profissões entrevist entrevista metropolit ... - Folha - Uniban
profissões entrevist entrevista metropolit ... - Folha - Uniban
profissões entrevist entrevista metropolit ... - Folha - Uniban
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
EXEMPLAR<br />
GRATUITO<br />
Edição:<br />
365 UNIVERSITÁRIA<br />
Jornal da UNIBAN Brasil<br />
Ano 12 • 05 de maio d e 2008<br />
PROFISSÕES<br />
FOLHA<br />
Saibam quais são as<br />
regras de etiqueta mais<br />
importantes para se dar<br />
bem no ambiente de<br />
trabalho. (pág. 5)<br />
UNIBAN<br />
Palestra reuniu<br />
profissionais da área de<br />
Rádio e TV como o<br />
jornalista Roberto Nonato,<br />
da rádio CBN. (pág. 12)<br />
CULTURA<br />
O Sonho de Cassandra,<br />
dirigido e escrito pelo<br />
cineasta norte-americano<br />
Woody Allen, está em<br />
cartaz. (pág. 18)<br />
METROPOLIT<br />
METROPOLIT<br />
METROPOLITANO<br />
METROPOLIT<br />
METROPOLIT ANO<br />
Foto: Amana Salles/Arte: Ronaldo Paes<br />
Mesmo depois da<br />
implantação do<br />
Bilhete Único no<br />
transporte público,<br />
os assaltos a ônibus<br />
ainda continuam.<br />
(pág. 4)<br />
ENTREVIST<br />
ENTREVISTA<br />
ENTREVIST<br />
Walde-Mar de Andrade<br />
e Silva: “A Funai é uma<br />
raposa cuidando de<br />
galinhas. Eles, na<br />
maioria, são um bando<br />
de ignorantes ditando<br />
normas”. (págs. 16 e 17)<br />
A Bossa Nova, gênero musical que definiu os moldes atuais da música popular brasileira,<br />
completa 50 anos de existência. Como o estilo criado por João Gilberto e imortalizado por<br />
Tom Jobim e Vinícius de Moraes, entre tantos outros, chega a meio século sem soar como<br />
velho? (págs. 8 e 9)
02 ACONTECE<br />
Foto: www.sxc.hu<br />
Por Karen Rodrigues<br />
Pesquisa aponta aumento de peso<br />
Dados do Mapa da Saúde mostram que 13% dos brasileiros são obesos e 43%<br />
estão com o Índice de Massa Corporal maior que o ideal<br />
Apesar do investimento que a China<br />
tem feito para que os Jogos Olímpicos<br />
sejam um grande marco na história<br />
do esporte, o país teme que a<br />
edição sofra boicote por parte de alguns<br />
países que se dizem solidários<br />
às manifestações por liberdade ao<br />
povo tibetano. No histórico dos 29 jogos<br />
já realizados, as edições de 1956<br />
(Melbourne), 1976 (Montreal), 1980<br />
(Moscou) e 1984 (Los Angeles) foram<br />
vítimas de boicotes por motivos puramente<br />
políticos.<br />
De acordo com o jornalista<br />
Orlando Duarte, que participou da<br />
cobertura de dez Jogos Olímpicos, é<br />
a primeira vez que as pessoas aproveitam<br />
a passagem da tocha olímpica<br />
para se manifestarem por uma<br />
causa política. “A trajetória da tocha<br />
representa a união dos povos através<br />
do esporte. Qualquer manifesta-<br />
Por Renato Góes<br />
O Ministério da Saúde divulgou em<br />
abril deste ano um estudo intitulado<br />
Mapa da Saúde. Foram <strong>entrevist</strong>adas<br />
cerca de duas mil pessoas que moram<br />
nas 26 capitais brasileiras e Distrito<br />
Federal. O questionário era<br />
abrangente e continha perguntas<br />
relativas ao consumo de verduras,<br />
legumes, atividade física,<br />
tabagismo e diagnóstico de diabetes,<br />
entre outros. Dentre os<br />
números apresentados (que<br />
podem ser conferidos no site<br />
www.saude.gov.br), um que<br />
desponta como alarmante é referente<br />
ao tema obesidade. Cerca<br />
de 13% dos brasileiros <strong>entrevist</strong>ados<br />
são considerados<br />
obesos (IMC> ou igual a 30).<br />
Quanto aos com excesso de peso<br />
(IMC> ou igual a 25), o número cresce<br />
para preocupantes 43%.<br />
De acordo com a profa. de Nutrição<br />
da UNIBAN, Julia Sleiman,<br />
“a questão do excesso de peso<br />
correspondia a 16% da população<br />
adulta. Nestes últimos estudos, a freqüência<br />
pulou para mais de 40%. Estes<br />
dados são alarmantes, já que ultrapassam<br />
os 15% e 5% esperados<br />
pelas pesquisas internacionais para<br />
excesso de peso e obesidade”. No<br />
entanto, algumas das respostas para<br />
o aumento deste percentual estão no<br />
próprio Mapa da Saúde.<br />
O questionário aponta um baixo<br />
consumo de frutas, legumes e hortaliças<br />
(abaixo de 400g/dia). Na cidade<br />
de São Paulo, por exemplo, só 23%<br />
dos <strong>entrevist</strong>ados têm este hábito.<br />
Em contrapartida, carnes com excesso<br />
de gordura (32,8%), leite integral<br />
(53%) e refrigerantes (26,7%) fazem<br />
parte do cardápio diário de boa parte<br />
dos brasileiros. Segundo Sleiman, “o<br />
padrão alimentar brasileiro sofreu algumas<br />
mudanças nos últimos 50<br />
anos, um processo denominado transição<br />
nutricional”. Esta transformação<br />
aponta o aumento no consumo de pro-<br />
Boicotes olímpicos<br />
ção que envolva o Tibete não tem<br />
razão de ser”, diz.<br />
O jornalista critica o fato de outros<br />
problemas virem a se misturar<br />
com o esporte. “Falar que Pequim é<br />
uma cidade poluída está certo, que<br />
não tem liberdade, também, mas não<br />
cabe ao esporte resolver isso. Por<br />
que, ao invés de boicotes, os países<br />
não param de fazer relações comerciais<br />
com a China?”, questiona. Na<br />
opinião de Orlando, quando há boicote,<br />
os únicos que sofrem prejuízos<br />
são os atletas. “Em 1980 muitos foram<br />
prejudicados. O atleta tem que<br />
pensar o seguinte: estou no auge em<br />
80, não estarei em 84 e adeus 88.<br />
Por causa do boicote, o sonho olímpico<br />
de muitos atletas acabou em 1980”.<br />
O jornalista Orlando Duarte cobriu dez<br />
Jogos Olímpicos, entre eles as edições<br />
marcadas pelos boicotes políticos<br />
Foto: www.sxc.hu<br />
As manifestações políticas pró-Tibete ocorreram<br />
na passagem da Tocha Olímpica por diversos países<br />
teína animal (carne e leite integral),<br />
açúcar, achocolatados e alimentos industrializados.<br />
Já a ingestão de frutas,<br />
legumes, verduras e, até mesmo,<br />
o velho e bom “arroz com feijão”<br />
tem sofrido queda gradual.<br />
Dentre este panorama nada agradável,<br />
a professora entende que “há<br />
uma grande variedade de produtos<br />
ofertados pelas indústrias alimentícias,<br />
de olho nos consumidores que dispõe<br />
de pouco tempo para o preparo<br />
das suas refeições. Junto com o<br />
estresse do dia-a-dia, isto colabora<br />
com a adoção de hábitos não apropriados”.<br />
Na sua visão, uma das formas<br />
de combater estes números é a<br />
educação nutricional. “Ela é essencial<br />
para a aquisição de hábitos saudáveis,<br />
visando contribuir para uma<br />
melhor qualidade de vida hoje e no<br />
futuro”, completa.<br />
Até o momento, o país que mais<br />
tem cogitado a possibilidade de boicotar<br />
os Jogos Olímpicos é a França.<br />
Os protestos na passagem da<br />
tocha por Paris obrigaram a polícia a<br />
guardar a chama dentro de um ônibus<br />
para protegê-la dos manifestantes,<br />
cancelando o revezamento. Para<br />
o jornalista, a França deve respeitar<br />
os outros e organizar a sua casa. “A<br />
política francesa não deve se meter<br />
na política esportiva. Se não querem<br />
participar dos Jogos cortem a sua<br />
participação e pronto”, afirma.<br />
Embora os protestos ainda permaneçam,<br />
Orlando acredita que os Jogos<br />
Olímpicos deste ano têm tudo<br />
para ser de alto nível. “Se nesses jogos<br />
houver algum boicote será muito<br />
insignificante. Quem quiser boicotar<br />
é porque não tem capacidade de competir<br />
e não quer ir pra lá para perder.<br />
Se houver um grande boicote é porque<br />
todo mundo ficou louco”, conclui.<br />
EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Reitores: Prof. Ms. Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo<br />
Calandriello Júnior. Presidente do Conselho de Comunicação: Eduardo Fonseca. Responsável pelos Veículos de Comunicação: Rogério Carvalho Silva. Jornalista responsável:<br />
Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designer: Ricardo Neves. Editores: Cleber Eufrasio e Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Karen Rodrigues, Manuel<br />
Marques e Vivian Costa. Fotos: Amana Salles. Estagiário: Bruno Souza. Diário Oficial UNIBAN - Coordenação: Francielli Abreu. Revisora: Marisa De Lucia. Colaboradores: Arismar<br />
Monteiro, Marisa De Lucia, Fabiana Mello e Analú Sinopoli. Impressão: <strong>Folha</strong> Gráfica. Cartas para a redação: Rua Bela Vista, 739 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04709-903.<br />
Tel. (11) 5180-9885. E-mail: folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000.
04 METROPOLITANO<br />
Por Francielli Abreu<br />
Até que ponto estamos seguros?<br />
A circulação de pessoas nos ônibus<br />
da cidade de São Paulo é intensa,<br />
cerca de 7.850 milhões de usuários<br />
por dia. Como será que a Prefeitura<br />
e a Polícia Militar agem para garantir<br />
a segurança desses passageiros?<br />
A <strong>Folha</strong> Universitária procurou<br />
os dois órgãos para esclarecer quais<br />
as medidas tomadas para evitar assaltos<br />
e roubos nos coletivos.<br />
Uma medida destacada pelas entidades<br />
foi a implantação do Bilhete Único,<br />
utilizado em toda a frota de ônibus<br />
da capital. De acordo com dados da<br />
SPTrans (São Paulo Transporte S/A),<br />
essa iniciativa reduziu significativamente<br />
o número de assaltos. Em<br />
2004, época em que teve início o pagamento<br />
eletrônico, o número de assaltos<br />
foi de 6.426. Em 2007 foram<br />
3.259. Até março de 2008 foram<br />
registrados 659. “A medida garante a<br />
segurança dos usuários e dos operadores.<br />
Em maio de 2004 tínhamos 647<br />
assaltos, depois foi gradualmente reduzido<br />
até chegar dezembro com 307”,<br />
afirma Marcelo Bossi, assessor de Comunicação<br />
da SPUrbanus.<br />
Os assaltos a ônibus caíram depois da implantação do Bilhete Único,<br />
mas nem por isso deixaram de acontecer<br />
Para exercer cidadania<br />
Com o Bilhete Único, a circulação<br />
de dinheiro diminuiu. O cobrador J.L.<br />
confirma este fato. “Quando era passe<br />
e dinheiro, eu levava pra garagem<br />
uma média de R$ 500 a R$ 700, por<br />
período trabalhado. Agora, levo de R$<br />
100 a R$ 180. E com esse negócio<br />
de não poder mais validar o bilhete<br />
nos ônibus, diminuíram mais ainda os<br />
valores”, conta.<br />
Outra forma de garantir a segurança<br />
dos usuários, segundo a SP-<br />
Urbanuss, foi a instalação do sistema<br />
GPS em quase toda a frota da<br />
capital. “Temos um dispositivo no<br />
painel do ônibus, chamado botão<br />
antipânico. Ele deve ser acionado pelo<br />
motorista em algumas hipóteses<br />
como assalto, acidente ou colisão.<br />
Uma central faz o monitoramento e,<br />
por meio de um código, identifica o<br />
que ocorreu”, explica Bossi.<br />
Em linhas com maior incidência de<br />
roubos, como algumas das zonas Sul<br />
e Leste, a SP-Urbanuss afirma ainda<br />
que as empresas instalaram câmeras<br />
escondidas. “Esta medida, de certa forma,<br />
inibe os assaltos. Porém, sempre<br />
comunicamos à polícia o ocorrido, porque<br />
ela só trabalha investigando ou prevenindo<br />
se for informada”, diz Bossi.<br />
E completa: “A gente enxerga que o<br />
assalto é um problema de segurança<br />
pública e social”.<br />
Cartórios Eleitorais ampliam horário de atendimento<br />
até dia 7 de maio, com funcionamento das 9 h<br />
às 18 h. O motivo é a aproximação da data limite<br />
para o alistamento eleitoral e a transferência de títulos.<br />
Para obter o título é necessário procurar o<br />
cartório correspondente e levar documento de identidade,<br />
comprovante de residência e, caso seja homem<br />
entre 18 e 45 anos, o certificado do serviço<br />
militar. O Poupatempo também está habilitado a fazer<br />
os serviços. Eleitores com necessidades especiais devem<br />
solicitar uma seção especial. Mais informações<br />
no site www.tre-sp.jus.br (B.S.)<br />
A Polícia Militar, por sua vez, de<br />
acordo com o Tenente Emerson<br />
Massera, Relações Públicas e porta-voz<br />
do comando de policiamento<br />
da capital, afirma que “no passado, a<br />
segurança nos transportes foi motivo<br />
de grande preocupação. Com a<br />
redução da quantidade de ocorrências,<br />
já não está mais entre as principais<br />
demandas da Polícia Militar nesta<br />
área de segurança pública”.<br />
Segundo ele, a polícia não deixa<br />
de agir. Nas linhas e vias com mais<br />
incidência de roubos, a PM monta as<br />
chamadas “blitz”. “Muitas vezes, quando<br />
entramos em um ônibus e vistoriamos<br />
as pessoas, elas reclamam.<br />
Quando encontramos armas, drogas<br />
ou objetos ligados ao crime, elas vêem<br />
a importância deste trabalho”, esclarece<br />
Massera. Outra medida é a utilização<br />
de policiais à paisana.<br />
Ainda que estes esquemas inibam<br />
a ação de possíveis infratores, mesmo<br />
em menor quantidade, os assaltos<br />
acontecem. A estudante Vanessa<br />
Freire, do 2º ano de Química da<br />
UNIBAN, teve seus pertences levados<br />
por ladrões. “Peguei um ônibus na<br />
Vila Mariana por volta das 19h30, e<br />
sentei no fundo. Havia poucas pessoas<br />
dentro dele. Entraram dois adolescentes<br />
e sentaram atrás de mim. A menina<br />
ficou em pé na minha frente e o<br />
menino me abordou. Simulou<br />
estar armado, e<br />
falou pra eu<br />
passar os<br />
dois celulares.<br />
Levaram<br />
um dos aparelhos<br />
e desceram<br />
no<br />
ponto seguinte”,lembra.<br />
Amana Salles<br />
O Manual a seguir dá<br />
dicas à população<br />
para que situações<br />
como furtos sejam<br />
evitadas:<br />
1) Mantenha sua atenção, não<br />
cochile ou se distraia com<br />
conversas ou leituras;<br />
2) Caso você esteja sendo incomodado<br />
por alguém, mude<br />
de lugar;<br />
3) Fique atento com as pessoas<br />
que desembarcam com<br />
você. Caso suspeite de algo,<br />
dirija-se ao primeiro local habitado<br />
e peça ajuda;<br />
4) Desconfie de estranhos que<br />
tentem aproximação. Não aceite<br />
convites de pessoas que<br />
tenha acabado de conhecer;<br />
5) Dentro da condução, quando<br />
estiver cheia, coloque seus<br />
objetos pessoais na frente de<br />
seu corpo;<br />
6) Evite colocar a carteira, ou<br />
mesmo dinheiro, nos bolsos<br />
de trás de sua calça;<br />
7) Desconfie de esbarrões, empurrões<br />
ou cotoveladas;<br />
8) Tenha dinheiro separado (à<br />
mão); evite retirar sua carteira<br />
em público;<br />
9) Cuidado com pessoas que insistem<br />
em conduzir seus pacotes<br />
ou bolsas, em momentos<br />
de superlotação;<br />
10)Se acontecer um assalto,<br />
mantenha-se calmo. Não encare<br />
diretamente os assaltantes<br />
e nem tente dialogar com<br />
eles. Não reaja, e avise imediatamente<br />
a Polícia Militar.<br />
Banco de sangue espera doadores<br />
A Fundação Pró-Sangue<br />
é a responsável pelo<br />
abastecimento de 130<br />
hospitais da região <strong>metropolit</strong>ana<br />
de São Paulo.<br />
Hoje necessita de doadores<br />
de todos os tipos<br />
sangüíneos. O estoque<br />
está 50% abaixo do normal.<br />
Quem quiser doar, é<br />
necessário estar em boas<br />
condições de saúde, bem<br />
Fonte: Polícia Militar do<br />
Estado de São Paulo<br />
alimentado, ter entre 18 e<br />
65 anos, pesar no mínimo<br />
50 quilos e levar documento<br />
de identidade<br />
original. Local: Av. Doutor<br />
Enéas Carvalho de<br />
Aguiar, 155, 1º andar. Estacionamento<br />
gratuito aos<br />
doadores. Informações e<br />
consultas de postos de<br />
coleta pelo telefone ou no<br />
site. (B.S.)
CADERNO<br />
PROFISSÕES<br />
Etiqueta profissional ajuda<br />
na imagem pessoal<br />
Por Vivian Costa<br />
As boas maneiras são notadas e aprovadas, já<br />
os maus modos são capazes de atrapalhar a carreira<br />
As boas maneiras são a base<br />
do relacionamento em vários aspectos<br />
da vida. Só que em nenhum<br />
lugar elas são tão importantes como<br />
no ambiente de trabalho, onde muitas<br />
pessoas passam a maior parte<br />
do tempo. Para a consultora de<br />
comportamento profissional Maria<br />
Aparecida Araújo, da Etiqueta Empresarial,<br />
as pessoas vão lembrar<br />
de você de acordo com o seu comportamento,<br />
já que ele pode influenciar<br />
positiva ou negativamente na<br />
sua imagem.<br />
Para Nancy Tuckerman & Nancy<br />
Dunnan, que reescreveram O Livro<br />
Completo de Etiqueta de Amy<br />
Vanderbilt, o escritório<br />
é uma comunidade<br />
e, como todas<br />
as outras, funciona<br />
melhor<br />
quando as pessoas<br />
são educadas e<br />
gentis. Isto significa<br />
“ser educado<br />
em todos os níveis da hierarquia, e<br />
não simplesmente com aqueles que<br />
estão acima”.<br />
Segundo Maria Aparecida, ser<br />
educado e se vestir adequadamente<br />
é fundamental. “É preciso construir<br />
um conceito sólido de sua marca<br />
profissional. Por isso, é importante<br />
seguir regras e não desperdiçar<br />
a chance de mostrar aos outros que<br />
você é legal”, explica. Para provar<br />
que a competência nem sempre é<br />
tudo, a consultora observa que 90%<br />
dos fracassos dos profissionais não<br />
ocorreu por incompetência técnica<br />
e sim interpessoal.<br />
Ela afirma que um bom comportamento<br />
pode alavancar o crescimento<br />
de uma carreira “já que as empre-<br />
Fotos: Amana Salles<br />
Ronaldo Koloszuk<br />
conta como fundou<br />
dentro da Fiesp o CJE<br />
(Comitê dos Jovens<br />
Empreendedores).<br />
(pág. 6)<br />
sas querem funcionários agradáveis<br />
e que se relacionem bem”. E completa:<br />
“o profissional tem várias oportunidades<br />
de melhorar sua marca ou<br />
sepultá-la”. É preciso tratar as pessoas<br />
como você gostaria de ser tratado,<br />
lembra afirmando que esse velho ditado<br />
tem que ser levado a sério.<br />
Para a consultora, que trabalha<br />
nesse segmento há mais de 20<br />
anos, as pessoas arrogantes e desagradáveis<br />
têm geralmente a autoestima<br />
baixa. “Como se sentem internamente<br />
mal, desestruturadas,<br />
elas acabam descontando nos colegas<br />
de trabalho suas frustrações”,<br />
explica. Para ela, o melhor remédio<br />
para desarmar esse tipo de pessoa<br />
é tratá-la bem, questioná-la e pedir<br />
ajuda para que sua auto-estima<br />
suba. “A arrogância, geralmente, é<br />
um sintoma de quem se sente ameaçado,<br />
é uma forma de maquiar uma<br />
fragilidade emocional”, diz.<br />
Ela lembra que, atualmente, as<br />
empresas não têm paredes como divisórias,<br />
e que é preciso ter educação<br />
para poder conviver com os amigos.<br />
Por isso, é necessário falar baixo<br />
para não incomodar. Ser solidário<br />
também é fundamental, “se algum te-<br />
Dicas de<br />
comportamento<br />
1. Não fale alto para não incomodar;<br />
2. Cumprimente os colegas;<br />
3. Ajude o colega quando puder;<br />
4. Não fale piadas de baixo calão;<br />
5. Não coloque apelido nas pessoas;<br />
6. Não use gírias;<br />
7. Não faça lanche na mesa;<br />
8. Não fume;<br />
9. Não masque chiclete;<br />
10. Dê crédito a quem merece;<br />
11. Seja limpo;<br />
12. Devolva tudo que pedir emprestado;<br />
13. Não mexa nas coisas dos outros.<br />
lefone tocar, atenda e anote o recado,<br />
afinal você está trabalhando para<br />
a empresa”. Outro problema<br />
indelicado, e que incomoda, é o cigarro.<br />
“Fumar é uma prerrogativa<br />
pessoal e não podemos impor seu<br />
colega ao vício”, diz.<br />
Tenha modos<br />
Para a consultora, é preciso observar<br />
como as pessoas da empresa<br />
se vestem, para seguir o padrão.<br />
“Não precisa se vestir socialmente,<br />
mas o bom senso prevalece sempre.<br />
Se o seu ambiente de trabalho<br />
é mais despojado, é preciso tomar<br />
O livro: Energia<br />
Alternativa revela a<br />
atual importância do<br />
consumo energético<br />
(pág. 7)<br />
Confira as vagas de<br />
estágios oferecidas<br />
pelo CIEE e Nube.<br />
(pág. 7)<br />
cuidado quando lidar diretamente<br />
com um cliente, pois o funcionário<br />
representa a empresa”, explica.<br />
Maria Aparecida comenta que<br />
no mercado de trabalho não há possibilidade<br />
das mulheres usarem<br />
transparência, decote, barriga de<br />
fora ou lingerie à mostra. Quanto<br />
aos homens, é desaconselhável o<br />
uso de sandálias de dedo, bermuda,<br />
camiseta regata, camiseta de<br />
time e boné. Ela lembra que o mercado<br />
corporativo é muito tradicional<br />
e conservador, portanto as tendências<br />
demoram a entrar nas empresas.<br />
“Piercing e tatuagem são<br />
permitidos, mas têm que estar em<br />
locais que possam ser escondidos”.<br />
Gerusa Mengarda, gerente de<br />
recrutamento de seleção da Gelre,<br />
afirma que é preciso tomar cuidado<br />
com a vestimenta. “A roupa considerada<br />
correta numa agência de publicidade<br />
pode não ser aceitável num<br />
banco ou num escritório de advocacia.<br />
A regra é passar desapercebido.<br />
Não se pode chamar a atenção,<br />
a pessoa tem que se sobressair de<br />
acordo com suas qualidades e não<br />
pela vestimenta, perfume forte ou<br />
outra coisa qualquer”, afirma.<br />
Para Gerusa, o celular é outra<br />
coisa que pode incomodar os colegas.<br />
“Muitos colocam toques de<br />
música e deixam o volume alto.<br />
Quando saem da mesa, aquela<br />
sinfonia pode atrapalhar quem<br />
está ao lado”, afirma. O ideal é<br />
deixar o volume baixo ou deixá-lo<br />
no modo vibrar. Quanto à festa de<br />
final de ano, a consultora lembra<br />
de que se trata de um evento<br />
corporativo, portanto, é permitido<br />
beber, comer, brincar e falar, mas<br />
sem excesso. “Tem que se fazer<br />
tudo com equilíbrio”, finaliza.
06<br />
Por Karen Rodrigues<br />
Jovem empreendedor cria espaço<br />
para novos talentos<br />
Conquistar um lugar de destaque<br />
no mercado de trabalho é<br />
a meta da maioria das pessoas.<br />
Um exemplo de concretização<br />
desse objetivo é o jovem<br />
Ronaldo Koloszuk, 30 anos, que<br />
além de ter alcançado uma respeitável<br />
colocação profissional,<br />
como diretor da<br />
Fiesp, desenvolveu<br />
um projeto para<br />
que outros<br />
jovens<br />
tam-<br />
Dentre as atividades praticadas<br />
pelos componentes do CJE<br />
(Comitê dos Jovens Empreendedores)<br />
estão: acompanhar reuniões<br />
dos Conselhos Superiores,<br />
departamentos e outros comitês<br />
da Federação; participar de várias<br />
atividades na Fiesp e executar<br />
a própria agenda, na qual<br />
Ronaldo Koloszuk, diretor da Fiesp, conta como foi criar<br />
um comitê que orienta pessoas ao sucesso profissional<br />
bém tenham o mesmo sucesso.<br />
Há três anos, Koloszuk fundou<br />
o CJE (Comitê dos Jovens<br />
Empreendedores) na Fiesp<br />
(Federação das Indústrias do<br />
Estado de São Paulo), com o intuito<br />
de construir uma nova identidade<br />
empresarial. “Quando<br />
fundei o Comitê éramos cinco<br />
pessoas. Hoje já são 550 participantes.<br />
Durante esse período,<br />
conseguimos fazer com<br />
que o projeto recebesse<br />
jovens de todos os setores<br />
econômicos, desde<br />
aquele que vende abadás<br />
nas micaretas até o jovem<br />
que é filho de um dono de<br />
banco, ou mesmo que<br />
tem uma ONG no<br />
Capão Redondo”, explica.<br />
As pessoas<br />
que integram o<br />
CJE, segundo<br />
Ronaldo, têm<br />
perfis de sucesso. “São<br />
jovens que buscam<br />
conhecimento por<br />
meio de leitura,<br />
pois isso os ajuda<br />
desde uma<br />
<strong>entrevist</strong>a até<br />
a prospecção<br />
de um<br />
cliente”.<br />
Uma força ao empreendedorismo<br />
constam eventos, reuniões de<br />
grupos de trabalhos, encontros<br />
com personalidades do mundo<br />
empresarial, político e jurídico e<br />
a interação com entidades do<br />
mesmo segmento no Brasil e no<br />
mundo, por meio de congressos<br />
que colaboram para o fortalecimento<br />
do empreendedorismo.<br />
Outro fator que agrega ao perfil<br />
do empreendedor é quando<br />
o jovem procura nas simples<br />
oportunidades, grandes chances<br />
de ampliar seu negócio como<br />
participar de festas onde há<br />
poucos conhecidos, no propósito<br />
de ampliar o ciclo de amizades,<br />
já que isso é fundamental<br />
para fazer a empresa crescer.<br />
Por fim, o diretor acrescenta<br />
que o empreendedor é aquele<br />
que não desiste diante das adversidades.<br />
Das importantes ações promovidas<br />
pelo Comitê, pode-se<br />
citar a manifestação contra a<br />
CPMF. “Nós entendemos que<br />
além de ser um imposto injusto,<br />
era desnecessário, já que o Brasil<br />
vinha arrecadando de uma forma<br />
cada vez maior”, justifica. O<br />
CJE, juntamente com o presidente<br />
da Fiesp, Paulo Skaf, e outros<br />
grupos de jovens, fez uma Fren-<br />
Os interessados em se tornar<br />
um membro do comitê devem<br />
preencher um cadastro no site do<br />
grupo (www.cjefiesp.com.br) e indicar<br />
qual a área em que pretendem<br />
atuar. Após o envio, o perfil<br />
será analisado mediante a disponibilidade<br />
de vagas em projetos<br />
do grupo.<br />
“Quando fundei o Comitê<br />
éramos cinco pessoas.<br />
Hoje já são 550 participantes.<br />
Durante esse período,<br />
conseguimos fazer com que o<br />
projeto recebesse<br />
jovens de todos os<br />
setores<br />
econômicos,<br />
desde aquele que<br />
vende abadás<br />
nas micaretas<br />
até o jovem que<br />
é filho de um<br />
dono de banco”<br />
Fotos divulgação<br />
te Jovem Nacional e foi pressionar<br />
os senadores para que eles<br />
votassem contra o imposto.<br />
Para facilitar a busca pelo<br />
empreendedorismo, o Comitê<br />
criou um manual do jovem empreendedor,<br />
que será lançado<br />
em novembro. “Ele é indicado<br />
para aquele jovem de universidade<br />
que quer empreender e<br />
não sabe como. Em cima desse<br />
material é possível ter uma orientação”.<br />
Questionado sobre o<br />
que o levou a buscar esse caminho,<br />
Ronaldo diz que na vida a<br />
pessoa precisa ter quatro recursos<br />
para vencer. São eles: econômico,<br />
político, organizacional<br />
e cognitivo. “Quando você tem<br />
um desses recursos em abundância<br />
é possível equilibrar os<br />
outros, e eles são fundamentais<br />
para construir a viabilidade do<br />
seu negócio, carreira ou o que<br />
for”, diz.<br />
ERRAMOS<br />
Na edição 364, pág 06, na matéria<br />
“Atividade Ampla”, há dois<br />
equívocos. 1. O nome correto do<br />
profissional que trabalha como<br />
guia é Guia de Turismo. O guia turístico<br />
é a publicação com informações<br />
sobre a localidade turística.<br />
2. O piso salarial do Guia de Turismo<br />
é, em média, de R$ 150, por<br />
dia. O valor de R$ 4.500, por mês,<br />
seria se ele trabalhasse todos os<br />
dias do mês.
ICOM no MAC USP<br />
Palestra apresenta panorama da fundação<br />
do Comitê Internacional dos Museus<br />
(ICOM) – Missões, Objetivos e Atividades<br />
desde sua fundação em1946, com destaque<br />
para a importante participação da sociedade<br />
brasileira na organização. Serão discutidas<br />
também iniciativas atuais do panorama<br />
nacional e mundial dos museus. MAC USP<br />
– R. da Reitoria, 160. Cidade Universitária.<br />
Dia 06/05, às 15h. Valor: R$ 10,00 para estudantes.<br />
Inscrições no local, até 30 minutos<br />
antes do evento. Mais informações pelo<br />
telefone 3091-3027.<br />
Estágios:<br />
Cursos ............................................ Vagas ........... Menor Valor ........... Maior Valor<br />
Administração de Empresas ............. 94 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Análise de Sistemas ............................ 2 ................. R$ 500,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Arquitetura e Urbanismo .................... 18 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Ciência da Computação ..................... 3 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Ciências Contábeis ............................ 25 ................ R$ 750,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Ciências Econômicas ......................... 3 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Publicidade e Propaganda ................. 20 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.150,00<br />
Jornalismo ........................................... 5 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Rádio e TV ........................................... 3 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />
Design ................................................ 12 ................ R$ 550,00 ............ R$ 1.050,00<br />
Direito ................................................. 55 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Educação Física ................................. 3 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Enfermagem ....................................... 10 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Engenharia Civil ................................. 15 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Engenharia Elétrica ............................. 5 ................. R$ 800,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Engenharia Elétrica - Eletrônica ........ 16 ................ R$ 700,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Farmácia .............................................. 3 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Geografia ............................................. 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 600,00<br />
Informática .......................................... 54 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />
Letras .................................................. 8 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />
Matemática .......................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 900,00<br />
Medicina Veterinária ............................ 2 ................. R$ 600,00 ............... R$ 900,00<br />
Moda .................................................... 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />
Nutrição ............................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 850,00<br />
Pedagogia ............................................ 7 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />
Psicologia ............................................ 2 ................. R$ 500,00 ............ R$ 1.050,00<br />
Sistemas de Informação ..................... 2 ................. R$ 800,00 ............ R$ 1.200,00<br />
Turismo ................................................ 4 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.100,00<br />
Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.<br />
O livro Energia Alternativa – Solar, Eólica, Hidrelétrica<br />
e de Biocombustíveis, da série Mais Ciência da<br />
editora Publifolha, discute a energia, avalia sua importância<br />
para a humanidade e mostra a situação<br />
geral do consumo energético. Além disso, traz estudos<br />
sobre novas maneiras sustentáveis de geração<br />
de energia. Escrito por Marek Walisiewicz, redator de<br />
publicações científicas inglesas, o livro mostra algumas<br />
possibilidades de solucionar a escassez de<br />
energia, com práticas simples que envolvem planejamento,<br />
arquitetura e mudanças no estilo de vida.<br />
Valor: R$ 16,90.<br />
PALESTRAS<br />
CURSO<br />
A USP realiza o programa Física para Todos<br />
com a palestra: “Os Motores das Células”,<br />
ministrada pela Dra. Carla Goldman. Estação<br />
Ciência da USP. R. Guaicurus,1.394,<br />
Lapa. Dia 10/05, às 15h. Para se inscrever ou<br />
obter mais informações envie e-mail para:<br />
fisicaparatodos@if.usp.br<br />
Palestra discute os 60 anos da criação<br />
do Estado de Israel, ministrada pelo Dr.<br />
Peter Demant. Escola de Relações Internacionais.<br />
R. Ezequiel Freire, 55, sala 93.<br />
Santana. Dia 10/05, às 9h. Valor: R$ 35,00.<br />
Inscrições pelo telefone 2281-8431 ou site<br />
www.cenariointernacional.com.br/forum<br />
Grande distribuidor de soluções de Tecnologia da Informação (TI), Energia e Voz no<br />
Brasil realiza curso de treinamento ESE Secure Wireless sobre o tema: Mobilidade com<br />
segurança. Lan Professional – Rua Bacaetava, 35. De 06/05 a 09/05. Para se inscrever ou<br />
obter informações envie e-mail para: treinamento@lanpro.com.br ou ligue: 5095-9945.<br />
WORKSHOP<br />
2.127 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />
07<br />
O workshop: Empreendedorismo<br />
em Saúde – história de sucesso, organizado<br />
pela Empresa Júnior da<br />
Faculdade de Medicina, pretende<br />
estimular estudantes de graduação<br />
e profissionais já formados a continuarem<br />
a busca pela realização de<br />
projetos de empreendedorismo na<br />
Saúde. As inscrições estão abertas<br />
e custam R$ 15,00 para alunos e R$<br />
30,00 para profissionais. Faculdade<br />
de Medicina – Av. Dr. Arnaldo, 455.<br />
Consolação.<br />
CONGRESSO E<br />
EXPOSIÇÕES<br />
O I Citiseg – Congresso Internacional<br />
de Tecnologia da Informação<br />
em Seguros e a I ExpoTI – Exposição<br />
de Produtos e Serviços de<br />
Tecnologia de Informação em Seguros<br />
visam propiciar aos participantes<br />
a interação e o debate com personalidades<br />
nacionais e internacionais<br />
sobre tendências de Tecnologia<br />
da Informação (TI). De 05/05 a 07/<br />
05, das 12h às 20h. Centro de Exposições<br />
São Luís. R. Luiz Coelho,<br />
323. A Exposição tem entrada franca,<br />
porém, o curso é pago. Para verificar<br />
valores ou mais informações<br />
acesse o site www.expoti.com.br<br />
Curso ..................................... Semestre ....................... Bolsa Auxílio ............... OE<br />
Processamento de Dados ..... 1° ao 6° semestre .......... R$ 860,00 .................. 53252<br />
Engenharia Elétrica ................ 3° ao 9° semestre .......... R$ 6,84 por hora ....... 39150<br />
Engenharia Eletrônica ............ 5° ao 10° semestre ........ R$ 9,16 por hora ....... 51852<br />
Publicidade e Propaganda ..... 5° ao 7° semestre .......... R$ 1.500,00 ............... 52234<br />
Ciências Contábeis ................ 3° ao 6° semestre .......... R$ 800,00 .................. 53216<br />
Engenharia Civil ..................... 5° ao 9° semestre .......... R$ 1.200,00 ............... 50316<br />
Sistemas de Informação ........ 1° ao 6° semestre .......... R$ 860,00 .................. 53252<br />
Engenharia Civil Empresarial . 5° ao 8° semestre .......... R$ 1.100,00 ............... 47408<br />
Análise de Sistemas ............... 3° ao 6° semestre .......... R$ 800,00 .................. 48367<br />
Arquitetura e Urbanismo ........ 3° ao 6° semestre .......... R$ 1.023,61 ............... 53206<br />
Desenho Industrial ................. Concl. 2° sem. 2008 ....... R$ 800,00 .................. 53180<br />
Design .................................... 3° ao 6° semestre .......... R$ 600,00 .................. 51772<br />
Administração de Empresas . 7° semestre .................... R$ 1.000,00 ............... 53085<br />
Administração - An. Sistemas . 1° ao 6° semestre ............ R$ 734,00 ................... 45541<br />
Engenharia de Mecatrônica ... Concl. 2° sem. 2008 ....... R$ 800,00 .................. 52779<br />
Propaganda e Marketing ....... 1° ao 4° semestre .......... R$ 800,00 .................. 53258<br />
Pedagogia ............................... 3° ao 7° semestre .......... R$ 570,00 .................. 48537<br />
Administração - Marketing ..... 3° ao 6° semestre .......... R$ 770,00 .................. 46620<br />
Direito ..................................... 7° e 8° semestre ............ R$ 1.292,82 ............... 52571<br />
Marketing ................................ 5° ao 7° semestre .......... R$ 1.500,00 ............... 52234<br />
Administração - Negócios ..... 2° ao 4° semestre .......... R$ 710,00 .................. 53066<br />
Eng. Elétrica - Automação ..... 5° ao 10° semestre ........ R$ 9,16 por hora ....... 51852<br />
Economia ................................ Concl. 1° sem. 2009 ....... R$ 1.100,00 ............... 52288<br />
Site: www.nube.com.br ou telefone:(11) 4082-9360.
08 CAPA<br />
Um legado infinito<br />
Por Manuel Marques<br />
O que artistas como Lobão,<br />
Cazuza, Maria Rita, Edu Lobo, Elis<br />
Regina, Gilberto Gil, Paulinho da<br />
Viola, Chico Buarque, Vanessa da<br />
Mata e tantos outros, que formam<br />
o que se convencionou chamar de<br />
Música Popular Brasileira, têm em<br />
comum? Todos eles, sem exceção,<br />
são filhos de um gênero<br />
musical que completa 50<br />
anos: a Bossa Nova. Ela fez<br />
com que 1958 fosse muito<br />
mais do que o ano em que<br />
o Brasil começava a se<br />
transformar no País do<br />
futebol. A partir dessa<br />
data, a música brasileira<br />
quebraria a<br />
fronteira e transformaria<br />
para sempre o que<br />
se ouvia aqui e lá fora.<br />
Tudo isso com o lançamento<br />
de um<br />
compacto simples<br />
chamado Chega de<br />
Saudade, que continha,<br />
além da canção-título,<br />
uma outra,<br />
Bim Bom, de autoria<br />
do próprio João<br />
Gilberto.<br />
Caetano Veloso disse<br />
que o Brasil precisa merecer<br />
a Bossa Nova. Num<br />
primeiro momento, esta<br />
frase pode não agradar<br />
tanto. Mas, em verdade,<br />
quase todos os brasileiros<br />
envolvidos com<br />
música, sejam críticos, produtores,<br />
músicos, compositores<br />
e cantores, são unânimes em dizer<br />
que não existiria o canto<br />
e a música moderna<br />
em nosso<br />
País se<br />
não fosse a<br />
Bossa Nova.<br />
Você, leitor, pode fazer um teste em<br />
casa. Pegue um disco brasileiro anterior<br />
a 1958 e o escute. O jeito de<br />
cantar, de executar os instrumentos,<br />
os arranjos, tudo era muito diferente.<br />
Tem-se a impressão de que<br />
são canções de artistas de países<br />
distintos.<br />
Segundo Ruy Castro, João Gilberto<br />
pode ser comparado somente<br />
aos Beatles, “pois ambos<br />
inventaram o universo musical<br />
que habitamos hoje, criando<br />
amálgamas sonoros que moldaram<br />
os ouvidos da segunda metade<br />
do século XX”. João, Tom e<br />
Vinícius, trio que Nelson Motta<br />
chama de a santíssima trindade<br />
A Bossa Nova, gênero que revolucionou a música popular brasileira,<br />
completa meio século de existência<br />
da Bossa Nova, exigiam extremo<br />
rigor e precisão na busca da simplicidade<br />
absoluta. Para Ruy Castro,<br />
as harmonias complexas do<br />
jazz e a música brasileira encontravam<br />
no violão de João Gilberto<br />
dissonâncias e seqüências semelhantes.<br />
A forma de cantar também<br />
se diferenciava da que se tinha<br />
até então. Segundo o maestro<br />
Júlio Medaglia, “João desenvolveu<br />
a prática do canto-falado<br />
ou do cantar baixinho, do texto<br />
bem pronunciado, do tom coloquial<br />
da narrativa musical, do acompanhamento<br />
e canto integrando-se,<br />
mutuamente, em lugar da valorização<br />
da grande voz”.<br />
Não é à toa que Caetano<br />
Veloso argumenta que, desde a<br />
sua origem, a Bossa Nova tem sido<br />
o som do Brasil, do descobrimento<br />
sonhado aqui e no mundo. Para<br />
ele, o som criado por João e seus<br />
companheiros continua sendo a<br />
mais eficiente arma de afirmação<br />
da língua portuguesa, pois conquista,<br />
por meio da magia sonora<br />
da palavra cantada à moda brasileira,<br />
os quatro cantos do mundo.<br />
Relembrando sua infância na segunda<br />
metade dos anos 50, ele<br />
relata: “Ali (em Santo Amaro, interior<br />
baiano) eu descobri o sexo<br />
genital, vi La Strada, me apaixonei<br />
pela primeira vez, li Clarice<br />
Lispector e — o que é o mais importante<br />
— ouvi João Gilberto. A<br />
Bossa Nova nos arrebatou. O que<br />
eu acompanhei como uma sucessão<br />
de delícias para minha inteligência<br />
foi o desenvolvimento de um<br />
processo radical de mudança de<br />
estágio cultural, que nos levou a rever<br />
o nosso gosto, o nosso acervo<br />
e as nossas possibilidades”.<br />
Além da fronteira<br />
Num artigo publicado<br />
no jornal The New York Times,<br />
Caetano disse que<br />
se ele ou qualquer outro<br />
artista de sua geração cantar<br />
Chega de Saudade (a<br />
canção-hino do movimento)<br />
num espetáculo para<br />
grande multidão, num<br />
estádio de qualquer<br />
cidade brasileira, será<br />
acompanhado por<br />
um coro de dezenas<br />
de milhares de pessoas<br />
de todas as faixas<br />
etárias, que cantarão<br />
cada sílaba e cada<br />
nota da longa e rica melodia.<br />
“João Gilberto,<br />
com sua interpretação<br />
muito pessoal<br />
e muito penetrante<br />
do espírito do samba,<br />
manifestado<br />
numa batida de violão<br />
mecanicamente simples,<br />
mas musicalmente<br />
difícil, por<br />
sugerir uma<br />
infinidade de<br />
maneiras sutis<br />
de fazer<br />
as frases,<br />
catalisou os<br />
elementos<br />
deflagradores de<br />
uma revolução que,<br />
não só tornou possível o pleno desenvolvimento<br />
do trabalho de Antônio<br />
Carlos Jobim e seus companheiros<br />
de geração, como abriu<br />
um caminho para os mais novos<br />
que vinham chegando”, relatou.<br />
Exagero? Uma história vivida<br />
por Zuza Homem de Mello, músico,<br />
crítico e escritor de livros como<br />
A Canção no Tempo - 85 Anos de<br />
Músicas Brasileiras e Enciclopédia<br />
da Música Brasileira ilustra bem<br />
qual foi o impacto causado pela<br />
Bossa Nova no cenário musical<br />
brasileiro e mundial e o legado<br />
deixado por ela. Na segunda metade<br />
dos anos 50, Zuza foi aos<br />
Estados Unidos para estudar mú
sica, tendo como mestres alguns<br />
dos principais nomes do jazz daquela<br />
época. Ele conta que levou<br />
muitos discos de artistas brasileiros<br />
com o objetivo de mostrar o<br />
que os tupiniquins ouviam. Teve<br />
duas surpresas: a primeira foi a do<br />
completo desconhecimento da<br />
música brasileira, com exceção da<br />
intérprete Carmen Miranda e dos<br />
compositores Dorival Caymmi e<br />
Ary Barroso. A segunda surpresa<br />
é que não gostaram dos discos<br />
que ele levou. Com exceção de um<br />
álbum dos sertanejos Tonico e<br />
Tinoco, eles detestaram os demais.<br />
“As pessoas não gostavam<br />
de música brasileira e alguns até<br />
me perguntaram porque os nossos<br />
cantores tentavam imitar os<br />
artistas americanos”, relembra.<br />
Foi nessa época que surgiu a<br />
Bossa Nova. Zuza relata que nós,<br />
brasileiros, jamais poderemos<br />
medir o impacto no resto do mundo<br />
e que a palavra que mais resume<br />
a atitude dos músicos americanos<br />
em relação a ela é reverência.<br />
“Quando João Gilberto inventou<br />
a Bossa Nova ele fez mais<br />
que harmonizar, tocar, e cantar de<br />
uma forma única, até então. Ele<br />
foi o inventor de uma nova cultura<br />
musical, que transformou os rumos<br />
musicais do Brasil e do mundo.<br />
Ele é a referência mais<br />
marcante de muitos cantores e<br />
compositores brasileiros e estrangeiros<br />
dos últimos 50 anos”, diz<br />
Zuza.<br />
Antes da Bossa Nova, as músicas<br />
mais escutadas no Brasil<br />
eram boleros e sambas-canções.<br />
A maioria falava de encontros<br />
e desencontros amorosos<br />
infinitamente distantes da vida<br />
dos jovens brasileiros, que queriam<br />
praia, cinema, quadrinhos<br />
e televisão. O produtor, compositor<br />
e jornalista Nelson Motta<br />
vivenciou os principais momentos<br />
da música popular brasileira<br />
nos últimos 50 anos. Ele relata a<br />
atmosfera da época: “Para nós,<br />
garotos de classe média de<br />
O músico João Gilberto<br />
e o disco que mudou<br />
para sempre os rumos<br />
da MPB ao criar o<br />
gênero Bossa Nova<br />
Copacabana, aqueles cantores<br />
da Rádio Nacional e suas grandes<br />
vozes, dizendo coisas que<br />
não nos interessavam em uma<br />
linguagem que não entendíamos,<br />
eram abomináveis. Gostávamos<br />
mesmo era de praia e futebol,<br />
de ver Pelé e Garrincha no<br />
Maracanã, dos folhetins de Nelson<br />
Rodrigues, das gostosonas da<br />
coluna de Stanislaw Ponte Preta<br />
e de romances de aventura”, diz.<br />
Nelson confessa que não gostava<br />
de música. Com 13 anos de<br />
idade, seus maiores interesses<br />
eram literários, esportivos e sexuais.<br />
“Mas naquelas férias<br />
de 1958, em São Paulo,<br />
não só comecei a fu-<br />
O crítico musical<br />
Zuza Homem<br />
de Mello<br />
Arquivo: <strong>Folha</strong> Universitária<br />
Saiba mais<br />
Uma curiosidade triste para<br />
o leitor é que os três álbuns de<br />
João Gilberto, que deram origem<br />
à Bossa Nova, estão fora<br />
de catálogo. O cantor não gostou<br />
da remasterização da gravadora<br />
e mandou recolher todo<br />
o material que havia no mercado.<br />
Mas a boa nova é que o<br />
álbum que se tornou conhecido<br />
no resto do mundo está em<br />
catálogo. Stan Getz & João<br />
mar como ouvi num rádio de<br />
pilha a novidade absoluta —<br />
João Gilberto cantando<br />
Chega de Saudade. Foi como um<br />
raio. Aquilo era diferente de tudo<br />
o que eu já tinha ouvido, fiquei<br />
chocado. Mas quanto mais ouvia,<br />
mais gostava. Na volta ao Rio,<br />
comprei o disco. Com ele conheci<br />
a música de Tom e Vinícius, e dos<br />
grandes mestres brasileiros que<br />
entraram em meus ouvidos, cabeça<br />
e coração, em minha vida para<br />
sempre”, relembra. E termina: “A<br />
bossa nova era a trilha sonora que<br />
nos faltava, que nos diferenciaria<br />
dos quadrados e dos antigos, dos<br />
românticos e melodramáticos, dos<br />
grandiloqüentes e dos primitivos,<br />
dos nacionalistas e regionalistas,<br />
dos americanos. João Gilberto<br />
era nosso pastor e nada nos<br />
faltaria”.<br />
Gilberto - Getz/Gilberto, gravado<br />
em 63, apontado pela revista<br />
Rolling Stone como um dos álbuns<br />
mais importantes da história da<br />
música. Quanto à literatura, há<br />
muitas obras que resgatam as origens,<br />
as influências e o legado da<br />
Bossa Nova. Eis três obras fundamentais<br />
de autores que tiveram<br />
suas vidas transformadas pela turma<br />
que freqüentava o bairro de<br />
Ipanema:<br />
09<br />
Divulgação<br />
Mas Nelson Motta e seus amigos<br />
não eram as únicas ovelhas.<br />
Zuza relata que, além dele próprio,<br />
o rebanho era bem maior. “Pense<br />
num artista do porte de Frank<br />
Sinatra. Se ele não houvesse existido,<br />
ainda assim Bob Dylan e tantos<br />
outros nomes da música teriam<br />
feito tudo que fizeram. Mas<br />
sem João seria impensável um<br />
Chico Buarque, um Paulinho da<br />
Viola, um Gilberto Gil e a Música<br />
Popular Brasileira que ouvimos<br />
hoje”. Mas não só o Brasil. No final<br />
de 1962, João Gilberto, Tom<br />
Jobim, Vinícius de Moraes, Sérgio<br />
Mendes e outros foram tocar no<br />
Carnegie Hall, em Nova York. João,<br />
Tom e Sérgio foram ovacionados<br />
durante e depois do show. Ficaram<br />
por lá e foram disputados por<br />
gravadoras, assinaram contratos<br />
para discos, chamaram a atenção<br />
da imprensa especializada, encantaram<br />
os jazzistas e iniciavam<br />
carreira de sucesso internacional.<br />
Nomes do jazz como Stan Getz,<br />
Gerry Mulligan e Ella Fitzgerald<br />
gravaram com Tom e João ainda<br />
naquele ano.<br />
Uma frase do jornalista Artur da<br />
Távola resume a atualidade do<br />
estilo que nunca envelheceu: “Na<br />
obra de arte, aquele ditado popular<br />
que diz que aquilo<br />
que é bom dura pouco, não<br />
se aplica. O que é bom<br />
dura muito, pode ser até<br />
eterno. É o caso da Bossa<br />
Nova”.<br />
• Chega de Saudade: a História<br />
e as Histórias da Bossa<br />
Nova - Ruy Castro<br />
Verdade Tropical – Caetano<br />
Veloso<br />
Noites Tropicais - Nelson Motta<br />
Os livros de Ruy e Caetano<br />
são publicados pela editora<br />
Companhia das Letras. Já Noites<br />
Tropicais é da editora Objetiva.
POR DENTRO DA UNIBAN<br />
Por Marisa De Lucia<br />
Marisa De Lucia<br />
Ex-aluna assume<br />
cargo público<br />
Graduada em Pedagogia, Claudiana Alves foi aprovada<br />
em concursos públicos de São Paulo e Osasco<br />
Formada no curso de Pedagogia,<br />
Claudiana Alves de Almeida<br />
acaba de assumir o cargo de professora<br />
titular do Ensino Fundamental<br />
II na Prefeitura de São Paulo.<br />
Ela foi aprovada em concurso<br />
público realizado em agosto do<br />
ano passado para o cargo pretendido.<br />
Este ano, em fevereiro,<br />
Claudiana participou de outro concurso,<br />
desta vez para a Prefeitura<br />
de Osasco, e novamente aprovada.<br />
Ela pretende acumular funções,<br />
lecionando nas EMEFs – Escolas<br />
de Ensino Fundamental das<br />
duas Prefeituras.<br />
Claudiana conta que ficou surpresa<br />
quando soube que tinha<br />
sido aprovada. “Quando li: candidato<br />
habilitado, minhas pernas ficaram<br />
trêmulas. Meu marido me<br />
abraçou e me beijou, foi muita<br />
emoção. Falei pra ele conferir se<br />
era eu mesma, porque na hora<br />
nem acreditei”, diz. Para se pre-<br />
A professora de Educação Física<br />
da UNIBAN Brasil, Cynthia<br />
Tibeau, há alguns anos tem se<br />
dedicado a observar e estudar o<br />
fenômeno da Criatividade. “Trabalhar<br />
com a criatividade parece ser<br />
tarefa difícil, uma vez que o que é<br />
novo, espontâneo, diferente e<br />
mesmo esquisito, que foge do convencional,<br />
assusta e causa insegurança,<br />
tanto na escola como na<br />
vida profissional”, diz Tibeau.<br />
Como integrante da Red (Red<br />
International de Motricidad Humana),<br />
que agrega pesquisadores de<br />
várias universidades que estudam<br />
a motricidade e suas áreas de interesse,<br />
ela explica que a idéia de<br />
que a criatividade estaria ligada<br />
exclusivamente à arte e à<br />
inventividade restringe seu conceito<br />
e leva muitas pessoas a considerarem<br />
esta capacidade como pri-<br />
parar para o concurso, participou<br />
de uma revisão de dois dias, realizada<br />
pela Profa. Lucimar Monaro,<br />
juntamente com outros docentes.<br />
Além disso, estudou em casa. Diz<br />
ter recebido apoio da família, dos<br />
professores e dos amigos, mas,<br />
como sempre, quem mais a ajudou<br />
foi seu marido Osmar.<br />
Ela comenta que “o curso da<br />
UNIBAN me deu todo suporte<br />
necessário para que pudesse<br />
conseguir bons resultados neste<br />
concurso. Eu tive ótimos professores,<br />
que realizaram um trabalho<br />
exemplar e ajudam os alunos<br />
nessa trajetória maravilhosa<br />
que é o mundo do conhecimento”.<br />
Claudiana diz que foi<br />
muito emocionante assumir seu<br />
cargo na Prefeitura. “Fiquei super<br />
feliz, pois estava com medo de<br />
não dar tempo de pegar o diploma.<br />
Mas, ele saiu no momento<br />
certo, e não tive nenhum problema.<br />
Foi um sonho que consegui<br />
realizar”.<br />
Segundo ela, todo conhecimento<br />
que tem hoje foi<br />
construído com muito esforço, e<br />
a UNIBAN foi a instituição onde<br />
encontrou bons profissionais, e<br />
acredita ter obtido uma boa formação.<br />
“Sei que isso é apenas<br />
o começo, pois o conhecimento<br />
Professora estuda o fenômeno<br />
da Criatividade<br />
Profa. Cynthia integra a Red International de Motricidad Humana<br />
vilégio de poucos. Segundo<br />
Cynthia, a criatividade é uma habilidade<br />
humana que pode se manifestar<br />
de formas diferentes, inclusive<br />
na expressão motora, e o seu<br />
desenvolvimento é importante<br />
para a formação do ser humano<br />
crítico, autônomo e participativo.<br />
Seus anos de trabalho com crianças,<br />
adolescentes e alunos dos<br />
cursos de graduação em Educação<br />
Física a levaram a refletir sobre como<br />
eles estavam sendo preparados para<br />
as vidas pessoal e profissional. A professora<br />
buscou respostas às suas<br />
indagações na literatura de outras<br />
áreas, nos diálogos com colegas de<br />
trabalho e na reflexão.<br />
Quando ingressou no curso de<br />
doutorado tinha o propósito de estudar<br />
de forma mais aprofundada<br />
a criatividade, e buscou na Psicologia<br />
respostas que a Educação<br />
Física ainda não podia lhe dar.<br />
Nessa procura, encontrou, em<br />
11<br />
é algo contínuo. Já estou sentindo<br />
a necessidade de iniciar<br />
11<br />
uma Pós-Graduação. Minha<br />
irmã começou o curso de Educação<br />
Física na UNIBAN este<br />
ano, e já falei pra ela aproveitar<br />
bem e ‘sugar’ os bons professores”,<br />
conclui.<br />
1998, o grupo de pesquisas Kontraste,<br />
dirigido pela Dra. Eugenia<br />
Trigo, na Espanha. Esses pesquisadores<br />
estudavam a relação<br />
criatividade/motricidade e foram os<br />
responsáveis pela fundação da<br />
Sociedade Espanhola de Motricidade<br />
Humana e a Sociedade Internacional<br />
de Motricidade Humana<br />
(SIMH), em 1997. A partir daí<br />
foram estabelecidas outras, inclusive<br />
a Sociedade Brasileira de<br />
Motricidade Humana, em 2000.<br />
Essas sociedades, inicialmente<br />
formadas exclusivamente por<br />
profissionais da Educação Física,<br />
tinham como objetivo a discussão<br />
e a construção da ciência da<br />
Motricidade Humana. Os encontros<br />
propiciados pelos congressos<br />
favoreceram a participação de<br />
profissionais de outras áreas de<br />
conhecimentos (Medicina, Fisioterapia,<br />
Educação, Psicologia) e a<br />
constituição da Red.
12<br />
Professora participou em<br />
Campinas da Semana de<br />
Fitoterapia<br />
Marisa De Lucia<br />
Na edição deste ano da Semana<br />
de Fitoterapia, realizada na<br />
Câmara Municipal de Campinas,<br />
além de palestras, visitas técnicas<br />
e oficinas, foram realizados<br />
minicursos que contaram com a<br />
participação de centenas de pessoas<br />
interessadas em obter informações<br />
sobre a Fitoterapia, o<br />
cultivo caseiro de plantas medicinais<br />
e a culinária com plantas<br />
aromáticas.<br />
Radialistas da GLOBO debatem sobre a<br />
profissão na universidade<br />
Alunos de Rádio e TV, Publicidade e Propaganda e Comunicação Empresarial puderam<br />
durante dois dias trocar experiências com importantes nomes da comunicação<br />
Por Marisa De Lucia<br />
Profissionais das Rádios Globo<br />
AM e CBN fizeram palestra sobre<br />
o tema mercado de trabalho em<br />
rádio, para alunos de Rádio e TV<br />
no campus Marte, nos dias 2 e 3<br />
de abril. No primeiro dia, sob coordenação<br />
da profa. Helena Tanaka,<br />
da disciplina de Locução em Rádio,<br />
2º semestre, o palestrante<br />
Marcus Aurélio de Carvalho, gerente<br />
da rádio Globo AM em São Paulo,<br />
falou sobre as oportunidades nas<br />
rádios AM para profissionais recémformados,<br />
além de contar um pouco<br />
de sua experiência e trajetória<br />
no Sistema Globo de Rádio e abordar<br />
os bastidores da produção do<br />
programa “Quintal da Globo”. Na<br />
Presente na VI Semana de<br />
Fitoterapia “Prof. Walter Radamés<br />
Accorsi”, a Dra. Maria Cristina<br />
Marcucci, professora do Mestrado<br />
em Farmácia da UNIBAN e membro<br />
da Câmara Técnica de<br />
Fitoterápicos da ANVISA, participou<br />
de uma mesa-redonda sobre<br />
o tema “Controle de Qualidade<br />
em Fitoterápicos”. A Semana<br />
também contou com a apresentação<br />
e comercialização de<br />
produtos naturais e fitoterápicos<br />
como chás, pomadas, compos-<br />
platéia, estavam presentes alunos<br />
de Rádio e TV, Publicidade e Propaganda<br />
e Comunicação Empresarial.<br />
Já no dia 3, sob coordenação<br />
do prof. Sérgio Fialho, também da<br />
disciplina Locução em Rádio, a<br />
univesidade recebeu o jornalista<br />
Roberto Nonato (foto), locutor da<br />
Rádio Antena 1 e âncora da Rádio<br />
CBN, onde comanda todas as<br />
noites o programa Jornal da<br />
CBN, 2ª Edição. Ele falou sobre<br />
o mercado de locução<br />
para rádio e televisão, de<br />
sua experiência como locutor<br />
de documentários, sobre<br />
o perfil desejado pelo mercado<br />
e erros que um locutor<br />
jamais pode cometer.<br />
tos, sabonetes,<br />
perfumes, cosméticos<br />
e alimentos,<br />
bem<br />
como artesanato<br />
produzido<br />
com matériasprimas<br />
naturais<br />
por entidades ligadas<br />
ao Programa de Fitoterapia<br />
de Campinas.<br />
Além de mesas-redondas, que<br />
explanaram temas como: Experiências<br />
em Fitoterapia no Estado<br />
80% da população mundial depende de plantas<br />
A Organização Mundial da Saúde<br />
estima que cerca de 80% da<br />
população mundial depende de<br />
plantas para o cuidado com a saúde,<br />
e que 85% da medicina tradicional<br />
envolve o uso de plantas<br />
medicinais, seus extratos vegetais<br />
e princípios ativos. Portanto, o<br />
tema escolhido foi apropriado, de<br />
acordo com a avaliação da Co-<br />
missão Organizadora do evento,<br />
da qual fez parte representantes<br />
da Prefeitura, da Câmara Municipal,<br />
da CATI, da Embrapa Transferência<br />
de Tecnologia e outras<br />
entidades ligadas ao segmento.<br />
Campinas é uma cidade referência<br />
no projeto de implantação<br />
da Fitoterapia no SUS. Há quase<br />
10 anos, os médicos e enfermei-<br />
ros dos postos do SUS são treinados<br />
e podem prescrever<br />
fitoterápicos. São distribuídos gratuitamente<br />
na “Botica da Família”,<br />
farmácia de manipulação, xarope<br />
de guaco e sachê de<br />
espinheira santa (para fazer chá)<br />
para aproximadamente 80% da<br />
população campineira, que hoje<br />
é de 1,3 milhão.<br />
Profa. Dra. Maria Cristina Marcucci,<br />
do Mestrado em Farmácia.<br />
Marisa De Lucia<br />
de São Paulo, foram proferidas<br />
palestras sobre Biodiversidade:<br />
Uso com responsabilidade e Plantas<br />
Medicinais mais usadas na<br />
Amazônia, ministradas por Moacir<br />
Tadeu Biondo da Faculdade de<br />
Medicina da Universidade Federal<br />
da Amazônia, que mostraram<br />
a importância de conservação das<br />
plantas e a riqueza da flora brasileira.<br />
A oficina temática de eco-brinquedos<br />
apresentou aos participantes<br />
a construção de peças com<br />
sucata. E, para promover a qualidade<br />
de vida, foram realizadas<br />
atividades corporais baseadas no<br />
Lian Gong, técnica secular chinesa<br />
que traz bem-estar não só ao<br />
corpo, mas também à alma.<br />
Nessa noite, segundo a Profa.<br />
Carina Martini, do Instituto de Comunicação<br />
e Artes da UNIBAN,<br />
quem estava na platéia “delirou”<br />
com as principais gafes cometidas<br />
no rádio, um material gravado especialmente<br />
pelo palestrante para<br />
ser exibido em nossa Instituição.<br />
“Estimular a vinda de profissionais<br />
de mercado até a Universidade<br />
para esta troca com os alunos<br />
é uma ação constante dos<br />
professores do Instituto de<br />
Comunicação e Artes. Especialmente<br />
na área<br />
da Comunicação,<br />
a teoria necessita estar<br />
sempre casada<br />
com a prática”, afirma<br />
Martini.<br />
Divulgação
O contabilista é todo profissional<br />
habilitado em Contabilidade,<br />
profissão milenar tão antiga<br />
quanto a humanidade, imprescindível<br />
em quaisquer tipos de<br />
organização. Seu conhecimento<br />
é apurado e a sua visão dos negócios<br />
é integrada com as normas<br />
governamentais e a sociedade.<br />
Ele interage ativamente<br />
com diversos públicos, desde<br />
pequenos negócios familiares<br />
até a administração pública, e é<br />
chamado de profissional do conhecimento,<br />
citado por várias<br />
vezes no best seller “O Fim dos<br />
Empregos”, de Jeremy Rifkin.<br />
Mas nem tudo são rosas.<br />
Houve muitas lutas pelo reconhecimento<br />
profissional desde<br />
professores, profissionais<br />
contábeis, políticos e estudantes,<br />
que ainda lutam todos os<br />
dias para a valorização da profissão<br />
contábil. Em pesquisa,<br />
divulgada recentemente pela<br />
Rádio Jovem Pan no Jornal da<br />
Manhã, a Contabilidade foi a<br />
terceira profissão mais contra-<br />
FOTOS DA SEMANA<br />
Divulgação<br />
Prof. Augusto Cesar Freire Silva<br />
Contabilista, Executivo Contábil e Professor da<br />
UNIBAN<br />
Contabilista – Profissional de Visão<br />
tada no período comparado<br />
com ano anterior, mostrando a<br />
força dos profissionais no contexto<br />
global. Dessa forma, o futuro<br />
mostra-se com muitos desafios<br />
como a adaptação do<br />
Brasil às regras internacionais<br />
de contabilidade, migração das<br />
informações fiscais para totalmente<br />
digitais, as novas demonstrações<br />
financeiras voltadas<br />
para o mercado e tantas outras<br />
que permitem ao contabilista<br />
valorizarem-se ainda mais<br />
no mercado de trabalho.<br />
Costumo dizer aos estudantes<br />
e profissionais de Contabilidade<br />
que a profissão é desafiadora e<br />
empolgante, e ser contabilista<br />
obriga o profissional a participar<br />
ativamente da sociedade porque<br />
sua responsabilidade transcende<br />
os limites empresariais. O contabilista<br />
tem como perfil habilidade,<br />
ética, disciplina, inteligência,<br />
carisma, além de ter que ser internacionalizado<br />
e principalmente<br />
apaixonado por sua profissão.<br />
Parabéns Contabilistas!<br />
TV UNIBAN<br />
13<br />
Destaques da programação: 05/11 a 11/05<br />
Não perca a programação da TV UNIBAN desta semana:<br />
P2<br />
DOSES DO RISO<br />
Conheça a contribuição valiosa deste grupo de<br />
clowns no tratamento médico em hospitais da grande<br />
São Paulo.<br />
REFERÊNCIAS<br />
RODRIGO PITTA<br />
Um jovem dramaturgo, diretor, produtor, poeta, surpreendeu<br />
o mundo dos espetáculos musicais com sua ousadia.<br />
Conheça o autor de Cazas de Cazuza.<br />
GRANDE SÃO PAULO<br />
IMIGRAÇÃO JAPONESA – parte I<br />
São Paulo tem na formação de sua história e população a<br />
participação de todos os povos do mundo, imigrantes ou<br />
não. No ano do centenário da imigração japonesa, um<br />
pouco desta história é contada e revela a motivação, as dificuldades, expectativas<br />
e frustrações deste povo.<br />
SALADA MISTA<br />
CIRCO FIESTA<br />
Em meio ao turbilhão da sofisticação e dos efeitos especiais, surge um circo<br />
que preza os números tradicionais, a habilidade do artista e a graça em sua<br />
forma mais pura.<br />
MULHERES<br />
Esposas, mães, irmãs e filhas. Veja como elas desempenham os vários papéis<br />
que lhes são dados, como fazem suas escolhas e como lutam ou aceitam,<br />
com sabedoria, as condições impostas pela vida.<br />
Confira os canais e toda a programação da TV UNIBAN no site:<br />
www.uniban.br/hotsites/tv<br />
No dia 28 de abril, o programa de futebol e humor Galera Gol,<br />
da Rádio Transamérica, foi transmitido ao vivo para todo o Brasil<br />
do auditório do campus Osasco.
14 CLASSIFICADOS<br />
Motos<br />
Vende-se moto Honda Twister 2004, vermelha.<br />
Valor: R$ 7 mil. Fernando. Tel.: 9870-<br />
3983. E-mail: fufex_3@hotmail.com<br />
Vende-se CB 450 TR, vermelha, doc. ok.<br />
Valor: R$ 4 mil. Ezequiel. Tel.: 4781-<br />
3115. E-mail: zuperzac@hotmail.com<br />
Carros<br />
Alunos da UNIBAN têm desconto de<br />
50% no ingresso da Feira do Automóvel<br />
que acontece todos os domingos,<br />
no estacionamento do campus ABC.<br />
Acesso fácil pela Av. Dr. Rudge Ramos<br />
ou pela Via Anchieta, KM 13. Sempre<br />
da 6h às 13h. Tel.: 4124-6185. Site:<br />
www.feiradeveiculos.com.br<br />
Vende-se Pálio 97, 1.0, EDX, cinza chumbo,<br />
ve, te, limp. e des. traseiro, rodas 14".<br />
Valor: R$ 11.800,00. Ricardo. Tel.: 7113-<br />
1732. E-mail: cardinhoferreira@ig.com.br<br />
Vende-se Chevrolet Bonanza 90, preto,<br />
6 cc, 45m³, GNV + ar + dh + couro +<br />
blindada N5. Valor: R$ 18 mil. Aceito troca.<br />
Waldemar. Tel.: 2653-1768. E-mail:<br />
walfaccio@terra.com.br<br />
Vende-se Pálio Young 01/02, motor Fire<br />
1.0, gás, 4 pts., cor cinza, c/ limp.,<br />
desemb. tras. + ar quente, dois alarmes<br />
Positron, chave decoser, som Pioneer,<br />
33.000 KM rodados, IPVA e licenc. pg.<br />
Alexandre. Tel.: 8411-9223. E-mail:<br />
alex_frakle1@hotmail.com<br />
Vende-se Gol 1.0 i, 97, 2 pts., rádio, Kit<br />
GNV, 220 Km, IPVA 2008 pago. Mecânica<br />
toda revisada. Aceito contra-oferta. Valor:<br />
R$ 10.500,00. Evandro. Tel.: 8354-9269.<br />
E-mail: evandrovalero@hotmail.com<br />
Vende-se Golf, azul, 1.8, completo,<br />
1996, c/ Car System. Valor: R$ 15 mil.<br />
Janilson. Tel.: 9462-1809. E-mail:<br />
janilsons2@hotmail.com<br />
Vende-se Fiat Maréa SX 99, azul escuro,<br />
completo, excelente estado. Valor: R$<br />
16.700,00. Tel.: 8477-1950.<br />
Vende-se Pálio 2005, 4 portas, trava, vidro<br />
elétrico, kit visibilidade. Valor: R$<br />
19.500,00. Wanderley. Tel.: 7869-1415. Email:<br />
wdseng@click21.com.br<br />
Vende-se Corsa Sedan 03, prata, c/ dh, te,<br />
al, cd, r.14 original, Ipva pago, 43.000 km<br />
originais. Valor: R$ 25.200,00. Odirlei. Tel.:<br />
7120-0603. E-mail: didagodoy@msn.com<br />
Vende-se Xsara-Picasso, 01/01 completo<br />
+ couro, 4 pneus novos. Carro. Alexandre.<br />
9511-8866. E-mail:<br />
alegp2000@uol.com.br<br />
Vende-se Marea Weekend HLX 99 + ABS<br />
e airbag. Ótimo estado, 76.000 km, doc ok.<br />
Trocados tensionadores e correias. Valor:<br />
R$ 19.500,00. Edenir. Tel.: 2641-0379.<br />
E-mail: edenir.sales@grupoestado.com.br<br />
Informática<br />
Vende-se monitor IBM em bom estado<br />
de funcionamento. Valor: R$ 70,00. Marcelo.<br />
Tel.: 9221-6970. E-mail:<br />
mateixeira@contabilista-sp.com.br<br />
Vende-se um notebook Acer, 512 memória,<br />
40 GB, na caixa e com nota fiscal. Valor:<br />
R$ 1.700,00, parcelo em até 5 vezes.<br />
Alexandre. Tel.: 8477-1950. E-mail:<br />
aoliveirade@bol.com.br<br />
Vende-se scaner Snapscaner, antigo, muito<br />
bom. Valor: R$ 150,00. Renata. Tel.: 8177-<br />
6872. E-mail: renatfc@gmail.com<br />
Vende-se computador Positivo, proc. Intel<br />
Celeron D320, 2,4 Ghz, FSB 533 MHz<br />
Cachê 256 KB. Microsoft Windows XP<br />
Home Edition, memória c/ 128 MB RAM,<br />
HD 40 GB, gravador de CD. Monitor 14".<br />
Valor: R$ 850,00. Julio. Tel.: 9507-9728.<br />
E-mail: jmnetonet@hotmail.com<br />
Vende-se micro Celeron D 3.0 Ghz, 512 L2,<br />
HD SATA 80 Gb, 2 Gb DDR2, 01 Drive CD<br />
52x01, gravador DVD Samsung, monitor<br />
15" LG StudioWorks, teclado multimídia e<br />
mouse. Valor: R$ 1.000,00. José. Tel.: 8837-<br />
2642. E-mail: jota.amaral@gmail.com<br />
Vende-se computador completo<br />
Pentium 3.700 Mhz, HD 20 Gb, memória<br />
340. Monitor 15" Sansung. Valor: R$<br />
500,00. Tel.: 8219-8474. Marcelo. E-mail:<br />
malapep@hotmail.com<br />
Eletrônicos<br />
Vende-se violão marca Digiorgio profissional<br />
clássico elétrico, novo. Valor R$<br />
350,00. Dorgival. Tel.: 8257-0995. E-mail:<br />
dorjaosp@gmail.com<br />
Vende-se pedal DS1, novo. Ricardo.<br />
Tel.: 8530-0526. E-mail:<br />
rickyhardrock@yahoo.com.br<br />
Vende-se Ipod Classic 80Giga, prata, usado,<br />
super conservado. Valor: R$ 600,00.<br />
Aceito propostas. Sérgio. Tel.: 3412-4153.<br />
E-mail: professorsergiojp@hotmail.com<br />
Vende-se calculadora financeira HP,<br />
nova na caixa. Valor: R$ 250,00.<br />
Neide. Tel.: 9660-7179. E-mail:<br />
neidemurici@hotmail.com<br />
Vende-se HP 12C GOLD, seminova.<br />
Valor: R$ 200,00. Vanessa.<br />
Tel.: 9862-5615. E-mail:<br />
enfermagem_vanessa@hotmail.com<br />
Vende-se calculadora HP 49G c/ cabo<br />
de comunicação. Valor: R$ 200,00.<br />
Carlos. Tel.: 8348-9706. E-mail:<br />
carlossamogin@hotmail.com<br />
Vende-se PlayStation II, Slim destravado<br />
c/ dois controles, sendo um sem fio,<br />
cartão de memória e 15 jogos c/ capa.<br />
Acompanha caixa e drivers de config.<br />
Valor: R$ 530,00. José. Tel.: 8837-2642.<br />
E-mail: jota.amaral@gmail.com<br />
Vende-se câmera digital 6.0 Olimpus, tela<br />
de 2,5" e cartucho de 256MB. Valor: R$<br />
350,00. Ramilson. Tel.: 9601-5432. E-mail:<br />
ramilson.silva@ibest.com.br<br />
Vende-se PlayStation 2 c/ 80 jogos. Valor:<br />
R$ 450, e um Xbox 360 novo, com placa<br />
de destravamento Falcon Premium. Valor:<br />
R$ 1.350,00. Gilson. Tel.: 5825-8877. E-mail:<br />
gilsonrdantas@hotmail.com<br />
Imóveis<br />
Aluga-se quarto com banheiro para rapazes<br />
em república próxima à <strong>Uniban</strong>.<br />
Interessados marcar <strong>entrevist</strong>a com<br />
Rodrigo. Tel.: 8474-6530. E-mail:<br />
vianetmail@ig.com.br<br />
Vende-se sobrado no bairro do<br />
Mandaqui, c/ 3 dorm., sendo 01 c/ suíte,<br />
sala c/ 2 ambientes, copa, cozinha, lavabo,<br />
wc social, lavand., quintal, dep. de<br />
empregada c/ wc, 02 vagas de garagem.<br />
Terreno: 5 x 30. Tel.: 2129-7100. Lauro.<br />
E-mail: lauro.mb@bol.com.br<br />
Vendem-se lotes em Pirapora do Bom<br />
Jesus – SP - Capital, 300 a 600 m²,<br />
2 minutos do centro, acesso pela Rodovia<br />
Castelo Branco. Aceito propostas.<br />
E-mail: marillaine@gmail.com<br />
Vende-se sítio em Sete Barras - 10 alqueires<br />
c/ 2 casas, poço de peixe e árvores frutíferas.<br />
Valor: R$ 180 mil. Geraldo. Tel.: 4059-<br />
3098. E-mail: eltonalvaro@hotmail.com<br />
Vende-se Escolinha Infantil, c/ 53 alunos,<br />
na região de Embu das Artes. Tel.: 4149-<br />
7892. Marlos. E-mail:samtana@ig.com.br<br />
Vende-se academia residencial Athletic<br />
2001, seminova. Rodrigo. Tel.: 9985-6456.<br />
E-mail: rodrigocb77@terra.com.br<br />
Alugo p/ temporada casa c/ piscina em<br />
Itanhaém, a 400m da praia, churrasq.,<br />
varanda, garagem, acomoda 12 pessoas.<br />
Tel.: 7143-8299. Célia. E-mail:<br />
celiafersantos@hotmail.com<br />
Aluga-se apto para temporada. Praia da<br />
Enseada - Guarujá, 3 dorms, 2 banhs,<br />
sala, coz., 1 vaga , elevador, a 500m do<br />
mar. Para até 8 pessoas. Lúcia. Tel.: 9177-<br />
2914. E-mail: zazcmelo@zaz.com.br<br />
Diversos<br />
Vende-se máquina de escrever antiga,<br />
anos 20, Urania Piccola fabricação alemã,<br />
em perfeito estado de conservação,<br />
com maleta de madeira original. Valor:<br />
R$ 200,00 à vista ou 2 x de R$ 120,00.<br />
José Antonio. Tel.: 8837-2642. E-mail:<br />
jota.amaral@gmail.com<br />
Vende-se geladeira Brastemp duplex<br />
410 lt branco. Em bom estado de conservação.<br />
Valor: R$ 250,00. Divido em 2<br />
vezes. Fabiana. Tel.: 4457-4613. E-mail:<br />
fbnrodri@hotmail.com<br />
Procuro pessoa para reforço em Cálculo<br />
Avançado, Mecânica dos Fluidos e<br />
que conheça a HP 50G, campus OS.<br />
Disponibilidade para o sábado à tarde.<br />
Elaine. Tel.: 9893-8123. E-mail:<br />
chanbertan@ig.com.br<br />
Vendem-se Livros do Chiavenatto - Administração<br />
nos Novos Tempos (várias unidades).<br />
Valor: R$ 90,00 cada e 1 exemplar do livro<br />
Introdução à Teoria Geral da Administração.<br />
Valor: R$ 70,00. Michelle. Tel.: 8915-7485.<br />
E-mail: michelle.vitorino06@terra.com.br<br />
Vende-se coleção de aeromodelos de<br />
aviões de combate c/ 65 modelos diferentes.<br />
Todos de metal, modelos profissionais,<br />
novos e na embalagem.<br />
Lídia. Tel.: 6555-3532. E-mail:<br />
eliabemsn@hotmail.com<br />
Mande seu anúncio<br />
com nome, telefone,<br />
RA (aluno), RGF<br />
(funcionário) e e-mail<br />
classificados@uniban.br
16 ENTREVISTA<br />
Por Vivian Costa<br />
O artista plástico Walde-Mar de<br />
Andrade e Silva sempre gostou da<br />
cultura indígena. Conheceu o<br />
sertanista Orlando Villas Boas,<br />
durante os anos de 1970, de<br />
quem recebeu o convite para conhecer<br />
o Parque Nacional do<br />
Xingu e sua gente. Viveu ao lado<br />
dos índios por quase oito anos, e<br />
se tornou pesquisador dessa cultura.<br />
Hoje conta suas experiências<br />
em palestras. Atualmente, está<br />
à frente do Centro de Informação<br />
da Cultura Indígena (CICI) e do<br />
Museu do Índio, em Embu das<br />
Artes. Nesta <strong>entrevist</strong>a, contou<br />
como é difícil manter o museu com<br />
recursos próprios e que nunca<br />
recebeu nenhum incentivo<br />
do poder público. Ele, que é<br />
um defensor do índio, afirma<br />
que a Funai “é uma raposa<br />
cuidando de galinhas. Eles,<br />
na maioria, são um bando de<br />
ignorantes ditando normas”.<br />
<strong>Folha</strong> Universitária – O senhor<br />
viveu alguns anos<br />
com os índios no Xingu.<br />
Quando foi isso? Quanto<br />
tempo ficou por lá?<br />
Walde-Mar de Andrade e<br />
Silva – Eu estive no Xingu<br />
pela primeira vez em 1971,<br />
Defensor da cultura indígena<br />
Walde-Mar de Andrade e Silva viveu no Parque Nacional do Xingu durante anos<br />
e fez de sua experiência uma bandeira em prol dos índios do País<br />
a convite de um dos irmãos Villas<br />
Boas, o Orlando, em função do<br />
meu trabalho único e exclusivamente<br />
ligado à cultura e à forma<br />
de vida de nossos índios. Por<br />
esta razão, vivi lá por quase oito<br />
anos porque voltava para a cidade<br />
nos períodos de chuva e<br />
frio. Nas outras épocas, eu estava<br />
lá aprendendo com eles.<br />
Tudo o que achei de bonito e maravilhoso<br />
na minha vida, que é<br />
a harmonia de vida com a natureza.<br />
F.U. – O que o senhor aprendeu<br />
e tem repassado?<br />
W.A.S. – Têm vários aspectos na<br />
vida deles que, se fosse possível,<br />
poderiam ser aplicados dentro<br />
da nossa sociedade e seria<br />
maravilhoso. Mas nosso sistema<br />
econômico não permite que ele<br />
seja adotado porque a cultura<br />
indígena é totalmente desprovida<br />
de interesses materiais. Portanto,<br />
é impossível. Mas o que<br />
eu pude assimilar e passar para<br />
minha família e amigos, eu passei.<br />
F.U. – O desconhecimento<br />
da cultura leva muitas<br />
pessoas a discriminar o<br />
índio?<br />
W.A.S. – Sem dúvida. Mas<br />
o que aconteceu foi que a<br />
história que se contou foi a<br />
do colonizador, que teve<br />
como único interesse retirar<br />
a riqueza. Como houve dificuldade<br />
pelo fato do índio<br />
ser daqui da terra, ele era retirado<br />
de sua família, de sua liberdade,<br />
de seus amigos e de<br />
sua forma de viver. É lógico que<br />
eles preferiam morrer, a se entregar<br />
à escravidão. E como isso<br />
não era de interesse do coloni-<br />
Fotos: Amana Salles<br />
zador, eles criaram<br />
uma imagem de preguiçoso,<br />
quando, na<br />
verdade, o índio<br />
morria de solidão e<br />
tédio.<br />
F.U. – Os irmãos<br />
Villas Boas achavam<br />
que o processo<br />
de integração<br />
dos povos indígenas<br />
na sociedade<br />
deveria ser gradual,<br />
de forma a garantir<br />
a sobrevivência<br />
física, as<br />
identidades étnicas e os estilos<br />
de cada povo. O senhor acha<br />
que isso aconteceu?<br />
W.A.S. – A filosofia de<br />
aculturamento dos Villas Boas<br />
era a mais correta. É claro que<br />
não vai ao encontro daqueles<br />
que vêem de forma adversa. Ninguém<br />
melhor do que os Villas<br />
Boas, que viveram quase 50<br />
anos com os índios, para dar seu<br />
parecer de como eles eram civilizados.<br />
É o mesmo parecer que<br />
eu tenho, que é preparar alguns<br />
da liderança para poder passar<br />
os conhecimentos, as coisas<br />
negativas e positivas para os<br />
índios, pois só assim eles po-<br />
dem encarar a sociedade. Na<br />
verdade, tudo é prejuízo para<br />
eles, já que vivem no meio da<br />
natureza. Enquanto os índios<br />
nascem, crescem e morrem felizes,<br />
nós nascemos, começamos<br />
a nos preparar para um dia<br />
ser feliz e, muitas vezes, morremos<br />
sem alcançar a tal felicidade.<br />
F.U. – Nas tribos mais próximas<br />
da cidade, como as de<br />
Parelheiros e do Jaguaré, eles<br />
já estão bem aculturados. Há<br />
uma influência direta da TV? Do<br />
convívio em geral?<br />
W.A.S. – Esses índios são felizes?<br />
Eles vivem numa miséria.<br />
Vivem humilhados, totalmente<br />
descaracterizados, sem saúde.<br />
Sem espaço, sem conforto. Mendigando.<br />
E quem os colocou nessas<br />
condições? Foi nossa sociedade.<br />
Eles vivem na<br />
marginalidade. Agora, vamos fazer<br />
aqueles que estão felizes se<br />
tornar iguais a estes? Eles são<br />
o exemplo do que os civilizados<br />
estão querendo.<br />
F.U. – Então, o senhor acha que<br />
esses índios que estão mais<br />
perto das cidades são os mais<br />
prejudicados?
W.A.S. – Eles são os retratos vivos.<br />
Os índios que estão no<br />
Xingu são diferentes, mas agora<br />
eles estão totalmente ameaçados.<br />
F.U. – Quais são essas ameaças?<br />
W.A.S. – Já estão construindo<br />
usinas hidrelétricas, estão abrindo<br />
estradas. Têm políticos indo<br />
lá, transformando-os em eleitores,<br />
colocando um contra o outro.<br />
Porque vai um partido político<br />
e escolhe um para ser candidato<br />
dentro de uma aldeia, vai<br />
outro partido e faz a mesma coisa.<br />
Como faziam os colonizadores.<br />
Para defender seus interesses,<br />
eles colocam um contra o<br />
outro.<br />
F.U. – O governo tem feito algo<br />
para inibir isso?<br />
W.A.S. – Pode até ser que o governo<br />
tenha interesse, mas ele<br />
não tem conhecimento. E, normalmente,<br />
quem trabalha em<br />
defesa da causa indígena nas<br />
instituições são colocados lá por<br />
interesses políticos e não de<br />
acordo com os interesses do<br />
próprio índio.<br />
F.U. – Não é fácil chegar aos índios.<br />
A Funai dificulta?<br />
W.A.S. –A Funai é uma raposa<br />
cuidando de galinhas. Eles, na<br />
maioria, são um bando de ignorantes<br />
ditando normas.<br />
F.U. – Eles então não lutam em<br />
prol dos índios?<br />
W.A.S. – Não. Fora que lá trabalham<br />
pessoas colocadas com<br />
interesses políticos. Índio não<br />
precisa de escritório em Brasília.<br />
Se você for ao escritório da<br />
Funai é cafezinho aqui,<br />
cafezinho lá. Um bate papo aqui,<br />
outro acolá. Salários altíssimos.<br />
Para quê? O índio só quer respeito<br />
e seu pedaço de terra. A<br />
Funai deveria só ter funcionário<br />
para proteger a divisa das terras<br />
deles.<br />
F.U. – Temos visto essa briga em<br />
torno da demarcação na reserva<br />
Raposa/Serra do Sol, no norte<br />
de Roraima.<br />
W.A.S. – Por aí você vê. Dizem<br />
que será uma ameaça aos interesses<br />
nacionais. Então o Xingu<br />
foi sempre um problema para a<br />
nação. Porque lá é um parque<br />
de índios. E aconteceu alguma<br />
“Se você for ao<br />
escritório da Funai<br />
é cafezinho aqui,<br />
cafezinho lá. Um<br />
bate papo aqui,<br />
outro acolá.<br />
Salários altíssimos.<br />
Para quê? O índio<br />
só quer respeito e<br />
seu pedaço de<br />
terra. A Funai<br />
deveria só ter<br />
funcionário para<br />
proteger a divisa<br />
das terras deles”<br />
coisa de ameaça à cidadania, à<br />
soberania nacional? Nunca aconteceu<br />
nada. É só mais um parque.<br />
Aí cabe às autoridades e, principalmente,<br />
aos militares defender<br />
os interesses da nação protegendo<br />
os índios e o território.<br />
F.U. – Recentemente, o Ministro<br />
da Defesa, Nelson Jobim, disse<br />
que as críticas à política indígena<br />
são influências da cultura<br />
norte-americana e por desconhecimento.<br />
O senhor concorda?<br />
W.A.S. – Eu não sei se ele está<br />
defendendo. Eu só sei que o índio<br />
é uma nação cultural dentro<br />
do nosso País, que deveria receber<br />
o mesmo respeito como<br />
qualquer outra nação. No entanto,<br />
não existe esse respeito, pois<br />
eles acham que é uma<br />
subcultura, que eles não trazem<br />
retorno para nosso Brasil.<br />
F.U. – E os problemas com as drogas<br />
só existem nessas tribos que<br />
estão próximas à cidade?<br />
W.A.S. – Aonde vai a civilização<br />
isso existe. Onde há desenvolvimento,<br />
vai toda a poluição<br />
moral.<br />
F.U. – O senhor acha ruim essa<br />
troca de cultura entre o índio e<br />
o branco?<br />
W.A.S. – Não. Esse processo é<br />
irreversível. Mas cada um tem<br />
que respeitar o outro. Eu não<br />
vejo nenhum problema, se tiver<br />
respeito.<br />
F.U. – No ano passado houve<br />
um aumento de assassinatos e<br />
suicídios entre os índios.<br />
W.A.S. – Lógico, muitas vezes<br />
por causa das igrejas. Elas vão<br />
lá e querem obrigar o índio a<br />
pensar da maneira delas, fazem<br />
uma lavagem cerebral. Criam<br />
imposições e problemas mentais.<br />
Acabam levando eles ao suicídio.<br />
Isso nos leva a crer que<br />
há mais males levados por nós<br />
do que bem.<br />
F.U. – Quando o senhor criou<br />
esse museu? Qual foi o objetivo?<br />
W.A.S. – Eu não tinha o objetivo<br />
nem de criar o museu. Sou artista<br />
plástico. Comecei a pintar<br />
em 1968 e em 1970 conheci o<br />
Orlando. Como eu pintava o índio,<br />
ele achou que eu merecia<br />
conhecer o Xingu e sua gente.<br />
Dessa convivência recebi muitos<br />
presentes e dei outros. Como<br />
colecionei muitas coisas, isso<br />
despertou interesses de escolas<br />
e universidades para eu fazer<br />
palestras. Foi aí que veio a idéia<br />
17<br />
de usar a arte indígena para<br />
mostrar a capacidade e sensibilidade<br />
artística do índio por meio<br />
de uma exposição. Criei o museu<br />
há quatro anos. Ele é o único<br />
sobre o índio na Grande São<br />
Paulo. Até hoje nunca recebi um<br />
tostão do Poder Público.<br />
F.U. – Como o senhor mantém<br />
o museu?<br />
W.A.S. – Com recursos próprios.<br />
Com minhas palestras, minhas<br />
pinturas. A bilheteria, de<br />
vez em quando, rende o valor<br />
para pagar a energia e o telefone.<br />
A bilheteria de R$ 3, às vezes,<br />
rende R$ 600. Gasto cerca<br />
de R$ 4 mil por mês. Às vezes<br />
consigo arrecadar uma boa<br />
quantia com as minhas palestras.<br />
Recentemente fiquei em<br />
Araraquara, no Teatro Municipal.<br />
Mas é com sacrifício. Se eu não<br />
conseguir dinheiro para manter<br />
o museu, vou ter que fazer alguma<br />
coisa. Ou vender o acervo<br />
ou mudar para Foz do<br />
Iguaçu, porque lá a bilheteria<br />
pode ser maior com a visita de<br />
estrangeiros. Mas eu não queria.<br />
F.U. – Se o índio trouxesse retorno<br />
financeiro seria diferente?<br />
W.A.S. – Lógico. Não só financeiro,<br />
mas também se ele produzisse<br />
voto. Agora temos malandros<br />
no Mato Grosso querendo<br />
que o índio vire eleitor.<br />
F.U. – O índio não percebe que<br />
está sendo usado, manipulado?<br />
W.A.S. – O índio, dentro de sua<br />
pureza, é incapaz de avaliar ou<br />
de analisar o que realmente<br />
acontece. O índio era, como dizia<br />
Ataulfo Alves, feliz e não sabia.<br />
Ele não procura construir a<br />
felicidade, ele a vive. O índio só<br />
reage quando a presença do<br />
branco afeta naturalmente aquilo<br />
que faz parte de sua vida.<br />
F.U. – Até que ponto é bom ensinar<br />
nossa língua para eles?<br />
W.A.S. – É importante para não<br />
ter um choque quando eles se<br />
integrarem. Uma hora vão acabar<br />
com suas terras e eles ficarão<br />
diluídos dentro da nossa<br />
sociedade. A cultura do índio<br />
diante do capitalismo é frágil<br />
e, por isso, vai sumir um dia,<br />
infelizmente.
18 TOUR CULTURAL<br />
Valores (i)morais<br />
Por Manuel Marques<br />
Em quase quatro décadas de<br />
carreira, o cineasta norte-americano<br />
Woody Allen colecionou uma<br />
série de fracassos e mais de uma<br />
dezena de acertos em sua vasta<br />
filmografia. O mais novo longa do<br />
diretor é um desses grandes<br />
acertos. O Sonho de Cassandra,<br />
que está em cartaz nos cinemas,<br />
consegue manter o suspense de<br />
uma boa trama e ao mesmo tempo<br />
levanta questões cruciais nas<br />
quais homens e mulheres se deparam<br />
ao longo da existência.<br />
Ewan McGregor, Colin Farrell,<br />
o sempre convincente Tom<br />
Wilkinson e a estreante Sally<br />
Hawkins foram os atores escolhidos<br />
para viver a trama principal.<br />
Desta vez, Allen não atua, mas<br />
além da direção assina também<br />
o roteiro original, arte que já lhe<br />
rendeu três prêmios da Academia.<br />
E que roteiro! A história gira em<br />
torno de dois irmãos. O primeiro<br />
é um jogador crônico que herda<br />
de sua compulsão uma dívida de<br />
90 mil euros. O outro leva uma<br />
vida normal até que se apaixona<br />
por uma bela atriz que conhece à<br />
Teatro<br />
No longa-metragem O Sonho de Cassandra, o diretor Woody Allen<br />
trata de questões éticas que permeiam o ser humano<br />
III Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo<br />
A mostra trará 150 artistas de sete países e tem como tema: Estética<br />
e Política na Prática Teatral. CCSP – Av. Vergueiro, 1.000. Até 11/05.<br />
Entrada franca. Confira a programação pelo site<br />
www.centrocultural.sp.gov.br<br />
Desconhecidos<br />
Casal de atores ensaia espetáculo sobre um serial killer e uma aeromoça<br />
que se encontram em uma praia deserta. SESC Consolação<br />
– R. Doutor Vila Nova, 245. Até 27/06. De quarta a sexta, às<br />
21h. Valor: R$ 10,00.<br />
E xposições<br />
Divulgação<br />
beira da estrada.<br />
Enquanto um precisa saldar as<br />
dívidas com os agiotas, o outro<br />
tem que obter recursos para dar<br />
uma guinada na vida e conquistar<br />
a mulher amada. A vida dos<br />
jovens torna-se gradualmente<br />
entrelaçada quando um tio distante<br />
e milionário lhes propõe que,<br />
em troca de muito dinheiro, matem<br />
um antigo desafeto. Ambientado<br />
em Londres, o famoso diretor<br />
conseguiu mesclar o trágico,<br />
o cômico e o suspense não só dos<br />
personagens, mas da nossa própria<br />
existência.<br />
Por Bruno Souza<br />
Paisagens<br />
Fotografias de Maurício Simonetti abordam o cenário natural brasileiro<br />
nos últimos três anos, em diferentes Estados. Caixa Cultural –<br />
Praça da Sé, 111. Até 15/06. De terça a domingo, das 9h às 21h.<br />
Entrada franca.<br />
Beauty Hunter<br />
Inspirado em outdoors, quadrinhos, músicas e brinquedos, o artista plástico<br />
David Gerstein reúne 40 obras que fazem crítica da sociedade moderna.<br />
Centro da Cultura Judaica – R. Oscar Freire, 2.500. Até 19/06,<br />
das 10h às 22h. Entrada franca ou 1kg de alimento não perecível.<br />
S how<br />
Beatriz Azevedo com Bocato e Tom Zé<br />
A cantora e compositora lança o CD Alegria, que explora ritmos tradicionais<br />
como maxixe, maracatu, coco e embolada. SESC Santana –<br />
Av. Luiz Dumont Villares, 579. Dias 10/05 e 11/05. Sábado às 21h e<br />
domingo às 19h. R$ 16,00.<br />
Cometa Gafi<br />
Com 11 anos de existência, a Orquestra Cometa Gafi traz composições<br />
próprias e de artistas como Chiquinha Gonzaga e Noel Rosa. Avenida<br />
Club – Av. Pedroso de Morais, 1.036. Dia 07/05, às 22h. R$ 6,00.<br />
C inema<br />
Mais Woody Allen<br />
A Rosa Púrpura do Cairo (1985). Durante a Grande Depressão americana,<br />
a solitária garçonete Cecília é viciada em filmes hollywoodianos. O<br />
preferido dela é A Rosa Púrpura do Cairo. A vida de Cecília é transformada<br />
quando o astro principal, repentinamente, sai da tela com o objetivo de<br />
conhecê-la. Uma mistura de fábulas mágica e cômica sobre a vida, a ilusão<br />
do cinema e a esperança.<br />
Crimes e Pecados (1989). Narra a história de Cliff Stern, um cineasta<br />
idealista que recebe a oferta de um trabalho lucrativo: filmar o perfil de um<br />
pomposo produtor de TV. Este filme já foi definido como tocante, irreverente<br />
e hilário. De fato, ele é tudo isso, mas também é uma fábula contada com<br />
maestria sobre a complexidade das escolhas humanas.<br />
Contos de Nova York (1989). São três histórias que formam uma trilogia<br />
sobre a vida na metrópole de Nova York. Quem dirige são três mitos do<br />
cinema contemporâneo: Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody<br />
Allen. No último conto, Édipo Arrasado, Allen vive o papel de um advogado<br />
neurótico que não consegue livrar-se da mulher que mais influencia sua<br />
vida: sua própria mãe. Mia Farrow e Julie Kavner interpretam as outras<br />
mulheres que complicam ainda mais sua situação.<br />
Especial Curtas Cinemateca<br />
O projeto traz obras de novos cineastas com exibição de cinco curtasmetragens.<br />
Cinemateca – Largo Senador Raul Cardoso, 207. Dia 07/05, às<br />
21h. Entrada franca. Confira a programação no site www.cinemateca.gov.br<br />
Literatura No Cinema<br />
Coletânea de filmes adaptados da literatura para o cinema. HSBC Belas<br />
Artes – R. da Consolação, 2.423. Até dia 08/05, entre 19h e 19h30. Mais<br />
informações no site www.hsbcbelasartes.com.br<br />
ERRAMOS<br />
Na edição 364, pág. 18, por um equívoco, foi publicada a foto de outra pessoa no<br />
lugar da Amanda Justiniano, matéria: “Graffiti Contemporâneo”. Nesta mesma<br />
pág. e edição, na “Bom e Barato”, por um erro, dicas de shows, cinema e o X<br />
Games saíram com datas já passadas da publicação do jornal.
ENTRETENIMENTO<br />
Quando um relacionamento<br />
amoroso “termina” é bastante comum<br />
que o casal passe por um<br />
período ainda instável, de conversas<br />
para esclarecer as razões de<br />
um ou de outro, de tentativas e promessas.<br />
Claro que depende de cada<br />
casal, mas essa é uma experiência<br />
relatada nos consultórios de<br />
psicologia.<br />
Duas pessoas começam a se<br />
relacionar por uma afinidade consciente,<br />
que diz respeito à aparência<br />
física, a gostos semelhantes, a<br />
planos futuros, entre outros. Mas<br />
também existe um “contrato” inconsciente<br />
que fala das razões mais<br />
profundas que nos fazem escolher<br />
um parceiro. Essas, muitas vezes,<br />
permanecem desconhecidas por<br />
todo o tempo da relação. Quando<br />
acontece alguma transformação,<br />
tanto nesse conluio inconsciente,<br />
quanto no mais conhecido, a relação<br />
pode terminar. O desenvolvimento<br />
de alguma característica de um<br />
dos dois, a mudança de fase de<br />
vida, a transformação das necessidades,<br />
são algumas das motivações<br />
que podem levar ao fim. Contudo,<br />
a relação continua dando cer-<br />
Concorra ao livro Caetano<br />
Veloso, de Guilherme Wisnik. Basta<br />
mandar um e-mail para<br />
folha_universitaria@uniban.br<br />
com nome, RA (alunos) ou RGF<br />
(funcionários),<br />
curso, campus e<br />
a resposta correta<br />
da seguinte<br />
pergunta:<br />
Caetano<br />
Veloso fez parte<br />
de qual movimentomusical<br />
brasileiro?<br />
REFLEXÃO<br />
Voltar ou não voltar. Eis a questão<br />
PROMOÇÃO<br />
ta satisfação, então, quando o outro<br />
vai embora, aquele “pedaço” que<br />
era bom, faz falta. E, em geral, para<br />
os dois, não importando quem foi o<br />
porta-voz do término.<br />
Inicia-se, então, a fase das idas<br />
e vindas. Essa fase pode resultar<br />
num término mais definitivo, numa<br />
retomada da relação com uma mudança<br />
qualitativa ou na simples repetição<br />
do modelo anterior. Isso será<br />
definido com base em algumas reflexões<br />
e mudanças: aquilo que incomoda<br />
no outro pode ser mudado<br />
com promessas ou é algo que pede<br />
uma maior conscientização das partes<br />
mais conflituosas da relação?<br />
Estamos com medo de nos abrir para<br />
o novo? Estamos só com saudades<br />
do que era bom ou estamos dispostos<br />
a entrar no difícil caminho de recontratar<br />
o vínculo?<br />
Voltar pede muita disponibilidade<br />
para a mudança, leva tempo e<br />
tem que ser uma escolha e não<br />
somente uma necessidade imediata<br />
para satisfazer o vazio que o término<br />
com o outro deixa.<br />
Entre em contato com o GAPsi<br />
pelo site: www.gapsi.com.br<br />
O nome do ganhador(a) sai na<br />
próxima edição da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />
Resultado da promoção<br />
A pergunta da semana passada<br />
foi a seguinte: Berkeley foi o<br />
fundador de qual escola de pensamento?<br />
Acertou quem escreveu<br />
empirismo. Quem ganhou o livro<br />
foi a aluna Roberta Elisa dos Santos<br />
Ghion, do campus MR. O prêmio<br />
pode ser retirado até sextafeira<br />
na secretaria de campus.<br />
CRUZADAS<br />
19