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FOLHA 369.pmd - Folha - Uniban

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GRATUITO<br />

Edição:<br />

369 UNIVERSITÁRIA<br />

Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 • 02 de junho d e 2008<br />

<strong>FOLHA</strong><br />

METROPOLITANO<br />

Um passeio noturno pelo centro<br />

histórico revela uma faceta pouco<br />

conhecida da metrópole. (pág. 4)<br />

CULTURA<br />

Em época de festas juninas, a<br />

<strong>Folha</strong> Universitária preparou<br />

um roteiro especial. (pág. 18)<br />

UNIBAN<br />

Estão abertas as<br />

inscrições para o<br />

Vestibular 2008 para<br />

Cursos Superiores com<br />

duração de 2 anos.<br />

ENTREVISTA<br />

O vice-reitor da UNIBAN Prof. Milton<br />

Linhares foi reconduzido ao cargo de<br />

Conselheiro no MEC. “Eu vejo como<br />

um reconhecimento do Ministro da<br />

Educação pelo trabalho que<br />

desenvolvi durante meu primeiro<br />

mandato”. (págs. 16 e 17)<br />

ACONTECE<br />

Pesquisa do CIEE<br />

revela os medos e as<br />

expectativas do público<br />

estudantil em<br />

relação ao curso, à<br />

instituição de ensino<br />

e ao estágio. (pág. 2)<br />

SALVA-VIDAS DA AIDS<br />

Pesquisa feita pela<br />

Secretaria Municipal da<br />

Saúde e Unifesp aponta o<br />

aumento no número de<br />

casos de jovens com o<br />

vírus HIV. Sexo sem<br />

camisinha continua<br />

sendo o principal<br />

motivo do contágio.<br />

(págs. 8 e 9)


02 ACONTECE<br />

O que passa na cabeça do universitário?<br />

Por Bruno Souza<br />

Por Karen Rodrigues<br />

Pesquisa do CIEE revela os medos e as expectativas do público estudantil em<br />

relação ao curso, à instituição de ensino e ao estágio<br />

Um dos primeiros passos para<br />

exercer uma profissão de destaque é<br />

fazer um curso de graduação numa<br />

universidade. Só que nessa época da<br />

vida surgem inúmeras questões que<br />

afligem os estudantes, que vão desde<br />

o ensino oferecido pela faculdade,<br />

até a identificação com o<br />

curso escolhido. A <strong>Folha</strong> Universitária<br />

teve acesso a uma<br />

pesquisa feita pelo Centro de<br />

Integração Empresa-Escola<br />

(CIEE) e descobriu quais são<br />

os medos e as aspirações do<br />

público universitário. Realizado entre<br />

04/12/07 e 14/01/08, o questionário<br />

está disponível no portal da entidade<br />

(www.ciee.org.br) e é composto<br />

por perguntas que foram respondidas<br />

por mais de 11 mil pessoas, sendo<br />

que mais da metade são estudantes<br />

do ensino superior par ticular.<br />

Quando perguntado o que os alunos<br />

esperam de uma universidade,<br />

em primeiro lugar se destaca o<br />

Originário da Coréia, o Taekwondo<br />

é uma ar te marcial milenar que se tornou<br />

esporte olímpico em 2000, na<br />

Olimpíada de Sydney. Antes disso<br />

havia sido disputado nos Jogos de Seul<br />

(1988) e Barcelona (1992) apenas<br />

como modalidade de demonstração.<br />

Entre esse período de reconhecimento<br />

do esporte, em 1983 nascia<br />

uma grande esperança desta modalidade<br />

no Brasil, a atleta Débora<br />

Nunes. Com total incentivo da mãe,<br />

ela começou a praticar lutas de defesa<br />

pessoal aos seis anos. “Eu brigava<br />

na escola (risos) e chegava em<br />

casa chorando, com o braço arranhado,<br />

e minha mãe me pôs na luta para<br />

eu aprender a me defender”, lembra.<br />

Conheci o Taekwondo por intermédio<br />

Fotos: Divulgação/CBTKD<br />

quesito “um<br />

bom nível de<br />

ensino”. Em<br />

segundo, a<br />

necessidade<br />

de contar com “professores capacitados<br />

e comunicativos” e que também<br />

atuem no mercado de trabalho.<br />

“Muitas pessoas dizem que ouvem<br />

muita coisa em sala de aula, mas<br />

quando estão no mercado de trabalho<br />

é tudo diferente. Por isso, o professor<br />

tem de estar sempre atualizado<br />

em termos acadêmicos, e também<br />

ser uma pessoa aberta para as<br />

Da esq. para dir., o coord. técnico da<br />

Confederação Brasileira de Taekwondo,<br />

Mauro Hidek, a atleta Débora Nunes e o<br />

treinador Carlos Negrão<br />

coisas que estão acontecendo no<br />

mercado”, diz a gerente técnica de<br />

estágio do CIEE, Sylvana Rocha.<br />

Em terceiro lugar, se destaca<br />

a incessante procura por<br />

oportunidade de estágio na<br />

área de atuação, quando<br />

ocorre a aproximação entre<br />

teoria e prática. “Na minha<br />

época, a gente fazia a<br />

graduação, já tinha um estágio garantido<br />

e um emprego. Hoje está muito mais<br />

segmentado, além do que, as profissões<br />

estão multidisciplinares”, afirma<br />

a gerente. Ela diz ainda que o jovem<br />

entra na faculdade com receio, e uma<br />

das opor tunidades que ele tem de verificar<br />

se aquela escolha foi certa é<br />

sentir como é a profissão na prática.<br />

Sobre os maiores medos dos jovens<br />

entrevistados ao entrar na universidade,<br />

em primeiro<br />

lugar se destaca a não<br />

identificação com o curso<br />

escolhido. Em muitos<br />

casos, alguns<br />

alunos só per-<br />

Da defesa pessoal para as Olimpíadas<br />

A atleta Débora Nunes começou no Taekwondo para aprender auto defesa.<br />

Nos Jogos de Pequim, lutará por medalha na categoria até 57 quilos<br />

Débora Nunes, Natália Falavigna e<br />

Márcio Venceslau, da Seleção<br />

Brasileira de Taekwondo<br />

de um amigo que praticava. Comecei<br />

a fazer a luta e já pratico há 12 anos”,<br />

conta a atleta.<br />

Em 2004, Débora passou a integrar<br />

a Seleção Brasileira. Ela acredita<br />

que o esporte conquistou mais<br />

reconhecimento depois dos Jogos<br />

Pan-Americanos em 2007, porém ainda<br />

é precário de incentivo. “A falta<br />

de patrocínio torna tudo muito mais<br />

difícil. Contamos com o incentivo da<br />

Lei nº 10.264, conhecida como Lei<br />

Agnelo/Piva, no qual recebemos um<br />

salário, mas isso é só para a equipe<br />

olímpica. Eu e os outros atletas esperamos<br />

conquistar medalha olímpica<br />

e a partir daí torná-lo mais popular”.<br />

Além de representar o Brasil, a<br />

lutadora porto-alegrense recebeu<br />

uma proposta de um clube para mo-<br />

cebem esta falta de afinidade perto<br />

do final da g raduação. Em segundo,<br />

está a preocupação em não conseguir<br />

pagar o curso, que se intensifica na<br />

dificuldade de conseguir um emprego<br />

ou mesmo um estágio remunerado que<br />

ajude no custeamento dos estudos.<br />

Em terceiro lugar, está a dificuldade<br />

de acompanhar o curso, seja por conta<br />

do r itmo do professor, do próprio conteúdo<br />

programático da instituição ou<br />

de conciliar estudo, trabalho e lazer.<br />

“Hoje, o jovem faz uma universidade<br />

porque ele sabe que se não estiver<br />

nela fica difícil conseguir uma colocação<br />

no mercado de trabalho. Mas a<br />

gente sabe que o Brasil precisa de técnicos<br />

especializados. Muitas pessoas<br />

nos questionam quais são as áreas promissoras,<br />

e eu respondo assim: são<br />

diversas, escolha o que você gosta,<br />

procure profissionais da<br />

área que você tem interesse,<br />

pois quem faz<br />

a profissão é o<br />

aluno”, finaliza<br />

Sylvana.<br />

rar em São Paulo e se dedicar aos<br />

treinos e estudar. “Tranquei a faculdade<br />

de Educação Física, abdiquei<br />

de muita coisa, inclusive de morar<br />

com a minha família, mas valeu a<br />

pena. Treinar com o técnico da seleção<br />

me ajudou muito. Treino com outros<br />

atletas da seleção e este intercâmbio<br />

fez a diferença para eu conseguir<br />

a vaga”, afirma.<br />

O índice olímpico foi garantido<br />

com o título na categoria até 57 quilos<br />

da seletiva pan-americana olímpica,<br />

em Cali, na Colômbia, no mês<br />

de março. “Essa medalha de ouro<br />

na seletiva me fortaleceu. Hoje em<br />

dia vivo em função das Olimpíadas.<br />

Se não conseguir uma medalha,<br />

pelo menos vou ter a consciência<br />

limpa de que fiz tudo que podia para<br />

chegar lá”, conclui.<br />

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Reitores: Prof. Ms. Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo<br />

Calandriello Júnior. Presidente do Conselho de Comunicação: Eduardo Fonseca. Responsável pelos Veículos de Comunicação: Rogér io Carvalho Silva. Jornalista responsável:<br />

Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designer: Ricardo Neves. Editores: Cleber Eufrasio e Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Karen Rodrigues, Manuel<br />

Marques e Vivian Costa. Fotos: Amana Salles. Estagiário: Bruno Souza. Diário Oficial UNIBAN - Coordenação: Francielli Abreu. Revisora: Mar isa De Lucia. Colaboradores: Arismar<br />

Monteiro, Marisa De Lucia, Fabiana Mello e Analú Sinopoli. Impressão: Metromídia. Cartas para a redação: Rua Bela Vista, 739 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04709-001.<br />

Tel. (11) 5180-9885. E-mail: f olha_universitar ia@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000.


04 METROPOLITANO<br />

Por Manuel Marques<br />

Centro Cultural Banco<br />

do Brasil, Edifício<br />

Mar tinelli, praças da República,<br />

do Correio e Ramos<br />

de Azevedo. O roteiro<br />

é imenso, tão grande<br />

quanto o próprio Centro de<br />

São Paulo. Mas quem<br />

construiu esses lugares<br />

tão famosos? Como era a<br />

vida das pessoas nesta região<br />

há pouco mais de um<br />

século? Há três anos, estas<br />

e inúmeras outras perguntas<br />

são respondidas semanalmente.<br />

Toda quinta-feira, com chuva ou<br />

luar, um grupo de pessoas se reúne<br />

na maior cidade da América Latina<br />

para realizar a Caminhada Noturna<br />

pelo Centro, projeto que tem como<br />

objetivo resgatar a memória e ajudar<br />

a revitalização da região. Para participar<br />

da caminhada é só aparecer em<br />

frente ao Teatro Municipal, às 20h de<br />

qualquer quinta-feira. Lá, o leitor encontrará<br />

um grupo de pessoas se preparando<br />

para a saída. Os guias são<br />

uniformizados com um colete amarelo.<br />

Os par ticipantes recebem orien-<br />

Aula de história ao luar<br />

Toda quinta-feira, um grupo de pessoas se reúne com monitores e<br />

caminha por pontos históricos do Centro de São Paulo<br />

Carlo Ferreri<br />

Na imagem à dir.,<br />

vista aérea da<br />

Praça da República<br />

tação de monitores e guias de turismo<br />

credenciados. No final,<br />

retornam ao local de saída, ou seja,<br />

às escadarias do teatro.<br />

Ao longo da caminhada, os participantes<br />

têm o privilégio de desfrutar<br />

de uma detalhada aula de história ao<br />

ar livre. Os guias conhecem profundamente<br />

episódios fundamentais na<br />

formação do centro antigo de São Paulo,<br />

com suas curiosidades, personagens<br />

e características arquitetônicas.<br />

Criada e organizada por Carlos<br />

Beutel, dono do Restaurante Vegetariano<br />

Apfel (patrocinador do evento),<br />

a Caminhada Noturna pelo Centro é<br />

mais que um passeio pela região. É<br />

um presente para a cidade de São<br />

Paulo, mas também um grito de alerta:<br />

“Eu tenho um trabalho de recuperação<br />

do centro há 13 anos. Em todos<br />

os aspectos, urbanístico, moral<br />

e enfrentamento da corrupção na Prefeitura<br />

Municipal e em outros órgãos<br />

que deveriam prestar serviço para a<br />

sociedade local”, esclarece.<br />

Bebedouro na balada<br />

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) sancionou a lei que obriga a instalação<br />

de bebedouros nas casas noturnas de São Paulo. Apresentada pela<br />

Câmara dos Vereadores e amparada por médicos e psiquiatras, a medida<br />

é preventiva e tem como foco evitar a desidratação de consumidores de<br />

bebidas alcoólicas e drogas, principalmente o<br />

ecstasy. Locais com capacidade superior<br />

a 500 pessoas terão que se enquadrar<br />

na lei e serão obrigados a ter um espaço<br />

reservado e atendimento especializado<br />

em primeiros socorros. A regulamentação<br />

deve acontecer<br />

em dois meses. A <strong>Folha</strong><br />

Universitária está de olho e<br />

vai conferir se as principais<br />

baladas da capital vão levar<br />

esta lei a sério.<br />

Fabio Mattos<br />

O prédio do Centro Cultural<br />

Banco do Brasil faz parte do<br />

roteiro noturno<br />

Fotos: www.sxc.hu<br />

Agência Luz<br />

Na foto à esq.,<br />

o imponente Teatro<br />

Municipal<br />

Carlinhos, como é conhecido<br />

Beutel, se diz um apaixonado por São<br />

Paulo e defensor ardoroso da<br />

revitalização do centro. “A caminhada<br />

foi apenas um sonho de propiciar às<br />

pessoas a possibilidade de vir e conhecer<br />

o local. Um sonho antigo que<br />

se concretizou em outubro de 2005,<br />

quando começamos. Quem vem numa<br />

caminhada de duas horas tem o perfil<br />

de cidadão educado, que gosta da cidade”,<br />

garante.<br />

Cada semana é um roteiro diferente.<br />

Mas o mais interessante são as<br />

histórias narradas pelos guias. Mesmo<br />

passando por lugares já visitados anteriormente,<br />

os freqüentadores da caminhada<br />

dão testemunho de que diferentes<br />

tópicos e novas histórias sempre<br />

surgem. Curiosidades, detalhes<br />

arquitetônicos, histórias de imigrantes,<br />

estabelecimentos e até a origem do<br />

nome de diversas ruas estão dentro<br />

das muitas explicações e apresentações<br />

durante o passeio. A jovem Thalita<br />

Ferreira brinca: “o centro está cheio de<br />

histórias, ainda bem que alguém resolveu<br />

contar. Se as pessoas soubessem<br />

metade da história de São Paulo,<br />

Fumar agora<br />

dá multa<br />

iriam se apaixonar”, declara.<br />

Basta olhar no rosto dos caminhantes<br />

para observar a alegria e o entusiasmo<br />

por andar nas velhas ruas. Um<br />

exemplo disso é o contentamento demonstrado<br />

pela paulistana Tatiane Fonseca,<br />

que vez ou outra par ticipa da caminhada.<br />

“Os guias nos<br />

conduzem com suas<br />

histórias e deixam cada<br />

lugar m uito mais bonito.<br />

Incrível o quanto passamos<br />

todos os dias nos<br />

mesmos lugares e não<br />

reparamos à nossa volta.<br />

A caminhada nos abre os<br />

olhos para esta cidade<br />

mais que maravilhosa que<br />

vivemos”, conta Tatiane.<br />

Sua amiga Carla<br />

Borotto diz que assina embaixo<br />

cada elogio e acrescenta:<br />

“Eu, como uma estudante<br />

de Turismo e admiradora da<br />

nossa história, consigo ver através dessas<br />

caminhadas um lado de São Paulo<br />

que não conhecemos, que não notamos<br />

na correria do dia-dia. É engraçado<br />

que alguns pontos da cidade viram<br />

uma calmaria e ficam muito mais<br />

bonitos à noite”, finaliza.<br />

Caminhada Noturna<br />

pelo Centro<br />

Partida: Escadaria do Teatro Municipal,<br />

na Praça Ramos de Azevedo.<br />

Quando: Todas as quintas-feiras, às<br />

20h, com retorno às 22h.<br />

Mais informações: Tels.: 3256-7909<br />

(Carlos Beutel) e 8286-0796<br />

(Fernanda). Os organizadores recomendam<br />

aos interessados em participar<br />

da caminhada que usem traje<br />

leve como bermuda, camiseta e<br />

tênis. Em época de frio, é adequado<br />

trajar moletom.<br />

Por falar em droga, fumar cigarro<br />

em área proibida passou a dar<br />

multa no valor de R$ 560,00. A lei<br />

vale para repartições públicas, bancos,<br />

hospitais e escolas. Por sua vez,<br />

estes locais devem fixar avisos de<br />

proibição. Varandas e terraços ao ar<br />

livre são os únicos locais onde é aberta<br />

exceção. A lei segue uma cruzada<br />

antitabagista promovida por vários<br />

setores da sociedade. No entanto,<br />

apresentou algumas brechas como,<br />

por exemplo, deixar de lado bares,<br />

hotéis, danceterias e restaurantes.<br />

Apesar de ter sido sancionada pelo<br />

governador José Serra (PSDB), a lei<br />

aguarda regulamentação da Secretaria<br />

Estadual da Saúde.


CADERNO<br />

PROFISSÕES<br />

Por Karen Rodrigues<br />

As diferenças entre negros e<br />

brancos na sociedade vão muito<br />

além da cor da pele. Isso pode ser<br />

comprovado na pesquisa realizada<br />

pelo Instituto de Pesquisa Econômica<br />

Aplicada (IPEA), a partir de<br />

dados do Instituto Brasileiro de<br />

Geografia e Estatística (IBGE), que<br />

revelou que a média salarial dos<br />

negros representa 53% da média<br />

entre os brancos. O estudo ainda<br />

prevê que uma equiparação salarial<br />

entre as raças irá ocorrer só daqui<br />

a 32 anos.<br />

Na visão da empresária<br />

Dinamar Makiyama, essa discrepância<br />

salarial se dá em função da<br />

ocupação de cargos mais baixos<br />

por negros e que isso não quer dizer<br />

que um gerente branco ganha<br />

mais que um negro, porque dessa<br />

for ma estaria contra a CLT. “O que<br />

ocorre é que o negro não ocupa o<br />

cargo de gerência. A falta de líderes<br />

acontece muitas vezes por causa<br />

do pouco acesso à educação”,<br />

comenta.<br />

De acordo com Antônio<br />

Carlos Malaquias,<br />

coordenador de políticas<br />

públicas e educação<br />

do Centro de Estudos<br />

das Relações do<br />

Trabalho e Desigualdade<br />

(CEERT), a sociedade<br />

está organizada<br />

dentro de uma hierarquia<br />

racial que é mais<br />

valorativa aos brancos<br />

Saiba mais sobre a<br />

carreira no Ministério<br />

Público com o<br />

Promotor de Justiça<br />

Michel Romano.<br />

(pág. 6)<br />

Um tabu a ser superado<br />

Dicas, fatos e<br />

entrevistas de<br />

mulheres que se<br />

destacaram<br />

profissionalmente.<br />

(pág. 7)<br />

Pesquisa aponta que no mercado de trabalho ainda há distinção<br />

de funções e salários entre profissionais brancos e negros<br />

Divulgação<br />

Porcentagem de negros e brancos no mercado de trabalho<br />

42,7%<br />

57,3%<br />

INDÚSTRIA<br />

36,3%<br />

63,7%<br />

SERVIÇOS<br />

FINACEIROS<br />

60,3%<br />

Fonte: IPEA, a partir de dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.<br />

do que aos negros. “A pesquisa<br />

revelou empiricamente a presença<br />

do preconceito e da discriminação.<br />

Os cargos de chefia dentro das<br />

empresas são setores extremamente<br />

conservadores dominados<br />

por homens brancos. As mulheres<br />

também são privadas do mercado<br />

de trabalho, a mulher negra mais<br />

ainda. O conservadorismo coloca o<br />

39,7%<br />

57,9%<br />

AGRICULTURA CONSTRUÇÃO<br />

CIVIL<br />

59,1%<br />

42,1% 40,9%<br />

NEGRO BRANCO, AMARELO e INDÍGENA<br />

“O que ocorre é que<br />

o negro não ocupa<br />

o cargo de gerência.<br />

A falta de líderes<br />

acontece muitas<br />

vezes por causa do<br />

pouco acesso à<br />

educação”, diz a<br />

empresária Dinamar<br />

Makiyama<br />

SERVIÇOS<br />

DOMÉSTICOS<br />

homem branco no comando da sociedade<br />

em que vivemos”, afirma.<br />

Superação de preconceitos<br />

A história profissional de<br />

Dinamar foi marcada por muita discriminação.<br />

Ela conta que com 14<br />

anos buscou seu primeiro emprego<br />

em uma agência de viagem. “As<br />

agências eram lugares muito<br />

elitizados. Há 20 anos, só viajava<br />

quem tinha muito dinheiro. Todas as<br />

entrevistas que fiz para recepcionista,<br />

eu tinha sempre como resposta<br />

que na recepção não poderia<br />

trabalhar por ser negra, mas poderia<br />

trabalhar internamente, uma<br />

vez que nesses cargos a aparência<br />

não era importante”, relembra.<br />

Por conta disso, ela desistiu dessa<br />

área e optou por mudar de car-<br />

Confira as vagas de<br />

estágios oferecidas<br />

pelo CIEE e Nube.<br />

(pág. 7)<br />

reira. “Fiz curso superior de Matemática<br />

e Estatística porque era uma<br />

profissão que não exigia contato<br />

com o público. Mas não exerci porque<br />

era uma coisa que não gostava.<br />

Foi mais uma escolha tomada<br />

por conta da sociedade”, confessa.<br />

Ainda insatisfeita profissionalmente,<br />

Dinamar decidiu partir para a<br />

área de vendas e foi trabalhar<br />

numa grande empresa. No local,<br />

sempre havia concursos internos,<br />

nos quais os funcionários eram promovidos<br />

para cargos de gerência.<br />

Ela relata que tentou uma vaga durante<br />

quatro anos e não conseguiu.<br />

“Certo dia, sentei com meu chefe<br />

e ele disse que o motivo pelo qual<br />

eu não conseguia a promoção era<br />

por ser negra”.<br />

Sem desistir, ela desenvolveu<br />

uma carreira de sucesso até os 40<br />

anos. Por conta de problemas de<br />

saúde deixou o emprego e depois<br />

de um tempo tentou voltar ao mercado<br />

de trabalho. “Já tinha mais de<br />

40 anos, mulher e afro-descendente,<br />

não consegui retornar”. Mas não<br />

desistiu. Cursou Psicologia e iniciou<br />

um estágio onde seria possível chegar<br />

à diretoria da empresa. Com a<br />

experiência que adquiriu na função,<br />

Dinamar montou sua própria empresa,<br />

dividida nas áreas de<br />

informática, recrutamento e seleção,<br />

com foco na inclusão social. A<br />

empresária afirma que a educação<br />

é tudo. Sem ela é impossível conquistar<br />

espaço no mercado de trabalho<br />

e vencer a barreira do preconceito.


06<br />

Por Francielli Abreu<br />

Trabalhar de alguma forma<br />

em prol da sociedade sempre<br />

foi um objetivo do paulistano<br />

Michel Betenjane Romano.<br />

Conseguiu colocá-lo em prática<br />

aos 24 anos de idade,<br />

quando ingressou no Ministério<br />

Público. Hoje, aos 36 anos,<br />

é Promotor de Justiça de<br />

Indaiatuba e assessor do Procurador<br />

Geral do Ministério<br />

Público do Estado de São Paulo.<br />

Ele conta que começou<br />

a carreira no interior e,<br />

desde o início, se dedica<br />

à luta contra o desvio de<br />

recursos públicos. “O<br />

combate à corrupção é<br />

uma interface muito bacana<br />

do Ministério com<br />

a sociedade”, avalia.<br />

Michel diz que não<br />

havia ninguém em sua<br />

família ligado ao Direito.<br />

O que o ajudou muito<br />

foi o estágio no Ministério<br />

Público, realizado<br />

nos dois últimos anos da<br />

universidade, e também a<br />

dedicação ao estudo. De-<br />

Além de competência e<br />

responsabilidade, a função<br />

exige poder de argumentação,<br />

capacidades de comunicação<br />

oral e escrita e<br />

gosto pelos estudos e cultura<br />

geral. É indicado<br />

ainda que a pessoa seja<br />

autoconfiante, discreta e<br />

possua capacidades de<br />

análise, convencimento e<br />

síntese, espírito de investigação<br />

e sensos crítico e de<br />

ética, entre outros.<br />

Fora isso, para ser Promotor<br />

é preciso ter formação<br />

em Direito, experiência de<br />

três anos na área jurídica,<br />

comprovada idoneidade moral,<br />

ou seja, não ter problemas<br />

com a justiça, além de<br />

prestar um concurso público<br />

concorrido e rigoroso, que<br />

inclui todas as matérias do<br />

Promotor de Justiça<br />

atua como advogado do povo<br />

Integridade moral e aprovação em concurso público rigoroso<br />

são requisitos primordiais para seguir uma das carreiras<br />

mais concorridas do Direito: o Ministério Público<br />

Fotos: Divulgação<br />

Como se tornar um Promotor<br />

curso de Direito. A avaliação é<br />

feita em três fases, que duram<br />

cerca de sete meses. A primeira<br />

é um teste objetivo. A segunda<br />

é uma prova escrita (nesta<br />

etapa são avaliados também<br />

os conhecimentos gramaticais<br />

do candidato). A terceira consiste<br />

em um exame oral, mais<br />

psicotécnico e avaliação da<br />

vida do candidato.<br />

Segundo o Promotor de Justiça<br />

e diretor-geral do Ministério<br />

Público de São Paulo, Wilson<br />

Alencar Dores, no último<br />

concurso, realizado há dois<br />

anos, foram inscritos cerca de<br />

3.800 candidatos, sendo apenas<br />

70 aprovados. Ele afirma<br />

ainda que os concursos são<br />

abertos de acordo com a demanda<br />

e o próximo será realizado<br />

no segundo semestre<br />

deste ano, no qual estarão dis-<br />

“O combate à corrupção é uma<br />

interface muito bacana do<br />

Ministério com a<br />

sociedade”, afirma o<br />

Promotor de Justiça<br />

Michel Betenjane Romano.<br />

pois de formado, freqüentou<br />

por dois anos e<br />

meio um curso preparatório<br />

para o ingresso<br />

no órgão.<br />

Mesmo apaixonado<br />

pela carreira, ele<br />

pondera que há dificuldades.<br />

Uma delas<br />

é deixar a família<br />

e morar em locais<br />

distantes. Outra<br />

é o crescimento<br />

da violência, que<br />

implica em riscos e<br />

ameaças. E também<br />

o fato da vida<br />

particular se tornar<br />

pública.<br />

poníveis 79 cargos.<br />

Wilson comenta que, uma<br />

vez aprovado, o candidato<br />

se torna Promotor de Justiça<br />

substituto e começa a<br />

atuar em várias comarcas<br />

do Estado. Passado algum<br />

tempo, pode ser promovido<br />

para Promotor de entrância<br />

inicial (atua em cidades pequenas<br />

do interior com até<br />

5 mil habitantes), depois vai<br />

para a intermediária (cidades<br />

de porte maior) e para<br />

a entrância final (São Paulo<br />

e as grandes cidades do interior).<br />

Na área final pode<br />

ainda ser promovido para o<br />

último cargo da carreira: o<br />

de Procurador de Justiça.<br />

Ao lado do Juiz, o Promotor<br />

possui uma das melhores<br />

remunerações no âmbito do<br />

Estado.<br />

O que faz o<br />

Promotor<br />

de Justiça<br />

O Promotor de Justiça é<br />

uma espécie de advogado da<br />

sociedade. Sua atuação se<br />

dá em duas áreas: criminal e<br />

cível. Na primeira, pode entrar<br />

com ações penais e conduzir<br />

inquéritos para investigar<br />

as suspeitas de crimes.<br />

Na segunda, também promove<br />

a ação e ainda atua como<br />

fiscal da lei.<br />

Seu trabalho como defensor<br />

da coletividade envolve<br />

assuntos relacionados<br />

ao meio ambiente, à<br />

improbidade administrativa<br />

(desvio de dinheiro público),<br />

à habitação e urbanismo, à<br />

infância e juventude, aos<br />

idosos e aos consumidores.<br />

O Promotor de Justiça e diretor-geral<br />

do Ministério Público<br />

de São Paulo, Wilson<br />

Alencar Dores, exemplifica:<br />

“vamos supor que aconteça<br />

um grande desmatamento<br />

na Amazônia. Neste caso, o<br />

Ministério Público vai entrar<br />

com uma ação em nome de<br />

toda uma coletividade”. Outro<br />

exemplo prático foi a implantação<br />

das filas e caixas<br />

preferenciais nos bancos.<br />

Este direito é estendido<br />

para gestantes e portadores<br />

de deficiência.<br />

Um modelo de atuação<br />

como fiscal da lei é se houver<br />

um inventário com uma<br />

fortuna e menores envolvidos<br />

na ação. O Promotor vai<br />

garantir que eles não sejam<br />

enganados pelos outros e<br />

que a herança seja dividida<br />

de acordo com a lei.


Livro - Mulheres no Comando<br />

Esta obra é voltada ao público feminino. Por meio de bons e<br />

maus exemplos de chefes, entrevistas com profissionais, conselhos<br />

e dicas bem-humoradas, as autoras Caitlin Friedman e<br />

Kimberly Yorio ajudam as mulheres a fazerem o que é necessário<br />

para se tornarem as mentoras que seus funcionários merecem<br />

ter. O livro ainda dá dicas de como desfrutar os aspectos<br />

positivos de ser líder. Para o público masculino, fica a oportunidade<br />

de entender melhor o pensamento feminino no mercado<br />

de trabalho e tratar a mulher de igual para igual.<br />

ESTÁGIOS<br />

WORKSHOP<br />

Grupo teatral Do Bosque realiza workshop com textos que passeiam pelas dramaturgias<br />

japonesa e brasileira, no qual reúne todos os processos e aspectos que envolvem a montagem<br />

de uma cena. O objetivo do grupo é colocar um espetáculo em cena ao final dos trabalhos.<br />

O evento, aberto a todos os interessados, acontece na Sociedade Brasileira de Cultura<br />

Japonesa (Bunkyo), de 07/06 a 30/08, todos os sábados, das 14h às 17h30. O endereço é<br />

R. São Joaquim, 381. O ingresso custa R$ 240 à vista, ou em três vezes de R$ 100. Informações<br />

pelo telefone: 3539-8742<br />

A Sistran, empresa de informática voltada para o mercado<br />

de seguros, abre uma vaga de estágio para a área de Teste em<br />

Tecnologia da Informação. O candidato deverá ter conhecimento<br />

de roteiro, plano e caso de Teste. Interessados devem enviar<br />

curriculum para acarvalho@sistran.com.br<br />

A empresa de serviços em Tecnologia da Informação CPM<br />

Braxis abre inscrições para o programa de estágios e capacitação<br />

a universitários e recém-formados. São 60 vagas em Desenvolvimento<br />

e Manutenção de Sistemas em Mainframe. O estágio terá<br />

duração de um ano, com possibilidade de efetivação. Os pré-requisitos<br />

são conclusão da graduação entre 2009 e 2010 em cursos<br />

ligados a TI. É necessário inglês fluente e disponibilidade de<br />

tempo integral. As inscrições podem ser feitas até o dia 02/06<br />

pelo site www.cpmbraxis.com<br />

Cursos............................................ Vagas ........... Menor Valor ........... Maior Valor<br />

Administração de Empresa ............... 81 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Análise de Sistema .............................. 1 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Arquitetura e Urbanismo .................... 19 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciência da Computação ..................... 1 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciências Biologicas ............................. 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />

Ciências Contábeis ............................ 32 ................ R$ 750,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciências Econômicas ......................... 2 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Publicidade Propaganda .................... 16 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.150,00<br />

Jornalismo ........................................... 1 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Design ................................................. 7 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.050,00<br />

Direito ................................................. 45 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Educação Física ................................. 6 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Engenharia Civil .................................. 5 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Engenharia Elétrica ............................. 5 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Far mácia .............................................. 6 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Fisioterapia .......................................... 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 700,00<br />

Fonoaudiologia .................................... 1 ................. R$ 400,00 ............... R$ 550,00<br />

Hotelaria .............................................. 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />

Informática .......................................... 14 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Letras .................................................. 3 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />

Marketing ............................................ 17 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Matemática .......................................... 3 ................. R$ 500,00 ............... R$ 900,00<br />

Moda .................................................... 1 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />

Nutrição ............................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 850,00<br />

Pedagogia ............................................ 9 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Psicologia ............................................ 3 ................. R$ 500,00 ............ R$ 1.050,00<br />

Química ............................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />

Secretariado Executivo....................... 6 ................. R$ 650,00 ............ R$ 1.250,00<br />

Sistema de Informação ....................... 3 ................. R$ 800,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Turismo ................................................ 9 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.<br />

FEIRAS<br />

CONCURSOS<br />

2.237 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />

Curso..................................... Semestre ....................... Bolsa Auxílio ............... OE<br />

Análise de Sistemas............... Concl. 1° sem. 2010 ....... R$ 1000,00 ................ 54288<br />

Arquitetura .............................. 2° ao 9° semestre .......... R$ 700,00 .................. 48991<br />

Administração......................... 5° e 7° semestre ............ R$ 1000,00 ................ 50990<br />

Administração......................... Concl. 2° sem. 2009 ....... R$ 7,34 por hora ....... 46777<br />

Engenharia Mecânica ............ Concl. 2° sem. 2011 ....... R$ 7,39 por hora ....... 53716<br />

Administração......................... Concl. 2° sem. 2010 ....... R$ 5,26 por hora ....... 47156<br />

Turismo ................................... 5° e 6° semestre ............ R$ 1.100,00 ............... 52948<br />

Engenharia Civil Empresarial 1° ao 6° semestre .......... R$ 900,00 .................. 48329<br />

Pedagogia .............................. 1° ao 6° semestre .......... R$ 400,00 .................. 52701<br />

Design de Interiores............... 1° ao 8° semestre .......... R$ 630,00 .................. 52385<br />

Ciências Contábeis ................ 3° ao 6° semestre .......... R$ 850,00 .................. 36713<br />

Ciências da Computação ...... Concl. 2° sem. 2008 ....... R$ 800,00 .................. 52936<br />

Engenharia Eletrônica ............ 3° ao 9° semestre .......... R$ 6,84 por hora ....... 39150<br />

Economia ................................ 3° ao 6° semestre .......... R$ 5,60 por hora ....... 51481<br />

Processamento de Dados ..... 1° ao 5° semestre .......... R$ 720,00 .................. 49072<br />

Engenharia da Computação .. 3° ao 6° semestre .......... R$ 800,00 .................. 46112<br />

Análise de Sistemas............... 3° ao 6° semestre .......... R$ 700,00 .................. 52968<br />

Turismo ................................... Concl. 2° sem. 2009 ....... R$ 836,47 .................. 35584<br />

Análise de Sistemas ............. 5º ao 8º semestre .......... R$ 1180,00 ................ 53892<br />

Administração ....................... 1º ao 4º semestre .......... R$ 1015,00 ................ 53578<br />

Arquitetura e Urbanismo ........ 3° ao 8° semestre .......... R$ 868,00 .................. 48394<br />

Administração......................... 3° ao 6° semestre ......... R$ 8,90 por hora ....... 51676<br />

Análise de Sistemas............... 2º ao 6º semestre .......... R$ 1100,00 ................ 54231<br />

Ciências contábeis ................. 3º ao 6º semestre .......... R$ 5,87 por hora ....... 54206<br />

Pedagogia ............................... 2º ao 6º semestre .......... R$ 480,00 .................. 54263<br />

Publicidade e Propaganda ..... 3° ao 6° semestre .......... R$ 700,00 .................. 26125<br />

Comunicação Social .............. 1º ao 6º semestre .......... R$ 800,00 .................. 39042<br />

Site: www.nube.com.br ou telefone:(11) 4082-9360.<br />

07<br />

O Tribunal de Justiça do Estado de São<br />

Paulo abriu concurso público para 18 vagas<br />

de Contador. O salário é de R$<br />

3.843,56, mais auxílios para alimentação,<br />

saúde e transporte. Para concorrer à vaga,<br />

o candidato deve ter concluído o curso<br />

superior de Ciências Contábeis e estar inscrito<br />

no Conselho Regional de Contabilidade.<br />

As inscrições, no valor de R$ 60, vão<br />

até o dia 20/06, e devem ser feitas pelo<br />

www.vunesp.com.br.<br />

A Secretaria de Estado da Educação<br />

abriu concurso para preenchimento de<br />

2.917 vagas, sendo que 2.545 delas são<br />

para Secretários de escola e 372 para<br />

Supervisores de ensino. As remunerações<br />

são de R$ 921,86 e R$ 2.400,29 mensais,<br />

respectivamente. As inscrições devem ser<br />

feitas pelo www.institutocentro.org.br até<br />

o dia 15/06, às 18h. A taxa para Secretário<br />

é de R$ 24,60 e de R$ 41 para Supervisor.<br />

Principal evento de negócios em programação de TV da América<br />

Latina, o 9º Fórum Brasil – Mercado Internacional de Televisão<br />

acontece de 03 a 06/06. Representantes de mais de 20<br />

países fazem do fórum seu portal de troca de informações, análise<br />

de mercados locais e oportunidades de fechar bons negócios.<br />

O evento ocorre no Centro de Convenções Frei Caneca. Mais<br />

informações pelo site www.forumbrasiltv.com.br<br />

Acontece a Fispal Tecnologia – 24ª Feira Internacional<br />

de Embalagens e Processos para a Indústria de Alimentos<br />

e Bebidas, evento que apresenta novidades tecnológicas em<br />

embalagens e equipamentos de processamento de alimentos<br />

e bebidas. De 03/06 a 06/06, no Pavilhão de Exposições do<br />

Anhembi. Mais informações www.fispal.com ou pelo telefone:<br />

3234-7725.


08 CAPA<br />

Jovens são alvo fácil da Aids<br />

Por Vivian Costa<br />

As infecções recentes com o<br />

vírus HIV são detectadas com<br />

maior proporção em jovens com<br />

menos de 25 anos. O número faz<br />

parte de uma pesquisa realizada<br />

entre maio de 2002 e abril de<br />

2004 em quatro serviços públicos<br />

de assistência aos portadores do<br />

HIV, oferecidos pela Secretaria<br />

Municipal de Saúde (SMS). O estudo<br />

mostra que dos 485 portadores<br />

do vírus HIV detectados na<br />

época, 57 (12% do total) tinham<br />

sido infectados recentemente, ou<br />

seja, há menos de 170 dias, sendo<br />

que 24 deles eram jovens. O<br />

resultado pode indicar a necessidade<br />

urgente de reforçar as<br />

ações de conscientização junto ao<br />

público jovem.<br />

O estudo, realizado em parceria<br />

com a SMS e a Universidade<br />

Federal de São Paulo (Unifesp),<br />

abordou pessoas que procuraram<br />

quatro dos 24 serviços do<br />

Programa Municipal de DST/<br />

AIDS. Dois Serviços de Assistência<br />

Especializada (SAE – unidades<br />

de Campos Elíseos e Lapa),<br />

que ofereciam teste, e outros dois<br />

Centros de Testagem e<br />

Aconselhamento (CTA – unidades<br />

Henfil e Pirituba), que também<br />

oferecem tratamento.<br />

Segundo Kátia Cristina<br />

Bassichetto, uma das autoras da<br />

pesquisa, todos os participantes<br />

procuraram os serviços espontaneamente<br />

e foram convidados a<br />

fazer parte do estudo. “Eles só tinham<br />

que responder a um questionário<br />

padrão para mostrar suas<br />

características e comportamentos<br />

e permitir que seu sangue passasse<br />

por outro tipo de análise”. Ela<br />

observa que as pessoas ainda<br />

têm medo de fazer o teste, mas<br />

“quanto mais cedo descobrir se é<br />

soropositivo, mais cedo se começa<br />

o tratamento e o corpo agradece”,<br />

explica.<br />

De acordo com Kátia, a pesquisa<br />

para verificar a infecção recente<br />

só foi possível por causa da parceria<br />

com a Unifesp, já que o exame<br />

Sthars (realizado por laboratórios<br />

capacitados em Atlanta, mas<br />

que ainda não está disponível na<br />

rede) identifica se a pessoa foi<br />

infectada há menos de 170 dias.<br />

O estudo mostra que das 485<br />

pessoas portadoras do vírus HIV,<br />

78% eram homens, 66% estavam<br />

na faixa dos 25 a 45 anos de idade,<br />

63% eram brancos, 62% solteiros<br />

e 41% tinham uma renda<br />

Pesquisa aponta que pessoas com menos de 25 anos têm se infectado<br />

com o vírus HIV por meio de relações sexuais sem preservativos<br />

www.sxc.hu<br />

mensal de quatro ou mais salários<br />

mínimos. A pesquisa apontou<br />

ainda que 90% das pessoas foram<br />

contaminadas por contato sexual,<br />

sendo que 48% diziam ser<br />

heterossexuais e 34,5% homossexuais.<br />

“Os dados mostram que o número<br />

de casos positivos tem<br />

aumentado porque quanto mais<br />

as pessoas se informam, mais<br />

elas procuram fazer o teste.<br />

E quanto mais cedo se<br />

descobrem portadoras, mais<br />

cedo podem procurar tratamento”,<br />

disse Denise Brandão da SMS<br />

Kátia afirma que “o que chamou<br />

a atenção no estudo foi a presença<br />

maciça de jovens com menos<br />

de 25 anos infectados recentemente.<br />

Quatro tinham de 14 a 19<br />

anos, e 20 deles tinham de 20 a<br />

24 anos”. Atualmente, as pesquisas<br />

mostram que o maior número<br />

de infectados é de heterossexuais,<br />

principalmente mulheres, o que vai<br />

contra o histórico de uma doença<br />

associada ao público homossexual.<br />

O estudo de São Paulo<br />

aponta “que dos 57 infectados<br />

recentes, 17% deles eram<br />

heterossexuais, 10%<br />

bissexuais e 21% homossexuais”,<br />

afirma.<br />

Quanto ao perfil predominante<br />

dos participantes,<br />

a maioria<br />

são de homens<br />

(78,4%), solteiros<br />

(61,7%), com idade<br />

entre 25 e 45 anos<br />

(65,8%) e com infecção<br />

por via sexual<br />

(89,4%).<br />

Uma das possíveis<br />

explicações<br />

para a constatação<br />

Unidades de saúde do município de São Paulo<br />

Estes serviços dispõem de coleta sistemática de dados, permitindo conhecer o perfil epidemiológico dos indivíduos<br />

infectados.<br />

Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) oferecem orientação, aconselhamento e realização de testes<br />

sorológicos. Os Centros são especializados em prevenção e em detecção de doenças sexualmente transmissíveis -<br />

DST. O atendimento pode ser anônimo, se desejado.<br />

Serviços de Assistência Especializada (SAE) realizam testes sorológicos, atividades de prevenção, diagnóstico,<br />

aconselhamento e tratam pacientes das mais variadas DST, entre elas o HIV/AIDS. Conta com um<br />

pequeno laboratório e uma equipe multidisciplinar que inclui médicos em mais de uma especialidade - psicólogos,<br />

nutricionistas, assistentes sociais e educadores, entre outros.<br />

Mais informações no site: www.dstaids.pref eitura.sp.gov.br


evela um cenário preocupante:<br />

ao receber “boas notícias” sobre<br />

a eficácia dos novos medicamentos,<br />

e sem presenciar muitas mortes<br />

em decorrência da Aids em<br />

sua geração, estes jovens estariam<br />

menos convencidos do alto risco<br />

da infecção e até da gravidade<br />

da doença e relaxaram<br />

na prevenção.<br />

“Muitos deles não sabem<br />

que o convívio<br />

com o coquetel de<br />

remédios pode não<br />

ser fácil, já que muitas<br />

pessoas têm<br />

Amana Salles<br />

efeitos colaterais e outros não se<br />

adaptam”. Reforçando esta hipótese,<br />

o estudo também somou<br />

maior número de infectados há<br />

mais tempo (crônicos) na faixa<br />

etária de 26 a 59 anos, grupo que<br />

engloba a geração que sofreu o<br />

primeiro impacto da Aids e experimentou<br />

perdas causadas pela<br />

epidemia.<br />

Na opinião de Denise<br />

Brandão, médica epidemiologista<br />

da SMS, o resultado<br />

de jovens sendo detectados<br />

é de certa forma bom.<br />

“Os dados mostram que o número<br />

de casos positivos<br />

tem aumentado porque<br />

quanto mais as<br />

pessoas se informam,<br />

mais elas<br />

procuram fazer o<br />

teste. E quanto<br />

mais cedo se<br />

descobrem<br />

portadoras,<br />

mais<br />

cedo podemprocurartratamento”,<br />

observa.<br />

Denise Brandão, médica epidemiologista da Secretaria Municipal<br />

de Saúde de São Paulo, faz uma compilação dos dados registrados<br />

via Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), na<br />

qual todos os médicos são obrigados a notificar os casos confirmados<br />

de algumas doenças, entre elas, Aids e Hepatite. “Temos verificado<br />

que o número de Aids em São Paulo tem caído. Em 2007 foram<br />

notificados 1.693 casos, e a faixa etária fica predominantemente entre<br />

as idades de 20 a 49 anos, nos dois sexos”, explica.<br />

Em relação ao HIV, ela afirma que a notificação é apenas recomendada<br />

e os dados não são precisos. “Nos casos notificados de<br />

HIV, a faixa etária fica predominantemente entre as idades de 20 a 29<br />

anos. Além desses dados, a gente trabalha ainda com a mortalidade<br />

da Aids, que também tem diminuído. No ano de 2007, essa taxa nas<br />

mulheres ficou na faixa de 5,5% contra 9,3% de 2006. Isso mostra<br />

que nossos pacientes estão tendo uma sobrevida maior”.<br />

A médica lembra ainda que a Secretaria tem trabalhado de uma<br />

maneira intensificada com a transmissão vertical. Ou seja, para que a<br />

gestante não passe o vírus para o bebê. “Este tipo de transmissão<br />

também diminuiu. Ano passado ficou apenas em 1%”, afirma. Segundo<br />

dados da SMS, a transmissão tem diminuído gradativamente já<br />

que, em 2004 e 2003 a taxa ficou em 1,9%. Em 2002 e 2001 o<br />

percentual foi de 3,5% e em 2000 foi de 8%.<br />

Para Denise, os dados mostram que estamos diante de uma epidemia<br />

heterossexual e com um grande número de mulheres infectadas.<br />

Ela lembra que a Rede Especializada em DST/AIDS tem serviços que<br />

são de assistência e teste sorológico. Porém, é tudo por demanda<br />

espontânea. Está sendo implantado em todos os serviços o diagnóstico<br />

rápido. “O resultado sai em até uma hor a e meia, ao contrário<br />

da sorologia convencional que demora até duas semanas. Com<br />

isso, a gente evita que o paciente não volte para buscar o exame”,<br />

comenta. Ao todo são 24 serviços que contam com 170 agentes de<br />

prevenção. “Nós nos baseamos na pedagogia, na educação de pares<br />

para promover a informação e a prevenção”, afirma Kátia, uma das<br />

mentoras da pesquisa. Segundo ela, é mais fácil falar de igual para<br />

igual, por isso, a Secretaria treina pessoas de grupos diferentes para<br />

lidar com var iados públicos como profissionais do sexo, homossexuais,<br />

usuários de drogas injetáveis e jovens de todas as idades para propagarem<br />

a informação.<br />

Informação<br />

A pesquisadora Kátia acredita<br />

que é importante saber<br />

onde há mais probabilidade<br />

para direcionar as ações. “Se<br />

tenho pouca munição, tenho<br />

que mirar e direcionar os possíveis<br />

alvos para atingir um<br />

maior número de pessoas”,<br />

afirma.<br />

José Carlos Veloso, do Grupo<br />

de Apoio à Prevenção da<br />

AIDS (GAPA), revela que faltam<br />

trabalhos e ações voltados para<br />

os jovens, principalmente para<br />

os que estão nos ensinos fundamental<br />

e médio, por parte dos<br />

municípios e estados. “Nessa<br />

fase, os jovens estão numa época<br />

de descobrimento, sem contar<br />

que a mídia, como um<br />

todo, tem muito apelo sexual”,<br />

afirma. Segundo ele, as<br />

Organizações não Governamentais<br />

(ONGs) têm<br />

feito um papel impor tante,<br />

mas não têm muito<br />

apoio. “Claro que algumas<br />

ações que são feitas com<br />

o Fundo das Nações Unidas<br />

para a Infância (UNICEF) e a<br />

Quanto antes, melhor<br />

Agentes em prol da vida<br />

09<br />

Organização das Nações Unidas<br />

(ONU) têm dado resultado,<br />

pois contam com propostas interessantes,<br />

porém, não são implantadas<br />

na íntegra”. Ele observa<br />

ainda que não há uma<br />

educação sexual adequada. Outro<br />

agravante é a falta de profissionais<br />

qualificados para falar<br />

no assunto com os jovens. E<br />

completa: “o que falta é política<br />

verdadeira para barrar o aumento<br />

de infectados. Os Estados<br />

e municípios deveriam ampliar<br />

as ações já estabelecidas<br />

pelo governo federal, mas isso<br />

não acontece por falta de vontade<br />

política”, finaliza.<br />

Pámela de Assis Santos (foto) é uma dessas agentes e trabalha<br />

há dois anos no projeto Plantão Jovem do Centro de Testagem e<br />

Aconselhamento (CTA) de Pirituba. Hoje tem 24 anos, mas trabalha<br />

desde os 16 com ações sociais. “Comecei na Associação de Bairro<br />

da Vila Brasilândia onde moro. Depois fui participar da Ong Ecos (Comunicação<br />

em Sexualidade) para ser uma multiplicadora de informação,<br />

antes de ir trabalhar na Secretaria Municipal de Saúde”, conta.<br />

Segundo ela, que quer no futuro ser uma assistente social, quando<br />

se é jovem, muitas vezes, não se leva a sério as informações para a<br />

vida. O tabu atrapalha o conhecimento. “Muitas garotas chegam na<br />

gente para tirar dúvidas porque não há diálogo em casa. Outros<br />

afirmam que sentem falta de ter uma disciplina<br />

sobre sexualidade nas escolas”. Pámela concorda<br />

que falta informação em todos os sentidos.<br />

“Muita gente nem sabe da existência<br />

desses serviços, e que podem fazer o teste<br />

gratuitamente. Tenho certeza que se soubessem,<br />

muitos procurariam”.<br />

Na sua opinião, outro problema é o preconceito<br />

da sociedade. Muitos repelem<br />

os soropositivos a ponto de<br />

nem pegarem em suas mãos. E<br />

tudo por falta de informação.<br />

“Por isso, acho gratificante<br />

quando vejo que consegui<br />

passar algo. Além disso, os<br />

jovens que foram<br />

infectados por transmissão<br />

vertical (durante a<br />

gestação) não escondem<br />

sua condição de<br />

soropositivo. Os que foram<br />

infectados por transar<br />

sem preservativo escondem,<br />

com medo de serem<br />

repreendidos”, finaliza.<br />

Fotos: Divulgação


POR DENTRO DA UNIBAN<br />

Por Marisa De Lucia<br />

O prof. dr. João Batista Neto,<br />

dos cursos de Turismo e História<br />

da UNIBAN, ministrou palestra<br />

sobre o tema Turismo Cultural no<br />

Brasil, no “I Simpósio de Turismo<br />

e Cultura Popular”, promovido pelo<br />

SESC-MA, no dia 20 de maio. Realizado<br />

na sede campestre do<br />

SESC-MA, na praia Olho d’Água,<br />

em São Luís, o evento teve como<br />

proposta possibilitar um panorama<br />

a respeito das discussões em<br />

torno da integração responsável<br />

entre as duas áreas.<br />

De acordo com João Batista, o<br />

simpósio busca mostrar que o Turismo<br />

não é, necessariamente,<br />

inimigo das manifestações de cultura<br />

popular. “Ao contrário, a nossa<br />

experiência tem mostrado que<br />

a cultura popular pode ser valorizada<br />

ou redescoberta ao se tornar<br />

um atrativo turístico. Tudo depende<br />

da forma como essas manifestações<br />

são apresentadas e<br />

planejadas pelo turismólogo. O turismo<br />

de massa é quem arrasa<br />

qualquer atrativo, independentemente<br />

de ter suas origens na cultura<br />

popular”, diz.<br />

Professor une conhecimento<br />

da História com o Turismo<br />

Professor João Batista participou no Maranhão de palestra<br />

onde falou do turismo cultural do País<br />

11<br />

Aluno de Letras mostra dom literário<br />

Marcelo Nocelli, na obra “O Espúrio”, revela sua paixão pela escrita. O livro apresenta<br />

os caminhos que um famoso escritor fez para desvendar um fato do passado<br />

Por Cleber Eufrasio<br />

Após ser abandonado<br />

por Geovanna, uma linda<br />

garota de programa<br />

freqüentadora dos famosos<br />

bordéis da Rua<br />

Augusta, Eric Resende<br />

toma um rumo diferente<br />

em sua vida. Nem sua<br />

renomada carreira como<br />

escritor, com obras consagradas<br />

e traduzidas para vários<br />

idiomas o livra da triste<br />

desilusão amorosa. Até ser<br />

surpreendido por uma carta<br />

que o faz trilhar caminhos tortuosos<br />

na busca de uma verdade.<br />

As surpresas tomam conta<br />

desta estória e remetem o<br />

leitor a observar determinados<br />

choques de valores morais que<br />

ganham forma na narrativa e<br />

Renato Góes<br />

A palestra do professor foi<br />

focada nas lendas e mitos criados<br />

pelo povo e sua agregação de<br />

valor numa visitação turística. Foram<br />

utilizados exemplos de cidades<br />

como Ouro Preto, São Paulo<br />

e a própria São Luís do Maranhão.<br />

Uma das lendas citadas foi a da<br />

motivam o desejo de entender<br />

como as indiferenças acontecem<br />

e para que fim caminham. Outro<br />

detalhe importante na obra são<br />

os personagens e os ambientes<br />

retratados dentro e fora do Brasil,<br />

com particularidades muito<br />

semelhantes às nossas. A cada<br />

capítulo, um novo e intrigante fato<br />

faz com que “O Espúrio”, o nome<br />

do livro, fique marcado pela busca<br />

da verdade.<br />

Esta prazerosa leitura foi escrita<br />

pelo aluno do primeiro ano<br />

Da esq. para dir., Prof. Dr. João Batista Neto, Maria dos Remédios<br />

Serra Pereira, diretora do SESC-MA e Danilo Santos de Miranda,<br />

Diretor Regional do SESC-SP.<br />

de Letras do campus Marte da<br />

UNIBAN, Marcelo Nocelli, um leitor<br />

assíduo de grandes obras literárias.<br />

Seu romance pode ser<br />

encontrado na Livraria Cultura,<br />

do Conjunto Nacional, onde foi<br />

realizado o lançamento, e na<br />

Livraria Saraiva, ao preço de<br />

R$ 39. Já na Livraria Nobel do<br />

campus Marte (MR) ele pode ser<br />

adquirido por R$ 24,90. Os três<br />

primeiros capítulos do livro estão<br />

disponíveis para leitura no<br />

site: www.marcellonocelli.com.br<br />

Marcelo Nocelli nasceu em 1973, na cidade de São Paulo.<br />

Desde muito cedo começou a escrever poesias e prosas. Tem<br />

mais de cinqüenta contos escritos e uma peça de teatro amador.<br />

Escreve para diversos sites de literatura nacional e participou<br />

de vários concursos literários. “O Espúrio” é seu primeiro<br />

romance pela LCTE Editora.<br />

“Carruagem de Ana Jansen”, uma<br />

mulher muito rica que se instalou<br />

com a família em São Luís do<br />

Maranhão e, por maltratar seus<br />

escravos, teria sido condenada a<br />

vagar perpetuamente pelas ruas<br />

da cidade numa carruagem assombrada.<br />

Divulgação<br />

Diferença entre<br />

lendas e mitos<br />

As lendas são estórias contadas<br />

por pessoas e misturam<br />

fatos reais e históricos.<br />

Os mitos são narrativas que<br />

apresentam um fato natural, histórico<br />

ou filosófico, e funcionam<br />

como ponto de equilíbrio entre o<br />

sagrado e o profano. Na Antig üidade,<br />

estas estórias faziam o papel<br />

da ciência ao explicar fenômenos<br />

da natureza.<br />

Embora mitos e lendas estejam<br />

relacionados a acontecimentos<br />

de um passado distante e fabuloso,<br />

diferem nos personagens.<br />

Os mitos têm os deuses<br />

como tema, enquanto que as lendas,<br />

homens e animais. A lenda<br />

é considerada “história falsa”, o<br />

mito “história verdadeira”.<br />

A Mitologia estuda as lendas<br />

e mitos, entre os quais podemos<br />

citar: os mitos dos deuses<br />

que deram nome aos planetas<br />

do nosso sistema como Pégaso<br />

e Hércules. Entre as lendas estão:<br />

As Lendas do Rei Artur e<br />

Robin Hood.


12<br />

Alunos visitaram<br />

as obras da linha<br />

amarela do Metrô<br />

A atividade, que faz parte da disciplina<br />

Tecnologia da Construção, proporcionou<br />

a visita ao local do fatídico acidente<br />

Por Marisa De Lucia<br />

Alunos do 5º ano do curso de<br />

Arquitetura e Urbanismo dos campi<br />

Marte e ABC da UNIBAN, realizaram<br />

no dia 17 de maio uma visita<br />

técnica às obras do Metrô da linha<br />

amarela, conhecida pelo acidente<br />

que matou sete pessoas no dia 12/<br />

01/07. Eles foram acompanhados<br />

pela arquiteta Maria Cecília<br />

Tavares, professora da disciplina<br />

de Tecnologia da Constr ução.<br />

Recepcionados pelo tecnólogo<br />

Mário Bagé e pelo arquiteto Cássio<br />

Rebelo, ambos os funcionários<br />

das empresas consorciadas<br />

que assumem a execução da<br />

obra, os alunos puderam conhe-<br />

cer o pátio de manobras e manutenção<br />

de trens, as tecnologias<br />

empregadas e a seleção de materiais<br />

de alta resistência que<br />

norteiam esta obra de 100.000 m².<br />

Os funcionários esclareceram<br />

que o Metrô só trabalha com empresas<br />

que tenham preocupação<br />

com o meio ambiente, além de<br />

possuir estação de tratamento<br />

para reuso da água e coleta seletiva<br />

dos resíduos da obra. Nos<br />

projetos das estações serão empregados<br />

materiais que possibilitarão<br />

um conforto térmico,<br />

minimizando o uso de energia,<br />

tais como vidros duplos com aplicação<br />

de películas especiais contra<br />

a radiação solar.<br />

São vinte e um cursos distribuídos em vários campi:<br />

Segurança Empresarial - ABC, MC, MBI, RG e VM.<br />

Gestão Bancária - ABC, CL, MC, MBI, OS, RG e VM.<br />

Gastronomia - MR.<br />

Gestão Financeira - ABC, CL, MC, MBI, RG e VM.<br />

Hotelaria - MR.<br />

Gestão de Seguros e Previdência - MC, MBI, OS e VM.<br />

Gestão de Pessoas - ABC, CL, MC, MR, MBI e VM.<br />

Gestão em Secretariado - CL e VM.<br />

Gestão Comercial - ABC, MR, MBI e VM<br />

Logística - ABC, CL, MC, MBI, OS, RG e VM.<br />

Fotos: Divulgação<br />

Jornada de História<br />

no campus RG<br />

A palestra abordou o panorama<br />

da legitimidade da democracia brasileira<br />

Por Marisa De Lucia<br />

Foi realizada no dia 29 de<br />

maio, no campus Rudge (RG)<br />

da UNIBAN, a Jornada de História,<br />

que teve como tema “História<br />

do Brasil em duas áreas: a<br />

Sociedade e suas manifestações<br />

de organização e de<br />

expressão”.<br />

Dentro da Jornada, que contou<br />

com a participação de alunos<br />

e professores dos 2ºs e 3ºs<br />

anos do curso de Licenciatura<br />

em História do campus Marte<br />

(MR), foi proferida a palestra “Liberalismo<br />

e Democracia no Bra-<br />

UNIBAN Brasil está com<br />

inscrições abertas para o Vestibular<br />

dos Cursos Superiores em 2 anos<br />

Rádio e TV - ABC, MR, OS e VM.<br />

Comunicação Empresarial - ABC, CL, MR, MBII, OS e VM.<br />

Marketing - ABC, CL, MR, MBII e VM.<br />

Gestão em Promoção e Merchandising - CL e VM.<br />

Design de Moda - ABC, MR e VM.<br />

Planejamento Ambiental - ABC, CL, RG e VM.<br />

Design de Móveis e Ambientes - ABC.<br />

Design de Embalagens - ABC.<br />

Radiologia - ABC<br />

Gestão de Segurança Pública - MR.<br />

Gestão Desportiva - VM.<br />

As inscrições já podem ser feitas pelo site - www.uniban.br - acessando o link “Vestibular 2008”.<br />

sil”, que abordou o tema construção<br />

democrática no Brasil,<br />

sob a ótica das relações entre<br />

capitalismo, liberalismo e organização<br />

do Estado.<br />

Ministrada pelos professores<br />

Artur Lauande Mucci, bacharel<br />

e licenciado em História, e por<br />

Alencar Fernandes de Sousa,<br />

mestre em História Social, a palestra<br />

teve como objetivo fazer<br />

uma revisão do panorama da legitimidade<br />

da democracia brasileira<br />

e de algumas condições<br />

para sua consolidação, especialmente,<br />

depois de vinte anos<br />

da Constituição de 1988.


A inclusão jurídica é um direito<br />

imprescindível para a realização da<br />

cidadania. É, certamente, uns dos<br />

fundamentos do Estado democrático<br />

de direito que não depende<br />

unicamente da positivação de direitos<br />

ou do tecnicismo jurídico,<br />

mas, também, do ato moral (ou<br />

ético) dos agentes (autoridade, empregados,<br />

administradores ou funcionários<br />

públicos).<br />

Vê-se, por exemplo, a<br />

corrupção como um fenômeno que<br />

repercute tanto no desenvolvimento<br />

econômico como na realização da<br />

cidadania, aqui definida como um<br />

ideal que, na prática, depende da<br />

inclusão jurídica, isto é, da possibilidade<br />

concreta e objetiva de reivindicar<br />

direitos. Eis aí a<br />

interconexão possível entre os<br />

construtos moralidade, cidadania e<br />

inclusão jurídica.<br />

Assim, a inclusão jurídica se<br />

manifesta como um fenômeno<br />

transdisciplinar que diz respeito<br />

tanto ao acesso à justiça (e à assistência<br />

jurídica) como à existência<br />

de crenças, interesses e condutas<br />

(atitudes) favoráveis ou não<br />

FOTOS DA SEMANA<br />

Divulgação<br />

Prof. Pablo Jiménez Serrano<br />

Mestre em Filosofia e Doutor em Direito.<br />

Professor e Pesquisador da UNIBAN.<br />

Ética Pública, Inclusão Jurídica<br />

e Cidadania<br />

aos dos direitos humanos, à justiça<br />

e ao bem-estar social.<br />

Eis por que o ideal de cidadania,<br />

aqui considerado a base das<br />

garantias dos direitos sociais, especificamente<br />

da inclusão jurídica,<br />

não se realiza unicamente pela legalidade,<br />

mas também pela<br />

moralidade, princípios prescritos no<br />

art. 37 da Constituição da República<br />

Federativa do Brasil, que regem<br />

a definição e a distribuição eqüitativa<br />

do direito à inclusão jurídica.<br />

É possível, com efeito, concluir<br />

que a inclusão jurídica compreende<br />

um direito concretamente determinado<br />

tanto pela lei como pela vontade<br />

dos agentes públicos encarregados<br />

da realização da justiça. Logo,<br />

a exclusão jurídica é um problema<br />

complexo criado e recriado pelos<br />

modelos educacionais, que definem,<br />

entre outras coisas, a consciência<br />

social: jurídica e moral e que<br />

repercute na obediência (respeito)<br />

às leis, na moralidade administrativa,<br />

na segurança jurídica, no desenvolvimento<br />

socioeconômico e cultural<br />

e no bem-estar social de um<br />

determinado país.<br />

TV UNIBAN<br />

13<br />

Destaques da programação: 02/06 a 08/06<br />

Não perca a programação da TV UNIBAN desta semana:<br />

REFERÊNCIAS - ZUZA HOMEM DE MELLO<br />

O jornalista e crítico musical é referência quando o assunto<br />

é a MPB. Ele comenta os bastidores dos festivais da TV<br />

Record, de sua relação com a música e comenta depoimentos<br />

de amigos como Solano Ribeiro e Jair Rodrigues,<br />

entre outros.<br />

P2 - MOTOCICLISTAS<br />

Amantes da liberdade e apaixonados pelas duas rodas, eles<br />

curtem cada detalhe de suas máquinas, customizando e<br />

incrementando Harley-Davidson e similares. Mais que um<br />

hobby, andar de moto, para eles é um estilo de vida.<br />

REVISTA UNIBAN:<br />

Nesta semana, um aluno para quem as ar tes gráficas, a<br />

tatuagem e o grafite foram definitivos para sua escolha profissional.<br />

O professor Valdevino fala de José Saramago e o<br />

livro “Ensaio sobre a Cegueira”.<br />

SALADA MISTA - CARROS<br />

Vale a pena comprar um veículo novo, economizar na manutenção,<br />

mas pagar valores altos de seguro? Ou vale mais<br />

fazer o contrário? Conheça os prós e os contras deste mercado<br />

e quanto custa ter e manter um carro.<br />

GRANDE SÃO PAULO - TRABALHADORES DA NOITE<br />

Dizem que São Paulo não pára. À noite, enquanto alguns<br />

cidadãos dormem, outros trabalham. Conheça a rotina das<br />

pessoas que trabalham na noite, seja por exigência profissional<br />

ou por opção de vida.<br />

Confira os canais e toda a programação da TV UNIBAN no site:<br />

www.uniban.br/hotsites/tv<br />

Alunos e professores posam para foto durante a Jornada de<br />

Matemática e Física, realizada nos dias 26 e 27/05 no campus<br />

Campo Limpo (CL). Saiba mais no hotsite da Central de<br />

Comunicação no portal da UNIBAN (www.uniban.br)


14 CLASSIFICADOS<br />

Motos<br />

Compra-se moto até R$ 1.500,00.<br />

Alline Mar tins. Tel.: 9464-3685. E-mail:<br />

allininha_sbc@hotmail.com<br />

Vende-se moto Suzuki, Burgman,<br />

AN125, cor vermelha, com 7.500km.<br />

Valor: R$ 3.700,00. Daniella Caxeta.<br />

Tel.: 3729-5279 ou 9466-9744.<br />

Vende-se ou troca-se moto Suzuki<br />

GS500, ano 98, vermelha e preta.<br />

Com 49.400km rodados. Valor: R$<br />

8.500,00 + débitos. Wagner Almeida.<br />

Tel.: 8963-5195<br />

Vende-se minimoto, 50 cc, sem uso.<br />

Capacidade de 90 kg, motor 2 tempos,<br />

na caixa. Valor: R$ 1500,00.<br />

Claudio. Tel.: 3326-3002. E-mail:<br />

lopestwr@pop.com.br<br />

Vende-se moto NX200, cor roxa, doc/<br />

mecânica ok. Valor: R$ 4.700,00.<br />

Vende-se NX Sahara 350, ótimo estado,<br />

doc. ok. Valor: R$ 5.800,00.<br />

Fernando. Tel.: 8505-5619. E-mail:<br />

mto_ldf@yahoo.com.br<br />

Vende-se Hanter 90, 2007, com<br />

9500 km rodados, doc. ok. Valor : R$<br />

2.700,00. Tel.: 9508-8819. E-mail:<br />

rogeriosnroger@hotmail.com<br />

Vende-se Suzuki Yes 2007, com 6 mil<br />

Km rodados. Matteo. Tel.: 9970-2693.<br />

E-mail: matteo@patriota.com.br<br />

Vende-se CG Titan, 150 km ok. 2008/<br />

2008. Valor: R$ 5.800,00. Rafael.<br />

Tels.: 3426-6808 / 7380-1246. E-mail:<br />

rafael_cezini@yahoo.com.br<br />

Vende-se CG 150 Titan KS (verde)<br />

2005, em ótimo estado. Único<br />

dono. Valor: R$ 3.999,00. Tiago<br />

Costa. Tel.: 8641-1267. E-mail:<br />

tiagocmesquita@ig.com.br<br />

Vende-se CG Titan 150ES, partida<br />

elétrica, 2005, azul, c/ 27 mil,<br />

licen. 2008 ok. Valor: R$ 5.100,00.<br />

Fernando. Tel.: 8103-5212. E-mail:<br />

fernando19sp@hotmail.com.<br />

Carros<br />

Vende-se Vectr a CD, 2.2, cinza, segundo<br />

dono. Completo. Valor : R$ 21.400,00.<br />

Alessandro Ken. Tel.:7140-0917.<br />

Vende-se corsa 1.0 super 4P, 96.<br />

Com nota fiscal GM e manual do<br />

proprietário. Ar quente, vidros e travas<br />

elétricas, limp. e des. traseiro,<br />

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Kleber. Tel.: 9818-4427. E-mail:<br />

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Vende-se Vectra GLS 2.0 a gás, c/ roda,<br />

cor azul metálico, completo, preço de<br />

tabela. Sérgio. Tel.: 8286-4113. E-mail:<br />

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Vende-se Fiesta, 95, cor vinho, gasolina,<br />

documento ok. Valor: R$<br />

6.800,00. Juliana. Tel.: 8583-5847.<br />

Vende-se Voyage CL 1.6, 2 portas,<br />

prata, 1992/92, gasolina. Valor: R$<br />

6.700,00. Denilson. Tel.: 7315-4773. Email:<br />

denilson.pesenti@hotmail.com<br />

Vende-se Palio 98, ED, 1.0, azul, 4<br />

portas, em ótimo estado. Travas, alarme,<br />

desembaçador, ar quente.<br />

Imperdível, leva o som CD junto. Valor:<br />

R$ 12.500,00. Marcos ou Mariana.<br />

Tel.: 8669-001.<br />

Vende-se Fiesta 97, básico + RLL, impecável.<br />

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Valor: R$ 6.500,00 + 15 x R$ 509,29 c/<br />

som + R$ 4 mil. Aceito moto. Thiago. Tel.:<br />

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mil. Alessandro. Tel.: 7140-0917.<br />

Vende-se Fiat Tipo, ano 94, cor<br />

prata,completo. R$ 7.000,00. Aceito<br />

contra proposta. Rodrigo Farias de<br />

Assis. Tel.: 7680-3026. E-mail:<br />

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Vende-se Br asília, modelo esportiva,<br />

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Vende-se Kombi, 1975, raridade, peça<br />

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Vende-se Ford Ecospor t XLS 1.6,<br />

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14.500,00 à vista. Tel.: 3979-7799<br />

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0902. E-mail: leygomes.jazz@gmail.com<br />

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Diogo. Tel.: 7675-5334. E-mail:<br />

diogo.vieiranovais@gmail.com


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para DVD player) com memory card<br />

e CDs. Valor : R$ 400,00. Alan Luiz.<br />

Tel.: 7321-2792. E-mail:<br />

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16 ENTREVISTA<br />

Por Manuel Marques<br />

“Parabéns pela sua<br />

recondução. Conhecedor dos<br />

problemas do ensino superior,<br />

quem saiu ganhando foi a educação<br />

como um todo. Que a sua<br />

estrela continue a brilhar e irradiar<br />

sua luz nos pareceres<br />

elucidativos”, escreveu Lúcio Flávio<br />

Cosme, do Conselho de Administração<br />

Educacional da<br />

UNIBAN. “(...) você merece. O<br />

povo brasileiro merece”, acrescentou<br />

o deputado Federal<br />

Vicentinho (PT). Foi assim que<br />

cumprimentaram Milton Linhares<br />

por sua recondução ao Conselho<br />

Nacional de Educação. Não<br />

foram as únicas manifestações.<br />

O ministro da Previdência Social,<br />

Luiz Marinho, mandou um email<br />

demonstrando satisfação.<br />

Lúcia Stumpf, Presidente da<br />

UNE, fez o mesmo. Como se não<br />

bastasse, secretários de educação,<br />

deputados e educadores de<br />

todo o País fizeram questão de<br />

enviar seus cumprimentos a Milton<br />

Linhares. Exagero? Não, pois<br />

sabem que Linhares é sinônimo<br />

de educação. Em 27 anos na<br />

área do ensino superior, inúmeros<br />

periódicos publicaram seus<br />

artigos. Durante anos foi consultor<br />

de educação da rádio Bandeirantes,<br />

emissora que detém<br />

a maior audiência do<br />

radiojornalismo brasileiro. Descrever<br />

o seu currículo ocuparia<br />

mais de uma página. Por economia<br />

de espaço basta dizer que<br />

ele é engenheiro, mestre em<br />

Educação, pós-graduado em<br />

Matemática e doutorando na<br />

USP. Milton Linhares também é<br />

vice-reitor da UNIBAN e integrará<br />

o Conselho Nacional de Educação<br />

em seu segundo mandato.<br />

É este importante órgão do<br />

MEC que formula e avalia a política<br />

nacional na área, zela pela<br />

qualidade do ensino, vela pelo<br />

cumprimento da legislação educacional<br />

e assegura a participação<br />

da sociedade no aprimoramento<br />

da educação brasileira.<br />

Educação, como não poderia deixar<br />

de ser, foi o tema abordado<br />

na seguinte entrevista:<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Como o<br />

senhor viu sua recondução à<br />

Câmara de Educação Superior<br />

do Conselho Nacional de<br />

Educação?<br />

Palavra de educador<br />

Milton Linhares, conselheiro da Câmara de Educação Superior do CNE e vice-reitor<br />

da UNIBAN, fala sobre o papel do ensino superior na transformação do País<br />

Milton Linhares – Eu vejo<br />

como um reconhecimento do<br />

Ministro da Educação<br />

(Fernando Haddad) pelo trabalho<br />

que desenvolvi durante<br />

meu primeiro mandato (2004 a<br />

2008).<br />

F.U. – Como o senhor avalia<br />

seu desempenho nesses quatro<br />

primeiros anos?<br />

M.L. – Procurei dar a meus pareceres<br />

o tratamento que a legislação<br />

aplicável exige, para<br />

que meus pares na Câmara de<br />

Educação Superior pudessem<br />

deliberar com o maior grau de<br />

segurança acadêmica e jurídica<br />

possível. Penso que consegui<br />

atingir esse objetivo, pois<br />

tanto nos pareceres triviais<br />

quanto nos mais complexos,<br />

ou mesmo naqueles chamados<br />

de doutrinários, as aprovações<br />

foram quase que exclusivamente<br />

por unanimidade, graças<br />

ao cuidado que trazia em<br />

minhas argumentações e fundamentações.<br />

F.U. – Pesquisas realizadas<br />

por órgãos internacionais têm<br />

revelado que os ensinos fundamental<br />

e médio do Brasil<br />

estão entre os piores do mundo.<br />

Quais as causas de<br />

um desempenho tão<br />

abaixo dos demais?<br />

M.L. – Os resultados<br />

obtidos por<br />

estudantes brasileiros<br />

nesses<br />

testes internacionais<br />

apenas<br />

refletem<br />

a realidade<br />

e m<br />

“Sem um sistema<br />

educacional de<br />

qualidade, assumido<br />

pelo Estado, de<br />

forma equilibrada,<br />

duradoura e em<br />

harmonia com o<br />

setor privado, não<br />

há investimento que<br />

sustente a<br />

permanência<br />

brasileira na sala<br />

dos países<br />

desenvolvidos e<br />

confiáveis”<br />

que vivemos. Ao contrário do<br />

que acontece no ensino superior,<br />

a educação básica é ministrada<br />

maciçamente pelo setor<br />

público. E, com poucas exceções,<br />

nossa escola pública,<br />

nesse nível de ensino, tem graves<br />

deficiências. Falta de professores<br />

capacitados, baixos<br />

salários que afastam a procura<br />

pelas licenciaturas, violência<br />

dentro e fora da escola, pouco<br />

tempo de permanência diária<br />

no ambiente de aprendizagem,<br />

evasão precoce e repetência,<br />

só para ficarmos nos problemas<br />

mais conhecidos. Isso explica<br />

os últimos lugares das crianças<br />

e jovens brasileiros nessas<br />

avaliações.<br />

F.U. – O Plano de Desenvolvimento<br />

da Educação, lançado<br />

pelo MEC no ano passado,<br />

que entre tantas coisas cria<br />

o piso salarial para professores<br />

e inclui metas de qualidade,<br />

pode ser a solução?<br />

M.L. – Temos que ter paciência<br />

para colhermos os resultados,<br />

mas creio que se esse<br />

plano for visto como do Estado<br />

brasileiro e não de governo,<br />

o cenário atual pode mudar<br />

a nosso favor.


F.U. – No ensino superior, por<br />

que o Brasil, que cresce tanto<br />

em outras áreas, ainda não é<br />

uma grande potência na educação?<br />

M.L. – Há mais de duas décadas<br />

a demanda para o ensino<br />

superior vem dando sinais de<br />

que iria crescer. E o que fizeram<br />

os governos nesses anos<br />

todos? Se, durante esse tempo,<br />

somarmos os investimentos<br />

públicos visando ao aumento<br />

de vagas na rede de universidades<br />

gratuitas, teremos um<br />

resultado pífio, muito aquém<br />

das reais necessidades de um<br />

país continental como o nosso.<br />

O Estado brasileiro transferiu<br />

a responsabilidade da expansão<br />

do sistema para a iniciativa<br />

privada e colaborou para o<br />

atual cenário em que nos encontramos.<br />

A meu ver, um bom<br />

meio de corrigir parte dessa<br />

distorção histórica de falta de<br />

investimentos é o ProUni, pois<br />

estamos vendo hoje mais de 400<br />

mil estudantes carentes freqüentando<br />

um curso universitário no<br />

setor particular, sem pagar<br />

nada, a um custo para o governo<br />

quatro vezes menor do que<br />

se estivessem numa universidade<br />

federal.<br />

F.U. – O ProUni possibilitou a<br />

democratização do ensino<br />

superior no País?<br />

M.L. – Não, pois somente pouco<br />

mais de 10% ou 11% de jovens<br />

em idade universitária,<br />

entre os 18 e 24 anos, freqüentam<br />

um curso superior no Brasil.<br />

É um importante avanço,<br />

mas ainda há muito a ser feito.<br />

F.U. – Há muita diferença entre<br />

as instituições de ensino?<br />

Como nivelar para cima essas<br />

instituições?<br />

M.L. – Há diferenças de qualidade<br />

de ensino entre IES (Instituições<br />

de Educação Superior)<br />

de ambos os setores, no<br />

público e no privado. As avaliações<br />

que compõem o Sinaes<br />

(Sistema Nacional de Avaliação<br />

da Educação Superior) devem,<br />

acima de tudo, orientar essas<br />

instituições a corrigirem seus<br />

projetos pedagógicos e suas<br />

metas. Essa é uma questão<br />

que não se resolve, mas se<br />

acompanha e orienta, pois<br />

quem está bem hoje pode não<br />

estar amanhã, e vice-versa. O<br />

Poder Público tem a melhor<br />

das armas para combater o<br />

ensino de baixa qualidade:<br />

essa arma se chama avaliação<br />

Fotos: Amana Salles<br />

e seu uso está garantido pela<br />

Constituição. Mas para usá-la<br />

é necessário dispor de mecanismos<br />

e instrumentos eficazes,<br />

dentro do que é permitido<br />

em lei.<br />

F.U. – E qual é o papel do poder<br />

público no que diz respeito<br />

à educação superior?<br />

M.L. – Zelar pelo ensino superior<br />

de boa qualidade na graduação<br />

e na pós-graduação, tanto<br />

nas instituições mantidas por ele<br />

quanto naquelas mantidas pelo<br />

setor privado, por meio de um<br />

marco regulatório que garanta<br />

estabilidade ao sistema. As atividades<br />

de avaliação, supervi-<br />

são e regulação são prerrogativas<br />

do Estado.<br />

F.U. – O senhor era bem crítico<br />

ao antigo provão, aplicado na<br />

gestão do ministro Paulo Renato.<br />

E hoje, como avalia o novo<br />

método de avaliação do MEC?<br />

M.L. – O SINAES apresenta um<br />

conjunto de avaliações que<br />

deve ser considerado pelo<br />

MEC para avaliar as instituições<br />

de educação superior. Por<br />

isso, ele se apóia na avaliação<br />

do curso, na avaliação dos alunos<br />

ingressantes e concluintes<br />

o Enade (Exame Nacional de<br />

Desempenho dos Estudantes),<br />

e na avaliação institucional externa.<br />

Estas três dimensões<br />

convergem para um conceito<br />

global da Instituição de ensino.<br />

Por isso é mais bem elaborado<br />

e abrangente do que o antigo<br />

Provão, que não avaliava,<br />

apenas classificava as Instituições<br />

em rankings baseados<br />

numa única dimensão, a nota<br />

do aluno. Mas é preciso lembrar<br />

que, caso o MEC tenha<br />

dificuldade em concluir o ciclo<br />

avaliativo do SINAES, o atual<br />

Enade corre o risco de ter os<br />

mesmos efeitos do antigo e fracassado<br />

Provão. Ou seja, ser<br />

o único parâmetro para avaliar<br />

e ainda sob o risco de boicote<br />

dos estudantes na prova,<br />

pois a nota individual de cada<br />

aluno não é transferida para<br />

seu histórico escolar. O que<br />

gera total descompromisso<br />

com a realização da prova e<br />

pode comprometer e mascarar<br />

totalmente os resultados.<br />

F.U. – O senhor é vice-reitor da<br />

UNIBAN, uma das maiores instituições<br />

de ensino em São<br />

Paulo. Que papel ela representa<br />

no cenário da educação superior<br />

em nosso País?<br />

M.L. – A UNIBAN está entre as<br />

dez maiores universidades particulares<br />

do Brasil. Tem o ensino<br />

de graduação consolidado e<br />

vem investindo recursos próprios<br />

para obter grau de excelência<br />

na pesquisa e na pós-graduação<br />

stricto sensu, visando a<br />

formação de recursos humanos<br />

de alto nível. Como toda universidade<br />

privada brasileira, tem<br />

seus problemas com evasão,<br />

inadimplência, dentre outros,<br />

mas também tem seus pontos<br />

positivos como bons professores,<br />

excelente infra-estrutura e<br />

um dos melhores salários para<br />

docentes contratados em regime<br />

de tempo integral. Quanto ao<br />

17<br />

corpo discente, talvez seja a universidade<br />

com um dos maiores<br />

números de alunos matriculados<br />

pelo ProUni, acima de 4.700<br />

estudantes.<br />

F.U. – Em todos esses anos<br />

dedicados à educação brasileira,<br />

que ponto o senhor destaca<br />

para que os estudantes<br />

ingressem com sucesso no<br />

mercado de trabalho?<br />

M.L. – Nas entrevistas de recrutamento<br />

e seleção, as empresas<br />

costumam valorizar os<br />

candidatos que fizeram estágio<br />

em locais de trabalho com bom<br />

grau de interação entre teoria<br />

e prática. Essa combinação<br />

entre aprendizagem de qualidade<br />

e prática costuma dar<br />

certo para o estudante que<br />

também se empenha individualmente<br />

em seus estudos,<br />

pesquisando e procurando alternativas<br />

de como entender<br />

melhor seu campo de atuação<br />

profissional. Não esqueçamos<br />

que a sorte na profissão não<br />

aparece do nada, ela é uma<br />

combinação do talento com a<br />

oportunidade.<br />

F.U. – Há muitas décadas cunharam<br />

a frase de que o Brasil<br />

é o país do futuro. Qual será<br />

o papel da educação para que<br />

essa frase se transforme em<br />

realidade ainda na nossa geração?<br />

M.L. – Sem um sistema educacional<br />

de qualidade, assumido<br />

pelo Estado, de forma equilibrada,<br />

duradoura e em harmonia<br />

com o setor privado, não há<br />

investimento que sustente a<br />

permanência brasileira na sala<br />

dos países desenvolvidos e<br />

confiáveis. Basta analisarmos<br />

os países que deram grandes<br />

saltos econômicos nas últimas<br />

décadas como Japão, Alemanha,<br />

Coréia do Sul, China, Finlândia,<br />

e, aqui na América do<br />

Sul, o Chile: todos desencadearam<br />

processos de investimentos<br />

maciços em educação<br />

básica e superior, em que a<br />

elite dominante passou a contar<br />

com a contribuição e a participação<br />

significativa de mais<br />

e mais cidadãos pertencentes<br />

à sua sociedade, no contexto da<br />

construção de uma nação forte<br />

e independente, na qual não há<br />

limitações de acesso ao conhecimento.<br />

É a Educação quem<br />

transforma as pessoas, gera e<br />

dá oportunidades profissionais e<br />

de empreendedorismo, traz a<br />

ética para o centro do debate<br />

social e político.


18 TOUR CULTURAL<br />

Por Vivian Costa<br />

O termo “festa junina” substitui o<br />

nome da festa originária dos países<br />

católicos da Europa em homenagem<br />

a São João, que era chamada de festa<br />

joanina. Foi no período colonial que<br />

a tradição chegou ao Brasil e até hoje<br />

é comemorada no mês de junho, especialmente<br />

nos dias 13 (Santo<br />

Antônio), 24 (São João)<br />

e 29 (São Pedro). Em todas<br />

elas, não pode faltar<br />

fogueira, bandeirinhas,<br />

barracas de<br />

guloseimas, pratos<br />

típicos, vinho quente,<br />

música e dança.<br />

Como já é tradição,<br />

acontecem eventos<br />

do tipo em toda a Grande<br />

São Paulo. A <strong>Folha</strong><br />

Universitária selecionou alguns<br />

dos mais divertidos e tradicionais.<br />

Confira:<br />

Portuguesa<br />

Uma das mais tradicionais festas<br />

juninas da zona Norte de São Paulo<br />

tem como principais destaques as variadas<br />

atrações musicais. Do pagode<br />

de Exaltasamba e Sorriso Maroto para<br />

o emocore de NxZero e Fresno. Do pop<br />

dançante de Latino para o sertanejo<br />

romântico de Leonardo. Mas a festa<br />

também atrai pela comida típica de<br />

Portugal, além de várias atrações para<br />

a garotada.<br />

R. Comendador Nestor Pereira, 33 -<br />

Tel.: 2125-9400 – Até dia 29/06 (sab. e<br />

dom., a partir das 19h)<br />

Igreja do Calvário<br />

Em sua 28ª edição, a quermesse<br />

da Igreja do Calvário atrai pessoas de<br />

toda a cidade. Segundo seus<br />

Passeio<br />

XIII Festa do Imigrante<br />

Mais de 30 nacionalidades irão mostrar o melhor de sua gastronomia,<br />

artesanato e folclore . Memorial do Imigrante – R. Visconde de Parnaíba,<br />

1.316 – Mooca. Dias 8 e 15 de junho, das 10h às 17h. Ingressos: R$ 4,00.<br />

Mais informações: (11) 2692-1866. Site: www.memorialdoimigrante.sp.gov.br<br />

E xposições<br />

Junho é mês de festa<br />

A cidade neste mês aumenta suas opções para os finais<br />

de semana. As comemorações vão desde festas juninas<br />

tradicionais à italianíssima São Vito<br />

organizadores,<br />

por ano passam<br />

pelo local cerca<br />

de quatro mil<br />

pessoas. Este<br />

ano não será diferente.Barracas<br />

com diversas<br />

culinárias, que variam<br />

da caipira à portuguesa,<br />

shows e sorteios<br />

de brindes se destacam<br />

como principais atrativos.<br />

Rua Cardeal Arcoverde, 950 - Tel.: 3085-<br />

1307 – Preço: R$ 5 – De 31/05 a 06/06<br />

(sab. e dom., das 17h às 22h30)<br />

Sesc Ipiranga<br />

A festa junina do Sesc Ipiranga<br />

conta com uma programação que reúne<br />

shows musicais, ambientação<br />

temática, demonstração de artesãos,<br />

intervenções artísticas, manifestações<br />

populares, gastronomia, jogos<br />

Oscar Niemeyer e o Memorial da América Latina: Idéia e a Obra<br />

A mostra reúne a reprodução de esboços, croquis e obras raras do arquiteto<br />

feitas para o Memor ial. Escola Politécnica da USP – Av. Prof.<br />

Lineu Prestes, Conjunto das Químicas, Bloco 18. Até 06/06, das 8h às<br />

17h. Mais informações: 3091-5577. Entrada Franca.<br />

juninos, contadores de histórias e quadrilhas.<br />

Quem comparecer poderá se<br />

encantar com as vilas de pescadores<br />

e rendeiras do litoral brasileiro, assim<br />

como com suas festividades, mitos,<br />

lendas, costumes e culinária. Shows<br />

de Célia e Celma, Bandas Bafafá e<br />

Bicho de Pé, entre outros.<br />

Rua Bom Pastor, 822 - Tel.: 3340-2000<br />

– De 07 a 29/6 (sab. e dom., das 17h<br />

às 22h)<br />

Festa de São Vito<br />

No mês de junho, o bairro do Brás<br />

se transforma com a festa de São<br />

Vito. Com 90 anos de existência, é o<br />

principal ponto de encontro de mais<br />

de 70 mil pessoas, muitas vindas de<br />

caravanas do interior de São Paulo e<br />

de outros Estados. Todo o dinheiro arrecadado<br />

vai para a Creche São Vito,<br />

que há 12 anos atende gratuitamente<br />

a 120 crianças com idade entre 0 e 3<br />

anos. A festa conta com duas entradas,<br />

a da Cantina, um pouco mais<br />

cara, e a da Praça de Alimentação,<br />

com preço popular. Os valores de cada<br />

uma delas podem ser conferidos no<br />

site: www.associacaosaovito.com.br<br />

Rua Fernandes Silva, 96 – Brás.<br />

(Cantina); Rua Polignano a Mare,<br />

255. (Praça de Alimentação) - Tels.:<br />

3227-8234 / 3229-5678 e 3326-2957<br />

(De 24/5 a 06/07)<br />

S how<br />

Circuito Musical do ABC<br />

O SESC e a Universidade Federal do ABC realizam o primeiro circuito de<br />

música, com o intuito de apresentar novos ar tistas universitários da região<br />

do Grande ABC. Apresentação de 10 bandas de diversos estilos.<br />

SESC Santo André – R. Tamarutaca, 302. Dia 07/06. Entrada gratuita.<br />

C inema<br />

Na Natureza<br />

Selvagem<br />

A saga do jovem<br />

Christopher McCandless é<br />

uma daquelas histórias que<br />

não passa despercebida. Filho<br />

mais velho de uma família de<br />

classe média americana, ele<br />

abdicou de bens materiais e de<br />

uma vida aparentemente já encaminhada<br />

para mergulhar de<br />

cabeça no ideal utópico de viver<br />

Na Natureza Selvagem.<br />

Com a idéia obsessiva de ir<br />

rumo ao Norte, mais especificamente<br />

às montanhas gélidas<br />

do Alasca, ele se torna um<br />

andarilho que renega seu passado<br />

e traumas familiares ao<br />

atravessar o interior dos EUA<br />

com a cara e a coragem.<br />

Dirigido por Sean Penn, o<br />

longa é uma compilação de<br />

belas imagens com atuações<br />

memoráveis, com destaque<br />

para o jovem protagonista<br />

Emile Hirsch e o veterano coadjuvante<br />

Hal Holbrook, indicado<br />

ao Oscar nesta categoria.<br />

Baseado no livro homônimo e<br />

em depoimentos de familiares<br />

e pessoas que conviveram com<br />

o peregrino, o filme tem uma<br />

visão até certo ponto condescendente<br />

do protagonista ao<br />

não explorar os reflexos desta<br />

ação egoísta para com seus<br />

familiares. Nada que tire o brilho<br />

da obra, que conta com a<br />

trilha sonora de Eddie Vedder.<br />

Disponível para locação em<br />

DVD. (R.G.)<br />

As muitas vidas de Robert Altman<br />

Retrospectiva completa de Rober t Altman, com a exibição de obras clássicas<br />

do cineasta norte-americano. Centro Cultural Banco do Brasil –<br />

R. Álvares Penteado, 112. De 04/06 a 22/06. R$ 4,00. Confira programação<br />

pelo telefone 3113-3651.


ENTRETENIMENTO<br />

REFLEXÃO<br />

Convivendo com nossas ansiedades<br />

Nos últimos anos, têm sido muito<br />

freqüentes os diagnósticos psiquiátricos<br />

que envolvem sintomas<br />

de ansiedade: Transtorno Obsessivo<br />

Compulsivo, Síndrome do Pânico,<br />

Depressão... Isso nos aponta para<br />

o fato de que, dentre outras possibilidades,<br />

muitas pessoas têm convivido<br />

com a ansiedade, algumas vezes<br />

da maneira mais sofrida.<br />

Cada vez mais nos deparamos<br />

com o aumento da exigência para<br />

captarmos e assimilarmos um número<br />

maior de infor mações. Também<br />

cresce, é verdade, a demanda de nos<br />

adaptarmos e darmos conta de situações<br />

que antes não nos eram conhecidas<br />

ou delegadas. Diante disso,<br />

um grande arsenal de soluções<br />

tecnológicas surge. Se , por um lado,<br />

ele surge para facilitar nosso dia-adia,<br />

por outro também nos enclausura<br />

quando nos impõe instrumentos que<br />

antes eram desnecessários, mas<br />

que agora se tornam essenciais simplesmente<br />

pelo fato de rapidamente<br />

já terem sido incorporados à rotina<br />

como algo “essencial”; vide a impaciência<br />

que dá, por exemplo, quando<br />

por algumas horas ficamos sem o<br />

nosso celular ou a Internet.<br />

Concorra ao livro Opus Dei, Os Mitos<br />

e a Realidade. Envie um e-mail<br />

para folha_universitaria@uniban.br<br />

com nome, RA (alunos) ou RGF (funcionários),<br />

curso, campus e a resposta<br />

correta da seguinte pergunta:<br />

PROMOÇÃO<br />

Tamanha impaciência surge da<br />

cultura que viemos cristalizando, de<br />

que os problemas precisam ser resolvidos<br />

e de que, para que isso<br />

aconteça, devemos gastar o mínimo<br />

tempo (ou esforço) possível.<br />

Bom se sempre isso pudesse<br />

acontecer! No entanto, nos damos<br />

conta que esse é um grande mal da<br />

atualidade, uma vez que para que algumas<br />

soluções possam acontecer,<br />

muitas vezes é necessário ocorrer<br />

mudanças. E quem define o tempo<br />

que deve levar esses processos?<br />

Vamos ficando mal acostumados,<br />

muitas vezes impossibilitados<br />

de refletir e de criar, justamente pela<br />

pressa que temos em resolvermos<br />

ou darmos conta das situações. Vamos<br />

sendo compelidos a participar<br />

de uma maratona atrás de sucesso,<br />

atrelado ao que temos e não ao<br />

que somos. Diante de tanta “tarefa”<br />

em busca de reconhecimento, felicidade,<br />

controle e perfeição, ansiedades<br />

e angústias surgem. Nada mais<br />

lógico! Nada mais natural também<br />

que apareçam de alguma forma.<br />

Entre em contato com o GAPsi<br />

pelo site: www.gapsi.com.br<br />

A Opus Dei foi citada em qual<br />

obra do escritor Dan Brown, que<br />

foi levada às telas de cinema?<br />

O nome do ganhador sai na próxima<br />

edição da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />

Resultado da Promoção<br />

A pergunta da semana passada<br />

foi a seguinte: Qual foi o pior fora que<br />

você levou de alguém? O aluno André<br />

Luiz de Oliveira do curso de Licenciatura<br />

de Geografia disse que foi por<br />

causa do perfume que usava. Ele<br />

ganhou o livro A Fila Anda, Mas Não<br />

Empurra que é Pior, que pode ser retirado<br />

a par tir de quinta-feira na secretaria<br />

de campus.<br />

CRUZADAS<br />

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