REVISTA CONNESSIONE - EDIÇÃO XV - FEVEREIRO DE 2022
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bem como a apresentação de uma arte
“mais brasileira”, rompimento com a arte
acadêmica, contribuindo para uma mudança
estética e para o Movimento Modernista
no Brasil.
A maioria dos artistas era descendente das
oligarquias cafeeiras de São Paulo, que
junto aos fazendeiros de Minas, formavam
uma política que ficou conhecida como
“Café com Leite”, e tinham possibilidades
financeiras para viajar e estudar na Europa
- trazendo para o país diversas tendências
artísticas. Assim foi se formando o movimento
modernista no Brasil.
Com a influência desses artistas, o evento
foi respaldado pelo governo de Washington
Luís, na época governador do Estado
de São Paulo.
São Paulo assim demonstrava (em confronto
com o Rio de Janeiro, capital do Brasil
na época) novos horizontes e uma figura de
protagonismo na cena cultural brasileira.
Mário de Andrade, principal articulador da
Semana de Arte Moderna , esteve ao lado
de outros artistas como o escritor Oswald
de Andrade e o artista plástico Di Cavalcanti
na organização do evento, que tinha
como características a ausência de formalismo
com a ruptura com academicismo e
tradicionalismo fazendo crítica ao modelo
parnasiano através de influência das vanguardas
artísticas europeias (futurismo,
cubismo, dadaísmo, surrealismo, expressionismo).
Houve a valorização da identidade
e cultura brasileira, mesmo com a
fusão de influências externas aos elementos
brasileiros, através de experimentações
estéticas e liberdade de expressão. Na literatura
a aproximação da linguagem oral,
com utilização da linguagem coloquial e
vulgar e com temáticas nacionalistas e cotidianas.
O evento foi inaugurado numa noite tranquila,
com a palestra do escritor Graça
Aranha: “A emoção estética da Arte Moderna”;
que ainda declamou versos de Guilherme
de Almeida e Ronald de Carvalho,
acompanhado de músicas executadas pelo
maestro Ernani Braga. Ronald de Carvalho
esteve à frente de sua própria conferência,
de nome “A pintura e a escultura moderna
no Brasil”, seguida de três solos de piano
de Ernani Braga e três danças africanas de
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