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A INFLUÊNCIA DE SAUSSURE NOS TRABALHOS DE ... - pucrs

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Anais do SITED<br />

Seminário Internacional de Texto, Enunciação e Discurso<br />

Porto Alegre, RS, setembro de 2010<br />

Núcleo de Estudos do Discurso<br />

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul<br />

A <strong>INFLUÊNCIA</strong> <strong>DE</strong> <strong>SAUSSURE</strong> <strong>NOS</strong> <strong>TRABALHOS</strong> <strong>DE</strong> DUCROT:<br />

APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS 1<br />

Considerações iniciais<br />

Deise Redin Mack 2<br />

Temos encontrado em nossos referenciais teóricos a afirmação de que a<br />

Linguística da Enunciação é um campo de estudo que abarca teorias enunciativas,<br />

possuindo diferentes representantes que formulam teorias da enunciação, a começar por<br />

Bally, passando por Bakhtin, Jakobson, Benveniste, Ducrot e Authier-Revuz, conforme<br />

apontam Flores e Teixeira (2008).<br />

Diante dessa diversidade de perspectivas, encontramos em Ducrot a que mais<br />

contribui com a nossa dissertação de mestrado, uma vez que buscamos identificar os<br />

efeitos de sentido que a utilização de conectores aditivos no gênero ensaio, texto de base<br />

argumentativa, produz na construção da imagem do sujeito. Assim como Ducrot,<br />

entendemos que a produção de sentidos está ligada diretamente à materialidade<br />

linguística, pela qual as marcas da enunciação do sujeito são deixadas no enunciado.<br />

Dessa forma, em virtude de acreditarmos que a análise linguística deve se centrar na<br />

materialidade linguística e por trabalharmos com textos de teor argumentativo, é que<br />

recorremos aos trabalhos de Ducrot, quando afirma que a argumentação está na língua.<br />

Ao iniciarmos os estudos sobre a teoria pensada por Ducrot, deparamo-nos com<br />

textos em que o teórico afirma filiar-se a Saussure. Nesse sentido, este trabalho surgiu<br />

com o intuito de estabelecer relações entre os textos de Ducrot e os de Saussure, para<br />

que entendêssemos em que medida essa relação de influência deste nos trabalhos<br />

daquele se dá.<br />

Nossa proposta é analisar fragmentos de textos de um e outro teórico, para<br />

mostrar em que medida se aproximam ou se distanciam algumas noções importantes<br />

para os estudos linguísticos, quais sejam: estrutura, signo, língua e fala. Essas noções<br />

serão tomadas tendo em vista que a língua faz parte do nosso objeto de estudo, ou seja,<br />

as marcas da enunciação do sujeito estão na língua, uma língua que possui um sistema,<br />

uma estrutura. A noção de signo nos é importante porque buscamos, além da<br />

significação, os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas linguísticas (na<br />

utilização de marcadores discursivos) na construção do ethos discursivo.<br />

Vale salientar que não vamos discutir neste momento a autoria do Curso de<br />

lingüística geral, mas que estamos pensando-o como um dos textos fundantes das<br />

Ciências Linguísticas, a partir do qual muitas teorias surgem mesmo que seja para tratar<br />

de aspectos que não foram trabalhados naquele momento. Conforme afirma Camara Jr.<br />

(2000, p.32), é preciso tomar cuidado para “não exigir de uma boa obra aquilo que ela<br />

não pretendeu dar e apenas julgá-la pelo que ela quis ser.”<br />

1 Trabalho desenvolvido sob orientação da Profª. Dr. Ivani Cristina Silva Fernandes e apresentado à<br />

Disciplina Seminário Avançado em Saussure, do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade<br />

Federal de Santa Maria (UFSM), ministrada pela Profª. Dr Amanda Eloina Sherer.<br />

2 Mestranda em Letras - Estudos Linguísticos; UFSM; bolsista CAPES; E-mail:<br />

deiseredinmack@yahoo.com.br<br />

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Ducrot por ele mesmo e as relações com Saussure<br />

Anais do SITED<br />

Seminário Internacional de Texto, Enunciação e Discurso<br />

Porto Alegre, RS, setembro de 2010<br />

Núcleo de Estudos do Discurso<br />

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul<br />

Ducrot, em seus trabalhos, manifesta uma preocupação em estabelecer relação<br />

com a tradição saussureana e diz-se fortemente influenciado por ela, mesmo que seja<br />

para discordar. É o que o próprio teórico afirma no seguinte fragmento da entrevista<br />

concedida a Heronides Moura (1998), em que Ducrot se diz fiel a Saussure.<br />

Heronides Moura: O senhor crê que exista uma relação entre a sua<br />

teoria e a tradição saussureana, que define o signo como uma relação<br />

estrutural, e não como uma relação com o mundo?<br />

Ducrot: Certamente, tenho a pretensão de permanecer fiel a Saussure,<br />

mesmo se o que digo é bem diferente daquilo que dizia Saussure.<br />

Retomo de Saussure esta idéia que você evocou, segundo a qual as<br />

palavras não podem ser definidas senão pelas próprias palavras, e não<br />

em relação ao mundo, ou em relação ao pensamento. A diferença<br />

entre o meu trabalho e o de Saussure é que não defino, propriamente<br />

falando, as palavras em relação a outras palavras, mas em relação a<br />

outros discursos. O que eu tento construir seria então uma espécie de<br />

estruturalismo do discurso.<br />

Nesse fragmento, é possível perceber que Ducrot vê Saussure como cânone das<br />

teorias linguísticas, quando se utiliza do termo fiel. Ser fiel, entre outras acepções, pode<br />

ser demonstrar dedicação, zelo em relação a outrem, demonstrar honestidade, probidade<br />

ou, ainda, mostrar conformidade, seguir determinado padrão, modelo anteriormente<br />

estabelecido. Mas o que pretendia Ducrot deixar explícito com essa afirmação? Quais as<br />

dimensões dessa palavra para ele? Quais os efeitos de sentido produzidos pela sua<br />

utilização? É o que nos propomos a mostrar neste esboço teórico.<br />

Passaremos, agora, a analisar algumas passagens do capítulo Estruturalismo,<br />

enunciação e semântica, do seu bastante conhecido O dizer e o dito, uma das obras que<br />

servirá de referencial teórico para nossa dissertação, em que Ducrot se remete à teoria<br />

saussureana, tomando como discussão as noções de língua e fala. Em seguida,<br />

buscaremos em Saussure, no Curso de lingüística geral, fragmentos que relacionem aos<br />

assuntos tratados por Ducrot, conforme Quadro 1.<br />

Ducrot Saussure<br />

Se utilizarmos, para exprimir tal tese [a<br />

descrição semântica de uma língua], a<br />

terminologia saussureana tradicional, seremos<br />

levados a afirmar, por exemplo, que uma<br />

lingüística da língua é impossível se não for<br />

também uma lingüística da fala. (Ducrot,<br />

1987, p.63)<br />

Queremos dizer que o objeto teórico língua<br />

não pode ser construído sem fazer-se alusão à<br />

atividade de fala. (Ducrot, 1987, p.64)<br />

Pode-se, a rigor, conservar o nome de<br />

Lingüística para cada uma dessas duas<br />

disciplinas e falar duma Lingüística da fala.<br />

Será, porém, necessário não confundi-la com a<br />

Lingüística propriamente dita, aquela cujo<br />

objeto é a língua. (Saussure, 2006, p.28)<br />

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Nossa tese é que a língua (como objeto<br />

teórico) deve conter uma referência àquilo<br />

que Saussure constitui a fala. O que significa<br />

dizer, no final das contas, que a distinção<br />

metodológica deve ser projetada sobre o dado<br />

segundo um traçado diferente daquele<br />

proposto por Saussure. (Ducrot, 1987, p.64-5)<br />

Se quisermos empreender uma pesquisa<br />

estrutural em lingüística, faz-se necessário,<br />

pois, admitir, no mesmo sentido, um<br />

“primado da linguagem”, isto é, uma<br />

independência, parcial ao menos, dos<br />

fenômenos de que ela é o lugar. Isso<br />

justificará que definamos, umas em relação<br />

às outras, as entidades de que tratamos, e<br />

que esperamos destas definições internas<br />

primitivas o esclarecimento de outras<br />

relações observadas no mesmo domínio. É<br />

por isso que se pode colocar, na base do<br />

estruturalismo em matéria de linguagem, o<br />

princípio saussureano do arbitrário<br />

lingüístico, princípio geral de que o arbitrário<br />

do signo é somente uma aplicação particular.<br />

(Ducrot, 1987, p.68)<br />

A versão do estruturalismo que utilizo na<br />

semântica lingüística poderia ser chamada,<br />

escolhendo um rótulo destinado a desagradar,<br />

“um estruturalismo do discurso ideal”. [...]<br />

Esta concepção [...] toma como todo empírico<br />

não mais o enunciado, mas o ato individual<br />

de enunciação. Se é estrutural, ela o é na<br />

medida em que propõe que o domínio da<br />

enunciação exige, ao menos num certo<br />

nível, uma descrição autônoma (arbitrária<br />

no sentido de Saussure) que revele em si<br />

uma inteligibilidade interna. (Ducrot, 1987,<br />

p.72)<br />

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Porto Alegre, RS, setembro de 2010<br />

Núcleo de Estudos do Discurso<br />

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul<br />

[A língua] É, o mesmo tempo, um produto<br />

social da faculdade da linguagem e um conjunto<br />

de convenções necessárias, adotadas pelo corpo<br />

social para permitir o exercício dessa faculdade<br />

nos indivíduos. (Saussure, 2006, p.17)<br />

Quando se diz que os valores correspondem a<br />

conceitos, subentende-se que são puramente<br />

diferenciais, definidos não positivamente por<br />

seu conteúdo, mas negativamente por suas<br />

relações com os outros termos do sistema.<br />

Sua característica mais exata é ser o que os<br />

outros não são. (Saussure, 2006, p.136)<br />

Enquanto a linguagem é heterogênea, a língua é<br />

de natureza homogênea: constitui-se num<br />

sistema de signos onde, de essencial, só existe a<br />

união do sentido e da imagem acústica, e onde<br />

as duas partes do signo são igualmente<br />

psíquicas. (Saussure, 2006, p.22)<br />

Quadro 1 – Correspondência, em Saussure, das afirmações de Ducrot<br />

(Em negrito, grifos nossos. Outros grifos, dos autores)<br />

A primeira questão que identificamos, por meio da primeira e da segunda linha<br />

de citações, é a de que Ducrot considera, em sua teoria, tanto a noção de língua, quanto<br />

a de fala, ao passo que Saussure, por uma questão metodológica, privilegia o estudo da<br />

língua em detrimento da fala. Mesmo assim, nota-se que Saussure não desconsidera a<br />

fala, apenas não a toma como objeto da ciência que pretendia estabelecer. Saussure<br />

coloca em oposição língua (social) e fala (individual, língua em uso), centrando seus<br />

estudos naquela, passível de explicação por si mesma, já que a Linguística deveria ser<br />

uma ciência autônoma. Já Ducrot, quando pensa em língua, pensa na frase pertencente a<br />

um sistema linguístico, ou seja, como um conjunto de instruções, sendo o enunciado a<br />

noção equivalente à de fala, como uso efetivo dessas instruções, manifestação de uma<br />

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das estruturas linguísticas. Verificamos, com esses fragmentos, que Ducrot considera<br />

sistema e uso, imbricados, possivelmente porque estuda a enunciação inserida no<br />

enunciado. O enunciado é um fenômeno observável ao qual subjaz a frase, como um<br />

construto teórico.<br />

Na terceira linha de citações, temos a questão no signo, definido por Saussure<br />

em relação com os outros signos. Sendo a união entre conceito e imagem acústica<br />

arbitrária, o signo, para o teórico, assume um valor semântico como elemento da língua.<br />

Já Ducrot entende signo como sendo a frase em relação com as outras frases, no<br />

encadeamento argumentativo. Para Ducrot, a significação é a representação semântica<br />

da frase e o sentido é a representação semântica do enunciado. Sendo assim, é possível<br />

notar que a análise de Ducrot amplia a de Saussure, levando em conta os sentidos além<br />

dos significados. Para esse teórico, o encadeamento argumentativo coloca em uso<br />

estruturas de base, isto é, não há significações se não houver sentidos e não é possível<br />

pensar em sentidos sem haver as significações.<br />

Por fim, como identificamos na quarta linha de citações, Saussure não traz em<br />

seu texto o termo estrutura, mas sistema. Por sua vez, Ducrot fala em estruturalismo,<br />

mencionando o termo em relação à teoria de Saussure para dizer que a estrutura é uma<br />

parte do sistema linguístico que será usado pelos locutores. Desse modo, podemos dizer<br />

que talvez Ducrot entenda estrutura, da mesma forma que Saussure, com o termo<br />

sistema, como um conjunto de instruções que são atualizadas na fala.<br />

As constatações feitas por este trabalho, através dessa breve análise de<br />

fragmentos, encontram-se resumidas abaixo, no Quadro 2.<br />

Noções Saussure Ducrot<br />

Estrutura<br />

Signo<br />

Língua e Fala<br />

Não utiliza o termo, mas é em<br />

sua teoria que ele se<br />

fundamenta.<br />

Elemento da língua;<br />

Só se define pela relação com<br />

outros signos.<br />

Língua é só uma parte da<br />

linguagem; produto social;<br />

sistema. Fala é o outro<br />

aspecto da linguagem;<br />

utilização individual da<br />

língua. Só a língua é objeto<br />

da Linguística.<br />

Utiliza-se do termo e em relação<br />

com a teoria saussureana.<br />

É a frase, conjunto de instruções,<br />

faz parte da língua; Seu significado<br />

é constituído pela relação<br />

semântica que apresenta com outras<br />

frases.<br />

Língua é um conjunto de frases ou<br />

enunciados. O enunciado é o uso<br />

efetivo da frase. Considera ambas<br />

para uma descrição semântica.<br />

Quadro 2 – Quadro comparativo de noções para Saussure e Ducrot<br />

Observemos, ainda, um fragmento extraído do capítulo introdutório de La<br />

semántica argumentativa, para confirmar, mais uma vez, a influência de Saussure nos<br />

trabalhos de Ducrot como um repensar de teorias.<br />

A Teoria da argumentação na língua é uma aplicação do<br />

estruturalismo saussureano à semântica linguística na medida em que,<br />

para Saussure, o significado de uma expressão reside nas relações<br />

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dessa expressão com outras expressões da língua. (Carel; Ducrot,<br />

2005, p.11)<br />

Para elucidar com mais propriedade de que forma a relação dessas duas teorias<br />

se dá, mesmo que de forma distinta, tomaremos um exemplo dado pelo próprio Ducrot e<br />

acrescentaremos uma possível análise estruturalista:<br />

O hotel está perto, portanto é fácil chegar.<br />

(Carel; Ducrot, 2005, p.12; grifo nosso)<br />

Se pensarmos esse enunciado em termos saussureanos, perto significa perto<br />

porque não significa longe. Entretanto, para Ducrot há um encadeamento argumentativo<br />

que produz determinado efeito de sentido nesse enunciado, sendo que perto significa<br />

portanto é fácil chegar. Na proposta de Ducrot, o sentido se estabelece pelo<br />

encadeamento argumentativo, dado pelo contexto e escolhido pelo locutor.<br />

Considerações finais<br />

Mesmo não tendo sido o Curso de lingüística geral escrito por Saussure, o que<br />

não é foco de nossa discussão neste momento, fica evidente, neste breve estudo de teor<br />

bibliográfico, que é preciso que se reflita sobre a sua teoria que lançou os fundamentos<br />

da ciência da Linguística. Tanto isso é verdade que as mais diversas teorias linguísticas<br />

a tomam como precursora.<br />

Observamos que Ducrot busca filiar-se a Saussure na medida em que continua<br />

estabelecendo as relações entre língua e fala, ou seja, frase e enunciado, entre outras<br />

presentes nos seus estudos. O autor faz questão de deixar claro em seus textos a<br />

preocupação em fundamentar sua teoria na de Saussure, enquanto precursor, mesmo que<br />

se distanciando, muitas vezes, dos postulados saussureanos, por pensar as relações em<br />

uma dimensão mais ampla. Ducrot entende que a análise linguística precisa tanto da<br />

significação, quanto do sentido, para estar completa. Sua relação com Saussure se dá na<br />

medida em que, sabendo que Saussure não ignora a existência da fala, mas não a toma<br />

como objeto de uma ciência autônoma, Ducrot leva em conta tanto uma quanto a outra,<br />

pois, para ele, língua e fala estão intrinsecamente ligadas.<br />

Além disso, relacionam-se no que concerne à concepção de signo que significa,<br />

conforme Saussure, em relação com os outros signos, e segundo Ducrot, nos<br />

encadeamentos argumentativos. Diante disso, salientamos que Saussure não utiliza o<br />

termo estrutura, mas sistema, enquanto regularidade e que Ducrot vale-se do termo,<br />

associado ao de sujeito. Os encadeamentos argumentativos, que estão na base dos<br />

discursos produzidos, são, portanto, o uso efetivo dessas estruturas que formam o<br />

sistema linguístico.<br />

Referências<br />

CAMARA JR, J.M. Problemas de lingüística descritiva.18.ed. Petrópolis: Vozes, 2000.<br />

CAREL, M.; DUCROT, O. La semántica argumentativa: uma introducción a la teoría<br />

de los bloques semánticos. Buenos Aires: Colihue, 2005.<br />

DUCROT, O. O dizer e o dito. Campinas: Pontes, 1987.<br />

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FLORES, V.N.; TEIXEIRA, M. Introdução à lingüística da enunciação. São Paulo:<br />

Contexto, 2008.<br />

MOURA, H. Semântica e argumentação: diálogo com Oswald Ducrot. Delta. São<br />

Paulo, v.14, n.1, fev. 1998, pp.169-83.<br />

<strong>SAUSSURE</strong>, F. Curso de lingüística geral. 26.ed. São Paulo: Cultrix, 2006.<br />

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