um momento privilegiado de estudo - germe
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PROVA: <strong>um</strong> <strong>momento</strong> <strong>privilegiado</strong> <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>.<br />
Epistemologia tradicional<br />
A: aluno P: professor C: conhecimento<br />
Nessa representação, vemos o conhecimento como <strong>um</strong>a<br />
<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> mundo. Dizemos que as verda<strong>de</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes<br />
ao conhecimento são aquelas que correspon<strong>de</strong>m à <strong>de</strong>scrição<br />
dos objetos como eles são em si mesmos. Chamaremos isso <strong>de</strong><br />
verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza ontológica. Elas não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do<br />
observador, pois estão relacionadas diretamente ao mundo<br />
dos objetos. Os conhecimentos, para o professor com visão<br />
epistemológica tradicional, são <strong>de</strong>scrições do mundo, por isso<br />
em aula ele <strong>de</strong>screve os objetos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do<br />
contexto do observador.<br />
O aluno, por sua vez, apren<strong>de</strong> a <strong>de</strong>screver o que<br />
apren<strong>de</strong>u, reproduzindo o mundo físico e social, do modo<br />
como o professor fez. E n<strong>um</strong> processo <strong>de</strong> repetição (neste<br />
ponto aparece o apoio do behaviorismo) o aluno "apren<strong>de</strong>"<br />
<strong>de</strong>screvendo o mundo que o ro<strong>de</strong>ia. Dizemos, nessa relação,<br />
que o conhecimento é <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza<br />
ontológica, em que o professor é o transmissor do<br />
conhecimento, e o aluno é o receptor, repetidor das mesmas.<br />
Há, no entanto, <strong>um</strong>a nova epistemologia que toma corpo<br />
em nossos dias, em contraposição à que chamamos <strong>de</strong><br />
tradicional. É a perspectiva construtivista sociointeracionista.<br />
Nessa visão, o conhecimento não é <strong>um</strong>a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> mundo,<br />
mas <strong>um</strong>a representação que o sujeito faz do mundo que o<br />
ro<strong>de</strong>ia, em função <strong>de</strong> suas experiências na interação com ele.<br />
Dizemos, então, que todo conhecimento é <strong>um</strong>a construção<br />
Aula: reflexo da epistemologia do professor<br />
individual, resultante das experiências do sujeito cognoscente,<br />
em sua interação como mundo físico e social que o ro<strong>de</strong>ia,<br />
isto é, todo conhecimento é <strong>um</strong>a construção mediada pelo social.<br />
Representamos essa relação no esquema:<br />
Nessa representação consi<strong>de</strong>ramos o conhecimento<br />
como <strong>um</strong>a representação que o sujeito cognoscente faz do<br />
mundo físico e social. Assim, diremos que os conhecimentos<br />
socialmente construídos (aqui representados por C),<br />
correspon<strong>de</strong>m ao saber que os diferentes contextos sociais<br />
elaboraram, estandardizaram e legitimaram para o seu próprio<br />
grupo social. O saber social constitui <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s<br />
epistemologicamente construídas, e, portanto, contextualizadas.<br />
E com elas que o aluno interage no contexto escolar. O interagir<br />
indica <strong>um</strong> processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> representações em que<br />
o aluno faz experiências sucessivas com <strong>um</strong> objeto <strong>de</strong><br />
conhecimento socialmente construído, para construir suas<br />
próprias representações. Nesse caso, o aluno <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />
apenas <strong>um</strong> receptor-repetidor <strong>de</strong> informações para ser <strong>um</strong><br />
elaborador <strong>de</strong> representações. Por isso dissemos que o<br />
conhecimento é sempre <strong>um</strong>a construção individual, mediada<br />
pelo social, isto é, o aluno é <strong>um</strong> construtor <strong>de</strong> representações<br />
significativas contextualizadas.<br />
Nesse contexto o professor está presente como mediador,<br />
facilitador e catalisador do processo da aprendizagem. Sua<br />
presença se faz absolutamente indispensável como o elemento<br />
organizador do contexto <strong>de</strong> aprendizagem, com vistas a