Views
1 year ago

COMUNICAÇÕES 246 - Presidente do 32º Digital Business Congress - TIC fazem coisas excecionais

  • Text
  • Digital
  • Empresas
  • Portugal
  • Ainda
  • Mercado
  • Anos
  • Forma
  • Tecnologia
  • Economia
  • Grande
  • Presidente
  • Fazem
  • Coisas
  • Excecionais
  • Wwwapdcpt

a conversa 30 ainda uma

a conversa 30 ainda uma união política. Esse é o problema. Se quisermos determinar o nosso destino coletivo, precisamos de ganhar capacidade política que, neste momento, não temos. Deixar de pensar a 27 e começar a pensar como uma única entidade? Exatamente. A pandemia e a guerra estão a acabar com a globalização económica e a reforçar a globalização digital? Não sei. O que vejo – com as reações ao TikTok nos Estados Unidos e a forma como, na China, também não entram certos produtos e serviços digitais – é que nos mercados digitais há uma barreira entre quem acredita numa internet livre e quem acredita num mundo digital fechado e controlado pelos Estados. Portanto, não acho que exista propriamente globalização. Aquilo que determina esta “desglobalização”, ou esta fragmentação, é a constatação de que a China e a Rússia não partilham dos nossos valores. O modelo de economia global que construímos nos últimos 30 anos – que criou a ideia de que tínhamos uma espécie de contexto que favorecia a paz e a convivência pacata entre nações partilhando os mesmos valores – não tem razão de ser. Portanto, é preciso repensar tudo. A globalização foi uma escolha política feita há 30 anos, depois do fim da Guerra Fria, pensando que isso facilitaria a paz mundial. Mas hoje sabemos que não é assim. Como é que imagina a Europa do pós guerra? Mais forte e mais unida? Ou a Europa sai disto mais unida e com mais capacidade política, ou vai entrar num grande período de decadência. Não apenas de decadência relativa. Aquela decadência de não sermos capazes de manter o nível de bem-estar a que as populações europeias se habituaram. Para que tal não aconteça, precisamos de capacidade política. O grande problema que temos é que a atual forma de funcionamento europeia torna difícil tomar decisões e fazer as reformas de que precisamos no processo de decisão. Temos, dentro da união Europeia, perspetivas muito diferentes sobre o que deve ser o futuro. Isso preocupa-me. É a coisa que me preocupa mais. “As nossas elites comprazem-se em ser cada vez mais sofisticadas e elegantes a dizer mal do país, como se o país não tivesse esperança” O que precisamos de mudar? Precisarmos de ter capacidade orçamental reforçada para fazermos investimentos. Veja-se, por exemplo, as ligações energéticas ou ferroviárias. Diz-se assim: “Vamos fazer estas ligações de infraestruturas entre os estados membros, mas cada um paga a sua parte”. Mas depois, quando algum país não quer, não avançam. Portanto, precisamos de ter capacidade de decisão e execução orçamental, capacidade política a nível central. Isso implica que a União Europeia tenha capacidade orçamental acrescida. Sou, por exemplo, adepto de haver um subsídio de desemprego europeu. Não sei se a Segurança Social não deveria ser europeia, porque os meus filhos estão a pagar as pensões dos holandeses. Estão a descontar, mas não para a Segurança Social dos portugueses. Esse é um problema. Essa é uma ideia da Europa muito diferente. Se temos liberdade de circulação de pessoas e um mercado único, isso significa que os cidadãos europeus vão para as regiões que criam mais e melhor emprego e, a meu ver, desejável. portanto, as regiões mais pobres têm menos capacidades de gerar recursos para sustentar as suas populações. Se nos Estados Unidos não houvesse uma Segurança Social federal, as pensões das pessoas do Missouri ou do Arkansas não eram pagas. É um caminho a fazer? É uma evolução possível e, Porque é que aceitou este desafio de presidir ao Congresso da APDC? Apesar dos lamentos, fazemos coisas excecionais a nível tecnológico. É bom termos um momento de celebração deste caminho. Quando era ministro da Economia, não tinha a responsabilidade das telecomunicações, mas tinha a clara noção de que não seríamos competitivos se não tivéssemos tecnologias de comunicação e de informação de primeiro mundo. Neste sentido, como vê o papel de associações como a APDC? São geradores de ecossistemas. Organizações onde os diversos stakeholders numa cadeia de valor se sentam à mesma mesa para facilitar as discussões que têm mesmo de acontecer. O que uma associação como a vossa faz, é criar pontos de diálogo e de contacto.•

MACHINE LEARNING EMOTIONAL INTELLIGENCE TALENT, MULTIPLIED. Com a Experis tem acesso a uma base de talento tecnológico que reúne as competências técnicas que a sua empresa necessita, multiplicadas pelas competências humanas mais difíceis de encontrar. Através da nossa oferta de soluções de talento tecnológico, project solutions e managed services, permitimos às organizações desenvolver profissionais e equipas preparados para a era digital. Encontre a combinação mais poderosa para a sua organização em EXPERIS.PT © 2023 ManpowerGroup. All rights reserved.

REVISTA COMUNICAÇÕES

UPDATE

© APDC. Todos os direitos reservados. Contactos - Tel: 213 129 670 | Email: geral@apdc.pt