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profissões entrevist entrevista metropolit ... - Folha - Uniban

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EXEMPLAR<br />

GRATUITO<br />

Edição:<br />

365 UNIVERSITÁRIA<br />

Jornal da UNIBAN Brasil<br />

Ano 12 • 05 de maio d e 2008<br />

PROFISSÕES<br />

FOLHA<br />

Saibam quais são as<br />

regras de etiqueta mais<br />

importantes para se dar<br />

bem no ambiente de<br />

trabalho. (pág. 5)<br />

UNIBAN<br />

Palestra reuniu<br />

profissionais da área de<br />

Rádio e TV como o<br />

jornalista Roberto Nonato,<br />

da rádio CBN. (pág. 12)<br />

CULTURA<br />

O Sonho de Cassandra,<br />

dirigido e escrito pelo<br />

cineasta norte-americano<br />

Woody Allen, está em<br />

cartaz. (pág. 18)<br />

METROPOLIT<br />

METROPOLIT<br />

METROPOLITANO<br />

METROPOLIT<br />

METROPOLIT ANO<br />

Foto: Amana Salles/Arte: Ronaldo Paes<br />

Mesmo depois da<br />

implantação do<br />

Bilhete Único no<br />

transporte público,<br />

os assaltos a ônibus<br />

ainda continuam.<br />

(pág. 4)<br />

ENTREVIST<br />

ENTREVISTA<br />

ENTREVIST<br />

Walde-Mar de Andrade<br />

e Silva: “A Funai é uma<br />

raposa cuidando de<br />

galinhas. Eles, na<br />

maioria, são um bando<br />

de ignorantes ditando<br />

normas”. (págs. 16 e 17)<br />

A Bossa Nova, gênero musical que definiu os moldes atuais da música popular brasileira,<br />

completa 50 anos de existência. Como o estilo criado por João Gilberto e imortalizado por<br />

Tom Jobim e Vinícius de Moraes, entre tantos outros, chega a meio século sem soar como<br />

velho? (págs. 8 e 9)


02 ACONTECE<br />

Foto: www.sxc.hu<br />

Por Karen Rodrigues<br />

Pesquisa aponta aumento de peso<br />

Dados do Mapa da Saúde mostram que 13% dos brasileiros são obesos e 43%<br />

estão com o Índice de Massa Corporal maior que o ideal<br />

Apesar do investimento que a China<br />

tem feito para que os Jogos Olímpicos<br />

sejam um grande marco na história<br />

do esporte, o país teme que a<br />

edição sofra boicote por parte de alguns<br />

países que se dizem solidários<br />

às manifestações por liberdade ao<br />

povo tibetano. No histórico dos 29 jogos<br />

já realizados, as edições de 1956<br />

(Melbourne), 1976 (Montreal), 1980<br />

(Moscou) e 1984 (Los Angeles) foram<br />

vítimas de boicotes por motivos puramente<br />

políticos.<br />

De acordo com o jornalista<br />

Orlando Duarte, que participou da<br />

cobertura de dez Jogos Olímpicos, é<br />

a primeira vez que as pessoas aproveitam<br />

a passagem da tocha olímpica<br />

para se manifestarem por uma<br />

causa política. “A trajetória da tocha<br />

representa a união dos povos através<br />

do esporte. Qualquer manifesta-<br />

Por Renato Góes<br />

O Ministério da Saúde divulgou em<br />

abril deste ano um estudo intitulado<br />

Mapa da Saúde. Foram <strong>entrevist</strong>adas<br />

cerca de duas mil pessoas que moram<br />

nas 26 capitais brasileiras e Distrito<br />

Federal. O questionário era<br />

abrangente e continha perguntas<br />

relativas ao consumo de verduras,<br />

legumes, atividade física,<br />

tabagismo e diagnóstico de diabetes,<br />

entre outros. Dentre os<br />

números apresentados (que<br />

podem ser conferidos no site<br />

www.saude.gov.br), um que<br />

desponta como alarmante é referente<br />

ao tema obesidade. Cerca<br />

de 13% dos brasileiros <strong>entrevist</strong>ados<br />

são considerados<br />

obesos (IMC> ou igual a 30).<br />

Quanto aos com excesso de peso<br />

(IMC> ou igual a 25), o número cresce<br />

para preocupantes 43%.<br />

De acordo com a profa. de Nutrição<br />

da UNIBAN, Julia Sleiman,<br />

“a questão do excesso de peso<br />

correspondia a 16% da população<br />

adulta. Nestes últimos estudos, a freqüência<br />

pulou para mais de 40%. Estes<br />

dados são alarmantes, já que ultrapassam<br />

os 15% e 5% esperados<br />

pelas pesquisas internacionais para<br />

excesso de peso e obesidade”. No<br />

entanto, algumas das respostas para<br />

o aumento deste percentual estão no<br />

próprio Mapa da Saúde.<br />

O questionário aponta um baixo<br />

consumo de frutas, legumes e hortaliças<br />

(abaixo de 400g/dia). Na cidade<br />

de São Paulo, por exemplo, só 23%<br />

dos <strong>entrevist</strong>ados têm este hábito.<br />

Em contrapartida, carnes com excesso<br />

de gordura (32,8%), leite integral<br />

(53%) e refrigerantes (26,7%) fazem<br />

parte do cardápio diário de boa parte<br />

dos brasileiros. Segundo Sleiman, “o<br />

padrão alimentar brasileiro sofreu algumas<br />

mudanças nos últimos 50<br />

anos, um processo denominado transição<br />

nutricional”. Esta transformação<br />

aponta o aumento no consumo de pro-<br />

Boicotes olímpicos<br />

ção que envolva o Tibete não tem<br />

razão de ser”, diz.<br />

O jornalista critica o fato de outros<br />

problemas virem a se misturar<br />

com o esporte. “Falar que Pequim é<br />

uma cidade poluída está certo, que<br />

não tem liberdade, também, mas não<br />

cabe ao esporte resolver isso. Por<br />

que, ao invés de boicotes, os países<br />

não param de fazer relações comerciais<br />

com a China?”, questiona. Na<br />

opinião de Orlando, quando há boicote,<br />

os únicos que sofrem prejuízos<br />

são os atletas. “Em 1980 muitos foram<br />

prejudicados. O atleta tem que<br />

pensar o seguinte: estou no auge em<br />

80, não estarei em 84 e adeus 88.<br />

Por causa do boicote, o sonho olímpico<br />

de muitos atletas acabou em 1980”.<br />

O jornalista Orlando Duarte cobriu dez<br />

Jogos Olímpicos, entre eles as edições<br />

marcadas pelos boicotes políticos<br />

Foto: www.sxc.hu<br />

As manifestações políticas pró-Tibete ocorreram<br />

na passagem da Tocha Olímpica por diversos países<br />

teína animal (carne e leite integral),<br />

açúcar, achocolatados e alimentos industrializados.<br />

Já a ingestão de frutas,<br />

legumes, verduras e, até mesmo,<br />

o velho e bom “arroz com feijão”<br />

tem sofrido queda gradual.<br />

Dentre este panorama nada agradável,<br />

a professora entende que “há<br />

uma grande variedade de produtos<br />

ofertados pelas indústrias alimentícias,<br />

de olho nos consumidores que dispõe<br />

de pouco tempo para o preparo<br />

das suas refeições. Junto com o<br />

estresse do dia-a-dia, isto colabora<br />

com a adoção de hábitos não apropriados”.<br />

Na sua visão, uma das formas<br />

de combater estes números é a<br />

educação nutricional. “Ela é essencial<br />

para a aquisição de hábitos saudáveis,<br />

visando contribuir para uma<br />

melhor qualidade de vida hoje e no<br />

futuro”, completa.<br />

Até o momento, o país que mais<br />

tem cogitado a possibilidade de boicotar<br />

os Jogos Olímpicos é a França.<br />

Os protestos na passagem da<br />

tocha por Paris obrigaram a polícia a<br />

guardar a chama dentro de um ônibus<br />

para protegê-la dos manifestantes,<br />

cancelando o revezamento. Para<br />

o jornalista, a França deve respeitar<br />

os outros e organizar a sua casa. “A<br />

política francesa não deve se meter<br />

na política esportiva. Se não querem<br />

participar dos Jogos cortem a sua<br />

participação e pronto”, afirma.<br />

Embora os protestos ainda permaneçam,<br />

Orlando acredita que os Jogos<br />

Olímpicos deste ano têm tudo<br />

para ser de alto nível. “Se nesses jogos<br />

houver algum boicote será muito<br />

insignificante. Quem quiser boicotar<br />

é porque não tem capacidade de competir<br />

e não quer ir pra lá para perder.<br />

Se houver um grande boicote é porque<br />

todo mundo ficou louco”, conclui.<br />

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Reitores: Prof. Ms. Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo<br />

Calandriello Júnior. Presidente do Conselho de Comunicação: Eduardo Fonseca. Responsável pelos Veículos de Comunicação: Rogério Carvalho Silva. Jornalista responsável:<br />

Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designer: Ricardo Neves. Editores: Cleber Eufrasio e Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Karen Rodrigues, Manuel<br />

Marques e Vivian Costa. Fotos: Amana Salles. Estagiário: Bruno Souza. Diário Oficial UNIBAN - Coordenação: Francielli Abreu. Revisora: Marisa De Lucia. Colaboradores: Arismar<br />

Monteiro, Marisa De Lucia, Fabiana Mello e Analú Sinopoli. Impressão: <strong>Folha</strong> Gráfica. Cartas para a redação: Rua Bela Vista, 739 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04709-903.<br />

Tel. (11) 5180-9885. E-mail: folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000.


04 METROPOLITANO<br />

Por Francielli Abreu<br />

Até que ponto estamos seguros?<br />

A circulação de pessoas nos ônibus<br />

da cidade de São Paulo é intensa,<br />

cerca de 7.850 milhões de usuários<br />

por dia. Como será que a Prefeitura<br />

e a Polícia Militar agem para garantir<br />

a segurança desses passageiros?<br />

A <strong>Folha</strong> Universitária procurou<br />

os dois órgãos para esclarecer quais<br />

as medidas tomadas para evitar assaltos<br />

e roubos nos coletivos.<br />

Uma medida destacada pelas entidades<br />

foi a implantação do Bilhete Único,<br />

utilizado em toda a frota de ônibus<br />

da capital. De acordo com dados da<br />

SPTrans (São Paulo Transporte S/A),<br />

essa iniciativa reduziu significativamente<br />

o número de assaltos. Em<br />

2004, época em que teve início o pagamento<br />

eletrônico, o número de assaltos<br />

foi de 6.426. Em 2007 foram<br />

3.259. Até março de 2008 foram<br />

registrados 659. “A medida garante a<br />

segurança dos usuários e dos operadores.<br />

Em maio de 2004 tínhamos 647<br />

assaltos, depois foi gradualmente reduzido<br />

até chegar dezembro com 307”,<br />

afirma Marcelo Bossi, assessor de Comunicação<br />

da SPUrbanus.<br />

Os assaltos a ônibus caíram depois da implantação do Bilhete Único,<br />

mas nem por isso deixaram de acontecer<br />

Para exercer cidadania<br />

Com o Bilhete Único, a circulação<br />

de dinheiro diminuiu. O cobrador J.L.<br />

confirma este fato. “Quando era passe<br />

e dinheiro, eu levava pra garagem<br />

uma média de R$ 500 a R$ 700, por<br />

período trabalhado. Agora, levo de R$<br />

100 a R$ 180. E com esse negócio<br />

de não poder mais validar o bilhete<br />

nos ônibus, diminuíram mais ainda os<br />

valores”, conta.<br />

Outra forma de garantir a segurança<br />

dos usuários, segundo a SP-<br />

Urbanuss, foi a instalação do sistema<br />

GPS em quase toda a frota da<br />

capital. “Temos um dispositivo no<br />

painel do ônibus, chamado botão<br />

antipânico. Ele deve ser acionado pelo<br />

motorista em algumas hipóteses<br />

como assalto, acidente ou colisão.<br />

Uma central faz o monitoramento e,<br />

por meio de um código, identifica o<br />

que ocorreu”, explica Bossi.<br />

Em linhas com maior incidência de<br />

roubos, como algumas das zonas Sul<br />

e Leste, a SP-Urbanuss afirma ainda<br />

que as empresas instalaram câmeras<br />

escondidas. “Esta medida, de certa forma,<br />

inibe os assaltos. Porém, sempre<br />

comunicamos à polícia o ocorrido, porque<br />

ela só trabalha investigando ou prevenindo<br />

se for informada”, diz Bossi.<br />

E completa: “A gente enxerga que o<br />

assalto é um problema de segurança<br />

pública e social”.<br />

Cartórios Eleitorais ampliam horário de atendimento<br />

até dia 7 de maio, com funcionamento das 9 h<br />

às 18 h. O motivo é a aproximação da data limite<br />

para o alistamento eleitoral e a transferência de títulos.<br />

Para obter o título é necessário procurar o<br />

cartório correspondente e levar documento de identidade,<br />

comprovante de residência e, caso seja homem<br />

entre 18 e 45 anos, o certificado do serviço<br />

militar. O Poupatempo também está habilitado a fazer<br />

os serviços. Eleitores com necessidades especiais devem<br />

solicitar uma seção especial. Mais informações<br />

no site www.tre-sp.jus.br (B.S.)<br />

A Polícia Militar, por sua vez, de<br />

acordo com o Tenente Emerson<br />

Massera, Relações Públicas e porta-voz<br />

do comando de policiamento<br />

da capital, afirma que “no passado, a<br />

segurança nos transportes foi motivo<br />

de grande preocupação. Com a<br />

redução da quantidade de ocorrências,<br />

já não está mais entre as principais<br />

demandas da Polícia Militar nesta<br />

área de segurança pública”.<br />

Segundo ele, a polícia não deixa<br />

de agir. Nas linhas e vias com mais<br />

incidência de roubos, a PM monta as<br />

chamadas “blitz”. “Muitas vezes, quando<br />

entramos em um ônibus e vistoriamos<br />

as pessoas, elas reclamam.<br />

Quando encontramos armas, drogas<br />

ou objetos ligados ao crime, elas vêem<br />

a importância deste trabalho”, esclarece<br />

Massera. Outra medida é a utilização<br />

de policiais à paisana.<br />

Ainda que estes esquemas inibam<br />

a ação de possíveis infratores, mesmo<br />

em menor quantidade, os assaltos<br />

acontecem. A estudante Vanessa<br />

Freire, do 2º ano de Química da<br />

UNIBAN, teve seus pertences levados<br />

por ladrões. “Peguei um ônibus na<br />

Vila Mariana por volta das 19h30, e<br />

sentei no fundo. Havia poucas pessoas<br />

dentro dele. Entraram dois adolescentes<br />

e sentaram atrás de mim. A menina<br />

ficou em pé na minha frente e o<br />

menino me abordou. Simulou<br />

estar armado, e<br />

falou pra eu<br />

passar os<br />

dois celulares.<br />

Levaram<br />

um dos aparelhos<br />

e desceram<br />

no<br />

ponto seguinte”,lembra.<br />

Amana Salles<br />

O Manual a seguir dá<br />

dicas à população<br />

para que situações<br />

como furtos sejam<br />

evitadas:<br />

1) Mantenha sua atenção, não<br />

cochile ou se distraia com<br />

conversas ou leituras;<br />

2) Caso você esteja sendo incomodado<br />

por alguém, mude<br />

de lugar;<br />

3) Fique atento com as pessoas<br />

que desembarcam com<br />

você. Caso suspeite de algo,<br />

dirija-se ao primeiro local habitado<br />

e peça ajuda;<br />

4) Desconfie de estranhos que<br />

tentem aproximação. Não aceite<br />

convites de pessoas que<br />

tenha acabado de conhecer;<br />

5) Dentro da condução, quando<br />

estiver cheia, coloque seus<br />

objetos pessoais na frente de<br />

seu corpo;<br />

6) Evite colocar a carteira, ou<br />

mesmo dinheiro, nos bolsos<br />

de trás de sua calça;<br />

7) Desconfie de esbarrões, empurrões<br />

ou cotoveladas;<br />

8) Tenha dinheiro separado (à<br />

mão); evite retirar sua carteira<br />

em público;<br />

9) Cuidado com pessoas que insistem<br />

em conduzir seus pacotes<br />

ou bolsas, em momentos<br />

de superlotação;<br />

10)Se acontecer um assalto,<br />

mantenha-se calmo. Não encare<br />

diretamente os assaltantes<br />

e nem tente dialogar com<br />

eles. Não reaja, e avise imediatamente<br />

a Polícia Militar.<br />

Banco de sangue espera doadores<br />

A Fundação Pró-Sangue<br />

é a responsável pelo<br />

abastecimento de 130<br />

hospitais da região <strong>metropolit</strong>ana<br />

de São Paulo.<br />

Hoje necessita de doadores<br />

de todos os tipos<br />

sangüíneos. O estoque<br />

está 50% abaixo do normal.<br />

Quem quiser doar, é<br />

necessário estar em boas<br />

condições de saúde, bem<br />

Fonte: Polícia Militar do<br />

Estado de São Paulo<br />

alimentado, ter entre 18 e<br />

65 anos, pesar no mínimo<br />

50 quilos e levar documento<br />

de identidade<br />

original. Local: Av. Doutor<br />

Enéas Carvalho de<br />

Aguiar, 155, 1º andar. Estacionamento<br />

gratuito aos<br />

doadores. Informações e<br />

consultas de postos de<br />

coleta pelo telefone ou no<br />

site. (B.S.)


CADERNO<br />

PROFISSÕES<br />

Etiqueta profissional ajuda<br />

na imagem pessoal<br />

Por Vivian Costa<br />

As boas maneiras são notadas e aprovadas, já<br />

os maus modos são capazes de atrapalhar a carreira<br />

As boas maneiras são a base<br />

do relacionamento em vários aspectos<br />

da vida. Só que em nenhum<br />

lugar elas são tão importantes como<br />

no ambiente de trabalho, onde muitas<br />

pessoas passam a maior parte<br />

do tempo. Para a consultora de<br />

comportamento profissional Maria<br />

Aparecida Araújo, da Etiqueta Empresarial,<br />

as pessoas vão lembrar<br />

de você de acordo com o seu comportamento,<br />

já que ele pode influenciar<br />

positiva ou negativamente na<br />

sua imagem.<br />

Para Nancy Tuckerman & Nancy<br />

Dunnan, que reescreveram O Livro<br />

Completo de Etiqueta de Amy<br />

Vanderbilt, o escritório<br />

é uma comunidade<br />

e, como todas<br />

as outras, funciona<br />

melhor<br />

quando as pessoas<br />

são educadas e<br />

gentis. Isto significa<br />

“ser educado<br />

em todos os níveis da hierarquia, e<br />

não simplesmente com aqueles que<br />

estão acima”.<br />

Segundo Maria Aparecida, ser<br />

educado e se vestir adequadamente<br />

é fundamental. “É preciso construir<br />

um conceito sólido de sua marca<br />

profissional. Por isso, é importante<br />

seguir regras e não desperdiçar<br />

a chance de mostrar aos outros que<br />

você é legal”, explica. Para provar<br />

que a competência nem sempre é<br />

tudo, a consultora observa que 90%<br />

dos fracassos dos profissionais não<br />

ocorreu por incompetência técnica<br />

e sim interpessoal.<br />

Ela afirma que um bom comportamento<br />

pode alavancar o crescimento<br />

de uma carreira “já que as empre-<br />

Fotos: Amana Salles<br />

Ronaldo Koloszuk<br />

conta como fundou<br />

dentro da Fiesp o CJE<br />

(Comitê dos Jovens<br />

Empreendedores).<br />

(pág. 6)<br />

sas querem funcionários agradáveis<br />

e que se relacionem bem”. E completa:<br />

“o profissional tem várias oportunidades<br />

de melhorar sua marca ou<br />

sepultá-la”. É preciso tratar as pessoas<br />

como você gostaria de ser tratado,<br />

lembra afirmando que esse velho ditado<br />

tem que ser levado a sério.<br />

Para a consultora, que trabalha<br />

nesse segmento há mais de 20<br />

anos, as pessoas arrogantes e desagradáveis<br />

têm geralmente a autoestima<br />

baixa. “Como se sentem internamente<br />

mal, desestruturadas,<br />

elas acabam descontando nos colegas<br />

de trabalho suas frustrações”,<br />

explica. Para ela, o melhor remédio<br />

para desarmar esse tipo de pessoa<br />

é tratá-la bem, questioná-la e pedir<br />

ajuda para que sua auto-estima<br />

suba. “A arrogância, geralmente, é<br />

um sintoma de quem se sente ameaçado,<br />

é uma forma de maquiar uma<br />

fragilidade emocional”, diz.<br />

Ela lembra que, atualmente, as<br />

empresas não têm paredes como divisórias,<br />

e que é preciso ter educação<br />

para poder conviver com os amigos.<br />

Por isso, é necessário falar baixo<br />

para não incomodar. Ser solidário<br />

também é fundamental, “se algum te-<br />

Dicas de<br />

comportamento<br />

1. Não fale alto para não incomodar;<br />

2. Cumprimente os colegas;<br />

3. Ajude o colega quando puder;<br />

4. Não fale piadas de baixo calão;<br />

5. Não coloque apelido nas pessoas;<br />

6. Não use gírias;<br />

7. Não faça lanche na mesa;<br />

8. Não fume;<br />

9. Não masque chiclete;<br />

10. Dê crédito a quem merece;<br />

11. Seja limpo;<br />

12. Devolva tudo que pedir emprestado;<br />

13. Não mexa nas coisas dos outros.<br />

lefone tocar, atenda e anote o recado,<br />

afinal você está trabalhando para<br />

a empresa”. Outro problema<br />

indelicado, e que incomoda, é o cigarro.<br />

“Fumar é uma prerrogativa<br />

pessoal e não podemos impor seu<br />

colega ao vício”, diz.<br />

Tenha modos<br />

Para a consultora, é preciso observar<br />

como as pessoas da empresa<br />

se vestem, para seguir o padrão.<br />

“Não precisa se vestir socialmente,<br />

mas o bom senso prevalece sempre.<br />

Se o seu ambiente de trabalho<br />

é mais despojado, é preciso tomar<br />

O livro: Energia<br />

Alternativa revela a<br />

atual importância do<br />

consumo energético<br />

(pág. 7)<br />

Confira as vagas de<br />

estágios oferecidas<br />

pelo CIEE e Nube.<br />

(pág. 7)<br />

cuidado quando lidar diretamente<br />

com um cliente, pois o funcionário<br />

representa a empresa”, explica.<br />

Maria Aparecida comenta que<br />

no mercado de trabalho não há possibilidade<br />

das mulheres usarem<br />

transparência, decote, barriga de<br />

fora ou lingerie à mostra. Quanto<br />

aos homens, é desaconselhável o<br />

uso de sandálias de dedo, bermuda,<br />

camiseta regata, camiseta de<br />

time e boné. Ela lembra que o mercado<br />

corporativo é muito tradicional<br />

e conservador, portanto as tendências<br />

demoram a entrar nas empresas.<br />

“Piercing e tatuagem são<br />

permitidos, mas têm que estar em<br />

locais que possam ser escondidos”.<br />

Gerusa Mengarda, gerente de<br />

recrutamento de seleção da Gelre,<br />

afirma que é preciso tomar cuidado<br />

com a vestimenta. “A roupa considerada<br />

correta numa agência de publicidade<br />

pode não ser aceitável num<br />

banco ou num escritório de advocacia.<br />

A regra é passar desapercebido.<br />

Não se pode chamar a atenção,<br />

a pessoa tem que se sobressair de<br />

acordo com suas qualidades e não<br />

pela vestimenta, perfume forte ou<br />

outra coisa qualquer”, afirma.<br />

Para Gerusa, o celular é outra<br />

coisa que pode incomodar os colegas.<br />

“Muitos colocam toques de<br />

música e deixam o volume alto.<br />

Quando saem da mesa, aquela<br />

sinfonia pode atrapalhar quem<br />

está ao lado”, afirma. O ideal é<br />

deixar o volume baixo ou deixá-lo<br />

no modo vibrar. Quanto à festa de<br />

final de ano, a consultora lembra<br />

de que se trata de um evento<br />

corporativo, portanto, é permitido<br />

beber, comer, brincar e falar, mas<br />

sem excesso. “Tem que se fazer<br />

tudo com equilíbrio”, finaliza.


06<br />

Por Karen Rodrigues<br />

Jovem empreendedor cria espaço<br />

para novos talentos<br />

Conquistar um lugar de destaque<br />

no mercado de trabalho é<br />

a meta da maioria das pessoas.<br />

Um exemplo de concretização<br />

desse objetivo é o jovem<br />

Ronaldo Koloszuk, 30 anos, que<br />

além de ter alcançado uma respeitável<br />

colocação profissional,<br />

como diretor da<br />

Fiesp, desenvolveu<br />

um projeto para<br />

que outros<br />

jovens<br />

tam-<br />

Dentre as atividades praticadas<br />

pelos componentes do CJE<br />

(Comitê dos Jovens Empreendedores)<br />

estão: acompanhar reuniões<br />

dos Conselhos Superiores,<br />

departamentos e outros comitês<br />

da Federação; participar de várias<br />

atividades na Fiesp e executar<br />

a própria agenda, na qual<br />

Ronaldo Koloszuk, diretor da Fiesp, conta como foi criar<br />

um comitê que orienta pessoas ao sucesso profissional<br />

bém tenham o mesmo sucesso.<br />

Há três anos, Koloszuk fundou<br />

o CJE (Comitê dos Jovens<br />

Empreendedores) na Fiesp<br />

(Federação das Indústrias do<br />

Estado de São Paulo), com o intuito<br />

de construir uma nova identidade<br />

empresarial. “Quando<br />

fundei o Comitê éramos cinco<br />

pessoas. Hoje já são 550 participantes.<br />

Durante esse período,<br />

conseguimos fazer com<br />

que o projeto recebesse<br />

jovens de todos os setores<br />

econômicos, desde<br />

aquele que vende abadás<br />

nas micaretas até o jovem<br />

que é filho de um dono de<br />

banco, ou mesmo que<br />

tem uma ONG no<br />

Capão Redondo”, explica.<br />

As pessoas<br />

que integram o<br />

CJE, segundo<br />

Ronaldo, têm<br />

perfis de sucesso. “São<br />

jovens que buscam<br />

conhecimento por<br />

meio de leitura,<br />

pois isso os ajuda<br />

desde uma<br />

<strong>entrevist</strong>a até<br />

a prospecção<br />

de um<br />

cliente”.<br />

Uma força ao empreendedorismo<br />

constam eventos, reuniões de<br />

grupos de trabalhos, encontros<br />

com personalidades do mundo<br />

empresarial, político e jurídico e<br />

a interação com entidades do<br />

mesmo segmento no Brasil e no<br />

mundo, por meio de congressos<br />

que colaboram para o fortalecimento<br />

do empreendedorismo.<br />

Outro fator que agrega ao perfil<br />

do empreendedor é quando<br />

o jovem procura nas simples<br />

oportunidades, grandes chances<br />

de ampliar seu negócio como<br />

participar de festas onde há<br />

poucos conhecidos, no propósito<br />

de ampliar o ciclo de amizades,<br />

já que isso é fundamental<br />

para fazer a empresa crescer.<br />

Por fim, o diretor acrescenta<br />

que o empreendedor é aquele<br />

que não desiste diante das adversidades.<br />

Das importantes ações promovidas<br />

pelo Comitê, pode-se<br />

citar a manifestação contra a<br />

CPMF. “Nós entendemos que<br />

além de ser um imposto injusto,<br />

era desnecessário, já que o Brasil<br />

vinha arrecadando de uma forma<br />

cada vez maior”, justifica. O<br />

CJE, juntamente com o presidente<br />

da Fiesp, Paulo Skaf, e outros<br />

grupos de jovens, fez uma Fren-<br />

Os interessados em se tornar<br />

um membro do comitê devem<br />

preencher um cadastro no site do<br />

grupo (www.cjefiesp.com.br) e indicar<br />

qual a área em que pretendem<br />

atuar. Após o envio, o perfil<br />

será analisado mediante a disponibilidade<br />

de vagas em projetos<br />

do grupo.<br />

“Quando fundei o Comitê<br />

éramos cinco pessoas.<br />

Hoje já são 550 participantes.<br />

Durante esse período,<br />

conseguimos fazer com que o<br />

projeto recebesse<br />

jovens de todos os<br />

setores<br />

econômicos,<br />

desde aquele que<br />

vende abadás<br />

nas micaretas<br />

até o jovem que<br />

é filho de um<br />

dono de banco”<br />

Fotos divulgação<br />

te Jovem Nacional e foi pressionar<br />

os senadores para que eles<br />

votassem contra o imposto.<br />

Para facilitar a busca pelo<br />

empreendedorismo, o Comitê<br />

criou um manual do jovem empreendedor,<br />

que será lançado<br />

em novembro. “Ele é indicado<br />

para aquele jovem de universidade<br />

que quer empreender e<br />

não sabe como. Em cima desse<br />

material é possível ter uma orientação”.<br />

Questionado sobre o<br />

que o levou a buscar esse caminho,<br />

Ronaldo diz que na vida a<br />

pessoa precisa ter quatro recursos<br />

para vencer. São eles: econômico,<br />

político, organizacional<br />

e cognitivo. “Quando você tem<br />

um desses recursos em abundância<br />

é possível equilibrar os<br />

outros, e eles são fundamentais<br />

para construir a viabilidade do<br />

seu negócio, carreira ou o que<br />

for”, diz.<br />

ERRAMOS<br />

Na edição 364, pág 06, na matéria<br />

“Atividade Ampla”, há dois<br />

equívocos. 1. O nome correto do<br />

profissional que trabalha como<br />

guia é Guia de Turismo. O guia turístico<br />

é a publicação com informações<br />

sobre a localidade turística.<br />

2. O piso salarial do Guia de Turismo<br />

é, em média, de R$ 150, por<br />

dia. O valor de R$ 4.500, por mês,<br />

seria se ele trabalhasse todos os<br />

dias do mês.


ICOM no MAC USP<br />

Palestra apresenta panorama da fundação<br />

do Comitê Internacional dos Museus<br />

(ICOM) – Missões, Objetivos e Atividades<br />

desde sua fundação em1946, com destaque<br />

para a importante participação da sociedade<br />

brasileira na organização. Serão discutidas<br />

também iniciativas atuais do panorama<br />

nacional e mundial dos museus. MAC USP<br />

– R. da Reitoria, 160. Cidade Universitária.<br />

Dia 06/05, às 15h. Valor: R$ 10,00 para estudantes.<br />

Inscrições no local, até 30 minutos<br />

antes do evento. Mais informações pelo<br />

telefone 3091-3027.<br />

Estágios:<br />

Cursos ............................................ Vagas ........... Menor Valor ........... Maior Valor<br />

Administração de Empresas ............. 94 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Análise de Sistemas ............................ 2 ................. R$ 500,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Arquitetura e Urbanismo .................... 18 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciência da Computação ..................... 3 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciências Contábeis ............................ 25 ................ R$ 750,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciências Econômicas ......................... 3 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Publicidade e Propaganda ................. 20 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.150,00<br />

Jornalismo ........................................... 5 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Rádio e TV ........................................... 3 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />

Design ................................................ 12 ................ R$ 550,00 ............ R$ 1.050,00<br />

Direito ................................................. 55 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Educação Física ................................. 3 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Enfermagem ....................................... 10 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Engenharia Civil ................................. 15 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Engenharia Elétrica ............................. 5 ................. R$ 800,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Engenharia Elétrica - Eletrônica ........ 16 ................ R$ 700,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Farmácia .............................................. 3 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Geografia ............................................. 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 600,00<br />

Informática .......................................... 54 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Letras .................................................. 8 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />

Matemática .......................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 900,00<br />

Medicina Veterinária ............................ 2 ................. R$ 600,00 ............... R$ 900,00<br />

Moda .................................................... 2 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />

Nutrição ............................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 850,00<br />

Pedagogia ............................................ 7 ................. R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Psicologia ............................................ 2 ................. R$ 500,00 ............ R$ 1.050,00<br />

Sistemas de Informação ..................... 2 ................. R$ 800,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Turismo ................................................ 4 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.100,00<br />

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.<br />

O livro Energia Alternativa – Solar, Eólica, Hidrelétrica<br />

e de Biocombustíveis, da série Mais Ciência da<br />

editora Publifolha, discute a energia, avalia sua importância<br />

para a humanidade e mostra a situação<br />

geral do consumo energético. Além disso, traz estudos<br />

sobre novas maneiras sustentáveis de geração<br />

de energia. Escrito por Marek Walisiewicz, redator de<br />

publicações científicas inglesas, o livro mostra algumas<br />

possibilidades de solucionar a escassez de<br />

energia, com práticas simples que envolvem planejamento,<br />

arquitetura e mudanças no estilo de vida.<br />

Valor: R$ 16,90.<br />

PALESTRAS<br />

CURSO<br />

A USP realiza o programa Física para Todos<br />

com a palestra: “Os Motores das Células”,<br />

ministrada pela Dra. Carla Goldman. Estação<br />

Ciência da USP. R. Guaicurus,1.394,<br />

Lapa. Dia 10/05, às 15h. Para se inscrever ou<br />

obter mais informações envie e-mail para:<br />

fisicaparatodos@if.usp.br<br />

Palestra discute os 60 anos da criação<br />

do Estado de Israel, ministrada pelo Dr.<br />

Peter Demant. Escola de Relações Internacionais.<br />

R. Ezequiel Freire, 55, sala 93.<br />

Santana. Dia 10/05, às 9h. Valor: R$ 35,00.<br />

Inscrições pelo telefone 2281-8431 ou site<br />

www.cenariointernacional.com.br/forum<br />

Grande distribuidor de soluções de Tecnologia da Informação (TI), Energia e Voz no<br />

Brasil realiza curso de treinamento ESE Secure Wireless sobre o tema: Mobilidade com<br />

segurança. Lan Professional – Rua Bacaetava, 35. De 06/05 a 09/05. Para se inscrever ou<br />

obter informações envie e-mail para: treinamento@lanpro.com.br ou ligue: 5095-9945.<br />

WORKSHOP<br />

2.127 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />

07<br />

O workshop: Empreendedorismo<br />

em Saúde – história de sucesso, organizado<br />

pela Empresa Júnior da<br />

Faculdade de Medicina, pretende<br />

estimular estudantes de graduação<br />

e profissionais já formados a continuarem<br />

a busca pela realização de<br />

projetos de empreendedorismo na<br />

Saúde. As inscrições estão abertas<br />

e custam R$ 15,00 para alunos e R$<br />

30,00 para profissionais. Faculdade<br />

de Medicina – Av. Dr. Arnaldo, 455.<br />

Consolação.<br />

CONGRESSO E<br />

EXPOSIÇÕES<br />

O I Citiseg – Congresso Internacional<br />

de Tecnologia da Informação<br />

em Seguros e a I ExpoTI – Exposição<br />

de Produtos e Serviços de<br />

Tecnologia de Informação em Seguros<br />

visam propiciar aos participantes<br />

a interação e o debate com personalidades<br />

nacionais e internacionais<br />

sobre tendências de Tecnologia<br />

da Informação (TI). De 05/05 a 07/<br />

05, das 12h às 20h. Centro de Exposições<br />

São Luís. R. Luiz Coelho,<br />

323. A Exposição tem entrada franca,<br />

porém, o curso é pago. Para verificar<br />

valores ou mais informações<br />

acesse o site www.expoti.com.br<br />

Curso ..................................... Semestre ....................... Bolsa Auxílio ............... OE<br />

Processamento de Dados ..... 1° ao 6° semestre .......... R$ 860,00 .................. 53252<br />

Engenharia Elétrica ................ 3° ao 9° semestre .......... R$ 6,84 por hora ....... 39150<br />

Engenharia Eletrônica ............ 5° ao 10° semestre ........ R$ 9,16 por hora ....... 51852<br />

Publicidade e Propaganda ..... 5° ao 7° semestre .......... R$ 1.500,00 ............... 52234<br />

Ciências Contábeis ................ 3° ao 6° semestre .......... R$ 800,00 .................. 53216<br />

Engenharia Civil ..................... 5° ao 9° semestre .......... R$ 1.200,00 ............... 50316<br />

Sistemas de Informação ........ 1° ao 6° semestre .......... R$ 860,00 .................. 53252<br />

Engenharia Civil Empresarial . 5° ao 8° semestre .......... R$ 1.100,00 ............... 47408<br />

Análise de Sistemas ............... 3° ao 6° semestre .......... R$ 800,00 .................. 48367<br />

Arquitetura e Urbanismo ........ 3° ao 6° semestre .......... R$ 1.023,61 ............... 53206<br />

Desenho Industrial ................. Concl. 2° sem. 2008 ....... R$ 800,00 .................. 53180<br />

Design .................................... 3° ao 6° semestre .......... R$ 600,00 .................. 51772<br />

Administração de Empresas . 7° semestre .................... R$ 1.000,00 ............... 53085<br />

Administração - An. Sistemas . 1° ao 6° semestre ............ R$ 734,00 ................... 45541<br />

Engenharia de Mecatrônica ... Concl. 2° sem. 2008 ....... R$ 800,00 .................. 52779<br />

Propaganda e Marketing ....... 1° ao 4° semestre .......... R$ 800,00 .................. 53258<br />

Pedagogia ............................... 3° ao 7° semestre .......... R$ 570,00 .................. 48537<br />

Administração - Marketing ..... 3° ao 6° semestre .......... R$ 770,00 .................. 46620<br />

Direito ..................................... 7° e 8° semestre ............ R$ 1.292,82 ............... 52571<br />

Marketing ................................ 5° ao 7° semestre .......... R$ 1.500,00 ............... 52234<br />

Administração - Negócios ..... 2° ao 4° semestre .......... R$ 710,00 .................. 53066<br />

Eng. Elétrica - Automação ..... 5° ao 10° semestre ........ R$ 9,16 por hora ....... 51852<br />

Economia ................................ Concl. 1° sem. 2009 ....... R$ 1.100,00 ............... 52288<br />

Site: www.nube.com.br ou telefone:(11) 4082-9360.


08 CAPA<br />

Um legado infinito<br />

Por Manuel Marques<br />

O que artistas como Lobão,<br />

Cazuza, Maria Rita, Edu Lobo, Elis<br />

Regina, Gilberto Gil, Paulinho da<br />

Viola, Chico Buarque, Vanessa da<br />

Mata e tantos outros, que formam<br />

o que se convencionou chamar de<br />

Música Popular Brasileira, têm em<br />

comum? Todos eles, sem exceção,<br />

são filhos de um gênero<br />

musical que completa 50<br />

anos: a Bossa Nova. Ela fez<br />

com que 1958 fosse muito<br />

mais do que o ano em que<br />

o Brasil começava a se<br />

transformar no País do<br />

futebol. A partir dessa<br />

data, a música brasileira<br />

quebraria a<br />

fronteira e transformaria<br />

para sempre o que<br />

se ouvia aqui e lá fora.<br />

Tudo isso com o lançamento<br />

de um<br />

compacto simples<br />

chamado Chega de<br />

Saudade, que continha,<br />

além da canção-título,<br />

uma outra,<br />

Bim Bom, de autoria<br />

do próprio João<br />

Gilberto.<br />

Caetano Veloso disse<br />

que o Brasil precisa merecer<br />

a Bossa Nova. Num<br />

primeiro momento, esta<br />

frase pode não agradar<br />

tanto. Mas, em verdade,<br />

quase todos os brasileiros<br />

envolvidos com<br />

música, sejam críticos, produtores,<br />

músicos, compositores<br />

e cantores, são unânimes em dizer<br />

que não existiria o canto<br />

e a música moderna<br />

em nosso<br />

País se<br />

não fosse a<br />

Bossa Nova.<br />

Você, leitor, pode fazer um teste em<br />

casa. Pegue um disco brasileiro anterior<br />

a 1958 e o escute. O jeito de<br />

cantar, de executar os instrumentos,<br />

os arranjos, tudo era muito diferente.<br />

Tem-se a impressão de que<br />

são canções de artistas de países<br />

distintos.<br />

Segundo Ruy Castro, João Gilberto<br />

pode ser comparado somente<br />

aos Beatles, “pois ambos<br />

inventaram o universo musical<br />

que habitamos hoje, criando<br />

amálgamas sonoros que moldaram<br />

os ouvidos da segunda metade<br />

do século XX”. João, Tom e<br />

Vinícius, trio que Nelson Motta<br />

chama de a santíssima trindade<br />

A Bossa Nova, gênero que revolucionou a música popular brasileira,<br />

completa meio século de existência<br />

da Bossa Nova, exigiam extremo<br />

rigor e precisão na busca da simplicidade<br />

absoluta. Para Ruy Castro,<br />

as harmonias complexas do<br />

jazz e a música brasileira encontravam<br />

no violão de João Gilberto<br />

dissonâncias e seqüências semelhantes.<br />

A forma de cantar também<br />

se diferenciava da que se tinha<br />

até então. Segundo o maestro<br />

Júlio Medaglia, “João desenvolveu<br />

a prática do canto-falado<br />

ou do cantar baixinho, do texto<br />

bem pronunciado, do tom coloquial<br />

da narrativa musical, do acompanhamento<br />

e canto integrando-se,<br />

mutuamente, em lugar da valorização<br />

da grande voz”.<br />

Não é à toa que Caetano<br />

Veloso argumenta que, desde a<br />

sua origem, a Bossa Nova tem sido<br />

o som do Brasil, do descobrimento<br />

sonhado aqui e no mundo. Para<br />

ele, o som criado por João e seus<br />

companheiros continua sendo a<br />

mais eficiente arma de afirmação<br />

da língua portuguesa, pois conquista,<br />

por meio da magia sonora<br />

da palavra cantada à moda brasileira,<br />

os quatro cantos do mundo.<br />

Relembrando sua infância na segunda<br />

metade dos anos 50, ele<br />

relata: “Ali (em Santo Amaro, interior<br />

baiano) eu descobri o sexo<br />

genital, vi La Strada, me apaixonei<br />

pela primeira vez, li Clarice<br />

Lispector e — o que é o mais importante<br />

— ouvi João Gilberto. A<br />

Bossa Nova nos arrebatou. O que<br />

eu acompanhei como uma sucessão<br />

de delícias para minha inteligência<br />

foi o desenvolvimento de um<br />

processo radical de mudança de<br />

estágio cultural, que nos levou a rever<br />

o nosso gosto, o nosso acervo<br />

e as nossas possibilidades”.<br />

Além da fronteira<br />

Num artigo publicado<br />

no jornal The New York Times,<br />

Caetano disse que<br />

se ele ou qualquer outro<br />

artista de sua geração cantar<br />

Chega de Saudade (a<br />

canção-hino do movimento)<br />

num espetáculo para<br />

grande multidão, num<br />

estádio de qualquer<br />

cidade brasileira, será<br />

acompanhado por<br />

um coro de dezenas<br />

de milhares de pessoas<br />

de todas as faixas<br />

etárias, que cantarão<br />

cada sílaba e cada<br />

nota da longa e rica melodia.<br />

“João Gilberto,<br />

com sua interpretação<br />

muito pessoal<br />

e muito penetrante<br />

do espírito do samba,<br />

manifestado<br />

numa batida de violão<br />

mecanicamente simples,<br />

mas musicalmente<br />

difícil, por<br />

sugerir uma<br />

infinidade de<br />

maneiras sutis<br />

de fazer<br />

as frases,<br />

catalisou os<br />

elementos<br />

deflagradores de<br />

uma revolução que,<br />

não só tornou possível o pleno desenvolvimento<br />

do trabalho de Antônio<br />

Carlos Jobim e seus companheiros<br />

de geração, como abriu<br />

um caminho para os mais novos<br />

que vinham chegando”, relatou.<br />

Exagero? Uma história vivida<br />

por Zuza Homem de Mello, músico,<br />

crítico e escritor de livros como<br />

A Canção no Tempo - 85 Anos de<br />

Músicas Brasileiras e Enciclopédia<br />

da Música Brasileira ilustra bem<br />

qual foi o impacto causado pela<br />

Bossa Nova no cenário musical<br />

brasileiro e mundial e o legado<br />

deixado por ela. Na segunda metade<br />

dos anos 50, Zuza foi aos<br />

Estados Unidos para estudar mú


sica, tendo como mestres alguns<br />

dos principais nomes do jazz daquela<br />

época. Ele conta que levou<br />

muitos discos de artistas brasileiros<br />

com o objetivo de mostrar o<br />

que os tupiniquins ouviam. Teve<br />

duas surpresas: a primeira foi a do<br />

completo desconhecimento da<br />

música brasileira, com exceção da<br />

intérprete Carmen Miranda e dos<br />

compositores Dorival Caymmi e<br />

Ary Barroso. A segunda surpresa<br />

é que não gostaram dos discos<br />

que ele levou. Com exceção de um<br />

álbum dos sertanejos Tonico e<br />

Tinoco, eles detestaram os demais.<br />

“As pessoas não gostavam<br />

de música brasileira e alguns até<br />

me perguntaram porque os nossos<br />

cantores tentavam imitar os<br />

artistas americanos”, relembra.<br />

Foi nessa época que surgiu a<br />

Bossa Nova. Zuza relata que nós,<br />

brasileiros, jamais poderemos<br />

medir o impacto no resto do mundo<br />

e que a palavra que mais resume<br />

a atitude dos músicos americanos<br />

em relação a ela é reverência.<br />

“Quando João Gilberto inventou<br />

a Bossa Nova ele fez mais<br />

que harmonizar, tocar, e cantar de<br />

uma forma única, até então. Ele<br />

foi o inventor de uma nova cultura<br />

musical, que transformou os rumos<br />

musicais do Brasil e do mundo.<br />

Ele é a referência mais<br />

marcante de muitos cantores e<br />

compositores brasileiros e estrangeiros<br />

dos últimos 50 anos”, diz<br />

Zuza.<br />

Antes da Bossa Nova, as músicas<br />

mais escutadas no Brasil<br />

eram boleros e sambas-canções.<br />

A maioria falava de encontros<br />

e desencontros amorosos<br />

infinitamente distantes da vida<br />

dos jovens brasileiros, que queriam<br />

praia, cinema, quadrinhos<br />

e televisão. O produtor, compositor<br />

e jornalista Nelson Motta<br />

vivenciou os principais momentos<br />

da música popular brasileira<br />

nos últimos 50 anos. Ele relata a<br />

atmosfera da época: “Para nós,<br />

garotos de classe média de<br />

O músico João Gilberto<br />

e o disco que mudou<br />

para sempre os rumos<br />

da MPB ao criar o<br />

gênero Bossa Nova<br />

Copacabana, aqueles cantores<br />

da Rádio Nacional e suas grandes<br />

vozes, dizendo coisas que<br />

não nos interessavam em uma<br />

linguagem que não entendíamos,<br />

eram abomináveis. Gostávamos<br />

mesmo era de praia e futebol,<br />

de ver Pelé e Garrincha no<br />

Maracanã, dos folhetins de Nelson<br />

Rodrigues, das gostosonas da<br />

coluna de Stanislaw Ponte Preta<br />

e de romances de aventura”, diz.<br />

Nelson confessa que não gostava<br />

de música. Com 13 anos de<br />

idade, seus maiores interesses<br />

eram literários, esportivos e sexuais.<br />

“Mas naquelas férias<br />

de 1958, em São Paulo,<br />

não só comecei a fu-<br />

O crítico musical<br />

Zuza Homem<br />

de Mello<br />

Arquivo: <strong>Folha</strong> Universitária<br />

Saiba mais<br />

Uma curiosidade triste para<br />

o leitor é que os três álbuns de<br />

João Gilberto, que deram origem<br />

à Bossa Nova, estão fora<br />

de catálogo. O cantor não gostou<br />

da remasterização da gravadora<br />

e mandou recolher todo<br />

o material que havia no mercado.<br />

Mas a boa nova é que o<br />

álbum que se tornou conhecido<br />

no resto do mundo está em<br />

catálogo. Stan Getz & João<br />

mar como ouvi num rádio de<br />

pilha a novidade absoluta —<br />

João Gilberto cantando<br />

Chega de Saudade. Foi como um<br />

raio. Aquilo era diferente de tudo<br />

o que eu já tinha ouvido, fiquei<br />

chocado. Mas quanto mais ouvia,<br />

mais gostava. Na volta ao Rio,<br />

comprei o disco. Com ele conheci<br />

a música de Tom e Vinícius, e dos<br />

grandes mestres brasileiros que<br />

entraram em meus ouvidos, cabeça<br />

e coração, em minha vida para<br />

sempre”, relembra. E termina: “A<br />

bossa nova era a trilha sonora que<br />

nos faltava, que nos diferenciaria<br />

dos quadrados e dos antigos, dos<br />

românticos e melodramáticos, dos<br />

grandiloqüentes e dos primitivos,<br />

dos nacionalistas e regionalistas,<br />

dos americanos. João Gilberto<br />

era nosso pastor e nada nos<br />

faltaria”.<br />

Gilberto - Getz/Gilberto, gravado<br />

em 63, apontado pela revista<br />

Rolling Stone como um dos álbuns<br />

mais importantes da história da<br />

música. Quanto à literatura, há<br />

muitas obras que resgatam as origens,<br />

as influências e o legado da<br />

Bossa Nova. Eis três obras fundamentais<br />

de autores que tiveram<br />

suas vidas transformadas pela turma<br />

que freqüentava o bairro de<br />

Ipanema:<br />

09<br />

Divulgação<br />

Mas Nelson Motta e seus amigos<br />

não eram as únicas ovelhas.<br />

Zuza relata que, além dele próprio,<br />

o rebanho era bem maior. “Pense<br />

num artista do porte de Frank<br />

Sinatra. Se ele não houvesse existido,<br />

ainda assim Bob Dylan e tantos<br />

outros nomes da música teriam<br />

feito tudo que fizeram. Mas<br />

sem João seria impensável um<br />

Chico Buarque, um Paulinho da<br />

Viola, um Gilberto Gil e a Música<br />

Popular Brasileira que ouvimos<br />

hoje”. Mas não só o Brasil. No final<br />

de 1962, João Gilberto, Tom<br />

Jobim, Vinícius de Moraes, Sérgio<br />

Mendes e outros foram tocar no<br />

Carnegie Hall, em Nova York. João,<br />

Tom e Sérgio foram ovacionados<br />

durante e depois do show. Ficaram<br />

por lá e foram disputados por<br />

gravadoras, assinaram contratos<br />

para discos, chamaram a atenção<br />

da imprensa especializada, encantaram<br />

os jazzistas e iniciavam<br />

carreira de sucesso internacional.<br />

Nomes do jazz como Stan Getz,<br />

Gerry Mulligan e Ella Fitzgerald<br />

gravaram com Tom e João ainda<br />

naquele ano.<br />

Uma frase do jornalista Artur da<br />

Távola resume a atualidade do<br />

estilo que nunca envelheceu: “Na<br />

obra de arte, aquele ditado popular<br />

que diz que aquilo<br />

que é bom dura pouco, não<br />

se aplica. O que é bom<br />

dura muito, pode ser até<br />

eterno. É o caso da Bossa<br />

Nova”.<br />

• Chega de Saudade: a História<br />

e as Histórias da Bossa<br />

Nova - Ruy Castro<br />

Verdade Tropical – Caetano<br />

Veloso<br />

Noites Tropicais - Nelson Motta<br />

Os livros de Ruy e Caetano<br />

são publicados pela editora<br />

Companhia das Letras. Já Noites<br />

Tropicais é da editora Objetiva.


POR DENTRO DA UNIBAN<br />

Por Marisa De Lucia<br />

Marisa De Lucia<br />

Ex-aluna assume<br />

cargo público<br />

Graduada em Pedagogia, Claudiana Alves foi aprovada<br />

em concursos públicos de São Paulo e Osasco<br />

Formada no curso de Pedagogia,<br />

Claudiana Alves de Almeida<br />

acaba de assumir o cargo de professora<br />

titular do Ensino Fundamental<br />

II na Prefeitura de São Paulo.<br />

Ela foi aprovada em concurso<br />

público realizado em agosto do<br />

ano passado para o cargo pretendido.<br />

Este ano, em fevereiro,<br />

Claudiana participou de outro concurso,<br />

desta vez para a Prefeitura<br />

de Osasco, e novamente aprovada.<br />

Ela pretende acumular funções,<br />

lecionando nas EMEFs – Escolas<br />

de Ensino Fundamental das<br />

duas Prefeituras.<br />

Claudiana conta que ficou surpresa<br />

quando soube que tinha<br />

sido aprovada. “Quando li: candidato<br />

habilitado, minhas pernas ficaram<br />

trêmulas. Meu marido me<br />

abraçou e me beijou, foi muita<br />

emoção. Falei pra ele conferir se<br />

era eu mesma, porque na hora<br />

nem acreditei”, diz. Para se pre-<br />

A professora de Educação Física<br />

da UNIBAN Brasil, Cynthia<br />

Tibeau, há alguns anos tem se<br />

dedicado a observar e estudar o<br />

fenômeno da Criatividade. “Trabalhar<br />

com a criatividade parece ser<br />

tarefa difícil, uma vez que o que é<br />

novo, espontâneo, diferente e<br />

mesmo esquisito, que foge do convencional,<br />

assusta e causa insegurança,<br />

tanto na escola como na<br />

vida profissional”, diz Tibeau.<br />

Como integrante da Red (Red<br />

International de Motricidad Humana),<br />

que agrega pesquisadores de<br />

várias universidades que estudam<br />

a motricidade e suas áreas de interesse,<br />

ela explica que a idéia de<br />

que a criatividade estaria ligada<br />

exclusivamente à arte e à<br />

inventividade restringe seu conceito<br />

e leva muitas pessoas a considerarem<br />

esta capacidade como pri-<br />

parar para o concurso, participou<br />

de uma revisão de dois dias, realizada<br />

pela Profa. Lucimar Monaro,<br />

juntamente com outros docentes.<br />

Além disso, estudou em casa. Diz<br />

ter recebido apoio da família, dos<br />

professores e dos amigos, mas,<br />

como sempre, quem mais a ajudou<br />

foi seu marido Osmar.<br />

Ela comenta que “o curso da<br />

UNIBAN me deu todo suporte<br />

necessário para que pudesse<br />

conseguir bons resultados neste<br />

concurso. Eu tive ótimos professores,<br />

que realizaram um trabalho<br />

exemplar e ajudam os alunos<br />

nessa trajetória maravilhosa<br />

que é o mundo do conhecimento”.<br />

Claudiana diz que foi<br />

muito emocionante assumir seu<br />

cargo na Prefeitura. “Fiquei super<br />

feliz, pois estava com medo de<br />

não dar tempo de pegar o diploma.<br />

Mas, ele saiu no momento<br />

certo, e não tive nenhum problema.<br />

Foi um sonho que consegui<br />

realizar”.<br />

Segundo ela, todo conhecimento<br />

que tem hoje foi<br />

construído com muito esforço, e<br />

a UNIBAN foi a instituição onde<br />

encontrou bons profissionais, e<br />

acredita ter obtido uma boa formação.<br />

“Sei que isso é apenas<br />

o começo, pois o conhecimento<br />

Professora estuda o fenômeno<br />

da Criatividade<br />

Profa. Cynthia integra a Red International de Motricidad Humana<br />

vilégio de poucos. Segundo<br />

Cynthia, a criatividade é uma habilidade<br />

humana que pode se manifestar<br />

de formas diferentes, inclusive<br />

na expressão motora, e o seu<br />

desenvolvimento é importante<br />

para a formação do ser humano<br />

crítico, autônomo e participativo.<br />

Seus anos de trabalho com crianças,<br />

adolescentes e alunos dos<br />

cursos de graduação em Educação<br />

Física a levaram a refletir sobre como<br />

eles estavam sendo preparados para<br />

as vidas pessoal e profissional. A professora<br />

buscou respostas às suas<br />

indagações na literatura de outras<br />

áreas, nos diálogos com colegas de<br />

trabalho e na reflexão.<br />

Quando ingressou no curso de<br />

doutorado tinha o propósito de estudar<br />

de forma mais aprofundada<br />

a criatividade, e buscou na Psicologia<br />

respostas que a Educação<br />

Física ainda não podia lhe dar.<br />

Nessa procura, encontrou, em<br />

11<br />

é algo contínuo. Já estou sentindo<br />

a necessidade de iniciar<br />

11<br />

uma Pós-Graduação. Minha<br />

irmã começou o curso de Educação<br />

Física na UNIBAN este<br />

ano, e já falei pra ela aproveitar<br />

bem e ‘sugar’ os bons professores”,<br />

conclui.<br />

1998, o grupo de pesquisas Kontraste,<br />

dirigido pela Dra. Eugenia<br />

Trigo, na Espanha. Esses pesquisadores<br />

estudavam a relação<br />

criatividade/motricidade e foram os<br />

responsáveis pela fundação da<br />

Sociedade Espanhola de Motricidade<br />

Humana e a Sociedade Internacional<br />

de Motricidade Humana<br />

(SIMH), em 1997. A partir daí<br />

foram estabelecidas outras, inclusive<br />

a Sociedade Brasileira de<br />

Motricidade Humana, em 2000.<br />

Essas sociedades, inicialmente<br />

formadas exclusivamente por<br />

profissionais da Educação Física,<br />

tinham como objetivo a discussão<br />

e a construção da ciência da<br />

Motricidade Humana. Os encontros<br />

propiciados pelos congressos<br />

favoreceram a participação de<br />

profissionais de outras áreas de<br />

conhecimentos (Medicina, Fisioterapia,<br />

Educação, Psicologia) e a<br />

constituição da Red.


12<br />

Professora participou em<br />

Campinas da Semana de<br />

Fitoterapia<br />

Marisa De Lucia<br />

Na edição deste ano da Semana<br />

de Fitoterapia, realizada na<br />

Câmara Municipal de Campinas,<br />

além de palestras, visitas técnicas<br />

e oficinas, foram realizados<br />

minicursos que contaram com a<br />

participação de centenas de pessoas<br />

interessadas em obter informações<br />

sobre a Fitoterapia, o<br />

cultivo caseiro de plantas medicinais<br />

e a culinária com plantas<br />

aromáticas.<br />

Radialistas da GLOBO debatem sobre a<br />

profissão na universidade<br />

Alunos de Rádio e TV, Publicidade e Propaganda e Comunicação Empresarial puderam<br />

durante dois dias trocar experiências com importantes nomes da comunicação<br />

Por Marisa De Lucia<br />

Profissionais das Rádios Globo<br />

AM e CBN fizeram palestra sobre<br />

o tema mercado de trabalho em<br />

rádio, para alunos de Rádio e TV<br />

no campus Marte, nos dias 2 e 3<br />

de abril. No primeiro dia, sob coordenação<br />

da profa. Helena Tanaka,<br />

da disciplina de Locução em Rádio,<br />

2º semestre, o palestrante<br />

Marcus Aurélio de Carvalho, gerente<br />

da rádio Globo AM em São Paulo,<br />

falou sobre as oportunidades nas<br />

rádios AM para profissionais recémformados,<br />

além de contar um pouco<br />

de sua experiência e trajetória<br />

no Sistema Globo de Rádio e abordar<br />

os bastidores da produção do<br />

programa “Quintal da Globo”. Na<br />

Presente na VI Semana de<br />

Fitoterapia “Prof. Walter Radamés<br />

Accorsi”, a Dra. Maria Cristina<br />

Marcucci, professora do Mestrado<br />

em Farmácia da UNIBAN e membro<br />

da Câmara Técnica de<br />

Fitoterápicos da ANVISA, participou<br />

de uma mesa-redonda sobre<br />

o tema “Controle de Qualidade<br />

em Fitoterápicos”. A Semana<br />

também contou com a apresentação<br />

e comercialização de<br />

produtos naturais e fitoterápicos<br />

como chás, pomadas, compos-<br />

platéia, estavam presentes alunos<br />

de Rádio e TV, Publicidade e Propaganda<br />

e Comunicação Empresarial.<br />

Já no dia 3, sob coordenação<br />

do prof. Sérgio Fialho, também da<br />

disciplina Locução em Rádio, a<br />

univesidade recebeu o jornalista<br />

Roberto Nonato (foto), locutor da<br />

Rádio Antena 1 e âncora da Rádio<br />

CBN, onde comanda todas as<br />

noites o programa Jornal da<br />

CBN, 2ª Edição. Ele falou sobre<br />

o mercado de locução<br />

para rádio e televisão, de<br />

sua experiência como locutor<br />

de documentários, sobre<br />

o perfil desejado pelo mercado<br />

e erros que um locutor<br />

jamais pode cometer.<br />

tos, sabonetes,<br />

perfumes, cosméticos<br />

e alimentos,<br />

bem<br />

como artesanato<br />

produzido<br />

com matériasprimas<br />

naturais<br />

por entidades ligadas<br />

ao Programa de Fitoterapia<br />

de Campinas.<br />

Além de mesas-redondas, que<br />

explanaram temas como: Experiências<br />

em Fitoterapia no Estado<br />

80% da população mundial depende de plantas<br />

A Organização Mundial da Saúde<br />

estima que cerca de 80% da<br />

população mundial depende de<br />

plantas para o cuidado com a saúde,<br />

e que 85% da medicina tradicional<br />

envolve o uso de plantas<br />

medicinais, seus extratos vegetais<br />

e princípios ativos. Portanto, o<br />

tema escolhido foi apropriado, de<br />

acordo com a avaliação da Co-<br />

missão Organizadora do evento,<br />

da qual fez parte representantes<br />

da Prefeitura, da Câmara Municipal,<br />

da CATI, da Embrapa Transferência<br />

de Tecnologia e outras<br />

entidades ligadas ao segmento.<br />

Campinas é uma cidade referência<br />

no projeto de implantação<br />

da Fitoterapia no SUS. Há quase<br />

10 anos, os médicos e enfermei-<br />

ros dos postos do SUS são treinados<br />

e podem prescrever<br />

fitoterápicos. São distribuídos gratuitamente<br />

na “Botica da Família”,<br />

farmácia de manipulação, xarope<br />

de guaco e sachê de<br />

espinheira santa (para fazer chá)<br />

para aproximadamente 80% da<br />

população campineira, que hoje<br />

é de 1,3 milhão.<br />

Profa. Dra. Maria Cristina Marcucci,<br />

do Mestrado em Farmácia.<br />

Marisa De Lucia<br />

de São Paulo, foram proferidas<br />

palestras sobre Biodiversidade:<br />

Uso com responsabilidade e Plantas<br />

Medicinais mais usadas na<br />

Amazônia, ministradas por Moacir<br />

Tadeu Biondo da Faculdade de<br />

Medicina da Universidade Federal<br />

da Amazônia, que mostraram<br />

a importância de conservação das<br />

plantas e a riqueza da flora brasileira.<br />

A oficina temática de eco-brinquedos<br />

apresentou aos participantes<br />

a construção de peças com<br />

sucata. E, para promover a qualidade<br />

de vida, foram realizadas<br />

atividades corporais baseadas no<br />

Lian Gong, técnica secular chinesa<br />

que traz bem-estar não só ao<br />

corpo, mas também à alma.<br />

Nessa noite, segundo a Profa.<br />

Carina Martini, do Instituto de Comunicação<br />

e Artes da UNIBAN,<br />

quem estava na platéia “delirou”<br />

com as principais gafes cometidas<br />

no rádio, um material gravado especialmente<br />

pelo palestrante para<br />

ser exibido em nossa Instituição.<br />

“Estimular a vinda de profissionais<br />

de mercado até a Universidade<br />

para esta troca com os alunos<br />

é uma ação constante dos<br />

professores do Instituto de<br />

Comunicação e Artes. Especialmente<br />

na área<br />

da Comunicação,<br />

a teoria necessita estar<br />

sempre casada<br />

com a prática”, afirma<br />

Martini.<br />

Divulgação


O contabilista é todo profissional<br />

habilitado em Contabilidade,<br />

profissão milenar tão antiga<br />

quanto a humanidade, imprescindível<br />

em quaisquer tipos de<br />

organização. Seu conhecimento<br />

é apurado e a sua visão dos negócios<br />

é integrada com as normas<br />

governamentais e a sociedade.<br />

Ele interage ativamente<br />

com diversos públicos, desde<br />

pequenos negócios familiares<br />

até a administração pública, e é<br />

chamado de profissional do conhecimento,<br />

citado por várias<br />

vezes no best seller “O Fim dos<br />

Empregos”, de Jeremy Rifkin.<br />

Mas nem tudo são rosas.<br />

Houve muitas lutas pelo reconhecimento<br />

profissional desde<br />

professores, profissionais<br />

contábeis, políticos e estudantes,<br />

que ainda lutam todos os<br />

dias para a valorização da profissão<br />

contábil. Em pesquisa,<br />

divulgada recentemente pela<br />

Rádio Jovem Pan no Jornal da<br />

Manhã, a Contabilidade foi a<br />

terceira profissão mais contra-<br />

FOTOS DA SEMANA<br />

Divulgação<br />

Prof. Augusto Cesar Freire Silva<br />

Contabilista, Executivo Contábil e Professor da<br />

UNIBAN<br />

Contabilista – Profissional de Visão<br />

tada no período comparado<br />

com ano anterior, mostrando a<br />

força dos profissionais no contexto<br />

global. Dessa forma, o futuro<br />

mostra-se com muitos desafios<br />

como a adaptação do<br />

Brasil às regras internacionais<br />

de contabilidade, migração das<br />

informações fiscais para totalmente<br />

digitais, as novas demonstrações<br />

financeiras voltadas<br />

para o mercado e tantas outras<br />

que permitem ao contabilista<br />

valorizarem-se ainda mais<br />

no mercado de trabalho.<br />

Costumo dizer aos estudantes<br />

e profissionais de Contabilidade<br />

que a profissão é desafiadora e<br />

empolgante, e ser contabilista<br />

obriga o profissional a participar<br />

ativamente da sociedade porque<br />

sua responsabilidade transcende<br />

os limites empresariais. O contabilista<br />

tem como perfil habilidade,<br />

ética, disciplina, inteligência,<br />

carisma, além de ter que ser internacionalizado<br />

e principalmente<br />

apaixonado por sua profissão.<br />

Parabéns Contabilistas!<br />

TV UNIBAN<br />

13<br />

Destaques da programação: 05/11 a 11/05<br />

Não perca a programação da TV UNIBAN desta semana:<br />

P2<br />

DOSES DO RISO<br />

Conheça a contribuição valiosa deste grupo de<br />

clowns no tratamento médico em hospitais da grande<br />

São Paulo.<br />

REFERÊNCIAS<br />

RODRIGO PITTA<br />

Um jovem dramaturgo, diretor, produtor, poeta, surpreendeu<br />

o mundo dos espetáculos musicais com sua ousadia.<br />

Conheça o autor de Cazas de Cazuza.<br />

GRANDE SÃO PAULO<br />

IMIGRAÇÃO JAPONESA – parte I<br />

São Paulo tem na formação de sua história e população a<br />

participação de todos os povos do mundo, imigrantes ou<br />

não. No ano do centenário da imigração japonesa, um<br />

pouco desta história é contada e revela a motivação, as dificuldades, expectativas<br />

e frustrações deste povo.<br />

SALADA MISTA<br />

CIRCO FIESTA<br />

Em meio ao turbilhão da sofisticação e dos efeitos especiais, surge um circo<br />

que preza os números tradicionais, a habilidade do artista e a graça em sua<br />

forma mais pura.<br />

MULHERES<br />

Esposas, mães, irmãs e filhas. Veja como elas desempenham os vários papéis<br />

que lhes são dados, como fazem suas escolhas e como lutam ou aceitam,<br />

com sabedoria, as condições impostas pela vida.<br />

Confira os canais e toda a programação da TV UNIBAN no site:<br />

www.uniban.br/hotsites/tv<br />

No dia 28 de abril, o programa de futebol e humor Galera Gol,<br />

da Rádio Transamérica, foi transmitido ao vivo para todo o Brasil<br />

do auditório do campus Osasco.


14 CLASSIFICADOS<br />

Motos<br />

Vende-se moto Honda Twister 2004, vermelha.<br />

Valor: R$ 7 mil. Fernando. Tel.: 9870-<br />

3983. E-mail: fufex_3@hotmail.com<br />

Vende-se CB 450 TR, vermelha, doc. ok.<br />

Valor: R$ 4 mil. Ezequiel. Tel.: 4781-<br />

3115. E-mail: zuperzac@hotmail.com<br />

Carros<br />

Alunos da UNIBAN têm desconto de<br />

50% no ingresso da Feira do Automóvel<br />

que acontece todos os domingos,<br />

no estacionamento do campus ABC.<br />

Acesso fácil pela Av. Dr. Rudge Ramos<br />

ou pela Via Anchieta, KM 13. Sempre<br />

da 6h às 13h. Tel.: 4124-6185. Site:<br />

www.feiradeveiculos.com.br<br />

Vende-se Pálio 97, 1.0, EDX, cinza chumbo,<br />

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1732. E-mail: cardinhoferreira@ig.com.br<br />

Vende-se Chevrolet Bonanza 90, preto,<br />

6 cc, 45m³, GNV + ar + dh + couro +<br />

blindada N5. Valor: R$ 18 mil. Aceito troca.<br />

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Vende-se Gol 1.0 i, 97, 2 pts., rádio, Kit<br />

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340. Monitor 15" Sansung. Valor: R$<br />

500,00. Tel.: 8219-8474. Marcelo. E-mail:<br />

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Tel.: 9862-5615. E-mail:<br />

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Vende-se calculadora HP 49G c/ cabo<br />

de comunicação. Valor: R$ 200,00.<br />

Carlos. Tel.: 8348-9706. E-mail:<br />

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350,00. Ramilson. Tel.: 9601-5432. E-mail:<br />

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R$ 450, e um Xbox 360 novo, com placa<br />

de destravamento Falcon Premium. Valor:<br />

R$ 1.350,00. Gilson. Tel.: 5825-8877. E-mail:<br />

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16 ENTREVISTA<br />

Por Vivian Costa<br />

O artista plástico Walde-Mar de<br />

Andrade e Silva sempre gostou da<br />

cultura indígena. Conheceu o<br />

sertanista Orlando Villas Boas,<br />

durante os anos de 1970, de<br />

quem recebeu o convite para conhecer<br />

o Parque Nacional do<br />

Xingu e sua gente. Viveu ao lado<br />

dos índios por quase oito anos, e<br />

se tornou pesquisador dessa cultura.<br />

Hoje conta suas experiências<br />

em palestras. Atualmente, está<br />

à frente do Centro de Informação<br />

da Cultura Indígena (CICI) e do<br />

Museu do Índio, em Embu das<br />

Artes. Nesta <strong>entrevist</strong>a, contou<br />

como é difícil manter o museu com<br />

recursos próprios e que nunca<br />

recebeu nenhum incentivo<br />

do poder público. Ele, que é<br />

um defensor do índio, afirma<br />

que a Funai “é uma raposa<br />

cuidando de galinhas. Eles,<br />

na maioria, são um bando de<br />

ignorantes ditando normas”.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – O senhor<br />

viveu alguns anos<br />

com os índios no Xingu.<br />

Quando foi isso? Quanto<br />

tempo ficou por lá?<br />

Walde-Mar de Andrade e<br />

Silva – Eu estive no Xingu<br />

pela primeira vez em 1971,<br />

Defensor da cultura indígena<br />

Walde-Mar de Andrade e Silva viveu no Parque Nacional do Xingu durante anos<br />

e fez de sua experiência uma bandeira em prol dos índios do País<br />

a convite de um dos irmãos Villas<br />

Boas, o Orlando, em função do<br />

meu trabalho único e exclusivamente<br />

ligado à cultura e à forma<br />

de vida de nossos índios. Por<br />

esta razão, vivi lá por quase oito<br />

anos porque voltava para a cidade<br />

nos períodos de chuva e<br />

frio. Nas outras épocas, eu estava<br />

lá aprendendo com eles.<br />

Tudo o que achei de bonito e maravilhoso<br />

na minha vida, que é<br />

a harmonia de vida com a natureza.<br />

F.U. – O que o senhor aprendeu<br />

e tem repassado?<br />

W.A.S. – Têm vários aspectos na<br />

vida deles que, se fosse possível,<br />

poderiam ser aplicados dentro<br />

da nossa sociedade e seria<br />

maravilhoso. Mas nosso sistema<br />

econômico não permite que ele<br />

seja adotado porque a cultura<br />

indígena é totalmente desprovida<br />

de interesses materiais. Portanto,<br />

é impossível. Mas o que<br />

eu pude assimilar e passar para<br />

minha família e amigos, eu passei.<br />

F.U. – O desconhecimento<br />

da cultura leva muitas<br />

pessoas a discriminar o<br />

índio?<br />

W.A.S. – Sem dúvida. Mas<br />

o que aconteceu foi que a<br />

história que se contou foi a<br />

do colonizador, que teve<br />

como único interesse retirar<br />

a riqueza. Como houve dificuldade<br />

pelo fato do índio<br />

ser daqui da terra, ele era retirado<br />

de sua família, de sua liberdade,<br />

de seus amigos e de<br />

sua forma de viver. É lógico que<br />

eles preferiam morrer, a se entregar<br />

à escravidão. E como isso<br />

não era de interesse do coloni-<br />

Fotos: Amana Salles<br />

zador, eles criaram<br />

uma imagem de preguiçoso,<br />

quando, na<br />

verdade, o índio<br />

morria de solidão e<br />

tédio.<br />

F.U. – Os irmãos<br />

Villas Boas achavam<br />

que o processo<br />

de integração<br />

dos povos indígenas<br />

na sociedade<br />

deveria ser gradual,<br />

de forma a garantir<br />

a sobrevivência<br />

física, as<br />

identidades étnicas e os estilos<br />

de cada povo. O senhor acha<br />

que isso aconteceu?<br />

W.A.S. – A filosofia de<br />

aculturamento dos Villas Boas<br />

era a mais correta. É claro que<br />

não vai ao encontro daqueles<br />

que vêem de forma adversa. Ninguém<br />

melhor do que os Villas<br />

Boas, que viveram quase 50<br />

anos com os índios, para dar seu<br />

parecer de como eles eram civilizados.<br />

É o mesmo parecer que<br />

eu tenho, que é preparar alguns<br />

da liderança para poder passar<br />

os conhecimentos, as coisas<br />

negativas e positivas para os<br />

índios, pois só assim eles po-<br />

dem encarar a sociedade. Na<br />

verdade, tudo é prejuízo para<br />

eles, já que vivem no meio da<br />

natureza. Enquanto os índios<br />

nascem, crescem e morrem felizes,<br />

nós nascemos, começamos<br />

a nos preparar para um dia<br />

ser feliz e, muitas vezes, morremos<br />

sem alcançar a tal felicidade.<br />

F.U. – Nas tribos mais próximas<br />

da cidade, como as de<br />

Parelheiros e do Jaguaré, eles<br />

já estão bem aculturados. Há<br />

uma influência direta da TV? Do<br />

convívio em geral?<br />

W.A.S. – Esses índios são felizes?<br />

Eles vivem numa miséria.<br />

Vivem humilhados, totalmente<br />

descaracterizados, sem saúde.<br />

Sem espaço, sem conforto. Mendigando.<br />

E quem os colocou nessas<br />

condições? Foi nossa sociedade.<br />

Eles vivem na<br />

marginalidade. Agora, vamos fazer<br />

aqueles que estão felizes se<br />

tornar iguais a estes? Eles são<br />

o exemplo do que os civilizados<br />

estão querendo.<br />

F.U. – Então, o senhor acha que<br />

esses índios que estão mais<br />

perto das cidades são os mais<br />

prejudicados?


W.A.S. – Eles são os retratos vivos.<br />

Os índios que estão no<br />

Xingu são diferentes, mas agora<br />

eles estão totalmente ameaçados.<br />

F.U. – Quais são essas ameaças?<br />

W.A.S. – Já estão construindo<br />

usinas hidrelétricas, estão abrindo<br />

estradas. Têm políticos indo<br />

lá, transformando-os em eleitores,<br />

colocando um contra o outro.<br />

Porque vai um partido político<br />

e escolhe um para ser candidato<br />

dentro de uma aldeia, vai<br />

outro partido e faz a mesma coisa.<br />

Como faziam os colonizadores.<br />

Para defender seus interesses,<br />

eles colocam um contra o<br />

outro.<br />

F.U. – O governo tem feito algo<br />

para inibir isso?<br />

W.A.S. – Pode até ser que o governo<br />

tenha interesse, mas ele<br />

não tem conhecimento. E, normalmente,<br />

quem trabalha em<br />

defesa da causa indígena nas<br />

instituições são colocados lá por<br />

interesses políticos e não de<br />

acordo com os interesses do<br />

próprio índio.<br />

F.U. – Não é fácil chegar aos índios.<br />

A Funai dificulta?<br />

W.A.S. –A Funai é uma raposa<br />

cuidando de galinhas. Eles, na<br />

maioria, são um bando de ignorantes<br />

ditando normas.<br />

F.U. – Eles então não lutam em<br />

prol dos índios?<br />

W.A.S. – Não. Fora que lá trabalham<br />

pessoas colocadas com<br />

interesses políticos. Índio não<br />

precisa de escritório em Brasília.<br />

Se você for ao escritório da<br />

Funai é cafezinho aqui,<br />

cafezinho lá. Um bate papo aqui,<br />

outro acolá. Salários altíssimos.<br />

Para quê? O índio só quer respeito<br />

e seu pedaço de terra. A<br />

Funai deveria só ter funcionário<br />

para proteger a divisa das terras<br />

deles.<br />

F.U. – Temos visto essa briga em<br />

torno da demarcação na reserva<br />

Raposa/Serra do Sol, no norte<br />

de Roraima.<br />

W.A.S. – Por aí você vê. Dizem<br />

que será uma ameaça aos interesses<br />

nacionais. Então o Xingu<br />

foi sempre um problema para a<br />

nação. Porque lá é um parque<br />

de índios. E aconteceu alguma<br />

“Se você for ao<br />

escritório da Funai<br />

é cafezinho aqui,<br />

cafezinho lá. Um<br />

bate papo aqui,<br />

outro acolá.<br />

Salários altíssimos.<br />

Para quê? O índio<br />

só quer respeito e<br />

seu pedaço de<br />

terra. A Funai<br />

deveria só ter<br />

funcionário para<br />

proteger a divisa<br />

das terras deles”<br />

coisa de ameaça à cidadania, à<br />

soberania nacional? Nunca aconteceu<br />

nada. É só mais um parque.<br />

Aí cabe às autoridades e, principalmente,<br />

aos militares defender<br />

os interesses da nação protegendo<br />

os índios e o território.<br />

F.U. – Recentemente, o Ministro<br />

da Defesa, Nelson Jobim, disse<br />

que as críticas à política indígena<br />

são influências da cultura<br />

norte-americana e por desconhecimento.<br />

O senhor concorda?<br />

W.A.S. – Eu não sei se ele está<br />

defendendo. Eu só sei que o índio<br />

é uma nação cultural dentro<br />

do nosso País, que deveria receber<br />

o mesmo respeito como<br />

qualquer outra nação. No entanto,<br />

não existe esse respeito, pois<br />

eles acham que é uma<br />

subcultura, que eles não trazem<br />

retorno para nosso Brasil.<br />

F.U. – E os problemas com as drogas<br />

só existem nessas tribos que<br />

estão próximas à cidade?<br />

W.A.S. – Aonde vai a civilização<br />

isso existe. Onde há desenvolvimento,<br />

vai toda a poluição<br />

moral.<br />

F.U. – O senhor acha ruim essa<br />

troca de cultura entre o índio e<br />

o branco?<br />

W.A.S. – Não. Esse processo é<br />

irreversível. Mas cada um tem<br />

que respeitar o outro. Eu não<br />

vejo nenhum problema, se tiver<br />

respeito.<br />

F.U. – No ano passado houve<br />

um aumento de assassinatos e<br />

suicídios entre os índios.<br />

W.A.S. – Lógico, muitas vezes<br />

por causa das igrejas. Elas vão<br />

lá e querem obrigar o índio a<br />

pensar da maneira delas, fazem<br />

uma lavagem cerebral. Criam<br />

imposições e problemas mentais.<br />

Acabam levando eles ao suicídio.<br />

Isso nos leva a crer que<br />

há mais males levados por nós<br />

do que bem.<br />

F.U. – Quando o senhor criou<br />

esse museu? Qual foi o objetivo?<br />

W.A.S. – Eu não tinha o objetivo<br />

nem de criar o museu. Sou artista<br />

plástico. Comecei a pintar<br />

em 1968 e em 1970 conheci o<br />

Orlando. Como eu pintava o índio,<br />

ele achou que eu merecia<br />

conhecer o Xingu e sua gente.<br />

Dessa convivência recebi muitos<br />

presentes e dei outros. Como<br />

colecionei muitas coisas, isso<br />

despertou interesses de escolas<br />

e universidades para eu fazer<br />

palestras. Foi aí que veio a idéia<br />

17<br />

de usar a arte indígena para<br />

mostrar a capacidade e sensibilidade<br />

artística do índio por meio<br />

de uma exposição. Criei o museu<br />

há quatro anos. Ele é o único<br />

sobre o índio na Grande São<br />

Paulo. Até hoje nunca recebi um<br />

tostão do Poder Público.<br />

F.U. – Como o senhor mantém<br />

o museu?<br />

W.A.S. – Com recursos próprios.<br />

Com minhas palestras, minhas<br />

pinturas. A bilheteria, de<br />

vez em quando, rende o valor<br />

para pagar a energia e o telefone.<br />

A bilheteria de R$ 3, às vezes,<br />

rende R$ 600. Gasto cerca<br />

de R$ 4 mil por mês. Às vezes<br />

consigo arrecadar uma boa<br />

quantia com as minhas palestras.<br />

Recentemente fiquei em<br />

Araraquara, no Teatro Municipal.<br />

Mas é com sacrifício. Se eu não<br />

conseguir dinheiro para manter<br />

o museu, vou ter que fazer alguma<br />

coisa. Ou vender o acervo<br />

ou mudar para Foz do<br />

Iguaçu, porque lá a bilheteria<br />

pode ser maior com a visita de<br />

estrangeiros. Mas eu não queria.<br />

F.U. – Se o índio trouxesse retorno<br />

financeiro seria diferente?<br />

W.A.S. – Lógico. Não só financeiro,<br />

mas também se ele produzisse<br />

voto. Agora temos malandros<br />

no Mato Grosso querendo<br />

que o índio vire eleitor.<br />

F.U. – O índio não percebe que<br />

está sendo usado, manipulado?<br />

W.A.S. – O índio, dentro de sua<br />

pureza, é incapaz de avaliar ou<br />

de analisar o que realmente<br />

acontece. O índio era, como dizia<br />

Ataulfo Alves, feliz e não sabia.<br />

Ele não procura construir a<br />

felicidade, ele a vive. O índio só<br />

reage quando a presença do<br />

branco afeta naturalmente aquilo<br />

que faz parte de sua vida.<br />

F.U. – Até que ponto é bom ensinar<br />

nossa língua para eles?<br />

W.A.S. – É importante para não<br />

ter um choque quando eles se<br />

integrarem. Uma hora vão acabar<br />

com suas terras e eles ficarão<br />

diluídos dentro da nossa<br />

sociedade. A cultura do índio<br />

diante do capitalismo é frágil<br />

e, por isso, vai sumir um dia,<br />

infelizmente.


18 TOUR CULTURAL<br />

Valores (i)morais<br />

Por Manuel Marques<br />

Em quase quatro décadas de<br />

carreira, o cineasta norte-americano<br />

Woody Allen colecionou uma<br />

série de fracassos e mais de uma<br />

dezena de acertos em sua vasta<br />

filmografia. O mais novo longa do<br />

diretor é um desses grandes<br />

acertos. O Sonho de Cassandra,<br />

que está em cartaz nos cinemas,<br />

consegue manter o suspense de<br />

uma boa trama e ao mesmo tempo<br />

levanta questões cruciais nas<br />

quais homens e mulheres se deparam<br />

ao longo da existência.<br />

Ewan McGregor, Colin Farrell,<br />

o sempre convincente Tom<br />

Wilkinson e a estreante Sally<br />

Hawkins foram os atores escolhidos<br />

para viver a trama principal.<br />

Desta vez, Allen não atua, mas<br />

além da direção assina também<br />

o roteiro original, arte que já lhe<br />

rendeu três prêmios da Academia.<br />

E que roteiro! A história gira em<br />

torno de dois irmãos. O primeiro<br />

é um jogador crônico que herda<br />

de sua compulsão uma dívida de<br />

90 mil euros. O outro leva uma<br />

vida normal até que se apaixona<br />

por uma bela atriz que conhece à<br />

Teatro<br />

No longa-metragem O Sonho de Cassandra, o diretor Woody Allen<br />

trata de questões éticas que permeiam o ser humano<br />

III Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo<br />

A mostra trará 150 artistas de sete países e tem como tema: Estética<br />

e Política na Prática Teatral. CCSP – Av. Vergueiro, 1.000. Até 11/05.<br />

Entrada franca. Confira a programação pelo site<br />

www.centrocultural.sp.gov.br<br />

Desconhecidos<br />

Casal de atores ensaia espetáculo sobre um serial killer e uma aeromoça<br />

que se encontram em uma praia deserta. SESC Consolação<br />

– R. Doutor Vila Nova, 245. Até 27/06. De quarta a sexta, às<br />

21h. Valor: R$ 10,00.<br />

E xposições<br />

Divulgação<br />

beira da estrada.<br />

Enquanto um precisa saldar as<br />

dívidas com os agiotas, o outro<br />

tem que obter recursos para dar<br />

uma guinada na vida e conquistar<br />

a mulher amada. A vida dos<br />

jovens torna-se gradualmente<br />

entrelaçada quando um tio distante<br />

e milionário lhes propõe que,<br />

em troca de muito dinheiro, matem<br />

um antigo desafeto. Ambientado<br />

em Londres, o famoso diretor<br />

conseguiu mesclar o trágico,<br />

o cômico e o suspense não só dos<br />

personagens, mas da nossa própria<br />

existência.<br />

Por Bruno Souza<br />

Paisagens<br />

Fotografias de Maurício Simonetti abordam o cenário natural brasileiro<br />

nos últimos três anos, em diferentes Estados. Caixa Cultural –<br />

Praça da Sé, 111. Até 15/06. De terça a domingo, das 9h às 21h.<br />

Entrada franca.<br />

Beauty Hunter<br />

Inspirado em outdoors, quadrinhos, músicas e brinquedos, o artista plástico<br />

David Gerstein reúne 40 obras que fazem crítica da sociedade moderna.<br />

Centro da Cultura Judaica – R. Oscar Freire, 2.500. Até 19/06,<br />

das 10h às 22h. Entrada franca ou 1kg de alimento não perecível.<br />

S how<br />

Beatriz Azevedo com Bocato e Tom Zé<br />

A cantora e compositora lança o CD Alegria, que explora ritmos tradicionais<br />

como maxixe, maracatu, coco e embolada. SESC Santana –<br />

Av. Luiz Dumont Villares, 579. Dias 10/05 e 11/05. Sábado às 21h e<br />

domingo às 19h. R$ 16,00.<br />

Cometa Gafi<br />

Com 11 anos de existência, a Orquestra Cometa Gafi traz composições<br />

próprias e de artistas como Chiquinha Gonzaga e Noel Rosa. Avenida<br />

Club – Av. Pedroso de Morais, 1.036. Dia 07/05, às 22h. R$ 6,00.<br />

C inema<br />

Mais Woody Allen<br />

A Rosa Púrpura do Cairo (1985). Durante a Grande Depressão americana,<br />

a solitária garçonete Cecília é viciada em filmes hollywoodianos. O<br />

preferido dela é A Rosa Púrpura do Cairo. A vida de Cecília é transformada<br />

quando o astro principal, repentinamente, sai da tela com o objetivo de<br />

conhecê-la. Uma mistura de fábulas mágica e cômica sobre a vida, a ilusão<br />

do cinema e a esperança.<br />

Crimes e Pecados (1989). Narra a história de Cliff Stern, um cineasta<br />

idealista que recebe a oferta de um trabalho lucrativo: filmar o perfil de um<br />

pomposo produtor de TV. Este filme já foi definido como tocante, irreverente<br />

e hilário. De fato, ele é tudo isso, mas também é uma fábula contada com<br />

maestria sobre a complexidade das escolhas humanas.<br />

Contos de Nova York (1989). São três histórias que formam uma trilogia<br />

sobre a vida na metrópole de Nova York. Quem dirige são três mitos do<br />

cinema contemporâneo: Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody<br />

Allen. No último conto, Édipo Arrasado, Allen vive o papel de um advogado<br />

neurótico que não consegue livrar-se da mulher que mais influencia sua<br />

vida: sua própria mãe. Mia Farrow e Julie Kavner interpretam as outras<br />

mulheres que complicam ainda mais sua situação.<br />

Especial Curtas Cinemateca<br />

O projeto traz obras de novos cineastas com exibição de cinco curtasmetragens.<br />

Cinemateca – Largo Senador Raul Cardoso, 207. Dia 07/05, às<br />

21h. Entrada franca. Confira a programação no site www.cinemateca.gov.br<br />

Literatura No Cinema<br />

Coletânea de filmes adaptados da literatura para o cinema. HSBC Belas<br />

Artes – R. da Consolação, 2.423. Até dia 08/05, entre 19h e 19h30. Mais<br />

informações no site www.hsbcbelasartes.com.br<br />

ERRAMOS<br />

Na edição 364, pág. 18, por um equívoco, foi publicada a foto de outra pessoa no<br />

lugar da Amanda Justiniano, matéria: “Graffiti Contemporâneo”. Nesta mesma<br />

pág. e edição, na “Bom e Barato”, por um erro, dicas de shows, cinema e o X<br />

Games saíram com datas já passadas da publicação do jornal.


ENTRETENIMENTO<br />

Quando um relacionamento<br />

amoroso “termina” é bastante comum<br />

que o casal passe por um<br />

período ainda instável, de conversas<br />

para esclarecer as razões de<br />

um ou de outro, de tentativas e promessas.<br />

Claro que depende de cada<br />

casal, mas essa é uma experiência<br />

relatada nos consultórios de<br />

psicologia.<br />

Duas pessoas começam a se<br />

relacionar por uma afinidade consciente,<br />

que diz respeito à aparência<br />

física, a gostos semelhantes, a<br />

planos futuros, entre outros. Mas<br />

também existe um “contrato” inconsciente<br />

que fala das razões mais<br />

profundas que nos fazem escolher<br />

um parceiro. Essas, muitas vezes,<br />

permanecem desconhecidas por<br />

todo o tempo da relação. Quando<br />

acontece alguma transformação,<br />

tanto nesse conluio inconsciente,<br />

quanto no mais conhecido, a relação<br />

pode terminar. O desenvolvimento<br />

de alguma característica de um<br />

dos dois, a mudança de fase de<br />

vida, a transformação das necessidades,<br />

são algumas das motivações<br />

que podem levar ao fim. Contudo,<br />

a relação continua dando cer-<br />

Concorra ao livro Caetano<br />

Veloso, de Guilherme Wisnik. Basta<br />

mandar um e-mail para<br />

folha_universitaria@uniban.br<br />

com nome, RA (alunos) ou RGF<br />

(funcionários),<br />

curso, campus e<br />

a resposta correta<br />

da seguinte<br />

pergunta:<br />

Caetano<br />

Veloso fez parte<br />

de qual movimentomusical<br />

brasileiro?<br />

REFLEXÃO<br />

Voltar ou não voltar. Eis a questão<br />

PROMOÇÃO<br />

ta satisfação, então, quando o outro<br />

vai embora, aquele “pedaço” que<br />

era bom, faz falta. E, em geral, para<br />

os dois, não importando quem foi o<br />

porta-voz do término.<br />

Inicia-se, então, a fase das idas<br />

e vindas. Essa fase pode resultar<br />

num término mais definitivo, numa<br />

retomada da relação com uma mudança<br />

qualitativa ou na simples repetição<br />

do modelo anterior. Isso será<br />

definido com base em algumas reflexões<br />

e mudanças: aquilo que incomoda<br />

no outro pode ser mudado<br />

com promessas ou é algo que pede<br />

uma maior conscientização das partes<br />

mais conflituosas da relação?<br />

Estamos com medo de nos abrir para<br />

o novo? Estamos só com saudades<br />

do que era bom ou estamos dispostos<br />

a entrar no difícil caminho de recontratar<br />

o vínculo?<br />

Voltar pede muita disponibilidade<br />

para a mudança, leva tempo e<br />

tem que ser uma escolha e não<br />

somente uma necessidade imediata<br />

para satisfazer o vazio que o término<br />

com o outro deixa.<br />

Entre em contato com o GAPsi<br />

pelo site: www.gapsi.com.br<br />

O nome do ganhador(a) sai na<br />

próxima edição da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />

Resultado da promoção<br />

A pergunta da semana passada<br />

foi a seguinte: Berkeley foi o<br />

fundador de qual escola de pensamento?<br />

Acertou quem escreveu<br />

empirismo. Quem ganhou o livro<br />

foi a aluna Roberta Elisa dos Santos<br />

Ghion, do campus MR. O prêmio<br />

pode ser retirado até sextafeira<br />

na secretaria de campus.<br />

CRUZADAS<br />

19

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