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Nota da Segunda Edição - Rosenvaldo Simões de Souza

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milionário...<br />

Ficou sendo chamado por todos <strong>de</strong> maricas. Bobão...<br />

Um dia, a velha mãe veio a falecer. Deixou-lhe uma gor<strong>da</strong> herança. Agora era um<br />

Mudou então <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Abandonou a escola. Foi a Paris. Cui<strong>da</strong>va <strong>de</strong> negócios.<br />

Deixou para trás estudos, amigos, tudo.<br />

Passaram-se os anos...<br />

Didier resolve por voltar à sua terra natal. Voltar para sua pequena ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Viaja. É recebido com festas. Oferecem-lhe boas vin<strong>da</strong>s. Ex-amigos, colegas <strong>de</strong><br />

escola, vizinhos, todos os conhecidos saú<strong>da</strong>m-no com alegria. E relembram, sorrindo, os<br />

velhos tempos <strong>de</strong> escola...<br />

bonitas.<br />

Tudo mu<strong>da</strong>ra. Os meninos agora eram homens. As meninas, mulheres formosas,<br />

A garotinha <strong>de</strong> nove anos, sua amiguinha, aquela que o amara loucamente nos seus<br />

nove anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, esta era então a rainha <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>: esbanjava lin<strong>de</strong>za. Era inigualável.<br />

Indiscutivelmente a mais lin<strong>da</strong>...<br />

A festa <strong>de</strong> chega<strong>da</strong>, <strong>da</strong>s boas vin<strong>da</strong>s, prolongava-se na noite quente. Todos estavam<br />

presentes. Inclusive ela, a lin<strong>da</strong> moça.<br />

Cruzaram-se, ela e Didier. Sorriram. Mais tar<strong>de</strong>, ficaram a sós. Conversaram...<br />

Refugiaram-se do povo. Seguiram a uma praça silenciosa e vazia. Beijaram-se.<br />

Trocaram carícias.<br />

Ele convi<strong>da</strong>-a a conhecer Paris. Ela aceita. Viajam. Ele leva-a para conhecer<br />

museus. Ela adora. Conhece personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Uma noite, acor<strong>da</strong> em prantos. Sonhara. Estava apaixona<strong>da</strong>! E amou secretamente, a<br />

partir <strong>de</strong> então.<br />

Didier abraçava-a, nas noites, enquanto que ela, secretamente via-se a amar<br />

Napoleão. Jamais o esquecera. Era lindo!<br />

Vira-o uma única vez, pintado num retrato, num museu. Não compreendia o<br />

porquê. Talvez fosse Didier, que a aborrecia...<br />

Didier, pobre homem, enlouqueceu quando veio a saber.<br />

Louco, vive hoje a urrar nesse manicômio.<br />

Bem sei que parece mentira...

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