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a texto: Olsa & ilustrações: Cristina Leôncio, o último rei da selva ...

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mundos. Apenas alguns ficaram para trás tal como prometido, aju<strong>da</strong>ndo os novos <strong>rei</strong>s a governarem<br />

todos com justiça e bon<strong>da</strong>de.<br />

E foi assim que tudo começou!<br />

∴<br />

O velho Hélio Fontes poisou a sua grande tromba no chão, <strong>da</strong>ndo um sopro que fez bailar as<br />

folhas caí<strong>da</strong>s de Outono. À sua frente, naquela cla<strong>rei</strong>ra, os olhos, <strong>da</strong>s várias crias que ouviram maravi-<br />

lha<strong>da</strong>s a sua história sobre a Era antes dos Primeiros Tempos, ain<strong>da</strong> brilhavam de excitação e imagina-<br />

ção. Fora uma longa e cansativa tarde, mas valera o esforço para ver tamanha alegria.<br />

Ao seu lado, fazendo acrobacias, pulos e gestos malucos que seguiam a história conta<strong>da</strong> pelo<br />

velho elefante, estivera como convi<strong>da</strong>do especialíssimo o bobo do <strong>rei</strong> <strong>Leôncio</strong>, o macaco André.<br />

Um bobo era assim uma espécie de palhaço cujo trabalho principal era fazer rir o <strong>rei</strong> e os seus<br />

companheiros mais importantes, ou seja a côrte real. E o bobo real, que pertencia à família dos Simões<br />

(aqueles que continuavam a passar a maior parte dos dias pulando ora entre ramos ora de árvore em<br />

árvore), André era o mais habilidoso de todos e o favorito de <strong>Leôncio</strong>. Por isso era respeitado pelos<br />

restantes animais, e muitas vezes convi<strong>da</strong>do para animar festas. Mas o que ele gostava mais de fazer<br />

era de vez em quando visitar o seu amigo e antigo professor Hélio Fontes, e juntos preparem um<br />

pequeno teatro para as crias que assistiam às suas aulas na grande cla<strong>rei</strong>ra.<br />

Quando o <strong>último</strong> animal foi buscar o seu filho à escola, André despediu-se do elefante, dizendo-<br />

lhe que no dia seguinte o <strong>rei</strong> iria receber visitas muito importantes e queria que ele tivesse presente<br />

logo cedo para os divertir antes que começassem a discutir o assunto muito sério pelo qual foram cha-<br />

mados até à árvore real.<br />

A árvore real era um enorme lou<strong>rei</strong>ro, com muito mais de cem anos, à sombra <strong>da</strong> qual <strong>Leôncio</strong><br />

se sentava para ouvir o que os outros animais tinham para lhe dizer, assim tal como fizera antes o seu<br />

pai, a sua avó, o seu bisavô… e grande parte dos <strong>rei</strong>s <strong>da</strong> <strong>selva</strong> que lhe antecederam. No fundo, era<br />

aquele o trono escolhido pela família dos Leões já havia incontáveis anos.!<br />

A noite já surgira estrela<strong>da</strong> no céu havia muito tempo, mas André ain<strong>da</strong> se baloiçava de rabo<br />

pendurado entre os ramos <strong>da</strong> oliveira, que elegera como sua casa desde que saíra do grande sob<strong>rei</strong>ro<br />

dos seus pais para viver sozinho, olhava lá para cima, admirando as luzinhas que brilhavam na escuri-<br />

dão, e por vezes imaginava que elas desenhavam no céu formas toscas e contavam histórias como num<br />

livro de aventuras aos quadradinhos. E adormeceu assim, sonhando sonhos incríveis!<br />

e

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