem ser uma brincadeira, um jogoou qualquer outra atividade que possibilite instaurar um estado de inteireza: uma dinâmicade integração grupal ou de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, uma dasmuitas expressões dos jogos dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, umaciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades.Mais importante, porém, do que o tipo de atividade é a forma como é orientada e como éexperienciada, e o porquê de estar sendo realizada.Para refletir...Qual a importância da ludicidade na prática docente para o professor de Geografia?83


EstágioSupervisionado IO educador deve dar ênfase às metodologias que se alicerçam no“brincar”, no facilitar as coisas do aprender através do jogo, da brincadeira, dafantasia, do encantamento.O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fases da vida dosseres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdicose faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamentoentre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore.A brincadeira traz a possibilidade de:Representar situações reais;Conviver com desafios;Criar estratégias para superar os obstáculos.Por conseguinte a necessidade de brincar é inerente ao desenvolvimento. No brincar,ocorre um processo de troca, partilha, confronto e negociação, gerando momentos dedesequilíbrio e equilíbrio, e propiciando novas conquistas individuais e coletivas.Constatamos, então, que a ação de brincar é fonte de prazer e ao mesmo tempo, deconhecimento.Fique atento!Não só as crianças aprendem com mais facilidade vivenciando, nós adultos também.Tudo o que nos dá prazer é leve e agradável.Observamos que quando existe representação de uma determinada situação(especialmente se houver verbalizado) a imaginação é desafiada pela busca de soluçãopara problemas criados pela vivência dos papéis assumidos. As situações imagináriasestimulam a inteligência e desenvolvem a criatividade.O ato de criar permite uma Pedagogia do Afeto na escola. Permite um ato de amor,de afetividade cujo território é o dos sentimentos, das paixões, das emoções, por ondetransitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias. Uma relação educativa satisfatóriapressupõe o conhecimento de sentimentos próprios e alheios que requerem do educador adisponibilidade corporal e o envolvimento afetivo, como também, cognitivo de todo o processode criatividade que envolve o sujeito-ser-criança.A afetividade é estimulada por meio da vivência, a qual o educador estabelece umvínculo de afeto com o educando. Seja a criança, o jovem e até mesmo o adulto necessitade estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser umamaneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, em parceria, um caminhoestimulador e enriquecedor para se atingir uma totalidade no processo do aprender.Entretanto, é importante ressaltar que o jogo não é qualquer tipo de interação, massim, uma atividade que tem como traço fundamental os papéis sociais e as ações destesderivadas em estreita ligação funcional com as motivações e o aspecto propriamentetécnico-operativo da atividade. Dessa forma, destaca-se o papel fundamental das relaçõeshumanas que envolvem os jogos.Todavia, para que se possa compreender a importância da ludicidade ou de quaisquersituações didáticas que possibilitem uma interação do objeto de estudo com quem o estuda,é necessário eleger a aprendizagem como processo principal do desenvolvimento humano.Vygotsky (1984) afirma que: a zona de desenvolvimento proximal é o encontrodo individual com o social, sendo a concepção de desenvolvimento abordada não como84


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012processo interno da criança, mas como resultante da sua inserção em atividades socialmentecompartilhadas com outras atividades interdisciplinares que permitem a troca e a parceria.Ser parceiro é sê-lo por inteiro. Nesse sentido, o conhecimento é construído pelas relaçõesinterpessoais e as trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a vida formativa doindivíduo.Poder vivenciar o processo do aprender colocando-se no lugar de quem aprende,permitindo que a criatividade e a imaginação aflorem através da interdisciplinaridadeenquanto atitude é necessário ao professor educador. A intersubjetividade mostra-se pormeio do afeto e da alegria de poder liberar o que cada sujeito (professor) trás consigomesmo e quanto pode contribuir com o outro.MAS, QUAL A RELAÇÃO ENTRE LUDICIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE?Já que abordamos anteriormente a necessidade do professor, na atualidade,desenvolver uma prática interdisciplinar com o objetivo de ampliar a compreensão do alunopara a complexidade do mundo atual, faz-se necessário estabelecermos uma relação entrea ludicidade e uma prática interdisciplinar no processo de estágio e consequentemente naformação do professor.A formação lúdica interdisciplinar se assenta em propostas que valorizama criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma,proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporaisque se utilizam da ação do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fontedinamizadora.12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012Ao sentir que as vivências lúdicas podem resgatar a sensibilidade, até entãoadormecida, ao perceber-se vivo e pulsante, o professor/aprendiz faz brotar o inesperado,o novo e deixa cair por terra que a lógica da racionalidade extingue o calor das paixões, quea matemática substitui a arte e que o humano dá lugar ao técnico (SANTIN, 1990), permitindoo construir alicerçado no afeto, no poder fazer, sentir e viver.A formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suaspossibilidades, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogoe do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto (SANTOS, 1997; KISHIMOTO,1999). A afetividade deve ser vista como sustentáculo significativo e fundamental de umapedagogia que se alicerça na arte-magia interdisciplinar do ensinar-aprender (ROJAS, 1998).Sala de aula é um lugar de brincar se o professor consegue conciliar os objetivospedagógicos com os desejos do aluno. Para isso é necessário encontrar equilíbrio entre ocumprimento de suas funções pedagógicas e contribuir para o desenvolvimento dasubjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo. Acreditar no aluno,isto é, na importância da sua ação no processo educativo.Oficina de Recursos DidáticosOs processos de ensino e de aprendizagem são temas bastante discutidos no âmbitoeducacional. Então, desenvolver possibilidades para dinamizar a práxis pedagógica passoua ser uma meta constante para profissionais de educação. Nesse processo, as oficinaspedagógicas representam uma estratégia metodológica promissora.As oficinas pedagógicas consistem em atividades de cunho prático que favorecema construção da aprendizagem através da experimentação. Entretanto, é importante afirmarque existe uma relação dialógica entre aspectos teóricos e práticos, na medida em quepara realizar uma atividade dinâmica o educador deve estar respaldado por pressupostos85


123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123EstágioSupervisionado Iteóricos. É o aprender experimentando! Neste sentido, apresentaremos algumassugestões de oficinas para serem realizadas a partir de recursos didáticossimples que fazem parte do cotidiano escolar. Porém, antes cabe tecer algunscomentários acerca dos recursos didáticos.Os recursos didáticos são instrumentos que devem ser utilizados comcoerência, a fim de cumprirem o seu verdadeiro propósito e evitar o risco da banalização.Antunes (1998, p.36) ressalta a importância do educador conhecer bem os recursos quedispõe, a fim de utilizá-los adequadamente, pois “a idéia de um ensino despertado pelointeresse do aluno acabou transformando o sentido do que se entende por materialpedagógico e cada estudante, independente de sua idade, passou a ser um desafio àcompetência do professor”.No intuito de ratificar a responsabilidade do professor frente ao processo de seleçãoe utilização dos recursos didáticos convém mencionar alguns aspectos relevantes sobre osmesmos: Estão adequados às situações de ensino e de aprendizagem trabalhadas; Consiste num desafio ao educando, ou seja, estão de acordo com a suacapacidade de resolução (é preciso estar atento ao desenvolvimento cognitivo doaluno, a fim de propor situações que estejam de acordo com as suas possibilidades); Apresentam procedimentos compreensíveis para os alunos (os passos sãoclaramente apresentados); Funcionam como um recurso incentivador, estimulando a participação e oenvolvimento; São apropriados para o local (espaço) onde será desenvolvido; Tem um encadeamento e/ou seqüência lógica clara (início, meio e fim).Nenhum recurso por si só é condição de motivação para o aluno, então é amediação do professor que fará com o recurso tenha significado e relevância.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Reportando-se à Geografia é possível dizer que várias são as possibilidades derecursos didáticos que, quando bem utilizados, podem enriquecer, contextualizar e dinamizara práxis pedagógica, favorecendo a construção de uma aprendizagem significativa. A seguirtrazemos algumas sugestões de recursos, ressaltando possibilidades de utilização peloprofessor. Vale ressaltar, que não mencionamos faixa etária para cada oficina de recursoapresentada, pois cada educador deve utilizar a proposta como ponto de partida para asua realidade, fazendo as adequações necessárias.JOGOS PEDAGÓGICOSEtimologicamente a palavra jogo significa brincadeira e diversão. “O jogo ganha umespaço como ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo aointeresse do aluno”, contribuindo para a socialização e troca de experiências (ANTUNES,1998, p. 37). É fundamental realizar um planejamento criterioso, a fim de utilizar os jogospedagógicos como um elemento desafiador dos processos de ensino e de aprendizagem.A habilidade operatória está relacionada à compreensão e ação que o aluno precisaestabelecer para realizar o desafio que lhe foi proposto. Segundo Antunes (1998, p.38)existem vários verbos que demonstram as múltiplas habilidades despertadas nos alunos apartir da utilização de jogos pedagógicos.86


1234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012EducaçãoInfantilEnsinoFundamentalEnsinoMédioEnsinoSuperiorObservar Enumerar Refletir FlexionarConhecer Transferir Criar AdaptarComparar Demonstrar Conceituar DecidirLocalizar no tempo Debater Interagir SelecionarSeparar/reunir Deduzir Especificar PlanejarMedir Analisar Ajuizar NegociarRelatar Julgar/Avaliar Discriminar PersuadirCombinar Interpretar Revisar LiderarConferir Provar Descobrir EdificarLocalizar no espaço Concluir Levantar hipóteses -Classificar Seriar - -Criticar Sintetizar - -Fonte: ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Rio de Janeiro:Vozes, 1998.Convém ratificar que os verbos acima buscam demonstrar graus diferenciados dedificuldades nos vários níveis de ensino, servindo como apoio à reflexão docente para asistematização de um jogo para os alunos.Os jogos ou brinquedos pedagógicos são desenvolvidos com a intençãoexplícita de provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de umnovo conhecimento e, principalmente, despertar o desenvolvimento de umahabilidade operatória (ANTUNES, 1998, p.38).12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012SUGESTÕES DE JOGOS PEDAGÓGICOSBingo de Sentenças Habilidades trabalhadas: observação, análise, associação e síntese. Material necessário: papel ofício tamanho A 4; computador e lápis (caso oprofessor não disponha de computador pode fazer a ficha de modo manuscrito e tirar cópiaspara distribuir com os alunos). Como fazer: o professor deve elaborar uma ficha em uma folha de ofício contendoduas colunas. Na primeira coluna ele colocará questionamentos incompletos e na segundapreencherá com respostas. Assim, o aluno deverá ser desafiado a fazer a correspondênciaentre as duas colunas.87


EstágioSupervisionado I( 1 ) O jogopedagógico...( 3 ) Nenhumrecurso...Exemplo:( 2 ) A habilidadeoperatória...( 4 ) As oficinaspedagógicas...( 3 ) ... por si só écondição de motivaçãopara o aluno.( 1 ) ... quando bemutilizado favoreceuma aprendizagemsignificativa.( 4 ) ... representamuma estratégiametodológicapromissora quefavorecem odesenvolvimentoprático do tema emfoco.( 2 ) ... estárelacionada àcompreensão eação que o alunoprecisaestabelecer pararealizar o desafioque lhe foi propostoTrilha Habilidades trabalhadas: análise, síntese, expressão e comunicação. Material necessário: giz, dado e fichas de papel cartolina. Como fazer: o professor deve solicitar que os alunos organizem-se em gruposcom até cinco componentes; em seguida deve desenhar uma trilha no chão; fazer um sorteiopara ver a ordem de cada grupo jogar; é importante solicitar que um representante de cadagrupo jogue o dado e caminhe na trilha de acordo com o valor obtido; ao caminhar na trilhaos alunos encontrarão envelopes com questionamentos que devem ser respondidos portodo o grupo (caso responda o grupo ganha pontos); o professor deve registrar a pontuaçãodos grupos, a fim de ver quem vencerá a brincadeira.A cidade de papelão Habilidades trabalhadas: análise e orientação espacial. Material necessário: caixas de fósforo, palitos, sucatas e uma folha de isopor. Como fazer: o professor deve estimular os alunos a confeccionarem prédios,semáforos, veículos, árvores, etc. para montarem uma cidade. É importante organizar otabuleiro segundo os pontos cardeais, que são importantes referências (Exemplo: aprefeitura está ao norte, o correio ao sul, etc.) (ANTUNES, 1998, p.119).Desafio Habilidades trabalhadas: análise, síntese, expressão e comunicação. Material necessário: envelopes (tamanho carta), cartões de papel cartolina. Como fazer: o professor deve solicitar que a turma se organize em dois grandesgrupos; em seguida, é preciso distribuir duas fichas feitas com o papel cartolina para cada88


grupo: uma com a letra V (verdadeiro) e outra com F (falso); o professor deve fazer umasérie de questionamentos referentes ao tema em foco e os grupos devem apresentar asfichas defendendo se o questionamento é verdadeiro ou falso. Além de demonstrar as fichas,algum membro do grupo precisa justificar a resposta. O professor vai registrando os pontospara ver o grupo vencedor.A planta da sala de aula Habilidades trabalhadas: observação, análise, síntese e lateralidade. Material necessário: cartolina e lápis. Como fazer: o professor pode introduzir o projeto de construção de uma plantada sala de aula falando sobre escala e, para esse tema, mostrar que quase todas asfotografias constituem a “retratação do espaço ou das pessoas em um tamanho diferentedo real”. Desenhando sua própria mão com os contornos reais e, depois, desenhando-aoutra vez em escala, pode construir a imagem desse conceito. Deve, progressivamente,perceber que a escala evolui de 1:2 (um para dois = cada dois centímetros na representaçãoequivale a um) até 1:200.000.000 ou ainda muito mais. A partir dessa compreensão, medira sala com os alunos, discutir consensualmente qual escala desejável (geralmente 1centímetro na escala deve corresponder a 1 ou 2 metros reais) e iniciar o trabalho. O alunodeve compreender essa representação a ser estimulado a reproduzí-la em relação ao quartoonde dorme ou inúmeros espaços que conhece (ANTUNES, 1998, p.129).Sucessão Habilidades trabalhadas: observação, análise e síntese, noção temporal. Material necessário: cartolina, figuras e cola. Como fazer: o professor deve iniciar com a turma uma coleção de figuras queretratem as diferentes etapas do dia-a-dia das pessoas; assim, os alunos devem fazercartões e colar as figuras pesquisadas; após confeccionarem os cartões o professor deveincentivá-los a sistematizarem as atividades na ordem que realizamos com o passar dashoras; é importante aproveitar este jogo para discutir os hábitos cotidianos dos alunos(ANTUNES, 1998, p. 114).Bola em jogo Habilidades trabalhadas: análise, síntese e raciocínio lógico. Material necessário: bola, cartolina e envelopes. Como fazer: o professor fará fichas de cartolina registrando algunsquestionamentos sobre o tema trabalhado; em seguida, conta quantos alunos estão presentese escreve a seqüência numérica correspondente em pedaços de papel ofício (Ex. se tiverem20 alunos, o professor fará 20 fichas); convida cada aluno e prende na camisa de cadaaluno uma ficha com um número qualquer; os alunos deverão circular pelo espaço e oprofessor começa a jogar a bola para o alto, chamando os números aleatoriamente; o alunoque tiver o número chamado preso na camisa deve escolher um envelope apresentado peloprofessor e responder ao questionamento apresentado; se o aluno não souber responderos colegas podem ajudá-lo (ANTUNES, 1998, p. 126).89


12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012312345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121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IVocê quer conhecer outras sugestões de jogos? Então leia:ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das inteligências múltiplas.Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1998.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123Para refletir...Os jogos pedagógicos podem favorecer a dinamização dos processos de ensino ede aprendizagem. Você viu alguns exemplos de jogos, agora reflita e apresente outrassugestões:LIVROS PARADIDÁTICOSO livro é um recurso bastante utilizado no cotidiano escolar, contribuindo para oaprofundamento conceitual, discussão de temáticas variadas, bem como de questões atuais.Observe algumas dicas importantes que podem favorecer a seleção deste recurso.É importante saber por quem e quando foi escrito, já que são fontes carregadasde valores e ideologias;Relação com a proposta pedagógica a ser trabalhada;Atualidade dos textos;Possibilidade de interação com os demais materiais didáticos disponíveis.123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123 Habilidades trabalhadas: análise, síntese, expressão e comunicação. Material necessário: livros e papel ofício. Como fazer: o professor deve espalhar os livros em uma mesa, convidando osalunos a escolherem títulos de seu interesse; os alunos devem ter um prazo para lerem oslivros (um a dois dias) e apresentarem a idéia central para a turma, através de outro suportetextual: revista em quadrinhos, fábula, jornal, etc.; é interessante o professor elaborar umaficha síntese (em papel ofício) que aborde os aspectos centrais da obra (incluindo asreferências bibliográficas) para distribuir com os alunos. Cada aluno tem a missão de ler olivro e criar a sua ficha informativa, que facilitará a divulgação do mesmo junto aos outroscolegas.90


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Oprofessor pode convidar os alunos a escolherem um livro e lerem na roda de leitura. Épreciso combinar um tempo para a realização da atividade (o estabelecimento do tempodepende do volume de leitura), como por exemplo, uma semana, então a cada dia um alunopode ler um trecho para que todos discutam em seguida.PERIÓDICOSOs periódicos são recursos significativos para o trabalho pedagógico. Na Geografiao professor pode explorar uma série de questões do dia-a-dia, partindo do espaço local atéo global e vice-versa. Assim como os livros, convém observar quando e por quem foi escrito,afinal é tarefa do professor estimular que os alunos tenham uma visão crítica acerca domaterial trabalhado.As revistas informativas e específicas da área de Geografia são boas fontes depesquisa, sendo possível adquirí-las, na maioria das vezes, em bancas de jornal e tambématravés de assinaturas. O hábito de uso da revista deve ser mais incentivado. Habilidades trabalhadas: observação, análise, síntese, noção de tempo,expressão e comunicação. Material necessário: jornais, revistas, papel ofício, cartolina e canetas. Como fazer: o professor deve levar e pedir que os alunos também levem jornaise revistas para que façam coletivamente uma pesquisa e recorte de notícias sobre o temadiscutido em sala; a partir dos recortes pesquisados o professor deve pedir que os alunosseparem as notícias de acordo com a ordem cronológica que os fatos ocorreram; em seguidaos alunos devem colar as notícias em folhas de ofício e arrumá-las em uma pasta catálogo;A leitura e análise das notícias podem ajudar o professor no embasamento do tema emfoco. O professor também pode solicitar que os alunos produzam novos textos a partirdas leituras e análises realizadas. Estes textos podem ser feitos individualmente oucoletivamente e podem ser apresentados para toda a turma.Outra sugestão de atividade é a confecção de um mural informativo a partir dasnotícias pesquisadas pela turma. Assim, os alunos podem ir montando o mural na medidaem que conseguem novos recortes sobre o tema abordado.VÍDEOSO vídeo é outro recurso que se bem utilizado pode contribuir para a construção deuma aprendizagem significativa. O professor deve escolher o vídeo com base na temáticaabordada com seus alunos, avaliando se o mesmo é apropriado para a faixa etáriatrabalhada.O professor, sempre deve assistir ao vídeo antes de passá-lo para a suaturma, a fim de constatar se o mesmo atende a fins pedagógicos. É assim que seevitam surpresas inesperadas!123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890121234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901212345678901291


é da máxima importância reconhecer e estimular todas as variadasinteligências humanas e todas as combinações de inteligências. Nós somostodos tão diferentes, em grande parte, porque possuímos diferentescombinações de inteligências. Se reconhecermos isso, penso que teremospelo menos uma chance melhor de lidar adequadamente com os muitosproblemas que enfrentamos neste mundo (GARDNER, 1987 apudARMSTRONG, 2001, p.13).O professor precisa ter o entendimento de que seus alunos possuem potencialidadese aptidões diferenciadas, a fim de planejar e desenvolver atividades que atendam àsdiferentes capacidades.Atividade Complementar1.Considere a charge abaixo e apresente uma proposta de recurso didático que podeser utilizado para estimular a inteligência visuoespacial do personagem diante da situaçãoenfrentada.De acordo com este mapa, eunão sei onde nós estamos!2.2.A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode servista apenas como diversão.Estabeleça uma relação entre a frase acima e o texto sobre o papel da ludicidade naconstrução de recursos didáticos.93


EstágioSupervisionado I3.3.“Não há homens mais inteligentes do que aqueles que são capazes deinventar jogos. É aí que seu espírito se manifesta mais livremente.” Leibniz,1751 apud Grando, 1995.No processo de formação docente, ressaltamos, no texto acima, aimportância da ludicidade da prática educativa. Comente, pois o fragmentoacima fazendo uma relação com o processo do Estágio:4.4.Etimologicamente a palavra jogo significa brincadeira, diversão e passatempo.Entretanto, consideramos que o jogo não é apenas uma brincadeira, mas um significativorecurso didático, que deve ser utilizado na escola como forma de estimular o processo deensino-aprendizagem. Na sua opinião, quais as vantagens de se trabalhar com jogos?5.5.Construa um texto, com no máximo 15 linhas, demonstrando a importância do usodos recursos didáticos na construção de uma aprendizagem significativa.94


AtividadeOrientadaCaro (a) Aluno (a),Esta atividade tem como objetivo possibilitar que você se prepare para a realizaçãodo seu Estágio Supervisionado no segmento dos 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental (5ªa 8ª séries). A nossa proposta é que você, juntamente com o seu grupo de trabalho formadodesde a disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica III, realize estas três etapas de trabalhoa serem apresentadas, que além de se constituírem num dos instrumentos avaliativos dadisciplina Estágio Supervisionado I – de caráter obrigatório – também cumprirão o papelde orientadoras do processo de planejamento das ações a serem executadas.Etapa 1Elaboração do Plano de Ação a Partir do Pré-Projeto de IntervençãoEsta primeira etapa consiste elaboração de um plano de ação do seu EstágioSupervisionado considerando as ações que foram propostas no Pré-Projeto de Intervençãoproduzido na disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica III. É importante que cada grupo detrabalho, detalhe com o máximo de precisão, todas as atividades que serão executadas noperíodo do estágio.Etapa 2Elaboração do Cronograma de ExecuçãoEsta etapa se caracteriza pela elaboração de um cronograma de trabalho que deverálevar em conta a carga horária de 120 horas destinada à vivência do Estágio Supervisionadonuma das séries finais do Ensino Fundamental de Geografia.Etapa 3Elaboração e/ou Seleção dos Recursos didáticosNas atividades que cada grupo irá desenvolver, conforme o que foi concebido noPlano de Ação, é necessário selecionar ou mesmo elaborar determinados recursos didáticos.Considerando a importância deste trabalho, reservamos um momento para que cada grupode trabalho possa realizar os procedimentos que busquem incrementar as ações propostase a aprendizagem do público-alvo, já que por meio desta estratégia é possível aguçar acriatividade para a reprodução de recursos já existentes ou mesmo a criação de recursosoriginais e personalizados.Com isso, esperamos que o desenvolvimento destas atividades torne o processo oseu estágio supervisionado mais significativo e interessante.Desejamos a você e a seu grupo um ótimo trabalho!95


EstágioSupervisionado IGlossárioAtomização: s. f., Quím., ação ou efeito de atomizar; redução de um corpo a partículas, a gotículas dereduzidas dimensões; dispersão; fraccionamento.Delitoso: adj., que envolve delito.Esteriótipo: fig., opinião preconcebida, difundida entre os elementos de uma coletividade; lugar-comum;chavão.Excerto: do Lat. excerptu, colhido de s. m., trecho; extracto; fragmento.Imponderável: adj. 2 gén., Fís., que se não pode pesar; que não tem peso apreciável; muito sutil; indignode ponderação;Método: do Lat. methodu < Gr. méthodos, caminho para chegar a um fim, processo racional que se seguepara chegar a um fim; modo ordenado de proceder; processo; ordem; conjunto de procedimentos técnicos ecientíficos; ordem pedagógica na educação; sistema educativo ou conjunto de processos didáticos; tratadoelementar de uma ciência ou arte; prudência; ponderação; circunspeção.Profano: do Lat. profanu < pro, diante + fanu, templo. adj., não pertencente à religião; não sagrado; leigo,secular; mundano; não iniciado em certos conhecimentos; estranho a certos assuntos; ignorante.Psicomotricidade: s. f., capacidade de coordenação e integração das funções motoras e psíquicas emresultado da maturação do sistema nervoso.Psicofisiologia do comportamento humano: A psicofisiologia é uma disciplina que representa a junçãode todas as abordagens no estudo das bases biológicas do comportamento. Foram diversas as disciplinas- biologia, anatomia, fisiologia, química e psicologia - que contribuíram para o desenvolvimento da psicofisiologiacomo ciência. A psicofiosiologia afirma-se como o estudo das correlações entre as ações ou comportamentose os órgãos do corpo, uma vez que para compreendermos o funcionamento do nosso organismo teremos queter em conta todas as interdependências com o ambiente, assim como os subsistemas que integra (sistemanervoso, endócrino, órgãos sensoriais, etc). Para, além disso, a psicofisiologia dá ênfase ao estudo daestrutura e funções cerebrais.Quoeficiente de Inteligência (QI): Índice que visa a avaliar o grau de inteligência de um indivíduo é obtidopela divisão da idade mental de um indivíduo pela sua idade cronológica; medida do grau de inteligência deuma pessoa, obtida por meio de testes psicológicos e avaliada em função da idade cronológica desseindivíduo e da média de inteligência de uma determinada população.Ratificar: do Lat. ratu, confirmado + fic, r. de facere, fazer v. tr., validar; autenticar; confirmar; revalidar.Semântica: do Gr. semantiké, da significação, s. f., Ling., estudo da linguagem humana do ponto de vistado significado das palavras e dos enunciados; na lingüística moderna é a disciplina que estuda as palavras eos enunciados como sendo objetos abstratos com um conjunto de propriedades e entre os quais seestabelecem relações que se definem nos termos predicação, tempo, aspecto, modalidade, valores de verdade,etc.Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): conceito elaborado por Vygotsky, e define a distância entre onível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível dedesenvolvimento potencial, determinado através de resolução de um problema sob a orientação de um adultoou em colaboração com outro companheiro. Quer dizer, é a série de informações que a pessoa tem apotencialidade de aprender mas ainda não completou o processo, conhecimentos fora de seu alcance atual,mas potencialmente atingíveis.96


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EstágioSupervisionado IFTC - EaDFaculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a DistânciaDemocratizando a Educação.www.<strong>ftc</strong>.br/<strong>ead</strong>100

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