a texto: Olsa & ilustrações: Cristina Leôncio, o último rei da selva ...

ança demasiado tardia de o poderem socorrer tal como acontecera com Avelina. Mas daquela vez
nada havia a fazer, aquele que os salvara a todos jazia já morto!
Embora esgotados os Mensageiros em conjunto conseguiram ainda conjurar uma magia que
levou a todos para fora daquele lugar de mau agoiro.
Sempre que realizavam determinados actos mágicos mais elaborados os seus corpos enfraque-
ciam bastante, por vezes para jamais se recuperarem.
Portanto o resto do caminho foi feito a pé (já bem longe da maldita região das Caves Fundas),
cabendo a Sá Vale a honra de transportar o corpo do pobre e corajoso bobo no seu dorso. Assim ladea-
do por Samael e Micael o cavalo caminhava à frente de todos, o que suscitava cochichos e mexericos
em quem assistia ao regresso daqueles heróis valentes à selva… e para mais sem o rei!
Ninguém sabia ao certo o que acontecera, mas o facto era que a terra parara de tremer. (Nem
entre si os aventureiros regressados conseguiam explicar aquele sortudo desfecho; talvez por enquanto
os primos de Iblís estivessem entretidos demais a atormentar o seu antigo carcereiro para se preocupa-
rem em tentarem de novo se libertar!)
Entretanto por portas e travessas a incrível história do heroísmo daquele bobo contra a traição
desprezível do rei foi correndo de boca em boca e de bico em bico, e a multidão que os via passar cres-
cia a cada dia passado começando-se já a ouvir cânticos de louvor àquele macaco caído e vozes contra
ao trono ser de novo entregue a qualquer felino.
Quando por fim a procissão chegou ao loureiro real, já toda a Terra se arriscava à beira duma
nova guerra pela coroa agora vaga.
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