25.08.2015 Views

O Contributo da Comunidade de Portugueses no Brasil para a ...

O Contributo da Comunidade de Portugueses no Brasil para a ...

O Contributo da Comunidade de Portugueses no Brasil para a ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Com o Ultimato Inglês tentou-se aproveitar o seu <strong>de</strong>scontentamento produzidoem todos os quadrantes <strong>da</strong> população <strong>para</strong> pressionar as a<strong>de</strong>sões à causarepublicana, tal como aconteceu em Portugal. Todos sabemos como a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> portugueses <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> patrocinaram não só a compra <strong>da</strong> canhoeira Pátria,através <strong>de</strong> subscrição, como também organizaram o “Batalhão Patriótico” que<strong>de</strong>sembarcou em Lisboa <strong>para</strong> lutar pela pátria contra a Grã-Bretanha.“Os <strong>Portugueses</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> – Em to<strong>da</strong> a colónia portuguesa, resi<strong>de</strong>nte naflorescente República dos Estados Unidos do <strong>Brasil</strong>, reboou unísso<strong>no</strong> o brado <strong>de</strong>ódio e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sforra à vilã Inglaterra. Os <strong>no</strong>ssos irmãos, que lá nessa ubérrima regiãolabutam e mourejam, não se esquecem felizmente <strong>da</strong> pátria, antes se lembramsempre com sau<strong>da</strong><strong>de</strong>s e entusiasmo” [7] .Entusiasmados com a evolução <strong>da</strong> nação brasileira, os republica<strong>no</strong>sportugueses, expressando um ar<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>sejo que não se repercutia nareali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> época, chegaram mesmo a afirmar que os portugueses aíexistentes, com quem mantinham constante ligação, eram todosrepublica<strong>no</strong>s: “No <strong>Brasil</strong> há uma colónia portuguesa muito rica [...]. Oraesta colónia é exclusivamente republicana” [8] .Confirmando essa i<strong>de</strong>ia, acusa<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> portugueses <strong>no</strong><strong>Brasil</strong> <strong>de</strong> estarem envolvidos, “com o seu dinheiro e propagan<strong>da</strong>”, narevolta restauracionista <strong>de</strong> 1893, <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, que valeu a Portugal ocorte <strong>de</strong> relações diplomáticas com o país irmão, Carrilho Vi<strong>de</strong>ira [9]um dos representantes dos portugueses <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, por sinalrepublica<strong>no</strong>, afirmara que “isso era falso!” e, levando logo a prova aoexagero, assegurou que “não havia um só português <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> quenão fosse republica<strong>no</strong> pronto a <strong>da</strong>r a vi<strong>da</strong> pelo seu i<strong>de</strong>al” [10] .Outros republica<strong>no</strong>s acreditaram que a republicanização <strong>de</strong>ssacomuni<strong>da</strong><strong>de</strong> se faria pelo simples contacto com as instituiçõesrepublica<strong>no</strong>s do <strong>Brasil</strong>: “...O <strong>Brasil</strong>, <strong>no</strong>sso filho, muito bem po<strong>de</strong>, mercê dos 300000 portugueses que lá temos, ser <strong>no</strong> futuro político, o <strong>no</strong>sso sugestor” [11] . Ereafirmava-o João Chagas: “O <strong>Brasil</strong> é um estado republica<strong>no</strong> e diríamos que ainfluência <strong>da</strong>s suas instituições tão benéficas como elas têm sido <strong>para</strong> essaflorescente nação, <strong>de</strong>veria exercer-se não só sobre os nacionais, como sobre osestrangeiros” [12] .

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!