Descargar ( 21112k ) - Memoria de Madrid

popularfiim
A R G U M E N T O S DE LA SEM A N A
VIDAS OPUE$Ti%$
(C o n clu sió n )
y p e n s a r e n in sta la rs e lo rnás c ó m u d a m e n te
posible e n la c a sita don d e, salvo a z a re s im ­
p re v isto s d e la g u e rra , te n d ría q u e p e rm a ­
n ecer v ario s días.
E n eso e s ta b a c u a n d o se le e n tró por las
p u e rta s la p e rso n a a q u ie n m e n o s p o d ía e sp
e ra r ; I P a tric ia H u n te r !
S in d a rle tiem p o a q u e se re p u sie ra de su
aso m b ro , e n el cual, v a lg a la v erd a d , h a b ía
su b u e n a p a rte de a g ra d a b le so rp re sa , la
recién lle g a d a le explicó- q u e h a b ía p e rm a ­
necido o c u lta to d o el d ía , e n acecho d e la
ocasión d e d e s a n d a r lo a n d a d o y c o rre r e n
su b u sc a. L e e r a preciso, u rg e n te , h a b la r
con él...
— E so eS u n a lo cu ra. Si la so rp ren d ieran
a q u í, q u e d a ría m u y m a l p a ra d a su r e p u t a ­
ción— observó con voz q u e en v a n o tra ta b a
de h a c e r se v era J im B a k e r.
— I Y q u é im p o rta eso 1— opuso ella con
ím p e tu — . E l q u é d irá n , los co n v en cio n alism
o s sociales, n o tien en v a lo r n in g u n o e n
e ste n u e v o m u n d o q u e h a su rg id o d e la
g u e rra ... D u ra n ic to d o él día— c o n tin u ó sin
c o n se n tir q u e e l c a p itá n la in te rru m p ie ra —
h e v isto p a s a r h e rid o s y m á s h erid o s. E ra n
h o m b re s q u e h a c e poco m a rc h a ro n al fren t^
llenos de v ida y ¡a m e tra lla red u jo a desech
o s... Al verlos m e d ije q u e ellos, yo, to ­
dos n o so tro s, so m o s ju g u e te s d e la m u e rte ...
S en tí a n s ia de viv ir m ie n tra s m e d u r a la
vida.
— C re o q u e e so m ism o lo sie n te n lodos
los so ld a d o s, pero se d o m in a n , fingen no
p e n s a r e n ello— observó e l c a p itá n e n to n o
cu y a filosófica c o n fo rm id a d c o n tra s ta b a con
la e x a ltació n q u e a m e d id a q u e le h a b la b a
se h a b la ido a p o d e ra n d o de P a tric ia .
— D o m in a rs e ... fin g ir... — em p ezó é sta — .
¿ Y p a ra qué, c u a n d o c a d a lio ra q u e llega
puede se r la ú ltim a de n u e s tra v id a ? N o
q u iero iim e del m u n d o sin h a b e r vivido, sin
h a b e r ap ro v ech ad o c a d a h o ra , c a d a m in u to ...
E sta m a ñ a n a , d esp u és de s e p a ra m o s , experim
e n té u n a em oción q u e n u n c a h a b ía sentid
o ... ; P a re c ía q u e alg o de m í m is m a se
h u b ie ra q u e d a d o a t r á s !
— ,\ m í ta m b ié n m e sucedió a lg o ra ro :
a p e n a s p ro b é e l d e sa y u n o ... ¡Y m ire u ste d
q u e e s ta b a a p e tito s o ! — contestó el c a p itá n
que, poco e lo c u e n te de suyo, s e n tía se m e n o s
cap az q u e n u n c a , a tu id id o co m o e s ta b a por
la m ira d a d e P a tric ia , de h a lla r p a la b ra s
p ro p ias p a r a tra d u c ir lo q u e le e s c a ra b a je a b a
p o r allá ad en tro .
S in e m b a rg o d e e so , la s p a la b ra s a p u n ta ­
d as, q u e leídas a q u í p a re c e rá n a c u a lq u ie ra
u n a v e rd a d e ra sa lid a de pie de b a n co , d ic
h a s com o fu ero n , a c o m p a ñ a d a s d e cierto
to n o d e la voz y c ie rta e x p re s ió ' del ro stro ,
convencieron a P a tric ia de q u e, m á s allá de
lo q u e sig n ificab an lite ra lm e n te , e s ta b a el
oculto y VIVO se n tid o d e lo q u e a n im a b a al
que la s p ro fería. Y ta n a o ertad n a n d u v o en
la suposición d e q u e allí a poco, sin p a ra r
m ien tes e n q u e se ex p o n ía a u n consejo de
g u e rra , el c a p itá n B a k e r iba e n b u sc a del
alcalde fran c és q u e los u n ió e n m a trim o ­
nio...
¡In o lv id a b le s f u e ro n 'lo s d ía s de la casita
da M o -rb eau x ! D ía s que, co m o esp ejo s e n ­
can tad o s, re fleja ro n e n su s h o ra s el A m o r
y la M u e rte , las dos d iv in id ad es silenciosas
que p resid en la V id a. D esp u és...
E n u n h o sp ita l de N iza, reco b rad o y a el
con o cim ien to y e n v ías de fra n c a co nvalecencia,
el c a p itá n B a k e r p la tic a con a lg u ­
nos c o m p a ñ e ro s d e a rm a s . V a re a n u d a n d o
poco a poco los hilos in visibles q u e un en
ra d a d ía lo q u e u n o fu é a y e r con lo q u e es
hoy y lo q u e se rá m a ñ a n a . P o r lo q u e le
dice u n oficial, su vecino d e c a m a , se e n te ra
de q u e to d o s lo d iero n p o r m u e rto , q u e ofic
ia lm e n te lo estu v o , p u e s su n o m b re salió
e n la lista d e b a ja s p o r defu n ció n . Y p e n ­
sa n d o en P a tric ia H u n te r sie n te q u e le dom
in a n dos v e h e m e n te s y co n trad icto rio s
a n h e lo s : el de volver a los b ra z o s a m a d o s :
el a n h e lo m elancólico, inexplicable, a b s u rdo,
de se g u ir sie n d o u n m u e rto p a ra e l l a ;
d e q u e e lla se a e n su v id a el recu erd o p uro
y rad io so d e la felicidad.
L a ^’02 d e u n c o m p a ñ e ro le sa c a de su
e n s im is m a m ie n to .
— A q u í lo p a s a u n o ta n a g u sto q u e no
q u isie ra c u ra rse n u n c a — dícele el tal— .
¡E s to e s el c o u n try club del E jé rc ito , c o m ­
p añ ero 1 D e ja q u e v eas lo q u e nos d iv e rtim
os- N u e s tro cen tro de re u n ió n e s u n a
q u in ta d e la m u c h a c h a m á s a v isp a d a q u e
h a y e n la R iv iera-.. A rm a m o s allí c a d a j a ­
leo q u e no h a y m á s q u e p e d ir : c h a m p a ñ a ,
b u e n a m ú sic a , m u je re s b o n ita s, e n fin, ;ftl
d is lo q u e !
J im B a k e r e s c u c h a todo, e sto casi sin
oirlo... ¡ S e sié n te ta n lejos de lo q u e eso
evoca, ta n ajen o a to d o c u a n to h a c e un o s
pocos m e se s le h u b ie ra e n tu s ia s m a d o lo
m ism o q u e e n tu s ia s m a al q u e le h a b l a !
— Y la d u e ñ a d e la q u in ta — p ro sig u e éste
— es alg o colosal. ¡Q u ie n no h a v isto a P a ­
tric ia H u n te r , n o sa b e lo q u e e s b u e n o !
P a tric ia H u n te r ... Al o ír e ste n o m b re,
m en cio n ad o e n ta l fo rm a , e l pobre m ozo
sie n te uel frío d e u n a h o ja de acero e n las
e n tra ñ a s» . C o m p ren d e, com o el p o e ta de
la s R im a s , «p o r q u é se m u eren y tam b ién
íip o r q u é se m a ta ...»
V olviendo so b re su p rim e ra resolución,
que fué la de d e s e n te n d e rse p o r co m p leto de
P a tric ia , el c a p itá n h a d e te rm in a d o p resen ­
ta rse e n la q u in ta d o n d e la tra v ie s a m illo-
n a ria d a u n a d e e s a s fiestas q u e son la com
idilla de to d a N iza, Q u ie re v e rla u n a vez
m á s ... M u e rto fre n te al enem ig o - N o , n o h a
ten id o e s a su e rte . M u e rto , p o r m a n o d e la
m is m a m u je r q u e fu é p a ra él to d a la vida...
P u e s, ¿ q u é o tra co sa sin o u n cad áv e r que
a n d a h a d e se r de a h o r a én a d e la n te ?
— ¿ Q u é te p a s a , J im ? ¿ P o r q u é m e m ira s
a s í? C u a lq u ie ra d iría q u e tú crees q u e ...—
la q u e le h a b la es P a tric ia q u e se lo h a llevado
lejos del bullicio de la fran c ach ela.
— ¿ Q u é h e de c re e r con la fa m a q u e todos
(SIEMPRE JOVEN!...
El arte de conseguir que
n o irsnscurran los años,
se define en un hecho;
n o engordar. Para evitar
que las grasas
se p o sesio n en de
lo s te jid o s, nada
m ejor que GLAXIS.
Pida folleto d e esta
creación, incluyend
o Pías 0 ‘50, en
se llo s de co rre o .
INSTITUTO ORTOPEDICO
SA B A T É y A LE M A N Y
Canuda, 7 Barcelona
Ayuntamiento de Madrid
Prodoccióa Paramount.— Protago-
nístass Gary Cooper y June Collier.
Narración d e Manuel Dueñas
te d a n e n N iz a ? ¡Y lo p e o r e s q u e la m e
reces, se g ú n acab o de verlo I
— T ú n o e re s y a el m ism o J im de antes.
Si lo fu e ra s, tr a ta ría s d e co m p ren d er..
P u e d e que la P a tric ia q u e e s tá s viendo no
se a tam p o co la m is m a q u e se casó con-
t'g o ...— c o n tin ú a diciéndole c o n u n a voz que
a rro b a al p o b re J im , q u e lo tra n sp o rta a
a q u e lla n o c h e d e la c a sita de M o rb eau x ,
c u a n d o la vió lle g a r a él ta n lle n a d e a m o r,
ta n ren d id a , ta n suya.
— Al leer tu n o m b re e n la lista de b a ja s
d e g u e rra , al v erse v iu d a, q u iso s e r d e n u e ­
vo P a tric ia H u n te r ; quiso vivir de fiesta en
fiesta, b eb er, a tu rd irs e ... ¡o lv id a r q u e a
p e n a d e v erse sin t! la e s ta b a m a ta n d o 1
¿ C o m p r e n d e s .a h o ra , J im '’
— N o h a b ía p e n sa d o en eso, debo co n fesarlo
. P ero , a u n a sí y to d o ... El e n c o n tra rte
en e s ta a tm ó s fe ra m e h a h ech o v e r q u e tú
y yo no n a c im o s el u n o p a r a el o tro ... A lo
m á s q u e p o d ré a s p ira r c u an d o a c a b e ’a
g u e r ra s e rá a g a n a r tresc ie n to s c in cu en ta
d ó lares al m e s co n stru y en d o p u e n te s... E so
no d a p a r a vivir con lujo ni siq u ie ra con
co m odidades. ¿ C re e s q u e tú , u n a m illona-
ria, p o d ría s a v en irte a llev ar u n a vid a a sí?
— P e ro , Jim , ¿ a c a so te n d rá s q u e tra b a ­
ja r ? ¿ Q u ié n te im p e d irá v iv ir d e n u e s tra s
re n ta s y d iv e rtirte y se r feliz c o n m ig o ?
— ¿ M e h a s visto c a ra de m illo n ario conso
rte ? i Y o n o te n g o r e n ta s ni p u ed o vivir
m á s q u e d e m i tra b a jo !
— N o d ig a s to n te ría s, J im ... E n tr e nosotro
s n o h a y tu y o n i m ío ... ¿ S e ría s capaz
de sa crificar n u e s tra felicidad a u n cap rich o
co m o é se ? N o h a b le m o s m á s de eso. Sólo
c o n se g u iría m o s d is g u s ta rn o s ... Y no h a y
.p a ra qué.
— T e equ iv o cas. E s m e jo r h a b la r de eso
a h o ra , a u n q u e n o s d 's g u s te , y e v ita rn o s así
v e rd ad ero s d isg u sto s m á s a d e la n te — insiste
B a k e r con firm eza q u e e x a s p e ra a P a tric ia .
— E s tá bien, n o h a y n a d a q u e h a b la r. N o
seré yo la q u e se so m e ta a vivir llen a de
p riv acio n es só lo p o r llev ar a d e la n te u n c a ­
pricho tuyo...
E l a rm isticio so rp re n d e a P a tric ia buscan
d o a J im B a k e r, q u e a p e sa r d e h a llarse
a ú n convaleciente e in h áb il p a r a el servicio,
h a b ía m a rc h a d o a in co rp o rarse a su re g im
ie n to e n b u sc a d e olvido, a c a so d e la
m u e rte .
P o r fin, d esp u és d e m u c h a s e in fru c tu o ­
sa s p esq u isa s, lo g ra sa b e r q u e el R e g im ie n ­
to 132° d e In g e n ie ro s, m e jo r dich o , lo que
q u e d ó del re g im ie n to d esp u és de las' ú l t i ­
m a s accio n es de g u e rra , se h a lla a c a n to n a d o
en -M orbeaux, y a llá se e n c a m in a .
E n la c a sita ta n lle n a d e recu erd o s, que
son a h o ra o tro s ta n to s m o tiv o s d e re m o rd im
ie n to , P a tric ia H u n te r a g u a rd a . N a d ie h a
sabido d arle razó n de Jim n i d ecirle si es
v !\o o m u e rto . P e ro e l corazón le dice que
a g u a rd e allí.
Y e n efecto, es él q u ie n a c a b a d e e n tra r.
N o la h a visto, y la em o ció n q u e la so b recoge
e s ta l q u e le im p id e a rtic u la r p a la b ra ...
P o r fin los ojo s de J im tro p ie zan con ella.
P rim e ro r e tra ta n aso m b ro . D e sp u é s ren co r,
acaso desprecio. T a n cru el e s e s a m ira d a
que P a tric ia , leyendo e n ella q u e todo h:i
te rm in a d o e n tre los dos, se d irig e e n silencio
h a c ia la p u e rta ...
— ¿A d ó n d e v a s ? — p re g u n ta J im con acen
to e n q u e h a y in v o lu n ta rio c a lo r d e tern
u ra.
— ; A c o n stru ir p u e n te s co n tig o !— co n testa
ella y en d o a re fu g ia rse e n los b razo s que
lejos de re c h a z a rla se le h a n ab ierto p a ra
q u e c a ig a e n ellos.
L a s v id as o p u e sta s h a n to rn a d o a u n irse ;
se rá n y a , p a r a sie m p re, u n a sola vida.
F IN