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Nota da Segunda Edição - Rosenvaldo Simões de Souza

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estão sendo momentaneamente bondosos. Na Bolívia há cocaína adoi<strong>da</strong>do. Mas tomem<br />

cui<strong>da</strong>do: contraban<strong>de</strong>ar drogas po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r anos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia.<br />

Se não estiverem com pressa, po<strong>de</strong>rão <strong>de</strong>sfrutar mais <strong>da</strong> bon<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mente. A<br />

Bolívia não tem fronteira com o mar, mas para quem quiser curtir umas on<strong>da</strong>s, há<br />

alternativas. Na Bolívia, existem <strong>de</strong>liciosos lagos tropicais artificiais. Que importa se foram<br />

construídos com dinheiro sujo? Quem importa com o fato <strong>de</strong> serem os tais lagos<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mafiosos contrabandistas <strong>de</strong> cocaína? Não se importem. Os lagos são a<br />

mesma coisa que o mar. Possuem lin<strong>da</strong>s praias <strong>de</strong> areia trazi<strong>da</strong> dos litorais mais ba<strong>da</strong>lados.<br />

Possuem ain<strong>da</strong> mais um monte <strong>de</strong> novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s tecnológicas espalha<strong>da</strong>s as suas voltas. Há<br />

infini<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> quiosques, bares, barracas. Há praias paradisíacas. Que importa se foi<br />

construído e é mantido tudo com dinheiro criminoso? Aproveitem, aproveitem.<br />

Como não posso <strong>de</strong>itar-me nas praias bolivianas, então <strong>de</strong>ito-me on<strong>de</strong> posso. Agora,<br />

estou <strong>de</strong>itado numa cama <strong>de</strong> ferro com lençóis brancos. Tenho braços e pernas amarrados a<br />

esta cama por meio <strong>de</strong> tiras <strong>de</strong> couro. Estou preso como um...louco.<br />

Amigos, faço um apelo: vocês não po<strong>de</strong>m me <strong>de</strong>ixar amarrado aqui. Eu não sou<br />

louco. Eu não sou nenhum louco!<br />

Pelo contrário, sou uma pessoa importante. Sou um guar<strong>da</strong> real <strong>da</strong> corte do<br />

imperador Napoleão Bonaparte. Preciso voltar ao meu posto. Se <strong>de</strong>scobrem que estou preso<br />

aqui nesta cama, nesta casa <strong>de</strong> loucos, serei imediatamente fuzilado. Na França<br />

napoleônica, as leis são duras. Não há pie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Napoleão é muito severo, principalmente<br />

agora que está em guerra contra to<strong>da</strong> a Europa monarquista.<br />

Escutem. Eu vou falar uma coisa, mas não po<strong>de</strong>m comentar na<strong>da</strong> com ninguém.<br />

Comenta-se que Napoleão, quando foi preso, ele...<br />

Acho melhor não contar essa história. Não é na<strong>da</strong> sério. É apenas um comentário<br />

que ouvi por acaso entre duas enfermeiras num dos corredores <strong>de</strong>ste hospital. O que elas<br />

diziam é que o nosso imperador não é assim tão durão quanto parece. É claro que ele é um<br />

bom homem, um bom coman<strong>da</strong>nte, mas o que falavam era sobre o boato <strong>de</strong> ele se agra<strong>da</strong>r<br />

muito com … <strong>de</strong>ixa para lá...<br />

Não é mesmo muito engraçado? Imaginem um belo quadro <strong>de</strong> Napoleão, on<strong>de</strong> ele é<br />

visto em seu cavalo em plena campanha... fumando um... <strong>de</strong>ixa para lá...

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