25.08.2015 Views

A CIDADE E AS SERRAS

Untitled - Luso Livros

Untitled - Luso Livros

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

— Eh, Fernandes! O grão-duque! O belo grão-duque, de jaquetão alvadioe chapéu tirolês cor de mel! Apertei com gratidão reverente a mão dopríncipe, que me reconhecera..— E Jacinto? Em Paris?... Contei Tormes, a serra, o seu rejuvenescimentoentre a Natureza, minha doce prima, e eis bravos pequenos, que ele trazia àscavaleiras. O grão-duque encolheu. os ombros, desolado:— Oh lá, lá, lá!... Peuh! Casado, na aldeia, com filharada... Homemperdido! Ora, oral... E um homem útil!, que nos divertia, e com gosto! O corde-rosa!uma festa deliciosa... Não se fez, não se tornou a fazer nada tãobrilhante em Paris... E então Madame d'Oriol... Ainda há dias a vi no Paláciode Gelo... Potável, mulher ainda muito potável... Não é o meu género...Adocicada, leitosa, pomadada, neve à la vanille!... Ora esse Jacinto!..— E Vossa Alteza, em Paris, com demora? O formidável homem baixou àface, franzida e confidencial: — Nenhuma. Paris já se não aguenta... Estáestragada, positivamente estragada... Nem se come! Agora é o Ernest, daPraça Gaillon, o Ernest, que era mâitre-d'hotel do Maire. já lá comeu? Não?Um horror. Tudo é o Ernest, agora! Onde se come? No Ernest. Qual! Aindaesta manhã lá almocei... Um horror! Uma salada Chambord... falhada,indecentemente falhada!. Não tem, não tem a noção da salada! Paris foi!Teatros, uma manada. Mulheres, tudo melado, Não há nada! Ainda assim,num daqueles teatritos de Montmartre, na Roulotte, há uma revista, que se vê;

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!