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um momento privilegiado de estudo - germe

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PROVA: <strong>um</strong> <strong>momento</strong> <strong>privilegiado</strong> <strong>de</strong> <strong>estudo</strong>.<br />

Ao ler estas linhas é provável que venham à mente listas<br />

<strong>de</strong> conteúdos, apresentadas em seus mínimos <strong>de</strong>talhes, a serem<br />

aprendidas <strong>de</strong> cor pelos alunos, propostos em nosso tempo<br />

<strong>de</strong> formação. Escolas "fortes" eram aquelas que exigiam<br />

muitos conteúdos, mesmo que estes beirassem o absurdo e a<br />

inutilida<strong>de</strong>. Basta lembrar a cobrança <strong>de</strong> nomes, datas,<br />

fórmulas, conceitos e <strong>de</strong>finições, entre outras exigências. Por<br />

exemplo, alg<strong>um</strong>as questões se tornaram marcantes ao longo<br />

dos anos, tais como: "Quais os trabalhos <strong>de</strong> Nabucodonosor?",<br />

"Cite o código <strong>de</strong> Hamurabi", "Quem venceu a batalha das<br />

Termópilas?", "Cite todos os países da Africa e suas respectivas<br />

capitais" e "Resolva as seguintes equações biquadradas". Para<br />

o foco do ensino visando ac<strong>um</strong>ulação <strong>de</strong> informações, o meio<br />

era a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização e reprodução em <strong>momento</strong>s<br />

<strong>de</strong> avaliação. Neste caso a aprendizagem se limitava,<br />

sobretudo à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> repetir a linguagem transmitida.<br />

Os r<strong>um</strong>os da educação para o <strong>momento</strong> social atual se<br />

voltam para novo foco: o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências<br />

em vários campos do saber.<br />

As mudanças sociais e o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico são<br />

tão rápidos que, possivelmente, no <strong>momento</strong> da entrada dos<br />

alunos <strong>de</strong> hoje para o campo profissional, os conhecimentos<br />

escolares por eles adquiridos já po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong> pouca serventia.<br />

E só pensar nos conhecimentos que somos capazes <strong>de</strong> recordar<br />

da física, da química, da matemática, da história e da geografia<br />

que apren<strong>de</strong>mos na escola. Assim, se a escola se servir dos<br />

conteúdos selecionados naquele <strong>momento</strong> para <strong>de</strong>senvolver<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar e as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> observar,<br />

relacionar, estruturar, analisar, justificar, sintetizar,<br />

correlacionar, inferir, entre outras, então preparou o cidadão<br />

para o exercício <strong>de</strong> <strong>um</strong>a profissão, <strong>de</strong>senvolvendo suas<br />

competências. Nesta mesma linha <strong>de</strong> pensamento, vamos<br />

aprofundar o conceito <strong>de</strong> competência.<br />

2<br />

Ensino para competências<br />

Na linguagem do dia-a-dia usamos expressões como:<br />

"Vou procurar <strong>um</strong> médico, mas quero que ele seja competente",<br />

"fulano é realmente <strong>um</strong> engenheiro competente", "a empresa<br />

conseguiu crescer porque contratou <strong>um</strong> administrador<br />

competente". Assim, parece claro que na linguagem do senso<br />

com<strong>um</strong>, a competência está associada a <strong>um</strong> conjunto <strong>de</strong><br />

elementos que permitem a <strong>um</strong> sujeito abordar <strong>um</strong>a situação<br />

complexa e resolvê-la a contento.<br />

Na mesma linha <strong>de</strong> pensamento, conceituamos<br />

competência no campo que nos interessa, a educação em<br />

contexto escolar. Para isso seguiremos, <strong>de</strong> certa forma, a proposta<br />

<strong>de</strong> Philippe Perrenoud que adaptamos:<br />

Competência é a capacida<strong>de</strong> do sujeito mobilizar recursos<br />

(cognitivos) visando abordar <strong>um</strong>a situação complexa.<br />

O conceito relaciona três aspectos importantes. O primeiro<br />

é enten<strong>de</strong>r a competência como <strong>um</strong>a capacida<strong>de</strong> do sujeito:<br />

"ser capaz <strong>de</strong>". O segundo é ligado ao verbo mobilizar, que<br />

significa movimentar com força interior, o que é diferente <strong>de</strong><br />

apenas <strong>de</strong>slocar, que seria transferir <strong>de</strong> <strong>um</strong> lado para o outro.<br />

O terceiro está ligado à palavra recursos. Colocamos entre<br />

parênteses o termo "cognitivo", porque em nossa<br />

interpretação, a competência exige além dos recursos da<br />

cognição, isto é, do conhecimento intelectual, recursos do<br />

domínio emocional. Por fim, o conceito <strong>de</strong> competência está<br />

ligado à sua finalida<strong>de</strong>: abordar (e resolver) situações

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