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EXEMPLAR<br />
GRATUITO<br />
Edição:<br />
369 UNIVERSITÁRIA<br />
Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 • 02 de junho d e 2008<br />
<strong>FOLHA</strong><br />
METROPOLITANO<br />
Um passeio noturno pelo centro<br />
histórico revela uma faceta pouco<br />
conhecida da metrópole. (pág. 4)<br />
CULTURA<br />
Em época de festas juninas, a<br />
<strong>Folha</strong> Universitária preparou<br />
um roteiro especial. (pág. 18)<br />
UNIBAN<br />
Estão abertas as<br />
inscrições para o<br />
Vestibular 2008 para<br />
Cursos Superiores com<br />
duração de 2 anos.<br />
ENTREVISTA<br />
O vice-reitor da UNIBAN Prof. Milton<br />
Linhares foi reconduzido ao cargo de<br />
Conselheiro no MEC. “Eu vejo como<br />
um reconhecimento do Ministro da<br />
Educação pelo trabalho que<br />
desenvolvi durante meu primeiro<br />
mandato”. (págs. 16 e 17)<br />
ACONTECE<br />
Pesquisa do CIEE<br />
revela os medos e as<br />
expectativas do público<br />
estudantil em<br />
relação ao curso, à<br />
instituição de ensino<br />
e ao estágio. (pág. 2)<br />
SALVA-VIDAS DA AIDS<br />
Pesquisa feita pela<br />
Secretaria Municipal da<br />
Saúde e Unifesp aponta o<br />
aumento no número de<br />
casos de jovens com o<br />
vírus HIV. Sexo sem<br />
camisinha continua<br />
sendo o principal<br />
motivo do contágio.<br />
(págs. 8 e 9)
02 ACONTECE<br />
O que passa na cabeça do universitário?<br />
Por Bruno Souza<br />
Por Karen Rodrigues<br />
Pesquisa do CIEE revela os medos e as expectativas do público estudantil em<br />
relação ao curso, à instituição de ensino e ao estágio<br />
Um dos primeiros passos para<br />
exercer uma profissão de destaque é<br />
fazer um curso de graduação numa<br />
universidade. Só que nessa época da<br />
vida surgem inúmeras questões que<br />
afligem os estudantes, que vão desde<br />
o ensino oferecido pela faculdade,<br />
até a identificação com o<br />
curso escolhido. A <strong>Folha</strong> Universitária<br />
teve acesso a uma<br />
pesquisa feita pelo Centro de<br />
Integração Empresa-Escola<br />
(CIEE) e descobriu quais são<br />
os medos e as aspirações do<br />
público universitário. Realizado entre<br />
04/12/07 e 14/01/08, o questionário<br />
está disponível no portal da entidade<br />
(www.ciee.org.br) e é composto<br />
por perguntas que foram respondidas<br />
por mais de 11 mil pessoas, sendo<br />
que mais da metade são estudantes<br />
do ensino superior par ticular.<br />
Quando perguntado o que os alunos<br />
esperam de uma universidade,<br />
em primeiro lugar se destaca o<br />
Originário da Coréia, o Taekwondo<br />
é uma ar te marcial milenar que se tornou<br />
esporte olímpico em 2000, na<br />
Olimpíada de Sydney. Antes disso<br />
havia sido disputado nos Jogos de Seul<br />
(1988) e Barcelona (1992) apenas<br />
como modalidade de demonstração.<br />
Entre esse período de reconhecimento<br />
do esporte, em 1983 nascia<br />
uma grande esperança desta modalidade<br />
no Brasil, a atleta Débora<br />
Nunes. Com total incentivo da mãe,<br />
ela começou a praticar lutas de defesa<br />
pessoal aos seis anos. “Eu brigava<br />
na escola (risos) e chegava em<br />
casa chorando, com o braço arranhado,<br />
e minha mãe me pôs na luta para<br />
eu aprender a me defender”, lembra.<br />
Conheci o Taekwondo por intermédio<br />
Fotos: Divulgação/CBTKD<br />
quesito “um<br />
bom nível de<br />
ensino”. Em<br />
segundo, a<br />
necessidade<br />
de contar com “professores capacitados<br />
e comunicativos” e que também<br />
atuem no mercado de trabalho.<br />
“Muitas pessoas dizem que ouvem<br />
muita coisa em sala de aula, mas<br />
quando estão no mercado de trabalho<br />
é tudo diferente. Por isso, o professor<br />
tem de estar sempre atualizado<br />
em termos acadêmicos, e também<br />
ser uma pessoa aberta para as<br />
Da esq. para dir., o coord. técnico da<br />
Confederação Brasileira de Taekwondo,<br />
Mauro Hidek, a atleta Débora Nunes e o<br />
treinador Carlos Negrão<br />
coisas que estão acontecendo no<br />
mercado”, diz a gerente técnica de<br />
estágio do CIEE, Sylvana Rocha.<br />
Em terceiro lugar, se destaca<br />
a incessante procura por<br />
oportunidade de estágio na<br />
área de atuação, quando<br />
ocorre a aproximação entre<br />
teoria e prática. “Na minha<br />
época, a gente fazia a<br />
graduação, já tinha um estágio garantido<br />
e um emprego. Hoje está muito mais<br />
segmentado, além do que, as profissões<br />
estão multidisciplinares”, afirma<br />
a gerente. Ela diz ainda que o jovem<br />
entra na faculdade com receio, e uma<br />
das opor tunidades que ele tem de verificar<br />
se aquela escolha foi certa é<br />
sentir como é a profissão na prática.<br />
Sobre os maiores medos dos jovens<br />
entrevistados ao entrar na universidade,<br />
em primeiro<br />
lugar se destaca a não<br />
identificação com o curso<br />
escolhido. Em muitos<br />
casos, alguns<br />
alunos só per-<br />
Da defesa pessoal para as Olimpíadas<br />
A atleta Débora Nunes começou no Taekwondo para aprender auto defesa.<br />
Nos Jogos de Pequim, lutará por medalha na categoria até 57 quilos<br />
Débora Nunes, Natália Falavigna e<br />
Márcio Venceslau, da Seleção<br />
Brasileira de Taekwondo<br />
de um amigo que praticava. Comecei<br />
a fazer a luta e já pratico há 12 anos”,<br />
conta a atleta.<br />
Em 2004, Débora passou a integrar<br />
a Seleção Brasileira. Ela acredita<br />
que o esporte conquistou mais<br />
reconhecimento depois dos Jogos<br />
Pan-Americanos em 2007, porém ainda<br />
é precário de incentivo. “A falta<br />
de patrocínio torna tudo muito mais<br />
difícil. Contamos com o incentivo da<br />
Lei nº 10.264, conhecida como Lei<br />
Agnelo/Piva, no qual recebemos um<br />
salário, mas isso é só para a equipe<br />
olímpica. Eu e os outros atletas esperamos<br />
conquistar medalha olímpica<br />
e a partir daí torná-lo mais popular”.<br />
Além de representar o Brasil, a<br />
lutadora porto-alegrense recebeu<br />
uma proposta de um clube para mo-<br />
cebem esta falta de afinidade perto<br />
do final da g raduação. Em segundo,<br />
está a preocupação em não conseguir<br />
pagar o curso, que se intensifica na<br />
dificuldade de conseguir um emprego<br />
ou mesmo um estágio remunerado que<br />
ajude no custeamento dos estudos.<br />
Em terceiro lugar, está a dificuldade<br />
de acompanhar o curso, seja por conta<br />
do r itmo do professor, do próprio conteúdo<br />
programático da instituição ou<br />
de conciliar estudo, trabalho e lazer.<br />
“Hoje, o jovem faz uma universidade<br />
porque ele sabe que se não estiver<br />
nela fica difícil conseguir uma colocação<br />
no mercado de trabalho. Mas a<br />
gente sabe que o Brasil precisa de técnicos<br />
especializados. Muitas pessoas<br />
nos questionam quais são as áreas promissoras,<br />
e eu respondo assim: são<br />
diversas, escolha o que você gosta,<br />
procure profissionais da<br />
área que você tem interesse,<br />
pois quem faz<br />
a profissão é o<br />
aluno”, finaliza<br />
Sylvana.<br />
rar em São Paulo e se dedicar aos<br />
treinos e estudar. “Tranquei a faculdade<br />
de Educação Física, abdiquei<br />
de muita coisa, inclusive de morar<br />
com a minha família, mas valeu a<br />
pena. Treinar com o técnico da seleção<br />
me ajudou muito. Treino com outros<br />
atletas da seleção e este intercâmbio<br />
fez a diferença para eu conseguir<br />
a vaga”, afirma.<br />
O índice olímpico foi garantido<br />
com o título na categoria até 57 quilos<br />
da seletiva pan-americana olímpica,<br />
em Cali, na Colômbia, no mês<br />
de março. “Essa medalha de ouro<br />
na seletiva me fortaleceu. Hoje em<br />
dia vivo em função das Olimpíadas.<br />
Se não conseguir uma medalha,<br />
pelo menos vou ter a consciência<br />
limpa de que fiz tudo que podia para<br />
chegar lá”, conclui.<br />
EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Reitores: Prof. Ms. Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo<br />
Calandriello Júnior. Presidente do Conselho de Comunicação: Eduardo Fonseca. Responsável pelos Veículos de Comunicação: Rogér io Carvalho Silva. Jornalista responsável:<br />
Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designer: Ricardo Neves. Editores: Cleber Eufrasio e Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Karen Rodrigues, Manuel<br />
Marques e Vivian Costa. Fotos: Amana Salles. Estagiário: Bruno Souza. Diário Oficial UNIBAN - Coordenação: Francielli Abreu. Revisora: Mar isa De Lucia. Colaboradores: Arismar<br />
Monteiro, Marisa De Lucia, Fabiana Mello e Analú Sinopoli. Impressão: Metromídia. Cartas para a redação: Rua Bela Vista, 739 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04709-001.<br />
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04 METROPOLITANO<br />
Por Manuel Marques<br />
Centro Cultural Banco<br />
do Brasil, Edifício<br />
Mar tinelli, praças da República,<br />
do Correio e Ramos<br />
de Azevedo. O roteiro<br />
é imenso, tão grande<br />
quanto o próprio Centro de<br />
São Paulo. Mas quem<br />
construiu esses lugares<br />
tão famosos? Como era a<br />
vida das pessoas nesta região<br />
há pouco mais de um<br />
século? Há três anos, estas<br />
e inúmeras outras perguntas<br />
são respondidas semanalmente.<br />
Toda quinta-feira, com chuva ou<br />
luar, um grupo de pessoas se reúne<br />
na maior cidade da América Latina<br />
para realizar a Caminhada Noturna<br />
pelo Centro, projeto que tem como<br />
objetivo resgatar a memória e ajudar<br />
a revitalização da região. Para participar<br />
da caminhada é só aparecer em<br />
frente ao Teatro Municipal, às 20h de<br />
qualquer quinta-feira. Lá, o leitor encontrará<br />
um grupo de pessoas se preparando<br />
para a saída. Os guias são<br />
uniformizados com um colete amarelo.<br />
Os par ticipantes recebem orien-<br />
Aula de história ao luar<br />
Toda quinta-feira, um grupo de pessoas se reúne com monitores e<br />
caminha por pontos históricos do Centro de São Paulo<br />
Carlo Ferreri<br />
Na imagem à dir.,<br />
vista aérea da<br />
Praça da República<br />
tação de monitores e guias de turismo<br />
credenciados. No final,<br />
retornam ao local de saída, ou seja,<br />
às escadarias do teatro.<br />
Ao longo da caminhada, os participantes<br />
têm o privilégio de desfrutar<br />
de uma detalhada aula de história ao<br />
ar livre. Os guias conhecem profundamente<br />
episódios fundamentais na<br />
formação do centro antigo de São Paulo,<br />
com suas curiosidades, personagens<br />
e características arquitetônicas.<br />
Criada e organizada por Carlos<br />
Beutel, dono do Restaurante Vegetariano<br />
Apfel (patrocinador do evento),<br />
a Caminhada Noturna pelo Centro é<br />
mais que um passeio pela região. É<br />
um presente para a cidade de São<br />
Paulo, mas também um grito de alerta:<br />
“Eu tenho um trabalho de recuperação<br />
do centro há 13 anos. Em todos<br />
os aspectos, urbanístico, moral<br />
e enfrentamento da corrupção na Prefeitura<br />
Municipal e em outros órgãos<br />
que deveriam prestar serviço para a<br />
sociedade local”, esclarece.<br />
Bebedouro na balada<br />
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) sancionou a lei que obriga a instalação<br />
de bebedouros nas casas noturnas de São Paulo. Apresentada pela<br />
Câmara dos Vereadores e amparada por médicos e psiquiatras, a medida<br />
é preventiva e tem como foco evitar a desidratação de consumidores de<br />
bebidas alcoólicas e drogas, principalmente o<br />
ecstasy. Locais com capacidade superior<br />
a 500 pessoas terão que se enquadrar<br />
na lei e serão obrigados a ter um espaço<br />
reservado e atendimento especializado<br />
em primeiros socorros. A regulamentação<br />
deve acontecer<br />
em dois meses. A <strong>Folha</strong><br />
Universitária está de olho e<br />
vai conferir se as principais<br />
baladas da capital vão levar<br />
esta lei a sério.<br />
Fabio Mattos<br />
O prédio do Centro Cultural<br />
Banco do Brasil faz parte do<br />
roteiro noturno<br />
Fotos: www.sxc.hu<br />
Agência Luz<br />
Na foto à esq.,<br />
o imponente Teatro<br />
Municipal<br />
Carlinhos, como é conhecido<br />
Beutel, se diz um apaixonado por São<br />
Paulo e defensor ardoroso da<br />
revitalização do centro. “A caminhada<br />
foi apenas um sonho de propiciar às<br />
pessoas a possibilidade de vir e conhecer<br />
o local. Um sonho antigo que<br />
se concretizou em outubro de 2005,<br />
quando começamos. Quem vem numa<br />
caminhada de duas horas tem o perfil<br />
de cidadão educado, que gosta da cidade”,<br />
garante.<br />
Cada semana é um roteiro diferente.<br />
Mas o mais interessante são as<br />
histórias narradas pelos guias. Mesmo<br />
passando por lugares já visitados anteriormente,<br />
os freqüentadores da caminhada<br />
dão testemunho de que diferentes<br />
tópicos e novas histórias sempre<br />
surgem. Curiosidades, detalhes<br />
arquitetônicos, histórias de imigrantes,<br />
estabelecimentos e até a origem do<br />
nome de diversas ruas estão dentro<br />
das muitas explicações e apresentações<br />
durante o passeio. A jovem Thalita<br />
Ferreira brinca: “o centro está cheio de<br />
histórias, ainda bem que alguém resolveu<br />
contar. Se as pessoas soubessem<br />
metade da história de São Paulo,<br />
Fumar agora<br />
dá multa<br />
iriam se apaixonar”, declara.<br />
Basta olhar no rosto dos caminhantes<br />
para observar a alegria e o entusiasmo<br />
por andar nas velhas ruas. Um<br />
exemplo disso é o contentamento demonstrado<br />
pela paulistana Tatiane Fonseca,<br />
que vez ou outra par ticipa da caminhada.<br />
“Os guias nos<br />
conduzem com suas<br />
histórias e deixam cada<br />
lugar m uito mais bonito.<br />
Incrível o quanto passamos<br />
todos os dias nos<br />
mesmos lugares e não<br />
reparamos à nossa volta.<br />
A caminhada nos abre os<br />
olhos para esta cidade<br />
mais que maravilhosa que<br />
vivemos”, conta Tatiane.<br />
Sua amiga Carla<br />
Borotto diz que assina embaixo<br />
cada elogio e acrescenta:<br />
“Eu, como uma estudante<br />
de Turismo e admiradora da<br />
nossa história, consigo ver através dessas<br />
caminhadas um lado de São Paulo<br />
que não conhecemos, que não notamos<br />
na correria do dia-dia. É engraçado<br />
que alguns pontos da cidade viram<br />
uma calmaria e ficam muito mais<br />
bonitos à noite”, finaliza.<br />
Caminhada Noturna<br />
pelo Centro<br />
Partida: Escadaria do Teatro Municipal,<br />
na Praça Ramos de Azevedo.<br />
Quando: Todas as quintas-feiras, às<br />
20h, com retorno às 22h.<br />
Mais informações: Tels.: 3256-7909<br />
(Carlos Beutel) e 8286-0796<br />
(Fernanda). Os organizadores recomendam<br />
aos interessados em participar<br />
da caminhada que usem traje<br />
leve como bermuda, camiseta e<br />
tênis. Em época de frio, é adequado<br />
trajar moletom.<br />
Por falar em droga, fumar cigarro<br />
em área proibida passou a dar<br />
multa no valor de R$ 560,00. A lei<br />
vale para repartições públicas, bancos,<br />
hospitais e escolas. Por sua vez,<br />
estes locais devem fixar avisos de<br />
proibição. Varandas e terraços ao ar<br />
livre são os únicos locais onde é aberta<br />
exceção. A lei segue uma cruzada<br />
antitabagista promovida por vários<br />
setores da sociedade. No entanto,<br />
apresentou algumas brechas como,<br />
por exemplo, deixar de lado bares,<br />
hotéis, danceterias e restaurantes.<br />
Apesar de ter sido sancionada pelo<br />
governador José Serra (PSDB), a lei<br />
aguarda regulamentação da Secretaria<br />
Estadual da Saúde.
CADERNO<br />
PROFISSÕES<br />
Por Karen Rodrigues<br />
As diferenças entre negros e<br />
brancos na sociedade vão muito<br />
além da cor da pele. Isso pode ser<br />
comprovado na pesquisa realizada<br />
pelo Instituto de Pesquisa Econômica<br />
Aplicada (IPEA), a partir de<br />
dados do Instituto Brasileiro de<br />
Geografia e Estatística (IBGE), que<br />
revelou que a média salarial dos<br />
negros representa 53% da média<br />
entre os brancos. O estudo ainda<br />
prevê que uma equiparação salarial<br />
entre as raças irá ocorrer só daqui<br />
a 32 anos.<br />
Na visão da empresária<br />
Dinamar Makiyama, essa discrepância<br />
salarial se dá em função da<br />
ocupação de cargos mais baixos<br />
por negros e que isso não quer dizer<br />
que um gerente branco ganha<br />
mais que um negro, porque dessa<br />
for ma estaria contra a CLT. “O que<br />
ocorre é que o negro não ocupa o<br />
cargo de gerência. A falta de líderes<br />
acontece muitas vezes por causa<br />
do pouco acesso à educação”,<br />
comenta.<br />
De acordo com Antônio<br />
Carlos Malaquias,<br />
coordenador de políticas<br />
públicas e educação<br />
do Centro de Estudos<br />
das Relações do<br />
Trabalho e Desigualdade<br />
(CEERT), a sociedade<br />
está organizada<br />
dentro de uma hierarquia<br />
racial que é mais<br />
valorativa aos brancos<br />
Saiba mais sobre a<br />
carreira no Ministério<br />
Público com o<br />
Promotor de Justiça<br />
Michel Romano.<br />
(pág. 6)<br />
Um tabu a ser superado<br />
Dicas, fatos e<br />
entrevistas de<br />
mulheres que se<br />
destacaram<br />
profissionalmente.<br />
(pág. 7)<br />
Pesquisa aponta que no mercado de trabalho ainda há distinção<br />
de funções e salários entre profissionais brancos e negros<br />
Divulgação<br />
Porcentagem de negros e brancos no mercado de trabalho<br />
42,7%<br />
57,3%<br />
INDÚSTRIA<br />
36,3%<br />
63,7%<br />
SERVIÇOS<br />
FINACEIROS<br />
60,3%<br />
Fonte: IPEA, a partir de dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.<br />
do que aos negros. “A pesquisa<br />
revelou empiricamente a presença<br />
do preconceito e da discriminação.<br />
Os cargos de chefia dentro das<br />
empresas são setores extremamente<br />
conservadores dominados<br />
por homens brancos. As mulheres<br />
também são privadas do mercado<br />
de trabalho, a mulher negra mais<br />
ainda. O conservadorismo coloca o<br />
39,7%<br />
57,9%<br />
AGRICULTURA CONSTRUÇÃO<br />
CIVIL<br />
59,1%<br />
42,1% 40,9%<br />
NEGRO BRANCO, AMARELO e INDÍGENA<br />
“O que ocorre é que<br />
o negro não ocupa<br />
o cargo de gerência.<br />
A falta de líderes<br />
acontece muitas<br />
vezes por causa do<br />
pouco acesso à<br />
educação”, diz a<br />
empresária Dinamar<br />
Makiyama<br />
SERVIÇOS<br />
DOMÉSTICOS<br />
homem branco no comando da sociedade<br />
em que vivemos”, afirma.<br />
Superação de preconceitos<br />
A história profissional de<br />
Dinamar foi marcada por muita discriminação.<br />
Ela conta que com 14<br />
anos buscou seu primeiro emprego<br />
em uma agência de viagem. “As<br />
agências eram lugares muito<br />
elitizados. Há 20 anos, só viajava<br />
quem tinha muito dinheiro. Todas as<br />
entrevistas que fiz para recepcionista,<br />
eu tinha sempre como resposta<br />
que na recepção não poderia<br />
trabalhar por ser negra, mas poderia<br />
trabalhar internamente, uma<br />
vez que nesses cargos a aparência<br />
não era importante”, relembra.<br />
Por conta disso, ela desistiu dessa<br />
área e optou por mudar de car-<br />
Confira as vagas de<br />
estágios oferecidas<br />
pelo CIEE e Nube.<br />
(pág. 7)<br />
reira. “Fiz curso superior de Matemática<br />
e Estatística porque era uma<br />
profissão que não exigia contato<br />
com o público. Mas não exerci porque<br />
era uma coisa que não gostava.<br />
Foi mais uma escolha tomada<br />
por conta da sociedade”, confessa.<br />
Ainda insatisfeita profissionalmente,<br />
Dinamar decidiu partir para a<br />
área de vendas e foi trabalhar<br />
numa grande empresa. No local,<br />
sempre havia concursos internos,<br />
nos quais os funcionários eram promovidos<br />
para cargos de gerência.<br />
Ela relata que tentou uma vaga durante<br />
quatro anos e não conseguiu.<br />
“Certo dia, sentei com meu chefe<br />
e ele disse que o motivo pelo qual<br />
eu não conseguia a promoção era<br />
por ser negra”.<br />
Sem desistir, ela desenvolveu<br />
uma carreira de sucesso até os 40<br />
anos. Por conta de problemas de<br />
saúde deixou o emprego e depois<br />
de um tempo tentou voltar ao mercado<br />
de trabalho. “Já tinha mais de<br />
40 anos, mulher e afro-descendente,<br />
não consegui retornar”. Mas não<br />
desistiu. Cursou Psicologia e iniciou<br />
um estágio onde seria possível chegar<br />
à diretoria da empresa. Com a<br />
experiência que adquiriu na função,<br />
Dinamar montou sua própria empresa,<br />
dividida nas áreas de<br />
informática, recrutamento e seleção,<br />
com foco na inclusão social. A<br />
empresária afirma que a educação<br />
é tudo. Sem ela é impossível conquistar<br />
espaço no mercado de trabalho<br />
e vencer a barreira do preconceito.
06<br />
Por Francielli Abreu<br />
Trabalhar de alguma forma<br />
em prol da sociedade sempre<br />
foi um objetivo do paulistano<br />
Michel Betenjane Romano.<br />
Conseguiu colocá-lo em prática<br />
aos 24 anos de idade,<br />
quando ingressou no Ministério<br />
Público. Hoje, aos 36 anos,<br />
é Promotor de Justiça de<br />
Indaiatuba e assessor do Procurador<br />
Geral do Ministério<br />
Público do Estado de São Paulo.<br />
Ele conta que começou<br />
a carreira no interior e,<br />
desde o início, se dedica<br />
à luta contra o desvio de<br />
recursos públicos. “O<br />
combate à corrupção é<br />
uma interface muito bacana<br />
do Ministério com<br />
a sociedade”, avalia.<br />
Michel diz que não<br />
havia ninguém em sua<br />
família ligado ao Direito.<br />
O que o ajudou muito<br />
foi o estágio no Ministério<br />
Público, realizado<br />
nos dois últimos anos da<br />
universidade, e também a<br />
dedicação ao estudo. De-<br />
Além de competência e<br />
responsabilidade, a função<br />
exige poder de argumentação,<br />
capacidades de comunicação<br />
oral e escrita e<br />
gosto pelos estudos e cultura<br />
geral. É indicado<br />
ainda que a pessoa seja<br />
autoconfiante, discreta e<br />
possua capacidades de<br />
análise, convencimento e<br />
síntese, espírito de investigação<br />
e sensos crítico e de<br />
ética, entre outros.<br />
Fora isso, para ser Promotor<br />
é preciso ter formação<br />
em Direito, experiência de<br />
três anos na área jurídica,<br />
comprovada idoneidade moral,<br />
ou seja, não ter problemas<br />
com a justiça, além de<br />
prestar um concurso público<br />
concorrido e rigoroso, que<br />
inclui todas as matérias do<br />
Promotor de Justiça<br />
atua como advogado do povo<br />
Integridade moral e aprovação em concurso público rigoroso<br />
são requisitos primordiais para seguir uma das carreiras<br />
mais concorridas do Direito: o Ministério Público<br />
Fotos: Divulgação<br />
Como se tornar um Promotor<br />
curso de Direito. A avaliação é<br />
feita em três fases, que duram<br />
cerca de sete meses. A primeira<br />
é um teste objetivo. A segunda<br />
é uma prova escrita (nesta<br />
etapa são avaliados também<br />
os conhecimentos gramaticais<br />
do candidato). A terceira consiste<br />
em um exame oral, mais<br />
psicotécnico e avaliação da<br />
vida do candidato.<br />
Segundo o Promotor de Justiça<br />
e diretor-geral do Ministério<br />
Público de São Paulo, Wilson<br />
Alencar Dores, no último<br />
concurso, realizado há dois<br />
anos, foram inscritos cerca de<br />
3.800 candidatos, sendo apenas<br />
70 aprovados. Ele afirma<br />
ainda que os concursos são<br />
abertos de acordo com a demanda<br />
e o próximo será realizado<br />
no segundo semestre<br />
deste ano, no qual estarão dis-<br />
“O combate à corrupção é uma<br />
interface muito bacana do<br />
Ministério com a<br />
sociedade”, afirma o<br />
Promotor de Justiça<br />
Michel Betenjane Romano.<br />
pois de formado, freqüentou<br />
por dois anos e<br />
meio um curso preparatório<br />
para o ingresso<br />
no órgão.<br />
Mesmo apaixonado<br />
pela carreira, ele<br />
pondera que há dificuldades.<br />
Uma delas<br />
é deixar a família<br />
e morar em locais<br />
distantes. Outra<br />
é o crescimento<br />
da violência, que<br />
implica em riscos e<br />
ameaças. E também<br />
o fato da vida<br />
particular se tornar<br />
pública.<br />
poníveis 79 cargos.<br />
Wilson comenta que, uma<br />
vez aprovado, o candidato<br />
se torna Promotor de Justiça<br />
substituto e começa a<br />
atuar em várias comarcas<br />
do Estado. Passado algum<br />
tempo, pode ser promovido<br />
para Promotor de entrância<br />
inicial (atua em cidades pequenas<br />
do interior com até<br />
5 mil habitantes), depois vai<br />
para a intermediária (cidades<br />
de porte maior) e para<br />
a entrância final (São Paulo<br />
e as grandes cidades do interior).<br />
Na área final pode<br />
ainda ser promovido para o<br />
último cargo da carreira: o<br />
de Procurador de Justiça.<br />
Ao lado do Juiz, o Promotor<br />
possui uma das melhores<br />
remunerações no âmbito do<br />
Estado.<br />
O que faz o<br />
Promotor<br />
de Justiça<br />
O Promotor de Justiça é<br />
uma espécie de advogado da<br />
sociedade. Sua atuação se<br />
dá em duas áreas: criminal e<br />
cível. Na primeira, pode entrar<br />
com ações penais e conduzir<br />
inquéritos para investigar<br />
as suspeitas de crimes.<br />
Na segunda, também promove<br />
a ação e ainda atua como<br />
fiscal da lei.<br />
Seu trabalho como defensor<br />
da coletividade envolve<br />
assuntos relacionados<br />
ao meio ambiente, à<br />
improbidade administrativa<br />
(desvio de dinheiro público),<br />
à habitação e urbanismo, à<br />
infância e juventude, aos<br />
idosos e aos consumidores.<br />
O Promotor de Justiça e diretor-geral<br />
do Ministério Público<br />
de São Paulo, Wilson<br />
Alencar Dores, exemplifica:<br />
“vamos supor que aconteça<br />
um grande desmatamento<br />
na Amazônia. Neste caso, o<br />
Ministério Público vai entrar<br />
com uma ação em nome de<br />
toda uma coletividade”. Outro<br />
exemplo prático foi a implantação<br />
das filas e caixas<br />
preferenciais nos bancos.<br />
Este direito é estendido<br />
para gestantes e portadores<br />
de deficiência.<br />
Um modelo de atuação<br />
como fiscal da lei é se houver<br />
um inventário com uma<br />
fortuna e menores envolvidos<br />
na ação. O Promotor vai<br />
garantir que eles não sejam<br />
enganados pelos outros e<br />
que a herança seja dividida<br />
de acordo com a lei.
Livro - Mulheres no Comando<br />
Esta obra é voltada ao público feminino. Por meio de bons e<br />
maus exemplos de chefes, entrevistas com profissionais, conselhos<br />
e dicas bem-humoradas, as autoras Caitlin Friedman e<br />
Kimberly Yorio ajudam as mulheres a fazerem o que é necessário<br />
para se tornarem as mentoras que seus funcionários merecem<br />
ter. O livro ainda dá dicas de como desfrutar os aspectos<br />
positivos de ser líder. Para o público masculino, fica a oportunidade<br />
de entender melhor o pensamento feminino no mercado<br />
de trabalho e tratar a mulher de igual para igual.<br />
ESTÁGIOS<br />
WORKSHOP<br />
Grupo teatral Do Bosque realiza workshop com textos que passeiam pelas dramaturgias<br />
japonesa e brasileira, no qual reúne todos os processos e aspectos que envolvem a montagem<br />
de uma cena. O objetivo do grupo é colocar um espetáculo em cena ao final dos trabalhos.<br />
O evento, aberto a todos os interessados, acontece na Sociedade Brasileira de Cultura<br />
Japonesa (Bunkyo), de 07/06 a 30/08, todos os sábados, das 14h às 17h30. O endereço é<br />
R. São Joaquim, 381. O ingresso custa R$ 240 à vista, ou em três vezes de R$ 100. Informações<br />
pelo telefone: 3539-8742<br />
A Sistran, empresa de informática voltada para o mercado<br />
de seguros, abre uma vaga de estágio para a área de Teste em<br />
Tecnologia da Informação. O candidato deverá ter conhecimento<br />
de roteiro, plano e caso de Teste. Interessados devem enviar<br />
curriculum para acarvalho@sistran.com.br<br />
A empresa de serviços em Tecnologia da Informação CPM<br />
Braxis abre inscrições para o programa de estágios e capacitação<br />
a universitários e recém-formados. São 60 vagas em Desenvolvimento<br />
e Manutenção de Sistemas em Mainframe. O estágio terá<br />
duração de um ano, com possibilidade de efetivação. Os pré-requisitos<br />
são conclusão da graduação entre 2009 e 2010 em cursos<br />
ligados a TI. É necessário inglês fluente e disponibilidade de<br />
tempo integral. As inscrições podem ser feitas até o dia 02/06<br />
pelo site www.cpmbraxis.com<br />
Cursos............................................ Vagas ........... Menor Valor ........... Maior Valor<br />
Administração de Empresa ............... 81 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Análise de Sistema .............................. 1 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Arquitetura e Urbanismo .................... 19 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Ciência da Computação ..................... 1 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Ciências Biologicas ............................. 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />
Ciências Contábeis ............................ 32 ................ R$ 750,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Ciências Econômicas ......................... 2 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Publicidade Propaganda .................... 16 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.150,00<br />
Jornalismo ........................................... 1 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Design ................................................. 7 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.050,00<br />
Direito ................................................. 45 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Educação Física ................................. 6 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Engenharia Civil .................................. 5 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Engenharia Elétrica ............................. 5 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Far mácia .............................................. 6 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Fisioterapia .......................................... 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 700,00<br />
Fonoaudiologia .................................... 1 ................. R$ 400,00 ............... R$ 550,00<br />
Hotelaria .............................................. 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />
Informática .......................................... 14 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Letras .................................................. 3 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />
Marketing ............................................ 17 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Matemática .......................................... 3 ................. R$ 500,00 ............... R$ 900,00<br />
Moda .................................................... 1 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />
Nutrição ............................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 850,00<br />
Pedagogia ............................................ 9 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Psicologia ............................................ 3 ................. R$ 500,00 ............ R$ 1.050,00<br />
Química ............................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />
Secretariado Executivo....................... 6 ................. R$ 650,00 ............ R$ 1.250,00<br />
Sistema de Informação ....................... 3 ................. R$ 800,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Turismo ................................................ 9 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.<br />
FEIRAS<br />
CONCURSOS<br />
2.237 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />
Curso..................................... Semestre ....................... Bolsa Auxílio ............... OE<br />
Análise de Sistemas............... Concl. 1° sem. 2010 ....... R$ 1000,00 ................ 54288<br />
Arquitetura .............................. 2° ao 9° semestre .......... R$ 700,00 .................. 48991<br />
Administração......................... 5° e 7° semestre ............ R$ 1000,00 ................ 50990<br />
Administração......................... Concl. 2° sem. 2009 ....... R$ 7,34 por hora ....... 46777<br />
Engenharia Mecânica ............ Concl. 2° sem. 2011 ....... R$ 7,39 por hora ....... 53716<br />
Administração......................... Concl. 2° sem. 2010 ....... R$ 5,26 por hora ....... 47156<br />
Turismo ................................... 5° e 6° semestre ............ R$ 1.100,00 ............... 52948<br />
Engenharia Civil Empresarial 1° ao 6° semestre .......... R$ 900,00 .................. 48329<br />
Pedagogia .............................. 1° ao 6° semestre .......... R$ 400,00 .................. 52701<br />
Design de Interiores............... 1° ao 8° semestre .......... R$ 630,00 .................. 52385<br />
Ciências Contábeis ................ 3° ao 6° semestre .......... R$ 850,00 .................. 36713<br />
Ciências da Computação ...... Concl. 2° sem. 2008 ....... R$ 800,00 .................. 52936<br />
Engenharia Eletrônica ............ 3° ao 9° semestre .......... R$ 6,84 por hora ....... 39150<br />
Economia ................................ 3° ao 6° semestre .......... R$ 5,60 por hora ....... 51481<br />
Processamento de Dados ..... 1° ao 5° semestre .......... R$ 720,00 .................. 49072<br />
Engenharia da Computação .. 3° ao 6° semestre .......... R$ 800,00 .................. 46112<br />
Análise de Sistemas............... 3° ao 6° semestre .......... R$ 700,00 .................. 52968<br />
Turismo ................................... Concl. 2° sem. 2009 ....... R$ 836,47 .................. 35584<br />
Análise de Sistemas ............. 5º ao 8º semestre .......... R$ 1180,00 ................ 53892<br />
Administração ....................... 1º ao 4º semestre .......... R$ 1015,00 ................ 53578<br />
Arquitetura e Urbanismo ........ 3° ao 8° semestre .......... R$ 868,00 .................. 48394<br />
Administração......................... 3° ao 6° semestre ......... R$ 8,90 por hora ....... 51676<br />
Análise de Sistemas............... 2º ao 6º semestre .......... R$ 1100,00 ................ 54231<br />
Ciências contábeis ................. 3º ao 6º semestre .......... R$ 5,87 por hora ....... 54206<br />
Pedagogia ............................... 2º ao 6º semestre .......... R$ 480,00 .................. 54263<br />
Publicidade e Propaganda ..... 3° ao 6° semestre .......... R$ 700,00 .................. 26125<br />
Comunicação Social .............. 1º ao 6º semestre .......... R$ 800,00 .................. 39042<br />
Site: www.nube.com.br ou telefone:(11) 4082-9360.<br />
07<br />
O Tribunal de Justiça do Estado de São<br />
Paulo abriu concurso público para 18 vagas<br />
de Contador. O salário é de R$<br />
3.843,56, mais auxílios para alimentação,<br />
saúde e transporte. Para concorrer à vaga,<br />
o candidato deve ter concluído o curso<br />
superior de Ciências Contábeis e estar inscrito<br />
no Conselho Regional de Contabilidade.<br />
As inscrições, no valor de R$ 60, vão<br />
até o dia 20/06, e devem ser feitas pelo<br />
www.vunesp.com.br.<br />
A Secretaria de Estado da Educação<br />
abriu concurso para preenchimento de<br />
2.917 vagas, sendo que 2.545 delas são<br />
para Secretários de escola e 372 para<br />
Supervisores de ensino. As remunerações<br />
são de R$ 921,86 e R$ 2.400,29 mensais,<br />
respectivamente. As inscrições devem ser<br />
feitas pelo www.institutocentro.org.br até<br />
o dia 15/06, às 18h. A taxa para Secretário<br />
é de R$ 24,60 e de R$ 41 para Supervisor.<br />
Principal evento de negócios em programação de TV da América<br />
Latina, o 9º Fórum Brasil – Mercado Internacional de Televisão<br />
acontece de 03 a 06/06. Representantes de mais de 20<br />
países fazem do fórum seu portal de troca de informações, análise<br />
de mercados locais e oportunidades de fechar bons negócios.<br />
O evento ocorre no Centro de Convenções Frei Caneca. Mais<br />
informações pelo site www.forumbrasiltv.com.br<br />
Acontece a Fispal Tecnologia – 24ª Feira Internacional<br />
de Embalagens e Processos para a Indústria de Alimentos<br />
e Bebidas, evento que apresenta novidades tecnológicas em<br />
embalagens e equipamentos de processamento de alimentos<br />
e bebidas. De 03/06 a 06/06, no Pavilhão de Exposições do<br />
Anhembi. Mais informações www.fispal.com ou pelo telefone:<br />
3234-7725.
08 CAPA<br />
Jovens são alvo fácil da Aids<br />
Por Vivian Costa<br />
As infecções recentes com o<br />
vírus HIV são detectadas com<br />
maior proporção em jovens com<br />
menos de 25 anos. O número faz<br />
parte de uma pesquisa realizada<br />
entre maio de 2002 e abril de<br />
2004 em quatro serviços públicos<br />
de assistência aos portadores do<br />
HIV, oferecidos pela Secretaria<br />
Municipal de Saúde (SMS). O estudo<br />
mostra que dos 485 portadores<br />
do vírus HIV detectados na<br />
época, 57 (12% do total) tinham<br />
sido infectados recentemente, ou<br />
seja, há menos de 170 dias, sendo<br />
que 24 deles eram jovens. O<br />
resultado pode indicar a necessidade<br />
urgente de reforçar as<br />
ações de conscientização junto ao<br />
público jovem.<br />
O estudo, realizado em parceria<br />
com a SMS e a Universidade<br />
Federal de São Paulo (Unifesp),<br />
abordou pessoas que procuraram<br />
quatro dos 24 serviços do<br />
Programa Municipal de DST/<br />
AIDS. Dois Serviços de Assistência<br />
Especializada (SAE – unidades<br />
de Campos Elíseos e Lapa),<br />
que ofereciam teste, e outros dois<br />
Centros de Testagem e<br />
Aconselhamento (CTA – unidades<br />
Henfil e Pirituba), que também<br />
oferecem tratamento.<br />
Segundo Kátia Cristina<br />
Bassichetto, uma das autoras da<br />
pesquisa, todos os participantes<br />
procuraram os serviços espontaneamente<br />
e foram convidados a<br />
fazer parte do estudo. “Eles só tinham<br />
que responder a um questionário<br />
padrão para mostrar suas<br />
características e comportamentos<br />
e permitir que seu sangue passasse<br />
por outro tipo de análise”. Ela<br />
observa que as pessoas ainda<br />
têm medo de fazer o teste, mas<br />
“quanto mais cedo descobrir se é<br />
soropositivo, mais cedo se começa<br />
o tratamento e o corpo agradece”,<br />
explica.<br />
De acordo com Kátia, a pesquisa<br />
para verificar a infecção recente<br />
só foi possível por causa da parceria<br />
com a Unifesp, já que o exame<br />
Sthars (realizado por laboratórios<br />
capacitados em Atlanta, mas<br />
que ainda não está disponível na<br />
rede) identifica se a pessoa foi<br />
infectada há menos de 170 dias.<br />
O estudo mostra que das 485<br />
pessoas portadoras do vírus HIV,<br />
78% eram homens, 66% estavam<br />
na faixa dos 25 a 45 anos de idade,<br />
63% eram brancos, 62% solteiros<br />
e 41% tinham uma renda<br />
Pesquisa aponta que pessoas com menos de 25 anos têm se infectado<br />
com o vírus HIV por meio de relações sexuais sem preservativos<br />
www.sxc.hu<br />
mensal de quatro ou mais salários<br />
mínimos. A pesquisa apontou<br />
ainda que 90% das pessoas foram<br />
contaminadas por contato sexual,<br />
sendo que 48% diziam ser<br />
heterossexuais e 34,5% homossexuais.<br />
“Os dados mostram que o número<br />
de casos positivos tem<br />
aumentado porque quanto mais<br />
as pessoas se informam, mais<br />
elas procuram fazer o teste.<br />
E quanto mais cedo se<br />
descobrem portadoras, mais<br />
cedo podem procurar tratamento”,<br />
disse Denise Brandão da SMS<br />
Kátia afirma que “o que chamou<br />
a atenção no estudo foi a presença<br />
maciça de jovens com menos<br />
de 25 anos infectados recentemente.<br />
Quatro tinham de 14 a 19<br />
anos, e 20 deles tinham de 20 a<br />
24 anos”. Atualmente, as pesquisas<br />
mostram que o maior número<br />
de infectados é de heterossexuais,<br />
principalmente mulheres, o que vai<br />
contra o histórico de uma doença<br />
associada ao público homossexual.<br />
O estudo de São Paulo<br />
aponta “que dos 57 infectados<br />
recentes, 17% deles eram<br />
heterossexuais, 10%<br />
bissexuais e 21% homossexuais”,<br />
afirma.<br />
Quanto ao perfil predominante<br />
dos participantes,<br />
a maioria<br />
são de homens<br />
(78,4%), solteiros<br />
(61,7%), com idade<br />
entre 25 e 45 anos<br />
(65,8%) e com infecção<br />
por via sexual<br />
(89,4%).<br />
Uma das possíveis<br />
explicações<br />
para a constatação<br />
Unidades de saúde do município de São Paulo<br />
Estes serviços dispõem de coleta sistemática de dados, permitindo conhecer o perfil epidemiológico dos indivíduos<br />
infectados.<br />
Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) oferecem orientação, aconselhamento e realização de testes<br />
sorológicos. Os Centros são especializados em prevenção e em detecção de doenças sexualmente transmissíveis -<br />
DST. O atendimento pode ser anônimo, se desejado.<br />
Serviços de Assistência Especializada (SAE) realizam testes sorológicos, atividades de prevenção, diagnóstico,<br />
aconselhamento e tratam pacientes das mais variadas DST, entre elas o HIV/AIDS. Conta com um<br />
pequeno laboratório e uma equipe multidisciplinar que inclui médicos em mais de uma especialidade - psicólogos,<br />
nutricionistas, assistentes sociais e educadores, entre outros.<br />
Mais informações no site: www.dstaids.pref eitura.sp.gov.br
evela um cenário preocupante:<br />
ao receber “boas notícias” sobre<br />
a eficácia dos novos medicamentos,<br />
e sem presenciar muitas mortes<br />
em decorrência da Aids em<br />
sua geração, estes jovens estariam<br />
menos convencidos do alto risco<br />
da infecção e até da gravidade<br />
da doença e relaxaram<br />
na prevenção.<br />
“Muitos deles não sabem<br />
que o convívio<br />
com o coquetel de<br />
remédios pode não<br />
ser fácil, já que muitas<br />
pessoas têm<br />
Amana Salles<br />
efeitos colaterais e outros não se<br />
adaptam”. Reforçando esta hipótese,<br />
o estudo também somou<br />
maior número de infectados há<br />
mais tempo (crônicos) na faixa<br />
etária de 26 a 59 anos, grupo que<br />
engloba a geração que sofreu o<br />
primeiro impacto da Aids e experimentou<br />
perdas causadas pela<br />
epidemia.<br />
Na opinião de Denise<br />
Brandão, médica epidemiologista<br />
da SMS, o resultado<br />
de jovens sendo detectados<br />
é de certa forma bom.<br />
“Os dados mostram que o número<br />
de casos positivos<br />
tem aumentado porque<br />
quanto mais as<br />
pessoas se informam,<br />
mais elas<br />
procuram fazer o<br />
teste. E quanto<br />
mais cedo se<br />
descobrem<br />
portadoras,<br />
mais<br />
cedo podemprocurartratamento”,<br />
observa.<br />
Denise Brandão, médica epidemiologista da Secretaria Municipal<br />
de Saúde de São Paulo, faz uma compilação dos dados registrados<br />
via Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), na<br />
qual todos os médicos são obrigados a notificar os casos confirmados<br />
de algumas doenças, entre elas, Aids e Hepatite. “Temos verificado<br />
que o número de Aids em São Paulo tem caído. Em 2007 foram<br />
notificados 1.693 casos, e a faixa etária fica predominantemente entre<br />
as idades de 20 a 49 anos, nos dois sexos”, explica.<br />
Em relação ao HIV, ela afirma que a notificação é apenas recomendada<br />
e os dados não são precisos. “Nos casos notificados de<br />
HIV, a faixa etária fica predominantemente entre as idades de 20 a 29<br />
anos. Além desses dados, a gente trabalha ainda com a mortalidade<br />
da Aids, que também tem diminuído. No ano de 2007, essa taxa nas<br />
mulheres ficou na faixa de 5,5% contra 9,3% de 2006. Isso mostra<br />
que nossos pacientes estão tendo uma sobrevida maior”.<br />
A médica lembra ainda que a Secretaria tem trabalhado de uma<br />
maneira intensificada com a transmissão vertical. Ou seja, para que a<br />
gestante não passe o vírus para o bebê. “Este tipo de transmissão<br />
também diminuiu. Ano passado ficou apenas em 1%”, afirma. Segundo<br />
dados da SMS, a transmissão tem diminuído gradativamente já<br />
que, em 2004 e 2003 a taxa ficou em 1,9%. Em 2002 e 2001 o<br />
percentual foi de 3,5% e em 2000 foi de 8%.<br />
Para Denise, os dados mostram que estamos diante de uma epidemia<br />
heterossexual e com um grande número de mulheres infectadas.<br />
Ela lembra que a Rede Especializada em DST/AIDS tem serviços que<br />
são de assistência e teste sorológico. Porém, é tudo por demanda<br />
espontânea. Está sendo implantado em todos os serviços o diagnóstico<br />
rápido. “O resultado sai em até uma hor a e meia, ao contrário<br />
da sorologia convencional que demora até duas semanas. Com<br />
isso, a gente evita que o paciente não volte para buscar o exame”,<br />
comenta. Ao todo são 24 serviços que contam com 170 agentes de<br />
prevenção. “Nós nos baseamos na pedagogia, na educação de pares<br />
para promover a informação e a prevenção”, afirma Kátia, uma das<br />
mentoras da pesquisa. Segundo ela, é mais fácil falar de igual para<br />
igual, por isso, a Secretaria treina pessoas de grupos diferentes para<br />
lidar com var iados públicos como profissionais do sexo, homossexuais,<br />
usuários de drogas injetáveis e jovens de todas as idades para propagarem<br />
a informação.<br />
Informação<br />
A pesquisadora Kátia acredita<br />
que é importante saber<br />
onde há mais probabilidade<br />
para direcionar as ações. “Se<br />
tenho pouca munição, tenho<br />
que mirar e direcionar os possíveis<br />
alvos para atingir um<br />
maior número de pessoas”,<br />
afirma.<br />
José Carlos Veloso, do Grupo<br />
de Apoio à Prevenção da<br />
AIDS (GAPA), revela que faltam<br />
trabalhos e ações voltados para<br />
os jovens, principalmente para<br />
os que estão nos ensinos fundamental<br />
e médio, por parte dos<br />
municípios e estados. “Nessa<br />
fase, os jovens estão numa época<br />
de descobrimento, sem contar<br />
que a mídia, como um<br />
todo, tem muito apelo sexual”,<br />
afirma. Segundo ele, as<br />
Organizações não Governamentais<br />
(ONGs) têm<br />
feito um papel impor tante,<br />
mas não têm muito<br />
apoio. “Claro que algumas<br />
ações que são feitas com<br />
o Fundo das Nações Unidas<br />
para a Infância (UNICEF) e a<br />
Quanto antes, melhor<br />
Agentes em prol da vida<br />
09<br />
Organização das Nações Unidas<br />
(ONU) têm dado resultado,<br />
pois contam com propostas interessantes,<br />
porém, não são implantadas<br />
na íntegra”. Ele observa<br />
ainda que não há uma<br />
educação sexual adequada. Outro<br />
agravante é a falta de profissionais<br />
qualificados para falar<br />
no assunto com os jovens. E<br />
completa: “o que falta é política<br />
verdadeira para barrar o aumento<br />
de infectados. Os Estados<br />
e municípios deveriam ampliar<br />
as ações já estabelecidas<br />
pelo governo federal, mas isso<br />
não acontece por falta de vontade<br />
política”, finaliza.<br />
Pámela de Assis Santos (foto) é uma dessas agentes e trabalha<br />
há dois anos no projeto Plantão Jovem do Centro de Testagem e<br />
Aconselhamento (CTA) de Pirituba. Hoje tem 24 anos, mas trabalha<br />
desde os 16 com ações sociais. “Comecei na Associação de Bairro<br />
da Vila Brasilândia onde moro. Depois fui participar da Ong Ecos (Comunicação<br />
em Sexualidade) para ser uma multiplicadora de informação,<br />
antes de ir trabalhar na Secretaria Municipal de Saúde”, conta.<br />
Segundo ela, que quer no futuro ser uma assistente social, quando<br />
se é jovem, muitas vezes, não se leva a sério as informações para a<br />
vida. O tabu atrapalha o conhecimento. “Muitas garotas chegam na<br />
gente para tirar dúvidas porque não há diálogo em casa. Outros<br />
afirmam que sentem falta de ter uma disciplina<br />
sobre sexualidade nas escolas”. Pámela concorda<br />
que falta informação em todos os sentidos.<br />
“Muita gente nem sabe da existência<br />
desses serviços, e que podem fazer o teste<br />
gratuitamente. Tenho certeza que se soubessem,<br />
muitos procurariam”.<br />
Na sua opinião, outro problema é o preconceito<br />
da sociedade. Muitos repelem<br />
os soropositivos a ponto de<br />
nem pegarem em suas mãos. E<br />
tudo por falta de informação.<br />
“Por isso, acho gratificante<br />
quando vejo que consegui<br />
passar algo. Além disso, os<br />
jovens que foram<br />
infectados por transmissão<br />
vertical (durante a<br />
gestação) não escondem<br />
sua condição de<br />
soropositivo. Os que foram<br />
infectados por transar<br />
sem preservativo escondem,<br />
com medo de serem<br />
repreendidos”, finaliza.<br />
Fotos: Divulgação
POR DENTRO DA UNIBAN<br />
Por Marisa De Lucia<br />
O prof. dr. João Batista Neto,<br />
dos cursos de Turismo e História<br />
da UNIBAN, ministrou palestra<br />
sobre o tema Turismo Cultural no<br />
Brasil, no “I Simpósio de Turismo<br />
e Cultura Popular”, promovido pelo<br />
SESC-MA, no dia 20 de maio. Realizado<br />
na sede campestre do<br />
SESC-MA, na praia Olho d’Água,<br />
em São Luís, o evento teve como<br />
proposta possibilitar um panorama<br />
a respeito das discussões em<br />
torno da integração responsável<br />
entre as duas áreas.<br />
De acordo com João Batista, o<br />
simpósio busca mostrar que o Turismo<br />
não é, necessariamente,<br />
inimigo das manifestações de cultura<br />
popular. “Ao contrário, a nossa<br />
experiência tem mostrado que<br />
a cultura popular pode ser valorizada<br />
ou redescoberta ao se tornar<br />
um atrativo turístico. Tudo depende<br />
da forma como essas manifestações<br />
são apresentadas e<br />
planejadas pelo turismólogo. O turismo<br />
de massa é quem arrasa<br />
qualquer atrativo, independentemente<br />
de ter suas origens na cultura<br />
popular”, diz.<br />
Professor une conhecimento<br />
da História com o Turismo<br />
Professor João Batista participou no Maranhão de palestra<br />
onde falou do turismo cultural do País<br />
11<br />
Aluno de Letras mostra dom literário<br />
Marcelo Nocelli, na obra “O Espúrio”, revela sua paixão pela escrita. O livro apresenta<br />
os caminhos que um famoso escritor fez para desvendar um fato do passado<br />
Por Cleber Eufrasio<br />
Após ser abandonado<br />
por Geovanna, uma linda<br />
garota de programa<br />
freqüentadora dos famosos<br />
bordéis da Rua<br />
Augusta, Eric Resende<br />
toma um rumo diferente<br />
em sua vida. Nem sua<br />
renomada carreira como<br />
escritor, com obras consagradas<br />
e traduzidas para vários<br />
idiomas o livra da triste<br />
desilusão amorosa. Até ser<br />
surpreendido por uma carta<br />
que o faz trilhar caminhos tortuosos<br />
na busca de uma verdade.<br />
As surpresas tomam conta<br />
desta estória e remetem o<br />
leitor a observar determinados<br />
choques de valores morais que<br />
ganham forma na narrativa e<br />
Renato Góes<br />
A palestra do professor foi<br />
focada nas lendas e mitos criados<br />
pelo povo e sua agregação de<br />
valor numa visitação turística. Foram<br />
utilizados exemplos de cidades<br />
como Ouro Preto, São Paulo<br />
e a própria São Luís do Maranhão.<br />
Uma das lendas citadas foi a da<br />
motivam o desejo de entender<br />
como as indiferenças acontecem<br />
e para que fim caminham. Outro<br />
detalhe importante na obra são<br />
os personagens e os ambientes<br />
retratados dentro e fora do Brasil,<br />
com particularidades muito<br />
semelhantes às nossas. A cada<br />
capítulo, um novo e intrigante fato<br />
faz com que “O Espúrio”, o nome<br />
do livro, fique marcado pela busca<br />
da verdade.<br />
Esta prazerosa leitura foi escrita<br />
pelo aluno do primeiro ano<br />
Da esq. para dir., Prof. Dr. João Batista Neto, Maria dos Remédios<br />
Serra Pereira, diretora do SESC-MA e Danilo Santos de Miranda,<br />
Diretor Regional do SESC-SP.<br />
de Letras do campus Marte da<br />
UNIBAN, Marcelo Nocelli, um leitor<br />
assíduo de grandes obras literárias.<br />
Seu romance pode ser<br />
encontrado na Livraria Cultura,<br />
do Conjunto Nacional, onde foi<br />
realizado o lançamento, e na<br />
Livraria Saraiva, ao preço de<br />
R$ 39. Já na Livraria Nobel do<br />
campus Marte (MR) ele pode ser<br />
adquirido por R$ 24,90. Os três<br />
primeiros capítulos do livro estão<br />
disponíveis para leitura no<br />
site: www.marcellonocelli.com.br<br />
Marcelo Nocelli nasceu em 1973, na cidade de São Paulo.<br />
Desde muito cedo começou a escrever poesias e prosas. Tem<br />
mais de cinqüenta contos escritos e uma peça de teatro amador.<br />
Escreve para diversos sites de literatura nacional e participou<br />
de vários concursos literários. “O Espúrio” é seu primeiro<br />
romance pela LCTE Editora.<br />
“Carruagem de Ana Jansen”, uma<br />
mulher muito rica que se instalou<br />
com a família em São Luís do<br />
Maranhão e, por maltratar seus<br />
escravos, teria sido condenada a<br />
vagar perpetuamente pelas ruas<br />
da cidade numa carruagem assombrada.<br />
Divulgação<br />
Diferença entre<br />
lendas e mitos<br />
As lendas são estórias contadas<br />
por pessoas e misturam<br />
fatos reais e históricos.<br />
Os mitos são narrativas que<br />
apresentam um fato natural, histórico<br />
ou filosófico, e funcionam<br />
como ponto de equilíbrio entre o<br />
sagrado e o profano. Na Antig üidade,<br />
estas estórias faziam o papel<br />
da ciência ao explicar fenômenos<br />
da natureza.<br />
Embora mitos e lendas estejam<br />
relacionados a acontecimentos<br />
de um passado distante e fabuloso,<br />
diferem nos personagens.<br />
Os mitos têm os deuses<br />
como tema, enquanto que as lendas,<br />
homens e animais. A lenda<br />
é considerada “história falsa”, o<br />
mito “história verdadeira”.<br />
A Mitologia estuda as lendas<br />
e mitos, entre os quais podemos<br />
citar: os mitos dos deuses<br />
que deram nome aos planetas<br />
do nosso sistema como Pégaso<br />
e Hércules. Entre as lendas estão:<br />
As Lendas do Rei Artur e<br />
Robin Hood.
12<br />
Alunos visitaram<br />
as obras da linha<br />
amarela do Metrô<br />
A atividade, que faz parte da disciplina<br />
Tecnologia da Construção, proporcionou<br />
a visita ao local do fatídico acidente<br />
Por Marisa De Lucia<br />
Alunos do 5º ano do curso de<br />
Arquitetura e Urbanismo dos campi<br />
Marte e ABC da UNIBAN, realizaram<br />
no dia 17 de maio uma visita<br />
técnica às obras do Metrô da linha<br />
amarela, conhecida pelo acidente<br />
que matou sete pessoas no dia 12/<br />
01/07. Eles foram acompanhados<br />
pela arquiteta Maria Cecília<br />
Tavares, professora da disciplina<br />
de Tecnologia da Constr ução.<br />
Recepcionados pelo tecnólogo<br />
Mário Bagé e pelo arquiteto Cássio<br />
Rebelo, ambos os funcionários<br />
das empresas consorciadas<br />
que assumem a execução da<br />
obra, os alunos puderam conhe-<br />
cer o pátio de manobras e manutenção<br />
de trens, as tecnologias<br />
empregadas e a seleção de materiais<br />
de alta resistência que<br />
norteiam esta obra de 100.000 m².<br />
Os funcionários esclareceram<br />
que o Metrô só trabalha com empresas<br />
que tenham preocupação<br />
com o meio ambiente, além de<br />
possuir estação de tratamento<br />
para reuso da água e coleta seletiva<br />
dos resíduos da obra. Nos<br />
projetos das estações serão empregados<br />
materiais que possibilitarão<br />
um conforto térmico,<br />
minimizando o uso de energia,<br />
tais como vidros duplos com aplicação<br />
de películas especiais contra<br />
a radiação solar.<br />
São vinte e um cursos distribuídos em vários campi:<br />
Segurança Empresarial - ABC, MC, MBI, RG e VM.<br />
Gestão Bancária - ABC, CL, MC, MBI, OS, RG e VM.<br />
Gastronomia - MR.<br />
Gestão Financeira - ABC, CL, MC, MBI, RG e VM.<br />
Hotelaria - MR.<br />
Gestão de Seguros e Previdência - MC, MBI, OS e VM.<br />
Gestão de Pessoas - ABC, CL, MC, MR, MBI e VM.<br />
Gestão em Secretariado - CL e VM.<br />
Gestão Comercial - ABC, MR, MBI e VM<br />
Logística - ABC, CL, MC, MBI, OS, RG e VM.<br />
Fotos: Divulgação<br />
Jornada de História<br />
no campus RG<br />
A palestra abordou o panorama<br />
da legitimidade da democracia brasileira<br />
Por Marisa De Lucia<br />
Foi realizada no dia 29 de<br />
maio, no campus Rudge (RG)<br />
da UNIBAN, a Jornada de História,<br />
que teve como tema “História<br />
do Brasil em duas áreas: a<br />
Sociedade e suas manifestações<br />
de organização e de<br />
expressão”.<br />
Dentro da Jornada, que contou<br />
com a participação de alunos<br />
e professores dos 2ºs e 3ºs<br />
anos do curso de Licenciatura<br />
em História do campus Marte<br />
(MR), foi proferida a palestra “Liberalismo<br />
e Democracia no Bra-<br />
UNIBAN Brasil está com<br />
inscrições abertas para o Vestibular<br />
dos Cursos Superiores em 2 anos<br />
Rádio e TV - ABC, MR, OS e VM.<br />
Comunicação Empresarial - ABC, CL, MR, MBII, OS e VM.<br />
Marketing - ABC, CL, MR, MBII e VM.<br />
Gestão em Promoção e Merchandising - CL e VM.<br />
Design de Moda - ABC, MR e VM.<br />
Planejamento Ambiental - ABC, CL, RG e VM.<br />
Design de Móveis e Ambientes - ABC.<br />
Design de Embalagens - ABC.<br />
Radiologia - ABC<br />
Gestão de Segurança Pública - MR.<br />
Gestão Desportiva - VM.<br />
As inscrições já podem ser feitas pelo site - www.uniban.br - acessando o link “Vestibular 2008”.<br />
sil”, que abordou o tema construção<br />
democrática no Brasil,<br />
sob a ótica das relações entre<br />
capitalismo, liberalismo e organização<br />
do Estado.<br />
Ministrada pelos professores<br />
Artur Lauande Mucci, bacharel<br />
e licenciado em História, e por<br />
Alencar Fernandes de Sousa,<br />
mestre em História Social, a palestra<br />
teve como objetivo fazer<br />
uma revisão do panorama da legitimidade<br />
da democracia brasileira<br />
e de algumas condições<br />
para sua consolidação, especialmente,<br />
depois de vinte anos<br />
da Constituição de 1988.
A inclusão jurídica é um direito<br />
imprescindível para a realização da<br />
cidadania. É, certamente, uns dos<br />
fundamentos do Estado democrático<br />
de direito que não depende<br />
unicamente da positivação de direitos<br />
ou do tecnicismo jurídico,<br />
mas, também, do ato moral (ou<br />
ético) dos agentes (autoridade, empregados,<br />
administradores ou funcionários<br />
públicos).<br />
Vê-se, por exemplo, a<br />
corrupção como um fenômeno que<br />
repercute tanto no desenvolvimento<br />
econômico como na realização da<br />
cidadania, aqui definida como um<br />
ideal que, na prática, depende da<br />
inclusão jurídica, isto é, da possibilidade<br />
concreta e objetiva de reivindicar<br />
direitos. Eis aí a<br />
interconexão possível entre os<br />
construtos moralidade, cidadania e<br />
inclusão jurídica.<br />
Assim, a inclusão jurídica se<br />
manifesta como um fenômeno<br />
transdisciplinar que diz respeito<br />
tanto ao acesso à justiça (e à assistência<br />
jurídica) como à existência<br />
de crenças, interesses e condutas<br />
(atitudes) favoráveis ou não<br />
FOTOS DA SEMANA<br />
Divulgação<br />
Prof. Pablo Jiménez Serrano<br />
Mestre em Filosofia e Doutor em Direito.<br />
Professor e Pesquisador da UNIBAN.<br />
Ética Pública, Inclusão Jurídica<br />
e Cidadania<br />
aos dos direitos humanos, à justiça<br />
e ao bem-estar social.<br />
Eis por que o ideal de cidadania,<br />
aqui considerado a base das<br />
garantias dos direitos sociais, especificamente<br />
da inclusão jurídica,<br />
não se realiza unicamente pela legalidade,<br />
mas também pela<br />
moralidade, princípios prescritos no<br />
art. 37 da Constituição da República<br />
Federativa do Brasil, que regem<br />
a definição e a distribuição eqüitativa<br />
do direito à inclusão jurídica.<br />
É possível, com efeito, concluir<br />
que a inclusão jurídica compreende<br />
um direito concretamente determinado<br />
tanto pela lei como pela vontade<br />
dos agentes públicos encarregados<br />
da realização da justiça. Logo,<br />
a exclusão jurídica é um problema<br />
complexo criado e recriado pelos<br />
modelos educacionais, que definem,<br />
entre outras coisas, a consciência<br />
social: jurídica e moral e que<br />
repercute na obediência (respeito)<br />
às leis, na moralidade administrativa,<br />
na segurança jurídica, no desenvolvimento<br />
socioeconômico e cultural<br />
e no bem-estar social de um<br />
determinado país.<br />
TV UNIBAN<br />
13<br />
Destaques da programação: 02/06 a 08/06<br />
Não perca a programação da TV UNIBAN desta semana:<br />
REFERÊNCIAS - ZUZA HOMEM DE MELLO<br />
O jornalista e crítico musical é referência quando o assunto<br />
é a MPB. Ele comenta os bastidores dos festivais da TV<br />
Record, de sua relação com a música e comenta depoimentos<br />
de amigos como Solano Ribeiro e Jair Rodrigues,<br />
entre outros.<br />
P2 - MOTOCICLISTAS<br />
Amantes da liberdade e apaixonados pelas duas rodas, eles<br />
curtem cada detalhe de suas máquinas, customizando e<br />
incrementando Harley-Davidson e similares. Mais que um<br />
hobby, andar de moto, para eles é um estilo de vida.<br />
REVISTA UNIBAN:<br />
Nesta semana, um aluno para quem as ar tes gráficas, a<br />
tatuagem e o grafite foram definitivos para sua escolha profissional.<br />
O professor Valdevino fala de José Saramago e o<br />
livro “Ensaio sobre a Cegueira”.<br />
SALADA MISTA - CARROS<br />
Vale a pena comprar um veículo novo, economizar na manutenção,<br />
mas pagar valores altos de seguro? Ou vale mais<br />
fazer o contrário? Conheça os prós e os contras deste mercado<br />
e quanto custa ter e manter um carro.<br />
GRANDE SÃO PAULO - TRABALHADORES DA NOITE<br />
Dizem que São Paulo não pára. À noite, enquanto alguns<br />
cidadãos dormem, outros trabalham. Conheça a rotina das<br />
pessoas que trabalham na noite, seja por exigência profissional<br />
ou por opção de vida.<br />
Confira os canais e toda a programação da TV UNIBAN no site:<br />
www.uniban.br/hotsites/tv<br />
Alunos e professores posam para foto durante a Jornada de<br />
Matemática e Física, realizada nos dias 26 e 27/05 no campus<br />
Campo Limpo (CL). Saiba mais no hotsite da Central de<br />
Comunicação no portal da UNIBAN (www.uniban.br)
14 CLASSIFICADOS<br />
Motos<br />
Compra-se moto até R$ 1.500,00.<br />
Alline Mar tins. Tel.: 9464-3685. E-mail:<br />
allininha_sbc@hotmail.com<br />
Vende-se moto Suzuki, Burgman,<br />
AN125, cor vermelha, com 7.500km.<br />
Valor: R$ 3.700,00. Daniella Caxeta.<br />
Tel.: 3729-5279 ou 9466-9744.<br />
Vende-se ou troca-se moto Suzuki<br />
GS500, ano 98, vermelha e preta.<br />
Com 49.400km rodados. Valor: R$<br />
8.500,00 + débitos. Wagner Almeida.<br />
Tel.: 8963-5195<br />
Vende-se minimoto, 50 cc, sem uso.<br />
Capacidade de 90 kg, motor 2 tempos,<br />
na caixa. Valor: R$ 1500,00.<br />
Claudio. Tel.: 3326-3002. E-mail:<br />
lopestwr@pop.com.br<br />
Vende-se moto NX200, cor roxa, doc/<br />
mecânica ok. Valor: R$ 4.700,00.<br />
Vende-se NX Sahara 350, ótimo estado,<br />
doc. ok. Valor: R$ 5.800,00.<br />
Fernando. Tel.: 8505-5619. E-mail:<br />
mto_ldf@yahoo.com.br<br />
Vende-se Hanter 90, 2007, com<br />
9500 km rodados, doc. ok. Valor : R$<br />
2.700,00. Tel.: 9508-8819. E-mail:<br />
rogeriosnroger@hotmail.com<br />
Vende-se Suzuki Yes 2007, com 6 mil<br />
Km rodados. Matteo. Tel.: 9970-2693.<br />
E-mail: matteo@patriota.com.br<br />
Vende-se CG Titan, 150 km ok. 2008/<br />
2008. Valor: R$ 5.800,00. Rafael.<br />
Tels.: 3426-6808 / 7380-1246. E-mail:<br />
rafael_cezini@yahoo.com.br<br />
Vende-se CG 150 Titan KS (verde)<br />
2005, em ótimo estado. Único<br />
dono. Valor: R$ 3.999,00. Tiago<br />
Costa. Tel.: 8641-1267. E-mail:<br />
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elétrica, 2005, azul, c/ 27 mil,<br />
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16 ENTREVISTA<br />
Por Manuel Marques<br />
“Parabéns pela sua<br />
recondução. Conhecedor dos<br />
problemas do ensino superior,<br />
quem saiu ganhando foi a educação<br />
como um todo. Que a sua<br />
estrela continue a brilhar e irradiar<br />
sua luz nos pareceres<br />
elucidativos”, escreveu Lúcio Flávio<br />
Cosme, do Conselho de Administração<br />
Educacional da<br />
UNIBAN. “(...) você merece. O<br />
povo brasileiro merece”, acrescentou<br />
o deputado Federal<br />
Vicentinho (PT). Foi assim que<br />
cumprimentaram Milton Linhares<br />
por sua recondução ao Conselho<br />
Nacional de Educação. Não<br />
foram as únicas manifestações.<br />
O ministro da Previdência Social,<br />
Luiz Marinho, mandou um email<br />
demonstrando satisfação.<br />
Lúcia Stumpf, Presidente da<br />
UNE, fez o mesmo. Como se não<br />
bastasse, secretários de educação,<br />
deputados e educadores de<br />
todo o País fizeram questão de<br />
enviar seus cumprimentos a Milton<br />
Linhares. Exagero? Não, pois<br />
sabem que Linhares é sinônimo<br />
de educação. Em 27 anos na<br />
área do ensino superior, inúmeros<br />
periódicos publicaram seus<br />
artigos. Durante anos foi consultor<br />
de educação da rádio Bandeirantes,<br />
emissora que detém<br />
a maior audiência do<br />
radiojornalismo brasileiro. Descrever<br />
o seu currículo ocuparia<br />
mais de uma página. Por economia<br />
de espaço basta dizer que<br />
ele é engenheiro, mestre em<br />
Educação, pós-graduado em<br />
Matemática e doutorando na<br />
USP. Milton Linhares também é<br />
vice-reitor da UNIBAN e integrará<br />
o Conselho Nacional de Educação<br />
em seu segundo mandato.<br />
É este importante órgão do<br />
MEC que formula e avalia a política<br />
nacional na área, zela pela<br />
qualidade do ensino, vela pelo<br />
cumprimento da legislação educacional<br />
e assegura a participação<br />
da sociedade no aprimoramento<br />
da educação brasileira.<br />
Educação, como não poderia deixar<br />
de ser, foi o tema abordado<br />
na seguinte entrevista:<br />
<strong>Folha</strong> Universitária – Como o<br />
senhor viu sua recondução à<br />
Câmara de Educação Superior<br />
do Conselho Nacional de<br />
Educação?<br />
Palavra de educador<br />
Milton Linhares, conselheiro da Câmara de Educação Superior do CNE e vice-reitor<br />
da UNIBAN, fala sobre o papel do ensino superior na transformação do País<br />
Milton Linhares – Eu vejo<br />
como um reconhecimento do<br />
Ministro da Educação<br />
(Fernando Haddad) pelo trabalho<br />
que desenvolvi durante<br />
meu primeiro mandato (2004 a<br />
2008).<br />
F.U. – Como o senhor avalia<br />
seu desempenho nesses quatro<br />
primeiros anos?<br />
M.L. – Procurei dar a meus pareceres<br />
o tratamento que a legislação<br />
aplicável exige, para<br />
que meus pares na Câmara de<br />
Educação Superior pudessem<br />
deliberar com o maior grau de<br />
segurança acadêmica e jurídica<br />
possível. Penso que consegui<br />
atingir esse objetivo, pois<br />
tanto nos pareceres triviais<br />
quanto nos mais complexos,<br />
ou mesmo naqueles chamados<br />
de doutrinários, as aprovações<br />
foram quase que exclusivamente<br />
por unanimidade, graças<br />
ao cuidado que trazia em<br />
minhas argumentações e fundamentações.<br />
F.U. – Pesquisas realizadas<br />
por órgãos internacionais têm<br />
revelado que os ensinos fundamental<br />
e médio do Brasil<br />
estão entre os piores do mundo.<br />
Quais as causas de<br />
um desempenho tão<br />
abaixo dos demais?<br />
M.L. – Os resultados<br />
obtidos por<br />
estudantes brasileiros<br />
nesses<br />
testes internacionais<br />
apenas<br />
refletem<br />
a realidade<br />
e m<br />
“Sem um sistema<br />
educacional de<br />
qualidade, assumido<br />
pelo Estado, de<br />
forma equilibrada,<br />
duradoura e em<br />
harmonia com o<br />
setor privado, não<br />
há investimento que<br />
sustente a<br />
permanência<br />
brasileira na sala<br />
dos países<br />
desenvolvidos e<br />
confiáveis”<br />
que vivemos. Ao contrário do<br />
que acontece no ensino superior,<br />
a educação básica é ministrada<br />
maciçamente pelo setor<br />
público. E, com poucas exceções,<br />
nossa escola pública,<br />
nesse nível de ensino, tem graves<br />
deficiências. Falta de professores<br />
capacitados, baixos<br />
salários que afastam a procura<br />
pelas licenciaturas, violência<br />
dentro e fora da escola, pouco<br />
tempo de permanência diária<br />
no ambiente de aprendizagem,<br />
evasão precoce e repetência,<br />
só para ficarmos nos problemas<br />
mais conhecidos. Isso explica<br />
os últimos lugares das crianças<br />
e jovens brasileiros nessas<br />
avaliações.<br />
F.U. – O Plano de Desenvolvimento<br />
da Educação, lançado<br />
pelo MEC no ano passado,<br />
que entre tantas coisas cria<br />
o piso salarial para professores<br />
e inclui metas de qualidade,<br />
pode ser a solução?<br />
M.L. – Temos que ter paciência<br />
para colhermos os resultados,<br />
mas creio que se esse<br />
plano for visto como do Estado<br />
brasileiro e não de governo,<br />
o cenário atual pode mudar<br />
a nosso favor.
F.U. – No ensino superior, por<br />
que o Brasil, que cresce tanto<br />
em outras áreas, ainda não é<br />
uma grande potência na educação?<br />
M.L. – Há mais de duas décadas<br />
a demanda para o ensino<br />
superior vem dando sinais de<br />
que iria crescer. E o que fizeram<br />
os governos nesses anos<br />
todos? Se, durante esse tempo,<br />
somarmos os investimentos<br />
públicos visando ao aumento<br />
de vagas na rede de universidades<br />
gratuitas, teremos um<br />
resultado pífio, muito aquém<br />
das reais necessidades de um<br />
país continental como o nosso.<br />
O Estado brasileiro transferiu<br />
a responsabilidade da expansão<br />
do sistema para a iniciativa<br />
privada e colaborou para o<br />
atual cenário em que nos encontramos.<br />
A meu ver, um bom<br />
meio de corrigir parte dessa<br />
distorção histórica de falta de<br />
investimentos é o ProUni, pois<br />
estamos vendo hoje mais de 400<br />
mil estudantes carentes freqüentando<br />
um curso universitário no<br />
setor particular, sem pagar<br />
nada, a um custo para o governo<br />
quatro vezes menor do que<br />
se estivessem numa universidade<br />
federal.<br />
F.U. – O ProUni possibilitou a<br />
democratização do ensino<br />
superior no País?<br />
M.L. – Não, pois somente pouco<br />
mais de 10% ou 11% de jovens<br />
em idade universitária,<br />
entre os 18 e 24 anos, freqüentam<br />
um curso superior no Brasil.<br />
É um importante avanço,<br />
mas ainda há muito a ser feito.<br />
F.U. – Há muita diferença entre<br />
as instituições de ensino?<br />
Como nivelar para cima essas<br />
instituições?<br />
M.L. – Há diferenças de qualidade<br />
de ensino entre IES (Instituições<br />
de Educação Superior)<br />
de ambos os setores, no<br />
público e no privado. As avaliações<br />
que compõem o Sinaes<br />
(Sistema Nacional de Avaliação<br />
da Educação Superior) devem,<br />
acima de tudo, orientar essas<br />
instituições a corrigirem seus<br />
projetos pedagógicos e suas<br />
metas. Essa é uma questão<br />
que não se resolve, mas se<br />
acompanha e orienta, pois<br />
quem está bem hoje pode não<br />
estar amanhã, e vice-versa. O<br />
Poder Público tem a melhor<br />
das armas para combater o<br />
ensino de baixa qualidade:<br />
essa arma se chama avaliação<br />
Fotos: Amana Salles<br />
e seu uso está garantido pela<br />
Constituição. Mas para usá-la<br />
é necessário dispor de mecanismos<br />
e instrumentos eficazes,<br />
dentro do que é permitido<br />
em lei.<br />
F.U. – E qual é o papel do poder<br />
público no que diz respeito<br />
à educação superior?<br />
M.L. – Zelar pelo ensino superior<br />
de boa qualidade na graduação<br />
e na pós-graduação, tanto<br />
nas instituições mantidas por ele<br />
quanto naquelas mantidas pelo<br />
setor privado, por meio de um<br />
marco regulatório que garanta<br />
estabilidade ao sistema. As atividades<br />
de avaliação, supervi-<br />
são e regulação são prerrogativas<br />
do Estado.<br />
F.U. – O senhor era bem crítico<br />
ao antigo provão, aplicado na<br />
gestão do ministro Paulo Renato.<br />
E hoje, como avalia o novo<br />
método de avaliação do MEC?<br />
M.L. – O SINAES apresenta um<br />
conjunto de avaliações que<br />
deve ser considerado pelo<br />
MEC para avaliar as instituições<br />
de educação superior. Por<br />
isso, ele se apóia na avaliação<br />
do curso, na avaliação dos alunos<br />
ingressantes e concluintes<br />
o Enade (Exame Nacional de<br />
Desempenho dos Estudantes),<br />
e na avaliação institucional externa.<br />
Estas três dimensões<br />
convergem para um conceito<br />
global da Instituição de ensino.<br />
Por isso é mais bem elaborado<br />
e abrangente do que o antigo<br />
Provão, que não avaliava,<br />
apenas classificava as Instituições<br />
em rankings baseados<br />
numa única dimensão, a nota<br />
do aluno. Mas é preciso lembrar<br />
que, caso o MEC tenha<br />
dificuldade em concluir o ciclo<br />
avaliativo do SINAES, o atual<br />
Enade corre o risco de ter os<br />
mesmos efeitos do antigo e fracassado<br />
Provão. Ou seja, ser<br />
o único parâmetro para avaliar<br />
e ainda sob o risco de boicote<br />
dos estudantes na prova,<br />
pois a nota individual de cada<br />
aluno não é transferida para<br />
seu histórico escolar. O que<br />
gera total descompromisso<br />
com a realização da prova e<br />
pode comprometer e mascarar<br />
totalmente os resultados.<br />
F.U. – O senhor é vice-reitor da<br />
UNIBAN, uma das maiores instituições<br />
de ensino em São<br />
Paulo. Que papel ela representa<br />
no cenário da educação superior<br />
em nosso País?<br />
M.L. – A UNIBAN está entre as<br />
dez maiores universidades particulares<br />
do Brasil. Tem o ensino<br />
de graduação consolidado e<br />
vem investindo recursos próprios<br />
para obter grau de excelência<br />
na pesquisa e na pós-graduação<br />
stricto sensu, visando a<br />
formação de recursos humanos<br />
de alto nível. Como toda universidade<br />
privada brasileira, tem<br />
seus problemas com evasão,<br />
inadimplência, dentre outros,<br />
mas também tem seus pontos<br />
positivos como bons professores,<br />
excelente infra-estrutura e<br />
um dos melhores salários para<br />
docentes contratados em regime<br />
de tempo integral. Quanto ao<br />
17<br />
corpo discente, talvez seja a universidade<br />
com um dos maiores<br />
números de alunos matriculados<br />
pelo ProUni, acima de 4.700<br />
estudantes.<br />
F.U. – Em todos esses anos<br />
dedicados à educação brasileira,<br />
que ponto o senhor destaca<br />
para que os estudantes<br />
ingressem com sucesso no<br />
mercado de trabalho?<br />
M.L. – Nas entrevistas de recrutamento<br />
e seleção, as empresas<br />
costumam valorizar os<br />
candidatos que fizeram estágio<br />
em locais de trabalho com bom<br />
grau de interação entre teoria<br />
e prática. Essa combinação<br />
entre aprendizagem de qualidade<br />
e prática costuma dar<br />
certo para o estudante que<br />
também se empenha individualmente<br />
em seus estudos,<br />
pesquisando e procurando alternativas<br />
de como entender<br />
melhor seu campo de atuação<br />
profissional. Não esqueçamos<br />
que a sorte na profissão não<br />
aparece do nada, ela é uma<br />
combinação do talento com a<br />
oportunidade.<br />
F.U. – Há muitas décadas cunharam<br />
a frase de que o Brasil<br />
é o país do futuro. Qual será<br />
o papel da educação para que<br />
essa frase se transforme em<br />
realidade ainda na nossa geração?<br />
M.L. – Sem um sistema educacional<br />
de qualidade, assumido<br />
pelo Estado, de forma equilibrada,<br />
duradoura e em harmonia<br />
com o setor privado, não há<br />
investimento que sustente a<br />
permanência brasileira na sala<br />
dos países desenvolvidos e<br />
confiáveis. Basta analisarmos<br />
os países que deram grandes<br />
saltos econômicos nas últimas<br />
décadas como Japão, Alemanha,<br />
Coréia do Sul, China, Finlândia,<br />
e, aqui na América do<br />
Sul, o Chile: todos desencadearam<br />
processos de investimentos<br />
maciços em educação<br />
básica e superior, em que a<br />
elite dominante passou a contar<br />
com a contribuição e a participação<br />
significativa de mais<br />
e mais cidadãos pertencentes<br />
à sua sociedade, no contexto da<br />
construção de uma nação forte<br />
e independente, na qual não há<br />
limitações de acesso ao conhecimento.<br />
É a Educação quem<br />
transforma as pessoas, gera e<br />
dá oportunidades profissionais e<br />
de empreendedorismo, traz a<br />
ética para o centro do debate<br />
social e político.
18 TOUR CULTURAL<br />
Por Vivian Costa<br />
O termo “festa junina” substitui o<br />
nome da festa originária dos países<br />
católicos da Europa em homenagem<br />
a São João, que era chamada de festa<br />
joanina. Foi no período colonial que<br />
a tradição chegou ao Brasil e até hoje<br />
é comemorada no mês de junho, especialmente<br />
nos dias 13 (Santo<br />
Antônio), 24 (São João)<br />
e 29 (São Pedro). Em todas<br />
elas, não pode faltar<br />
fogueira, bandeirinhas,<br />
barracas de<br />
guloseimas, pratos<br />
típicos, vinho quente,<br />
música e dança.<br />
Como já é tradição,<br />
acontecem eventos<br />
do tipo em toda a Grande<br />
São Paulo. A <strong>Folha</strong><br />
Universitária selecionou alguns<br />
dos mais divertidos e tradicionais.<br />
Confira:<br />
Portuguesa<br />
Uma das mais tradicionais festas<br />
juninas da zona Norte de São Paulo<br />
tem como principais destaques as variadas<br />
atrações musicais. Do pagode<br />
de Exaltasamba e Sorriso Maroto para<br />
o emocore de NxZero e Fresno. Do pop<br />
dançante de Latino para o sertanejo<br />
romântico de Leonardo. Mas a festa<br />
também atrai pela comida típica de<br />
Portugal, além de várias atrações para<br />
a garotada.<br />
R. Comendador Nestor Pereira, 33 -<br />
Tel.: 2125-9400 – Até dia 29/06 (sab. e<br />
dom., a partir das 19h)<br />
Igreja do Calvário<br />
Em sua 28ª edição, a quermesse<br />
da Igreja do Calvário atrai pessoas de<br />
toda a cidade. Segundo seus<br />
Passeio<br />
XIII Festa do Imigrante<br />
Mais de 30 nacionalidades irão mostrar o melhor de sua gastronomia,<br />
artesanato e folclore . Memorial do Imigrante – R. Visconde de Parnaíba,<br />
1.316 – Mooca. Dias 8 e 15 de junho, das 10h às 17h. Ingressos: R$ 4,00.<br />
Mais informações: (11) 2692-1866. Site: www.memorialdoimigrante.sp.gov.br<br />
E xposições<br />
Junho é mês de festa<br />
A cidade neste mês aumenta suas opções para os finais<br />
de semana. As comemorações vão desde festas juninas<br />
tradicionais à italianíssima São Vito<br />
organizadores,<br />
por ano passam<br />
pelo local cerca<br />
de quatro mil<br />
pessoas. Este<br />
ano não será diferente.Barracas<br />
com diversas<br />
culinárias, que variam<br />
da caipira à portuguesa,<br />
shows e sorteios<br />
de brindes se destacam<br />
como principais atrativos.<br />
Rua Cardeal Arcoverde, 950 - Tel.: 3085-<br />
1307 – Preço: R$ 5 – De 31/05 a 06/06<br />
(sab. e dom., das 17h às 22h30)<br />
Sesc Ipiranga<br />
A festa junina do Sesc Ipiranga<br />
conta com uma programação que reúne<br />
shows musicais, ambientação<br />
temática, demonstração de artesãos,<br />
intervenções artísticas, manifestações<br />
populares, gastronomia, jogos<br />
Oscar Niemeyer e o Memorial da América Latina: Idéia e a Obra<br />
A mostra reúne a reprodução de esboços, croquis e obras raras do arquiteto<br />
feitas para o Memor ial. Escola Politécnica da USP – Av. Prof.<br />
Lineu Prestes, Conjunto das Químicas, Bloco 18. Até 06/06, das 8h às<br />
17h. Mais informações: 3091-5577. Entrada Franca.<br />
juninos, contadores de histórias e quadrilhas.<br />
Quem comparecer poderá se<br />
encantar com as vilas de pescadores<br />
e rendeiras do litoral brasileiro, assim<br />
como com suas festividades, mitos,<br />
lendas, costumes e culinária. Shows<br />
de Célia e Celma, Bandas Bafafá e<br />
Bicho de Pé, entre outros.<br />
Rua Bom Pastor, 822 - Tel.: 3340-2000<br />
– De 07 a 29/6 (sab. e dom., das 17h<br />
às 22h)<br />
Festa de São Vito<br />
No mês de junho, o bairro do Brás<br />
se transforma com a festa de São<br />
Vito. Com 90 anos de existência, é o<br />
principal ponto de encontro de mais<br />
de 70 mil pessoas, muitas vindas de<br />
caravanas do interior de São Paulo e<br />
de outros Estados. Todo o dinheiro arrecadado<br />
vai para a Creche São Vito,<br />
que há 12 anos atende gratuitamente<br />
a 120 crianças com idade entre 0 e 3<br />
anos. A festa conta com duas entradas,<br />
a da Cantina, um pouco mais<br />
cara, e a da Praça de Alimentação,<br />
com preço popular. Os valores de cada<br />
uma delas podem ser conferidos no<br />
site: www.associacaosaovito.com.br<br />
Rua Fernandes Silva, 96 – Brás.<br />
(Cantina); Rua Polignano a Mare,<br />
255. (Praça de Alimentação) - Tels.:<br />
3227-8234 / 3229-5678 e 3326-2957<br />
(De 24/5 a 06/07)<br />
S how<br />
Circuito Musical do ABC<br />
O SESC e a Universidade Federal do ABC realizam o primeiro circuito de<br />
música, com o intuito de apresentar novos ar tistas universitários da região<br />
do Grande ABC. Apresentação de 10 bandas de diversos estilos.<br />
SESC Santo André – R. Tamarutaca, 302. Dia 07/06. Entrada gratuita.<br />
C inema<br />
Na Natureza<br />
Selvagem<br />
A saga do jovem<br />
Christopher McCandless é<br />
uma daquelas histórias que<br />
não passa despercebida. Filho<br />
mais velho de uma família de<br />
classe média americana, ele<br />
abdicou de bens materiais e de<br />
uma vida aparentemente já encaminhada<br />
para mergulhar de<br />
cabeça no ideal utópico de viver<br />
Na Natureza Selvagem.<br />
Com a idéia obsessiva de ir<br />
rumo ao Norte, mais especificamente<br />
às montanhas gélidas<br />
do Alasca, ele se torna um<br />
andarilho que renega seu passado<br />
e traumas familiares ao<br />
atravessar o interior dos EUA<br />
com a cara e a coragem.<br />
Dirigido por Sean Penn, o<br />
longa é uma compilação de<br />
belas imagens com atuações<br />
memoráveis, com destaque<br />
para o jovem protagonista<br />
Emile Hirsch e o veterano coadjuvante<br />
Hal Holbrook, indicado<br />
ao Oscar nesta categoria.<br />
Baseado no livro homônimo e<br />
em depoimentos de familiares<br />
e pessoas que conviveram com<br />
o peregrino, o filme tem uma<br />
visão até certo ponto condescendente<br />
do protagonista ao<br />
não explorar os reflexos desta<br />
ação egoísta para com seus<br />
familiares. Nada que tire o brilho<br />
da obra, que conta com a<br />
trilha sonora de Eddie Vedder.<br />
Disponível para locação em<br />
DVD. (R.G.)<br />
As muitas vidas de Robert Altman<br />
Retrospectiva completa de Rober t Altman, com a exibição de obras clássicas<br />
do cineasta norte-americano. Centro Cultural Banco do Brasil –<br />
R. Álvares Penteado, 112. De 04/06 a 22/06. R$ 4,00. Confira programação<br />
pelo telefone 3113-3651.
ENTRETENIMENTO<br />
REFLEXÃO<br />
Convivendo com nossas ansiedades<br />
Nos últimos anos, têm sido muito<br />
freqüentes os diagnósticos psiquiátricos<br />
que envolvem sintomas<br />
de ansiedade: Transtorno Obsessivo<br />
Compulsivo, Síndrome do Pânico,<br />
Depressão... Isso nos aponta para<br />
o fato de que, dentre outras possibilidades,<br />
muitas pessoas têm convivido<br />
com a ansiedade, algumas vezes<br />
da maneira mais sofrida.<br />
Cada vez mais nos deparamos<br />
com o aumento da exigência para<br />
captarmos e assimilarmos um número<br />
maior de infor mações. Também<br />
cresce, é verdade, a demanda de nos<br />
adaptarmos e darmos conta de situações<br />
que antes não nos eram conhecidas<br />
ou delegadas. Diante disso,<br />
um grande arsenal de soluções<br />
tecnológicas surge. Se , por um lado,<br />
ele surge para facilitar nosso dia-adia,<br />
por outro também nos enclausura<br />
quando nos impõe instrumentos que<br />
antes eram desnecessários, mas<br />
que agora se tornam essenciais simplesmente<br />
pelo fato de rapidamente<br />
já terem sido incorporados à rotina<br />
como algo “essencial”; vide a impaciência<br />
que dá, por exemplo, quando<br />
por algumas horas ficamos sem o<br />
nosso celular ou a Internet.<br />
Concorra ao livro Opus Dei, Os Mitos<br />
e a Realidade. Envie um e-mail<br />
para folha_universitaria@uniban.br<br />
com nome, RA (alunos) ou RGF (funcionários),<br />
curso, campus e a resposta<br />
correta da seguinte pergunta:<br />
PROMOÇÃO<br />
Tamanha impaciência surge da<br />
cultura que viemos cristalizando, de<br />
que os problemas precisam ser resolvidos<br />
e de que, para que isso<br />
aconteça, devemos gastar o mínimo<br />
tempo (ou esforço) possível.<br />
Bom se sempre isso pudesse<br />
acontecer! No entanto, nos damos<br />
conta que esse é um grande mal da<br />
atualidade, uma vez que para que algumas<br />
soluções possam acontecer,<br />
muitas vezes é necessário ocorrer<br />
mudanças. E quem define o tempo<br />
que deve levar esses processos?<br />
Vamos ficando mal acostumados,<br />
muitas vezes impossibilitados<br />
de refletir e de criar, justamente pela<br />
pressa que temos em resolvermos<br />
ou darmos conta das situações. Vamos<br />
sendo compelidos a participar<br />
de uma maratona atrás de sucesso,<br />
atrelado ao que temos e não ao<br />
que somos. Diante de tanta “tarefa”<br />
em busca de reconhecimento, felicidade,<br />
controle e perfeição, ansiedades<br />
e angústias surgem. Nada mais<br />
lógico! Nada mais natural também<br />
que apareçam de alguma forma.<br />
Entre em contato com o GAPsi<br />
pelo site: www.gapsi.com.br<br />
A Opus Dei foi citada em qual<br />
obra do escritor Dan Brown, que<br />
foi levada às telas de cinema?<br />
O nome do ganhador sai na próxima<br />
edição da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />
Resultado da Promoção<br />
A pergunta da semana passada<br />
foi a seguinte: Qual foi o pior fora que<br />
você levou de alguém? O aluno André<br />
Luiz de Oliveira do curso de Licenciatura<br />
de Geografia disse que foi por<br />
causa do perfume que usava. Ele<br />
ganhou o livro A Fila Anda, Mas Não<br />
Empurra que é Pior, que pode ser retirado<br />
a par tir de quinta-feira na secretaria<br />
de campus.<br />
CRUZADAS<br />
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