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Introdução à Lingüística - Sabine Mendes Moura

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Mas que contextos são esses? Será que nomes só podem ser predicados em<br />

sentenças construí das com verbos que não têm valor predicativo, como seI? Não.<br />

Para entendermos melhor como isso pode ocorrer, passemos <strong>à</strong> análise da sentença<br />

(46)h. Nessa sentença, temos uma situação expressa pelo verbo irritar, na qual<br />

estão envolvidos dois participantes - a destruição dos novelos pelo gato e a<br />

mãeambos satisfazendo as imposições do verbo. Portanto, nessa sentença, há um<br />

predicado de dois lugares, que é o verbo irritar, e seus dois argumentos são a<br />

destruição dos novelos pelo gato e a mãe. Mas notem que essa não é a única<br />

relação de predicação que existe nessa sentença. Dentro do argumento a<br />

destruição dos novelos pelo gato também existe uma relação de predicação, dessa<br />

vez estabelecida pelo nome destruição. Vejam que destruição expressa uma<br />

situação estática, que envolve dois participantes: o gato e os novelos. Cada um<br />

deles desempenha um papel específico, respectivamente, o de destruidor e o de<br />

destruído. Mais uma vez, portanto, estamos diante de um predicado de dois lugares,<br />

que toma dois argumentos.<br />

Dessa fórma, vemos que nomes, tanto quanto verbos e preposições, também<br />

podem se comportar como predicados. As representações dos nomes que<br />

funcionam como predicados nas sentenças (46)g e (46)h estão a seguir:<br />

99<br />

467

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