REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO DE NOVEMBRO N.12 2021
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lesco Labareda do Méier, do qual, mais tarde, veio
a ser diretor, com 17 anos.
No fim da década de 1960 já havia composto mais
de 40 músicas.
Iniciou a carreira no “Festival de Juiz de Fora”.
Seu primeiro disco, um compacto simples, trazia
as músicas “Alô Madureira” e “Mulher Valente”,
ambas de sua autoria.
Em 1968, por meio de Airto Silva, filho do saxofonista
Moacir Silva, então diretor da gravadora
Copacabana, conseguiu gravar sua composição
“Espere, ó nega”, acompanhado por um conjunto
de samba que, depois, passaria a ser chamado de
Nosso Samba.
Nessa época, conheceu Paulo César Valdez, que
o levou à presença de sua mãe, a cantora Elizeth
Cardoso, que gravou “Corrente de aço” no LP
“Falou e disse”, lançado em 1969.
Conheceu Adelzon Alves, conhecido locutor e
descobridor de talentos, e daí surgiu o convite
para gravar um LP coletivo intitulado “Quem
samba fica”, e na contra capa deste LP Adelzon
Alves recomendava: “É mais um João que veio diferente
no cantar samba e fazer verso. É mais uma
reza forte nas quebradas, meu compadre.”
Logo no início da carreira, passou a ser conhecido
pelo suingue peculiar que costumava emprestar
às métricas das músicas que cantava.
A sua música “Das 200 para lá” foi gravada no
disco por Eliana Pittman e chegou aos primeiros
lugares das paradas de sucesso. Como esta música
defendia a ampliação do mar territorial do Brasil
para 200 milhas, medida adotada pelo regime militar,
João sofreu patrulha ideológica.
Em 1971 ingressou na ala dos compositores da
Portela com o samba “Sonho de Bamba”.
Em 1972 lançou o primeiro LP individual, produzido
por Adelzon Alves, que incluiu de sua autoria
as composições “Morrendo em versos”, “Beto
navalha”, “Mariana da gente”, “Meu caminho” e
“Blá, blá, blá”, esta com participação de sua irmã,
Gisa Nogueira, e regravou “Das 200 prá lá”, “Alô
Madureira”, ambas de sua autoria, e ainda interpretou
composições de outros autores, tais como
“Heróis da resistência” (Mano Décio da Viola,
Manuel Ferreira e Silas de Oliveira), “Pr’um samba”
(Egberto Gismonti), “Maria sambamba” (Casquinha),
“Sétimo dia” (Garça) e “Mãe solteira”
(Wilson Batista e Jorge de Castro).
Em 1974 gravou o segundo disco, “E lá vou eu”,
também produzido por Adelzon Alves, e marca o
início da sua parceria com Paulo César Pinheiro.
A faixa título do disco foi composta com Paulo
César Pinheiro, autores também de “Batendo à
porta” (c/ Paulo César Pinheiro), sucesso da época.
Destacaram-se, ainda, as músicas “Meu canto
sem paz” e “Eu sei Portela”, ambas em parceria
com sua irmã, Gisa Nogueira, e a regravação de
“Gago apaixonado”, de Noel Rosa. O disco contou
com as participações de Paulo César Pinheiro
na faixa “Partido rico” (c/ Paulo César Pinheiro) e
Ivor Lancellotti, autor de “De rosas e coisas amigas”.
Também foram incluídas as faixas “Sonho
de bamba” (João Nogueira), “Eu heim, Rosa!”
(c/ Paulo César Pinheiro), “Do jeito que o Rei
mandou” (c/ é Katimba), “Tempo à beça” (João
Nogueira) e “Baço de boneca” (c/ Paulo César Pinheiro).
Em 1975 lançou seu terceiro LP, “Vem quem tem”,
trazendo novas composições que, mais tarde, virariam
clássicos, como “O Homem de um braço
só” (feita em homenagem ao bicheiro e dirigente
Natal, da Portela), “Chorando pelos dedos” (c/
Cláudio Jorge), dedicada a Joel Nascimento - que
fez uma participação especial neste trabalho -
“Amor de malandro” (Monarco e Alcides Malandro
Histórico) e “Mineira”, em parceria com Paulo
César Pinheiro e dedicada à Clara Nunes. O LP
contou com as participações especiais de Dino
Sete Cordas, Hélio Delmiro, Marçal, Paulo Moura
e Wilson das Neves, sendo também incluídas
as composições “Não tem tradução” (Noel Rosa
e Francisco Alves); “Convênio cupido” (João Nogueira);
“Samba da Bandola” (c/ Cláudio Jorge),
sendo Bandola o nome do grupo que o acompanhava;
“Vem quem tem, vem quem não tem”
(João Nogueira); “Pra fugir nunca mais” (c/ Claudio
Jorge); “Seu caminho se abre” (Ivor Lacellotti)
e “Albatrozes”, de sua autoria, além de “Nó na
madeira”, em parceria com o letrista José Eugênio
Monteiro, que foi um dos destaques deste LP.
Em 1976 Elizeth Cardoso interpretou, de sua autoria,
“Entenda a Rosa”.
Em 1977 foi lançado o LP “Espelho”, uma produção
de Paulo César Pinheiro com arranjos do maestro
Geraldo Vespar. A faixa-título, em parceria
com Paulo César Pinheiro, tornou-se um grande
sucesso, e destacam-se ainda as composições “Pi-
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