CENTENNIALS O NÓ GÓRDIO DAS CONTRATAÇÕES As características dos centennials não nasceram de geração espontânea. Se é complicado contratá-los e ainda mais difícil retê-los é porque há fatores que os levam a ser como são. As responsabilidades, claro, dividem-se entre eles e a geração que os recruta. TEXTO DE TERESA RIBEIRO FOTOS ISTOCK E CEDIDAS Como em todas as situações que se complicam, aqui não há inocentes. As queixas de ambos os lados existem e parecem consistentes, de tal forma que visto de fora este conflito mais parece um nó górdio: com os centennials (jovens nascidos entre 1997 e 2010) a queixarem-se de que não lhes oferecem as condições de trabalho que entendem merecer e os empregadores a acusar a mais recente geração a entrar no mercado laboral – também conhecida por Geração Z – de ser preguiçosa, demasiado exigente e incapaz de “vestir a camisola”. Diogo Santos, associate partner da Deloitte Portugal, diz que este diferendo é reflexo de um evidente generation gap entre quem contrata e quem é contratado. Na verdade, uma breve análise dos factos dá-lhe razão. Se é certo que, como disse Ortega Y Gasset, “o homem é o homem e a sua circunstância”, basta consultar o fio do tempo para perce- 55
