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LA TRANSFERENCIA DE I+D LA INNOVACIÓN Y EL EMPRENDIMIENTO EN LAS UNIVERSIDADES

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Brasil<br />

estruturais, ao longo da década de 2000 se disseminaram nos campi os NITs, incubadoras<br />

de empresas e parques científico/tecnológicos. A essas novas estruturas vêm se<br />

somar organizações informais e formais capazes de metabolizar o ímpeto empreendedor<br />

latente nas novas gerações de estudantes.<br />

Essas transformações conceituais e suas decorrentes ampliações estruturais nas IES<br />

intensivas em produção de conhecimento não são fruto do acaso, mas sim constituem<br />

formas de lidar com duas ordens de desafios fundamentais da instituição universitária<br />

contemporânea. O primeiro é o da relevância, ou seja, a capacidade da universidade<br />

dar respostas robustas e, se possível, encantadoras às demandas da sociedade em<br />

geral e do Governo em particular para sua maior participação no encaminhamento de<br />

soluções para as questões econômicas e sociais críticas. Tais demandas estão associadas<br />

à crise do setor público e à decorrente mudança do papel do Estado. O segundo<br />

desafio é o da prestação substantiva de contas, de forma a mitigar o risco de diminuição<br />

das fontes tradicionais de recursos, cuja alocação é cada vez mais condicionada a<br />

resultados tangíveis percebidos pela sociedade e pelo(a)s governantes.<br />

Permaneceu presente na década de 2000 uma questão que perpassa as três dimensões<br />

– ensino, pesquisa e extensão – do SES brasileiro, a saber, a expressiva heterogeneidade<br />

do sistema. Esforços de diferentes inspirações vêm sendo feitos para lidar<br />

com essa questão delicada, para cujo encaminhamento se deve aliar ousadia e sensibilidade,<br />

evitando soluções populistas e a consequente mediocrização do SES, ainda que<br />

como efeito da busca de redução das assimetrias.<br />

Recomendações específicas vão além do escopo deste estudo, uma vez que precisam<br />

respeitar a natural diversidade de um SES do porte e dinamismo do existente<br />

no Brasil, assim como as peculiaridades de cada desafio e do seu entorno. As duas<br />

recomendações de ordem geral a seguir feitas são inspiradas, respectivamente, na<br />

medicina e na filosofia.<br />

A recomendação inspirada no princípio ético da medicina, derivada de diversos<br />

casos havidos ao longo do período em tela e nos primeiros anos da década corrente,<br />

é dirigida aos formuladores e gestores de políticas públicas: tenham sensibilidade e<br />

cuidado para evitar retrocessos na capacidade de contribuição do SES para o Sistema<br />

de Ciência e Inovação.<br />

A recomendação dirigida às IES líderes e ao(à)s líderes do SES é: insiram ainda mais<br />

as universidades no Sistema de Ciência e Inovação. Ela se inspira na máxima enunciada<br />

há exatos cem anos pelo filósofo espanhol José Ortega y Gasset em sua obra Meditaciones<br />

del Quijote, a seguir apresentada no idioma original: “Yo soy yo y mi circunstancia, y<br />

si no la salvo a ella no me salvo yo”. A dependência do SES para com o que se passa no<br />

Sistema de Ciência e Inovação brasileiro é tão intensa e o manancial inexplorado de<br />

contribuição dos conhecimentos ali gerados às políticas públicas e à competitividade<br />

empresarial é tão valioso que torna mandatório continuar e ampliar a atuação do SES<br />

no Sistema de Ciência e Inovação. Dessa forma, o SES potencializará a geração de um<br />

círculo virtuoso, capaz de beneficiar a sociedade e, em consequência, também a P&D<br />

de todos os naipes desenvolvida nas universidades.<br />

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