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FOLHA 378 CAPA-ANÚNCIOS PG_01-04-10-15 ... - Folha - Uniban

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EXEMPLAR<br />

GRATUITO<br />

Edição:<br />

<strong>378</strong> UNIVERSITÁRIA<br />

Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 • 29 de setembro de 2008<br />

<strong>FOLHA</strong><br />

PROFISSÕES<br />

Para preparar um bom<br />

currículo, alguns<br />

cuidados devem ser<br />

levados em conta. Saiba<br />

o que incluir e o<br />

que não deve ser<br />

utilizado. (pág. 5)<br />

ENTREVISTA<br />

Eloisa Vitz, diretora de teatro, volta<br />

em cena com a peça: Viúva, porém<br />

Honesta e conta um pouco de sua<br />

paixão. “Quem lê uma peça do<br />

Nelson (Rodrigues) vai querer ler<br />

todas. Todos esses livros<br />

transformam, te fazem refletir e<br />

sonhar”. (págs. 16 e 17)<br />

Foto:Amana Salles/Arte: Ronaldo Paes<br />

<strong>CAPA</strong><br />

Na segunda e última parte<br />

da reportagem que discute<br />

os projetos de urbanização<br />

das favelas de São Paulo, a<br />

reportagem da <strong>Folha</strong><br />

Universitária foi até a<br />

Favela Nova Jaguaré e<br />

testemunhou as mudanças<br />

que estão ocorrendo na<br />

região. (págs. 8 e 9)<br />

UNIBAN<br />

Instalação do Doutorado<br />

em Educação Matemática<br />

coloca a UNIBAN em<br />

destaque entre as<br />

Instituições de Educação<br />

Superior. (pág. 12)<br />

ACONTECE<br />

Votar de maneira<br />

consciente. Este é o papel<br />

do cidadão na hora de<br />

apertar a tecla e confirmar<br />

sua opção. (pág.2)


Foto: Renato Góes<br />

Chegou a hora. Seu voto é consciente?<br />

Por Bruno Souza<br />

É direito do cidadão votar em branco ou nulo, desde que tenha consciência<br />

No início do séc. 20, um dramaturgo<br />

alemão, Ber told Brecht, já advertia<br />

sobre problemas que são atuais até<br />

hoje. “O pior analfabeto é o analfabeto<br />

político. Ele não ouve, não fala, nem<br />

par ticipa dos acontecimentos políticos.<br />

Ele não sabe que o custo de vida, o<br />

preço do feijão, do peixe, da farinha,<br />

do aluguel, do sapato e do remédio dependem<br />

das decisões políticas (...)”.<br />

No próximo domingo, dia 05 de outubro,<br />

teremos o 1º turno das eleições<br />

municipais (para prefeito e vereadores),<br />

e cada cidadão terá a obrigação<br />

de ir às urnas demonstrar sua vontade<br />

política através do v oto. Algumas<br />

pessoas e grupos utilizam o voto nulo<br />

ou em branco para protesto, e outros<br />

por ignorância. Até que ponto isto é<br />

Polícia Ambiental Federal<br />

Foi aprovado pelo presidente da República<br />

o pedido do ministro do Meio Ambiente Carlos<br />

Minc, para a criação de uma força nacional de<br />

segurança e fiscalização em grandes áreas<br />

verdes do país como a região amazônica. A<br />

nova Polícia Ambiental Federal será composta<br />

por 3 mil homens. Um concurso público deverá<br />

ser criado para contratar esse contingente.<br />

CADERNO<br />

ACONTECE<br />

Por Karen Rodrigues<br />

Uma pesquisa realizada pela Comunidade<br />

de Metrôs (CoMET) confirmou<br />

o que muitos paulistanos já deduziam:<br />

o metrô da capital paulista é<br />

o mais lotado do mundo. Diariamente,<br />

<strong>10</strong> milhões de passageiros por<br />

quilômetros de linha são transportados.<br />

Nos horários de pico, a aglomeração<br />

chega a 8,6 pessoas por<br />

m², sendo que o limite é de seis passageiros<br />

por m².<br />

Segundo o gerente de operações<br />

do metrô, Wilmar Fratini, dentre os<br />

motivos que justificam a<br />

válido e quando se torna um desperdício<br />

da cidadania?<br />

De acordo com o cientista político<br />

Humberto Dantas, membro fundador<br />

da ONG Voto Consciente , “o voto nulo<br />

ou branco, pela simples rebeldia, é<br />

desperdício da cidadania. Isto se torna<br />

preocupante, pois muitas pessoas<br />

lutaram por este direito. E vemos pessoas<br />

anularem seu voto sem nenhum<br />

fundamento”.<br />

Contudo, se o sujeito<br />

analisou todos<br />

os candidatos,<br />

seus respectivos<br />

par tidos, a<br />

história dessespossíveisvereadores<br />

e prefeito, e<br />

não sentir nenhuma convicção<br />

Magrelas no Metrô<br />

Está liberado transportar durante a semana<br />

bicicletas nos trens do Metrô. Os horários<br />

ainda são restritos. É permitida a circulação de<br />

segunda a sexta-feira, a partir das 20h30. Segundo<br />

o Metrô, o acesso é limitado a quatro bicicletas<br />

por trem, e sempre no último vagão. Aos<br />

finais de semana, o horário permitido inicia às 14h do<br />

sábado, e vai até o fechamento das estações.<br />

Recorde de lotação<br />

superlotação está o da rede ser a<br />

menor do mundo. “São apenas quatro<br />

linhas, no total de 61,3 km”. Fratini<br />

explica que o estudo comparou os 11<br />

principais sistemas de transporte<br />

sobre trilhos do mundo, comandados<br />

pela CoMET. Entre eles, há cidades<br />

com redes de até 400 km.<br />

Outros fatores que também explicam<br />

o caos que os usuários enfrentam<br />

no dia-a-dia são o aumento da<br />

demanda nos últimos dois anos, decorrente<br />

da implantação do Bilhete<br />

Único e o aquecimento da economia.<br />

Para otimizar o sistema existente,<br />

Fratini revela que foram adotadas<br />

medidas operacionais que visam ampliar<br />

ao máximo o número de trens<br />

em circulação, aumentando a fluidez<br />

neles, o voto nulo ou em branco se<br />

torna uma ferramenta política, que demonstra<br />

a insatisfação do eleitorado<br />

com seus representantes.<br />

Agora, se o motivo principal do<br />

voto de protesto recair sobre a insatisfação<br />

perante as injustiças e a<br />

corrupção nacional, Dantas esclarece<br />

que esta atitude pode ser uma estratégia<br />

mal elaborada. “Não acho que<br />

e a capacidade de transporte. Para<br />

não prejudicar o fluxo, por exemplo, o<br />

condutor do trem comunica sempre<br />

aos passageiros para que não segurem<br />

as portas. Dados estatísticos<br />

mostraram que 70% dos atrasos são<br />

decorrentes disso.<br />

A médio prazo, a Companhia do<br />

Metropolitano de São Paulo conta<br />

com um plano de expansão previsto<br />

para ser concluído até 2<strong>01</strong>0. Nele está<br />

incluso a compra de novos trens, a<br />

expansão da rede para mais de 80<br />

km e a modernização do sistema de<br />

sinalização. “Prevemos um aumento<br />

em torno de 20%. A princípio será suficiente<br />

para suprir este problema. O<br />

ideal é manter o sistema sempre em<br />

expansão”, finaliza Fratini.<br />

votar em branco ou nulo seja a melhor<br />

forma de combater a corrupção,<br />

até porque assim você facilita os que<br />

estiverem no ‘topo’ a vencer, diminuindo<br />

a porcentagem de voto dos outros<br />

candidatos”.<br />

Pós-eleições<br />

Depois da eleição dos candidatos,<br />

em primeiro lugar, as pessoas precisam<br />

acompanhar o trabalho dos eleitos<br />

através de jornais, revistas,<br />

Internet, enfim, em todos meios de<br />

comunicação; em segundo lugar, os<br />

cidadãos também devem formar grupos<br />

para participar e fiscalizar as promessas<br />

do candidato eleito. “É interessante<br />

guardar todo tipo de material<br />

desses candidatos e depois cobrálos,”<br />

conclui Dantas.<br />

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Amér ico Calandriello Júnior. Presidente do Conselho de Comunicação:<br />

Eduardo Fonseca. Responsável pelos Veículos de Comunicação: Rogér io Carvalho Silva. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo<br />

Paes. Designer: Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Karen Rodrigues e Manuel Marques. Fotos: Amana Salles. Estagiário: Bruno Souza. Diário<br />

Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação: Francielli Abreu. Revisora: Mar isa De Lucia. Colaboradores: Arismar Monteiro, Marisa De Lucia, Fabiana Mello e Analú Sinopoli.<br />

UNIPAN: Alexandra Oliveir a e Edna A. Brun Beber. Impressão: <strong>Folha</strong> Gráfica. Cartas para a redação: Rua Bela Vista, 739 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP <strong>04</strong>709-0<strong>01</strong>. Tel. (11) 5180-9885.<br />

E-mail: folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000.<br />

Divulgação


Leão faminto<br />

03<br />

Receita elimina declaração de isento, mas verifica movimentação financeira por outros caminhos<br />

Por Manuel Marques<br />

Duas notícias chegam da Receita<br />

Federal. Uma boa e outra<br />

má. A boa é que a declaração de<br />

isento, exigida anualmente dos<br />

contribuintes que não tinham renda<br />

suficiente para declarar Imposto<br />

de Renda, não existirá mais. A<br />

má é que o contribuinte que ultrapassar<br />

essa renda mínima em<br />

apenas R$ 1 e não fizer a declaração<br />

poderá ter o CPF suspenso<br />

e, pior, acordar com o leão rugindo<br />

na própria casa.<br />

De acordo com a Receita Federal,<br />

a iniciativa objetiva<br />

desonerar 66 milhões de brasileiros<br />

que fizeram a declaração de<br />

isento no ano passado. O contador<br />

Glauco Pinheiro, diretor da<br />

Candinho Assessoria Contábil,<br />

explica que o fim da declaração<br />

de isento não significa que a Receita<br />

Federal deixará de ter controle<br />

sobre os contribuintes que<br />

não têm renda para declarar IR.<br />

Glauco lembra que o fisco conta<br />

com outros instrumentos para checar<br />

a renda dos contribuintes,<br />

como o cruzamento de informações,<br />

relatórios entregues pelas<br />

empresas e gastos com cartões<br />

de crédito.<br />

Para Glauco, a principal vantagem<br />

da mudança é que o brasileiro<br />

de baixa renda vai encontrar uma<br />

burocracia a menos em sua caminhada<br />

num país que é mestre em<br />

burocratizar a vida dos seus cidadãos.<br />

Mesmo assim, ele faz um<br />

alerta: “O cerco de uma forma geral<br />

já tem sido apertado nestes últimos<br />

anos. Quando a Receita Federal<br />

exigia este procedimento (declaração<br />

de isento) era com o objetivo<br />

de confirmar um dado que já<br />

sabia”. E termina: “Mas cabe um<br />

alerta. Mesmo quem é isento e tem<br />

uma boa movimentação financeira,<br />

precisa tomar muito cuidado porque<br />

a Receita tem como controlar cada<br />

passo, cada centavo movimentado<br />

no banco. O leão tem fome”.<br />

A Receita Federal adianta que<br />

estas mudanças não alteram em<br />

nada a situação de quem está com<br />

o CPF irregular. Os que se encontram<br />

neste grupo continuam obrigados<br />

a regularizar a situação. Segundo<br />

dados do órgão, atualmente<br />

existem 38 milhões de CPFs<br />

suspensos no Brasil por falta de<br />

declaração de isento. Situação<br />

mais complicada enfrentam outros<br />

<strong>10</strong> milhões de brasileiros, que se<br />

encontram pendentes na regularização<br />

do Imposto de Renda. Para<br />

a Receita, esses brasileiros são<br />

sonegadores em potencial.<br />

Com o CPF suspenso, mesmo<br />

o contribuinte isento fica impedido<br />

de abrir crediários, renovar o passaporte,<br />

pedir empréstimos bancários,<br />

efetuar qualquer tipo de contrato<br />

bancário, participar de concurso<br />

público e retirar prêmio de loterias.<br />

Em outras palavras, fica enjaulado,<br />

enquanto que o leão aguarda<br />

na espreita, rugindo e esperando a<br />

pobre vítima do lado de fora.<br />

Ficar em situação irregular<br />

com a Receita não é uma boa<br />

idéia. Os contribuintes podem checar<br />

a situação do CPF pela<br />

Internet, acessando o site<br />

www.receita.fazenda.gov.br e<br />

clicando no link “Situação<br />

Cadastral”. Caso esteja em situação<br />

irregular e queira regularizá-la<br />

basta que o contribuinte isento do<br />

Imposto de Renda procure o Banco<br />

do Brasil, a Caixa Econômica<br />

Federal ou os Correios e<br />

pague uma taxa de R$ 5,50.<br />

Mas, os que são obrigados a<br />

declarar o IR precisam entregar<br />

as declarações atrasadas.<br />

Os programas para preenchimento<br />

e envio dos<br />

documentos em falta<br />

estão disponíveis na<br />

página da Receita na Internet:<br />

www.receita.fazenda.gov.br


Aspirantes da Moda<br />

Acontece, no dia <strong>04</strong> de outubro, a quinta edição<br />

do Projeto Amanhã, fórum de estudantes de moda<br />

que tem como objetivo aproximá-lo do universo da<br />

moda como negócio. O evento, que acontece no<br />

Memorial da América Latina, conta com atrações<br />

multimídia, vitrines, desfiles e diversas atividades.<br />

Mais informações no site:<br />

www.bercodetalentos.com.br<br />

CADERNO<br />

PROFISSÕES<br />

Por Karen Rodrigues<br />

A elaboração do currículo é o<br />

primeiro passo em direção à colocação<br />

profissional. Embora pareça<br />

simples transpor as habilidades<br />

profissionais para o papel, o currículo<br />

deve ser muito bem<br />

estrutur ado, pois ele vai ser o primeiro<br />

contato do selecionador com<br />

o candidato. Quanto melhor ele for,<br />

maior será a chance da pessoa ser<br />

chamada para uma entrevista.<br />

É interessante que tenha de<br />

uma a duas páginas,<br />

sempre em folhas<br />

brancas com letras pretas.<br />

Deve ter uma imagem<br />

séria e sóbria para<br />

o leitor. Evite<br />

incrementar o currículo,<br />

quanto mais simples,<br />

melhor. Para torná-lo<br />

mais atrativo, o ideal é<br />

que atenda especificamente<br />

à vaga. De acordo<br />

com a consultora de RH e<br />

coordenadora do serviço<br />

de Consultoria Virtual da<br />

Catho Online, Glaucia Santos,<br />

o currículo deve ter um<br />

perfil estratégico. “Se a pessoa<br />

vai mandar para uma vaga de<br />

coordenação, por exemplo, na<br />

área de RH, é interessante colocar<br />

mais informações relacionadas<br />

com gerenciamento de equipe, conflitos,<br />

planejamento, ou seja, insira<br />

informações voltadas para a vaga”.<br />

Gláucia alerta ainda que é bom<br />

evitar o uso de letras diferentes e<br />

fundos coloridos, no intuito de facilitar<br />

para o selecionador. “Num<br />

processo de triagem, muitas vezes<br />

é realizada uma leitura dinâmica<br />

que leva de dois a três segundos,<br />

apenas para identificar<br />

alguns pontos chaves como o objetivo<br />

na área, a experiência anterior<br />

no cargo e a formação que<br />

a empresa pede”, explica.<br />

Desemprego em queda<br />

De acordo com o IBGE, em agosto, a taxa<br />

de desemprego ficou em 7,6%. A pesquisa<br />

aponta que a fatia da população empregada<br />

corresponde a 21,8 milhões de trabalhadores,<br />

frente a 1,8 milhão de desempregados.<br />

Foi apontado também o aumento na<br />

renda dos trabalhadores, cujos rendimentos<br />

médios chegaram a R$ 1.253,70,<br />

alta de 5,7% ao ano passado.<br />

A primeira boa impressão<br />

Um currículo deve ter uma imagem séria, simples e<br />

de fácil compreensão. Evite letras diferentes e fundos coloridos<br />

“Um currículo bem<br />

estruturado pode<br />

levar vantagem até<br />

mesmo em relação ao<br />

de outro profissional<br />

que tenha mais<br />

qualificações”, diz<br />

Gláucia Santos<br />

Erros comuns<br />

na elaboração<br />

do currículo<br />

Divulgação<br />

Mencionar número de documentos;<br />

Colocar fundos coloridos,<br />

letras diferentes, desenhos,<br />

utilizar muitos recursos<br />

gráficos;<br />

Inserir cursos que não estejam<br />

em harmonia com<br />

seu objetivo profissional;<br />

Mentir;<br />

Erros de digitação e ortografia;<br />

Dados para contato desatualizados.<br />

Atualmente, um dos<br />

meios mais eficientes<br />

para o encaminhamento<br />

dos dados pessoais é a<br />

Internet. A mídia digital<br />

facilitou tanto para o<br />

empregador na divulgação<br />

de vagas, quanto<br />

para o candidato que<br />

pode cadastrar o currículo<br />

diretamente nos<br />

sites das empresas.<br />

Apesar disso, a consultora é enfática<br />

ao dizer que quando uma<br />

pessoa está em busca de colocação<br />

profissional, todos os meios<br />

existentes devem ser atacados.<br />

“Visitar agências de emprego e o<br />

networking (contato com pessoas),<br />

principal responsável por<br />

contratações, são recursos que<br />

devem ser utilizados”.<br />

Na construção do currículo, o<br />

fundamental é passar as informações<br />

de forma clara e objetiva.<br />

Quanto mais fácil for para o<br />

selecionador identificar as informações,<br />

mais chance o candidato<br />

terá de receber um retorno. “Um<br />

currículo bem estruturado pode<br />

levar vantagem até mesmo em relação<br />

ao de outro profissional que<br />

tenha mais qualificações”, finaliza<br />

Gláucia.<br />

1º<br />

2º<br />

3º<br />

4º<br />

5º<br />

6º<br />

Confira as vagas de<br />

estágios oferecidas<br />

pelo CIEE e Nube.<br />

(pág. 7)<br />

Passo-a-passo para<br />

construir um bom currículo<br />

1º passo: Coloque dados para contato:<br />

nome completo, dados<br />

residenciais, e-mail, estado civil,<br />

idade (profissionais que têm mais<br />

de 45 anos não é indicado) e nº<br />

de telefones: residencial, celular<br />

e para recado;<br />

2º passo: Destaque qual é seu<br />

objetivo, colocando o cargo e<br />

focar na área que quer atuar;<br />

3º passo: Insira um campo chamado<br />

Síntese de Qualificações.<br />

Onde deve constar os principais<br />

conhecimentos que tem na área,<br />

tanto práticos como teóricos<br />

(projetos, resultados, participação<br />

em congressos e feiras);<br />

4º passo: Cite a formação acadêmica.<br />

Colocar cursos em ordem<br />

de importância e idiomas. Se<br />

a vaga exigir que a pessoa tenha<br />

fluência, deve ser colocado apenas<br />

se a pessoa tiver um nível<br />

avançado ou fluente, do contrario,<br />

é melhor omitir a informação;<br />

5º passo: Informe a experiência<br />

profissional. Colocar data de entrada<br />

e saída da empresa, nome<br />

da mesma e qual o ramo de atividade<br />

da empresa, o porte e os cargos<br />

desenvolvidos. Se houve uma<br />

promoção, deve-se colocar primeiro<br />

o cargo mais recente, depois<br />

os demais. Informar de forma sucinta<br />

as principais atividades que<br />

desenvolveu;<br />

6º passo: Coloque os cursos e<br />

especializações. Citar o nome do<br />

curso e da instituição. Finalizar colocando<br />

os conhecimentos gerais<br />

em informática, ou seja, todos os<br />

aplicativos nos quais tenha conhecimento<br />

como Word, Excel e<br />

Corel Draw, entre outros.


06<br />

Por Francielli Abreu<br />

Há muitos e muitos anos ... as<br />

pessoas se reuniam ao redor de<br />

uma fogueira para escutar os mais<br />

velhos ou os líderes das comunidades<br />

narrarem seus “causos”,<br />

fábulas, lendas, contos etc. Por<br />

meio dessas histórias, o contador<br />

apresentava uma visão de mundo,<br />

traduzindo, de forma oral, os<br />

acontecimentos cotidianos, as<br />

memórias transmitidas por seus<br />

ancestrais, as angústias, as dúvidas,<br />

as alegrias e os prazeres de<br />

sua existência. Com a modernidade,<br />

as pessoas não deixaram<br />

de contar seus “causos”, e<br />

algumas passaram<br />

até a<br />

fazer da contação<br />

de histórias<br />

uma<br />

profissão. Agora,<br />

saem as fogueiras<br />

e entram<br />

as livrarias,<br />

escolas, bibliotecas<br />

e até<br />

empresas como<br />

locais para este<br />

mundo da imaginação.<br />

Entretanto,conduzir o público<br />

pelas histórias não é tarefa fácil.<br />

Não significa apenas ler um texto<br />

em voz alta. A pessoa que decide<br />

trabalhar como Contador de<br />

Histórias deve gostar muito de livros,<br />

por exemplo, sobre contos<br />

populares, que são relatos orais<br />

e tradicionais de criação coletiva,<br />

e textos autorais. Ilan Brenman<br />

(www.ilan.com.br), contador de<br />

histórias há 17 anos, monta seu<br />

roteiro a partir das 700 histórias<br />

guardadas em sua memória. Mas<br />

afirma que mesclá-las e<br />

incrementá-las com<br />

situações cotidianas<br />

também dá certo.<br />

Não existem fórmulas<br />

prontas para se<br />

tornar um contador, o<br />

segredo é “praticar bastante<br />

e encontrar o seu jeito<br />

de contar”.<br />

Alguns utilizam gestos expressivos,<br />

entonações de voz,<br />

olhares e complementos como<br />

música, dança, mímica e artes<br />

plásticas. Claro que há algumas coisas<br />

básicas a se seguir, por exemplo,<br />

não cometer ruído visual, ou<br />

seja, fazer movimentos bruscos e<br />

exagerados em determinados locais<br />

ou quando não se está bem<br />

preparado. “Utilize sempre o menos.<br />

Era uma vez…<br />

Contador de Histórias profissional conquista cada vez mais espaço<br />

em livrarias, escolas e empresas<br />

Marcelo Época<br />

O mais só utilize se você tiver<br />

clareza e consciência<br />

do menos, e não como<br />

garantia de audiência”. E<br />

como segurar a atenção do<br />

ouvinte? Ilan afirma que isso<br />

não deve ser o foco do<br />

contador, pois a<br />

atenção é<br />

uma ilusão.<br />

Fotos Amana Salles<br />

A pessoa pode estar te olhando e<br />

pensando em outras coisas.<br />

E história não é só coisa de criança.<br />

Os adultos ficam igualmente<br />

surpreendidos e as reações,<br />

embora no começo tímidas, acabam<br />

similares às das crianças.<br />

“Quando comecei a contar pras<br />

crianças, os pais apareciam. Então,<br />

procurei um repertório<br />

de histórias que tinha<br />

a ver com adultos,<br />

por exemplo,<br />

mitologia grega,<br />

contos budistas,<br />

africanos e eróticos,<br />

e comecei a contar”,<br />

narra Brenman.<br />

Cursos e encontros<br />

Contadores experientes oferecem<br />

cursos em algumas livrarias<br />

para os interessados em seguir<br />

nesta área. Porém, esses<br />

cursos não são garantia para se<br />

tornarem bons contadores. O indicado<br />

é estudar muito sobre o<br />

tema e praticar. Encontros de<br />

contadores também são opções<br />

para troca de idéias. Muitos são<br />

de porte internacional e ocorrem<br />

em países como Colômbia, Canadá,<br />

Brasil e Argentina.<br />

E quem quiser que conte outra!!!<br />

Mercado da “Contação”<br />

Há cerca de 17 anos, o ato de contar<br />

histórias ganhou espaço comercial no<br />

Brasil. Muitas pessoas já ganham a vida<br />

contando “causos” por aí. Outras, como<br />

Ilan, contam histórias, e ainda estudam<br />

sobre a área para ministrar cursos e<br />

palestras. A mídia também tem incentivado,<br />

publicando os eventos de<br />

contação. “Um bom contador tem<br />

trabalho o mês inteiro”, afirma<br />

Brenman. Porém, explica que com a<br />

ampliação do mercado vem a competição.<br />

“Em alguns lugares, os cachês baixaram<br />

porque profissionais iniciantes oferecem<br />

o trabalho mais barato”. Mas, ainda<br />

assim, vale tentar a vida como contador.<br />

Um cachê pode variar de R$ 200 a R$ 1.000.<br />

Hoje, as pessoas que mais enveredam<br />

para esta área são os atores, mas há espaço<br />

para todos. “Uma livraria que trabalha<br />

com crianças e não tem contador de histórias<br />

hoje, está fadada ao fracasso”,<br />

exemplifica Brenman.


LIVROS<br />

Um assunto muito utilizado, e pouco reconhecido, é a Tipografia. Permanece oculto, ao mesmo tempo em que a<br />

informação se transmite da melhor forma possível. Hoje em dia, o termo Tipografia deixou de se restringir ao tipógrafo<br />

e se utiliza cada vez mais para designar o trabalho de organização de um material escrito em diversas áreas, como:<br />

designer, desenho e cursos de comunicação, entre outros.<br />

Atualmente, a tipografia se universalizou e muitos profissionais podem ser tipógrafos. Esta obra mostra isso de<br />

modo claro. O livro O que é tipografia? apresenta as estruturas formais que facilitam o acesso à informação e ferramentas<br />

e métodos para sua utilização, além de analisar distintos suportes existentes e os processos de reprodução.<br />

Ao final, o autor conclui com uma análise de um eclético grupo de tipógrafos, que demonstram a amplitude, a riqueza<br />

e a qualidade do design tipógrafo na atualidade.<br />

Editora: Gustavo Gili GG.<br />

Preço Médio: R$ 94,00.<br />

BOLSA NOS EUA<br />

O portal Universia divulga oportunidades de bolsas de estudo<br />

nos Estados Unidos da América. Para os interessados, a Comissão<br />

Fullbright oferece oportunidades de cursos tanto colegiais como<br />

de idiomas, entre outros. É necessário<br />

prestar atenção na documentação<br />

e nos prazos exigidos<br />

a cada programa de bolsa.<br />

Contudo, itens como carta de recomendação,<br />

teste oficial em<br />

proficiência inglesa, cópia do<br />

diploma e histórico escolar da<br />

graduação são comuns a todos<br />

os programas. Mais informações:<br />

www.universia.com.br/<br />

materiamateria.jsp?materia=1492<br />

O CIEE dispõe de 6.800 vagas, que podem ser conferidas no site<br />

Cursos............................................ Vagas ........... Menor Valor ........... Maior Valor<br />

Adm. de Empresa .............................. 137 ............... R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Arquitetura .......................................... 23 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Bomedicina .......................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />

Ciências Contábeis ............................ 29 ................ R$ 750,00 ............ R$ 1.200,00<br />

Ciências Econômicas ......................... 2 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.<strong>10</strong>0,00<br />

Cinematografia .................................... 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />

Jornalismo ........................................... 1 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Publicidade Propaganda .................... 22 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.<strong>15</strong>0,00<br />

Desenho Industrial .............................. 2 ................. R$ 500,00 ............... R$ 800,00<br />

Design ................................................. 9 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.050,00<br />

Design de Moda .................................. 1 ................. R$ 400,00 ............... R$ 700,00<br />

Direito ................................................. 80 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.<strong>10</strong>0,00<br />

Educação Física ................................ 23 ................ R$ 400,00 ............ R$ 1.000,00<br />

Enfermagem ........................................ 1 ................. R$ 500,00 ............... R$ 700,00<br />

Engenharia Civil .................................. 8 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Engenharia Elétrica ............................. 2 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Engenharia Mecânica ......................... 3 ................. R$ 700,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Farmácia .............................................. 3 ................. R$ 550,00 ............ R$ 1.<strong>10</strong>0,00<br />

Informática .......................................... 46 ................ R$ 500,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Letras .................................................. 6 ................. R$ 400,00 ............... R$ 900,00<br />

Marketing ............................................ 33 ................ R$ 600,00 ............ R$ 1.300,00<br />

Nutrição ............................................... 1 ................. R$ 400,00 ............... R$ 750,00<br />

Odontologia ......................................... 4 ................. R$ 400,00 ............... R$ 800,00<br />

Psicologia ............................................ 7 ................. R$ 500,00 ............... R$ 900,00<br />

Tur ismo ................................................ 8 ................. R$ 600,00 ............ R$ 1.<strong>10</strong>0,00<br />

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3<strong>04</strong>6-8211.<br />

ESTÁGIO<br />

TRAINEE<br />

2.668 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />

Cursos................................. Semestre ....................... Menor Valor ... Maior Valor<br />

Ciências Contábeis .............. 3º ao 6º sem. .................. R$ 6,43 / hora ......... 52796<br />

Relações Internacionais ...... 2º ao 6º sem. .................. R$ <strong>10</strong>00,00 .............. 5<strong>01</strong>31<br />

Adm. de Empresas ............... 3º ao 6º sem. .................. R$ 800,00 ................ 59096<br />

Téc. em Mecatrônica ........... Concl. 2º sem. de 2008 .. R$ 500,00 ................ 57639<br />

Letras - Secr. Executivo ...... 1º ao 5º sem. .................. R$ 650,00 ................ 59113<br />

Educ. de Jovens e Adultos .. 1º ao 5º sem. .................. R$ 500,00 ................ 48051<br />

Tec. em Eletromecânica ...... Concl. 2º sem. de 2009 .. R$ 900,00 ................ 59<strong>10</strong>5<br />

Direito ................................... 7º ao 9º sem. .................. R$ 900,00 ................ 55679<br />

Engenharia Civil .................. 5º ao 6º sem. .................. R$ <strong>10</strong>00,00 .............. 59078<br />

Téc. em Eletrônica ............... Concl. 1º sem. de 2009 .. R$ 630,00 ................ 59097<br />

Pedagogia ............................. 2º ao 4º sem. .................. R$ 500,00 ................ 59117<br />

Adm. - Marketing ................. Concl. 2º sem. de 2009 .. R$ 1<strong>10</strong>0,00 .............. 55392<br />

Educação Física .................. 2º ao 4º sem. .................. R$ 500,00 ................ 59118<br />

Téc. em Eletrônica ............... Concl. 2º sem. de 2008 .. R$ 600,00 ................ 3<strong>01</strong>74<br />

Letras - Trad. e Intérprete .... 1º ao 5º sem. .................. R$ 600,00 ................ 43<strong>15</strong>6<br />

Adm. Geral ............................ 3º ao 5º sem. .................. R$ 1460,00 .............. 591<strong>10</strong><br />

Ciência da Computação ...... 1º ao 7º sem. .................. R$ 700,00 ................ 58997<br />

Eng. Civil ............................... 3º ao 8º sem. .................. R$ 2000,00 .............. 38129<br />

Eng. da Computação ............ 3º ao 7º sem. .................. R$ <strong>10</strong>00,00 .............. 38002<br />

Téc. Secretariado ................. 1º ao 5º sem. .................. R$ 450,00 ................ 59079<br />

Publ. e Propaganda ............. Concl. 2º sem. de 2009 .. R$ 700,00 ................ 59<strong>04</strong>8<br />

Eng. de Produção Civil ........ 3º ao 11º sem................. R$ 5,50 / hora ......... 42806<br />

Téc. Edificações ................... Concl. 2º sem. de 2008 .. R$ 900,00 ................ 59063<br />

Eng. Elétrica .......................... 5º ao 8º sem. .................. R$ 1200,00 .............. 59098<br />

Site: www.nube.com.br ou telefone:(11) 4082-9360.<br />

07<br />

O Grupo L<strong>PG</strong>Mais oferece vaga de estágio para estudantes<br />

do curso de Nutrição, mas somente os que estão<br />

cursando o 4º ou 5 º semestres. O horário de trabalho é de<br />

segunda a quinta , das 7h às 17h e sexta, das 7h às 16h.<br />

Os benefícios oferecidos são: bolsa-auxílio de R$ 400,00,<br />

vale-transporte, assistência médica e vale-alimentação. O<br />

contrato será de seis meses, com possibilidade de renovação. Interessados<br />

devem enviar e-mail para: recrutamento.selecao@lpgmais.com.br<br />

O Grupo Pão de Açúcar está com o Programa de Trainnes 2009<br />

aber to, e busca identificar jovens talentos para atuar em diversas áreas,<br />

que vão desde supermercados a postos de combustíveis e drogarias.<br />

Os pré-requisitos são: ser formado entre 2006 e 2008, disponibilidade<br />

de morar em outras cidades, ter inglês fluente e conhecimento<br />

da língua francesa. As inscrições vão até 30/09. Mais informações:<br />

www.grupopaodeacucar.com.br


08 <strong>CAPA</strong><br />

Favelas urbanizadas – parte II<br />

Por Renato Góes<br />

Na última parte da reportagem especial, como o cotidiano dos moradores<br />

da Favela Nova Jaguaré tem sido alterado com o projeto de urbanização<br />

Na reportagem da edição 377,<br />

foram contadas as histórias das<br />

antigas favelas da Zaki Narchi e<br />

do Gato, transformadas em conjuntos<br />

habitacionais populares.<br />

Cada um deles conta com históri-<br />

Uma “Nova”<br />

Jaguaré?<br />

Considerada a maior favela em<br />

área contínua da capital, a Nova<br />

Jaguaré passa por um período de<br />

mudanças significativas. Parte de<br />

sua área (um total de 166 mil km²)<br />

foi desapropriada para que fossem<br />

construídos prédios populares<br />

com apartamentos de dois e<br />

três dormitórios, além das compactas<br />

quitinetes. O trecho escolhido<br />

fica na base do famoso “Morro<br />

do Sabão”, apelido justificado<br />

pelos constantes deslizamentos<br />

que aconteciam nos dias de chuva.<br />

A escolha do local também<br />

gera uma grande visibilidade para<br />

a obra, já que fica em frente à<br />

Marginal Pinheiros, uma das vias<br />

mais movimentadas da cidade.<br />

Mas, com um olhar mais atento,<br />

qualquer um percebe que muitos<br />

barracos ainda permanecem<br />

em pé sobre o infame morro. Nem<br />

mesmo os prédios recém-erguidos<br />

conseguem camuflar a realista<br />

constatação de que a favela ainda<br />

existe. Em duas visitas feitas à comunidade,<br />

subimos e descemos<br />

suas ruas e vielas, conversamos<br />

com as pessoas e conhecemos de<br />

perto as obras da Prefeitura que,<br />

por incrível que pareça, não são<br />

unanimidade entre os moradores.<br />

as, moradores e características<br />

distintas. Mas, ao conhecer um<br />

pouco de perto suas respectivas<br />

realidades, fica claro que existem<br />

problemas em comum.<br />

Na segunda e última parte<br />

desta reportagem, visitamos a<br />

Favela Nova Jaguaré, localiza-<br />

Fotos: Amana Salles<br />

da na zona Oeste de São Paulo.<br />

O local está em obras para que<br />

a favela dê lugar a um conjunto<br />

habitacional. Barracos foram e<br />

estão sendo removidos para que<br />

novos prédios sejam erguidos.<br />

Um dos principais questionamentos<br />

que nos recaiu durante<br />

as visitas feitas à comunidade<br />

era sobre como os moradores<br />

encaram este momento de mudanças.<br />

Além disso, presenciamos<br />

a realidade daqueles que vivem<br />

em áreas que não têm a<br />

mesma “visibilidade” do local<br />

onde ocorrem as obras.<br />

Urbanização corre a largos passos em trecho frontal da<br />

favela. Já nas áreas mais afastadas...<br />

Garoto empina pipa em laje,<br />

em frente ao Cingapura e<br />

aos barracos derrubados<br />

pela Prefeitura<br />

Lado B da favela<br />

A equipe de reportagem se<br />

encontra com Elias Ferreira dos<br />

Santos, morador da Favela Nova<br />

Jaguaré e ex-líder comunitário, na<br />

parte de cima da comunidade em<br />

que mora desde pequeno. Aos<br />

poucos, se revela um jovem bem<br />

articulado e cheio de lábia, principalmente<br />

com as garotas que cruzam<br />

o nosso caminho. Ele nos<br />

conduz pelas vielas inclinadas,<br />

rumo a uma área que não conta<br />

com a mesma visibilidade do trecho<br />

que fica na Marginal Pinheiros,<br />

onde ocorrem as obras.<br />

Chegamos à parte sul da comunidade,<br />

na beira do morro, com<br />

“Muitos pegaram o dinheiro e<br />

montaram novos barracos<br />

do outro lado da<br />

comunidade”, diz Elias<br />

Ferreira dos Santos<br />

direito a vista panorâmica da raia<br />

da USP, do rio Pinheiros e da<br />

CEAGESP. Dividimos espaço com<br />

os garotos que empinam pipa<br />

numa laje em condições precárias<br />

e com alguns buracos, todos<br />

tampados por placas de madeira,<br />

nada confiáveis para se pisar.<br />

Curiosamente, no pé do barranco<br />

se encontra um conjunto<br />

residencial Cingapura, em condições<br />

semelhantes ao da Zaki<br />

Narchi. Segundo Elias, “eles foram<br />

construídos na época do Maluf.<br />

Escolheram aquele local por ser<br />

perto da avenida, de indústrias e<br />

empresas da região”. Pelo visto, a<br />

escolha de trechos com maior visibilidade<br />

da Favela Nova Jaguaré<br />

para urbanização não é exclusividade<br />

só da gestão Serra/Kassab.<br />

Ela já faz parte do histórico das<br />

políticas públicas de habitação.<br />

O local foi considerado área<br />

de risco pela Prefeitura, portanto,<br />

muitas das casas foram destruídas<br />

e as famílias retiradas dali.<br />

O cenário se assemelha à Bagdá,<br />

com paredes semiderrubadas e<br />

entulho pelo chão. No entanto,<br />

como nada foi feito no local, muitas<br />

dessas famílias voltaram a se<br />

instalar por lá, em meio às ruínas.<br />

Questionada sobre o tema, a<br />

assessoria de imprensa da Secretaria<br />

da Habitação (SEHAB) se limitou<br />

a dizer que “como essa é a<br />

maior favela sem ruas que a cortem<br />

ao meio e tem muitas áreas<br />

de risco, pode ser que numa área<br />

já desocupada devido ao risco, as<br />

pessoas tenham voltado para o<br />

mesmo lugar. Isso é muito comum,<br />

apesar de todos os esforços<br />

das subprefeituras e da<br />

SEHAB para esclarecer a situação<br />

às famílias e impedir que se instalem<br />

nessas áreas inseguras”.<br />

Ainda de acordo com a entidade,<br />

quando moradores são removidos<br />

de áreas de risco, todas as famílias<br />

são cadastradas com antece-


Mané Paraíba, um dos fundadores da comunidade, posa para foto na<br />

Praça 11, coração da favela Nova Jaguaré.<br />

dência para que possam, posteriormente,<br />

receber atendimento<br />

habitacional.<br />

Na oportunidade de nossa visita,<br />

Elias comentou que os moradores<br />

que foram retirados do<br />

trecho conhecido como Rocinha,<br />

e localizado no caminho das<br />

obras, receberam uma indenização<br />

de aproximadamente cinco mil<br />

reais. Segundo ele, “muitos pegaram<br />

o dinheiro e montaram novos<br />

barracos do outro lado da comunidade”.<br />

A SEHAB não se manifestou<br />

sobre esta questão.<br />

Café com Mané<br />

Paraíba na Praça 11<br />

Deixamos o local para irmos<br />

direto ao coração da comunidade,<br />

a Praça 11. Nela se concentram<br />

os comércios e projetos sociais,<br />

tanto da Prefeitura como de<br />

entidades privadas e ligadas às<br />

religiões católica e evangélica.<br />

Durante o trajeto, somos apre-<br />

sentados a Mané Paraíba, figura<br />

lendária da Favela Nova Jaguaré.<br />

Somos convidados para um café,<br />

motivo para que muitas histórias<br />

fossem contadas.<br />

Nosso anfitrião comenta que,<br />

nos primórdios do bairro, ele encorajava<br />

seus conterrâneos a fixarem<br />

residência por lá. “Tinha<br />

época que se você gritasse ‘pega<br />

aquele Paraíba’ não ficava um no<br />

caminho”, comenta com um sorriso<br />

no rosto, para deleite dos que<br />

estavam à sua volta. Quando perguntado<br />

sobre as obras que acontecem<br />

na comunidade que ajudou<br />

a criar, ele demonstra um entusiasmo<br />

contido, cautela digna de<br />

quem já ouviu muitas promessas<br />

de melhora para a região.<br />

Descemos a favela, rumo ao<br />

canteiro de obras. Durante o trajeto<br />

temos a real noção do tamanho<br />

da comunidade. Ao chegarmos<br />

à base do morro, nos deparamos<br />

com um trecho em que fica<br />

clara a divisão física entre os pré-<br />

A dir., limite entre os novos prédios e os antigos imóveis. O conjunto<br />

residencial está em fase de finalização e alguns moradores já ocupam<br />

os apartamentos.<br />

dios que foram erguidos e os imóveis<br />

que teimam em ficar no caminho.<br />

Elias comenta que muitos<br />

moradores não querem sair de<br />

suas casas. “Também, depois que<br />

eles construíram com sacrifício<br />

uma casa com dois, três dormitórios,<br />

sala, cozinha e um espaço<br />

para comércio, eles vão se conformar<br />

de derrubar tudo e ir para<br />

um apartamento de dois dormitórios<br />

com toda a família?”, questiona<br />

o jovem.<br />

Este é o argumento de muitos<br />

dos moradores que estão no caminho<br />

das obras. No entanto, há<br />

aqueles que estão satisfeitos com<br />

a mudança. É o caso da moradora<br />

Maria José da Silva, que na<br />

época de nossa reportagem estava<br />

em sua primeira semana no<br />

apartamento de dois quartos. Ela<br />

nos convida a entrar e pede desculpa<br />

pela bagunça. Demonstrando<br />

entusiasmo, comenta que irá<br />

pagá-lo em 25 anos. “Para quem<br />

morava num barraco, não tem<br />

nem comparação”, afirma.<br />

09<br />

Conclusões e<br />

pontos em comum<br />

Projetos de urbanização e<br />

verticalização de favelas são comuns<br />

em São Paulo desde a administração<br />

da então prefeita<br />

Luiza Erundina (1989-1993),<br />

como o que foi feito na Favela<br />

de Heliópolis. De lá pra cá, todos<br />

os prefeitos realizaram obras<br />

neste sentido. É o que comenta<br />

a professora de Arquitetura e Urbanismo<br />

da UNIBAN, Margareth<br />

Matiko Uemura.<br />

Num bate-papo, foi apresentado<br />

a ela um resumo sobre as<br />

questões em comum entre as<br />

três comunidades abordadas<br />

nesta série. Curiosamente, todas<br />

elas se destacam pela “falta” de<br />

algum item. Ou é a falta de presença<br />

do Poder Público depois<br />

da entrega das obras, ou é a falta<br />

de uma par ticipação mais ativa<br />

por par te dos próprios moradores,<br />

principalmente quanto à<br />

administração do condomínio e<br />

à preservação do próprio espaço.<br />

Para ela, a vida em condomínio<br />

não é fácil para ninguém,<br />

mesmo entre pessoas de classe<br />

média com reuniões de condomínios<br />

que mais se assemelham<br />

a ferrenhos combates. “Normalmente,<br />

o morador de favela está<br />

habituado a viver coletivamente,<br />

é solidário e divide espaço. Mas,<br />

neste caso, as relações sociais<br />

não envolvem recursos financeiros<br />

e sim a solidariedade. Quando<br />

a favela é verticalizada e se<br />

coloca o morador no apartamento,<br />

se não houver um trabalho de<br />

conscientização, não tem como<br />

dar certo, pois além do condomínio<br />

ele tem que arcar com a<br />

prestação do imóvel”, comenta<br />

a arquiteta.<br />

Ela cita projetos de habitação<br />

populares feitos na França, onde<br />

há o acompanhamento social, e<br />

não assistencial. “Neste caso, há<br />

uma ajuda financeira àquela pessoa<br />

até onde sua situação financeira<br />

não cobre. Mas, a partir daí,<br />

a responsabilidade é dela. Dessa<br />

forma, o Estado não tutela o<br />

que não é necessário e ainda<br />

pune qualquer irregularidade”,<br />

comenta Uemura.<br />

Apesar de apontar as responsabilidades<br />

dos próprios moradores,<br />

ela não exime a parcela<br />

de culpa do Poder Público quanto<br />

ao abandono dessas comunidades<br />

depois da entrega das<br />

chaves dos apartamentos. Segundo<br />

ela, “a principal crítica aos<br />

conjuntos habitacionais populares<br />

é que eles não são integrados<br />

na cidade. Falta infra-estr utura<br />

na maioria deles, o que reafirma<br />

a exclusão dessa parcela<br />

da população”.


JORNADA DE TURISMO<br />

Nos dias 29 e 30/09 e <strong>01</strong>/<strong>10</strong> acontece a<br />

XII Jornada de Turismo da UNIBAN, a ser<br />

realizada em sete campi: MC (noturno),<br />

Marte (matutino e noturno), Morumbi<br />

II (matutino), Morumbi I (noturno),<br />

Campo Limpo (noturno), ABC (noturno)<br />

e Osasco (matutino e noturno). Em<br />

cada um deles será abordado um tema<br />

diferente. Programação no Diário Oficial<br />

UNIBAN e no site www.uniban.br<br />

CADERNO<br />

UNIBAN BRASIL<br />

Por Renato Góes<br />

Educação alavanca<br />

crescimento profissional<br />

Ricardo Vargas, pós-graduado pela UNIBAN, conquista cargo de<br />

direção em empresa de equipamentos mecânicos e hidráulicos<br />

Por Marisa De Lucia<br />

O curso de Pós-Graduação em<br />

Administração de Marketing da<br />

UNIBAN ajudou Ricardo Cruz<br />

Vargas a conquistar o cargo de gerente<br />

na Karijó Comercial e Importadora<br />

Ltda., empresa comercial<br />

com 37 anos de existência e reconhecimento<br />

no mercado.<br />

Assim que concluiu o curso, em<br />

dezembro de 2007, Ricardo enviou<br />

Nesta segunda-feira, os campi<br />

Maria Cândida (MC) e ABC passam<br />

a contar com unidades da Fitban, a<br />

academia da UNIBAN, voltada para<br />

toda a comunidade acadêmica. Além<br />

de contar com profissionais formados<br />

pela própr ia Instituição, os espaços<br />

terão equipamentos<br />

de primeira linha,<br />

além de preços<br />

mais do que acessíveis.<br />

De acordo com o<br />

coordenador técnico<br />

do campus MC,<br />

Thiago Augusto, “o<br />

espaço funcionará<br />

como uma academia-escola,<br />

já que aqui<br />

será um laboratório<br />

de educa-<br />

currículo para várias empresas. Na<br />

Karijó, passou por testes e entrevistas,<br />

tendo sido chamado logo em janeiro<br />

de 2008 para assumir o cargo<br />

de gerente. “O fato de já ter tido uma<br />

empresa e ter sido representante comercial<br />

em outras do gênero também<br />

colaborou, mas o curso foi fundamental<br />

para meu currículo”, diz ele.<br />

O curso da UNIBAN, segundo ele,<br />

complementou sua formação em Ciências<br />

Econômicas. “Este curso me<br />

Para manter a forma<br />

Os campi Maria Cândida e ABC passam<br />

a contar com a Fitban, a academia da UNIBAN<br />

Fotos: Amana Salles<br />

ção física,<br />

o que contribui<br />

para a<br />

melhora do<br />

curso. Assim,<br />

tanto os alunos,<br />

como os funcionários<br />

saem beneficiados”.<br />

A estrutu-<br />

CUCA EXIBE MAIS UM FILME<br />

No dia <strong>01</strong>/<strong>10</strong>, às 17h, na sala 112, o filme<br />

a ser exibido no Circuito Universitário de Cinema<br />

e Arte (CUCA) do campus Rudge é<br />

Mera Coincidência. Dirigido por Barry<br />

Levinson e estrelado por Robert de Niro e<br />

Dustin Hoffman, o filme faz um mergulho<br />

no submundo dos meios de comunicação<br />

de massa e da Casa Branca, ao relatar<br />

como um presidente cria uma tática mirabolante<br />

para se safar de uma acusação.<br />

deu uma visão muito<br />

ampla de relacionamento<br />

dos diversos setores<br />

da empresa e deixou<br />

muito claro que a empresa<br />

tem que trabalhar em<br />

função do ponto de vista do cliente”.<br />

Hoje, Ricardo trabalha com análise<br />

de crédito, expansão de no vos clientes,<br />

propaganda e marketing, busca<br />

novos fornecedores e tem vários<br />

projetos em desenvolvimento com vi-<br />

ra das duas academias é formada basicamente<br />

por sala de musculação,<br />

salas de ginástica e artes marciais e<br />

piscinas aquecidas.<br />

Para Car los Izidio da Silva, coordenador<br />

técnico do campus ABC, “o<br />

projeto visa o público interno da Universidade<br />

mas, com o tempo, quem<br />

sabe não passamos a atender também<br />

Amana Salles<br />

são de futuro de mercado.<br />

A Karijó trabalha com importação<br />

e comércio de ar-condicionado, refrigeração<br />

e equipamentos como macacos<br />

mecânicos e hidráulicos, específicos<br />

para linha férrea e metrô.<br />

o público<br />

externo, já<br />

que fica difícil<br />

competir<br />

com o nosso<br />

preço”. Para se ter<br />

uma idéia, a mensalidade<br />

é de R$ 50,00, com opções de planos<br />

quadrimestrais, semestrais e anuais.<br />

No caso específico de docentes e<br />

funcionários, o valor será descontado<br />

em folha de pagamento.<br />

Horários<br />

Segunda a sexta<br />

Manhã - das 7h às 13h<br />

Tarde - das 16h às 22h<br />

Sábado<br />

das 8h às 16h<br />

Exame médico e avaliação física<br />

acontecem de segunda a sexta,<br />

das 13h às 16h


12<br />

Por Manuel Marques<br />

Na última sexta, 19 de setembro,<br />

a comunidade acadêmica da<br />

UNIBAN teve dois bons motivos para<br />

celebrar. O primeiro foi a realização,<br />

no auditório do campus Marte, da<br />

aula inaugural do curso de Mestrado<br />

Profissional Adolescente em Conflito<br />

com a Lei. A aula foi ministrada<br />

por Renato Janine Ribeiro, diretor de<br />

avaliação de cursos de pós-graduação<br />

da Coordenação de Aperfeiçoamento<br />

de Pessoal de Nível Superior<br />

(Capes) do Ministério da Educação.<br />

O segundo motivo foi a instalação do<br />

curso de Doutorado em Educação<br />

Matemática.<br />

“A UNIBAN é uma das pouquíssimas<br />

universidades par ticulares<br />

a ter um doutorado. Garanto que poucos<br />

cursos foram aprovados ao longo<br />

desses anos. Por isso, cumprimento<br />

a comunidade, pois formar gente<br />

qualificada é investir no futuro”, destacou<br />

Janine Ribeiro.<br />

Dalton Quadros, coordenador de Internet<br />

no Conselho de Comunicação da<br />

UNIBAN e pós-graduado em Gestão de<br />

Negócios e Sistema de Informação<br />

O Google a serviço da educação<br />

O Google começou a oferecer<br />

«e-mail» e «softwares» de<br />

calendário e editor de documentos<br />

às universidades “que não<br />

têm fins lucrativos” para uso gratuito<br />

dos seus alunos. O objetivo<br />

desta ação é atrair mais clientes<br />

para o seu mundo e com isso desenvolver<br />

nova fonte de receitas.<br />

O serviço, denominado<br />

Google Apps, está disponível<br />

gratuitamente no seu portal,<br />

anunciou o vice-presidente da<br />

empresa, Dave Girouard. O<br />

Google vai lançar uma versão<br />

paga até o fim do ano e ainda<br />

serviços extra.<br />

O grande desafio do Google<br />

está na propagação do uso em<br />

massa destes serviços que são<br />

complementares ao e-mail, de<br />

uma forma simples, prática e<br />

objetiva para que o usuário possa<br />

desfrutar de todos os serviços<br />

oferecidos no dia-a-dia,<br />

complementando as atividades<br />

de estudos etc.<br />

Muito embora o usuário atual<br />

já utilize parte destes serviços no<br />

seu trabalho, “e-mail e calendário<br />

de agenda e conversa online”,<br />

as instituições poderão<br />

aprimorar suas ações de relaci-<br />

O nível mais alto<br />

Aula inaugural de curso de Mestrado e instalação de Doutorado colocam<br />

a UNIBAN em destaque entre as universidades privadas<br />

O reitor da UNIBAN, prof. dr. Heitor<br />

Pinto Filho, em tom descontraído<br />

,disse ao educador da Capes que<br />

nasceu debaixo de uma carteir a, e<br />

declarou-se muito orgulhoso por trabalhar<br />

com educação. E destacou:<br />

“Esse prédio no qual nos encontramos<br />

passou por várias transformações,<br />

mas queremos que continue um<br />

educandário”. E brincou: “Considero<br />

esse um fato impor tante. A UNIBAN<br />

conseguiu excelência, que só se alcança<br />

com um doutorado. Eu diria que<br />

conseguimos um reinado”.<br />

onamento compartilhando os<br />

calendários acadêmicos com o<br />

calendário do aluno para que ele<br />

tenha conhecimento do que<br />

acontece na sua instituição, além<br />

de participar de enquetes para<br />

avaliação de assuntos diversos<br />

que são enviados ao seu e-mail<br />

pela Instituição.<br />

O grande evento desta ferramenta<br />

é o uso de editoração de<br />

documentos no formato Microsoft<br />

(Word, Excel, Power-point), onde<br />

os usuários podem compartilhar<br />

o documento (ex.: planilha de custos,<br />

vendas etc.) com seus companheiros<br />

de trabalho ou colegas<br />

de sala de aula em tempo real,<br />

com a mesma distância para desenvolver<br />

atividades por meio do<br />

uso da Internet.<br />

Outro recurso disponível é a<br />

opção de converter documentos<br />

gerados em formato “pdf” sem<br />

que seja necessário instalar<br />

aplicativo específico dessa natureza.<br />

Esses documentos, por<br />

sua vez, ficam hospedados nos<br />

servidores da Google e podem<br />

ser acessados pelo usuário em<br />

qualquer lugar, 24 horas por dia.<br />

Para os usuários do mundo<br />

cibernético, isto é o supra-sumo.<br />

Fotos: Manuel Marques<br />

Acima, o reitor da UNIBAN prof.<br />

dr. Heitor Pinto Filho. Ao lado, a<br />

profa. dra. Aldaísa Sposati e o<br />

prof. dr. Janine Ribeiro do MEC.<br />

TV UNIBAN<br />

Destaques da programação: 29/09 a 05/<strong>10</strong><br />

CURTAS DO<br />

BRASIL:<br />

A coordenadora do doutorado, Dra.<br />

Tânia Maria Mendonça, destacou que<br />

essa conquista foi fruto de um trabalho<br />

em equipe, efetuando a junção da<br />

estrutura oferecida pela universidade,<br />

dos alunos e do corpo docente. Mas<br />

o momento de maior emoção na festa<br />

ficou por conta da intervenção da<br />

presidente do conselho de Pós-Graduação<br />

e Pesquisa da UNIBAN, doutora<br />

Aldaíza Sposati. Ela declarou que<br />

a nota 4 conseguida pelo doutorado<br />

era boa (a nota máxima da Capes é<br />

5), mas não se contentava com quatro<br />

e queria a excelência.<br />

Visivelmente emocionada, ela convidou<br />

toda a sua equipe para ocupar o<br />

púlpito em sua companhia e declarou que<br />

os méritos da conquista não eram de uma<br />

única pessoa e precisavam ser divididos<br />

de forma igualitária. “Essa é uma ciranda<br />

que não é dos números, mas de professores<br />

e alunos”. Todos os que estiveram<br />

presentes à bonita e bem organizada<br />

solenidade puderam sentir a impor tância<br />

única do momento.<br />

Não perca a programação da TV UNIBAN desta semana:<br />

REFERÊNCIAS : Solano Ribeiro<br />

Referência quando o assunto gira em torno dos festivais de<br />

música popular brasileira, Solano Ribeiro fala de sua trajetória<br />

de músico, ator e produtor musical. Ele lembra o festival<br />

da TV Excelsior, com a vitória de Elis Regina, inter pretando<br />

“Arrastão”, e suas passagens por grandes emissoras<br />

de rádio e TV br asileiras.<br />

REVISTA UNIBAN:<br />

Um programa especial sobre um dia muito importante na<br />

UNIBAN: a cerimônia de instalação do Programa de Pós-<br />

Graduação – Mestrado e Doutorado – em Educação Matemática<br />

e a aula inaugural do professor Renato Janine Ribeiro<br />

para marcar a aprovação do Mestrado Profissional<br />

sobre o tema “Adolescente em Conflito com a Lei”.<br />

SALADA MISTA # 31:<br />

Obesidade:<br />

A obesidade se tornou um problema de saúde pública. As<br />

causas e os tratamentos radicais, como os vários tipos de<br />

cirurgias, são abordadas nesta matéria. Nutricionista e psicóloga<br />

falam como os ex-obesos devem ser tratados após o<br />

procedimento cirúrgico.<br />

P2 : Projeto Tamar<br />

Além de proteger as tartarugas marinhas da extinção, o Projeto<br />

Tamar, em Ubatuba, desenvolve trabalho social com as<br />

comunidades costeiras e com os pescadores. É a forma de<br />

fazer com que as populações atuem na proteção do<br />

ecossistema.<br />

Paisagem de Meninos<br />

Confira os canais e toda a programação da TV UNIBAN no site:<br />

www.uniban.br/hotsites/tv


Por Alexandra Oliveira<br />

Atividade apresenta assuntos<br />

relacionados à educação da saúde<br />

Alunos do Colégio UNIPAN par ticiparam<br />

da II Semana de Prevenção da<br />

LEMDAP (Liga de Estudos em Medicina<br />

Diagnóstica e Anatomia Patológica)<br />

do curso de Medicina da Unioeste,<br />

que tem orientado alunos dos ensinos<br />

fundamental e médio sobre doenças e<br />

diversos assuntos ligados à saúde do<br />

ser humano.<br />

Na primeira etapa do projeto, os<br />

estudantes receberam os acadêmicos<br />

de medicina da Unioeste na sede do<br />

colégio. Nesse primeiro contato foram<br />

abordados, em palestras, temas de prevenção<br />

e educação. Os assuntos foram<br />

hepatites, vacinação, DSTs e gravidez.<br />

Na segunda etapa, na sede da<br />

Unioeste, alunos do Colégio UNIPAN<br />

participaram de dinâmicas de grupos.<br />

Foram realizadas mostras em barracas<br />

montadas no ginásio da Unioeste.<br />

Alunos desenvolveram atividades e ouviram<br />

explicações sobre anatomia patológica,<br />

prevenção de DSTs, orientação<br />

nutricional, prevenção de trauma<br />

e doença de chagas.<br />

Os professores da UNIPAN também<br />

par ticiparam do projeto que visa<br />

Por Alexandra Oliveira<br />

A arte de receber e viver<br />

com elegância<br />

A professora Leana Bittencourt Feron,<br />

pós-graduada em Gestão de Eventos na<br />

UNIPAN, lançou, no dia 19 de setembro, o<br />

livro “A mesa está posta”, no<br />

auditório da Unioeste. A<br />

obra é sobre etiqueta, e dá<br />

subsídios a homens e mulheres<br />

de como se comportar<br />

em situações do cotidiano.<br />

Leana aborda etiqueta profissional,<br />

social e empresarial,<br />

além de tratar sobre a arte de<br />

conversar, atitudes e gestos,<br />

trajes, perfumes, elegância,<br />

como usar bolsas, o telefone,<br />

em que situações enviar flores<br />

e, o principal, como receber amigos<br />

e convidados. A autora<br />

conta que a receptividade tem<br />

sido ótima, e que tem contribuído<br />

com leitores de todas as<br />

classes sociais. “Não tem<br />

público-alvo. Algumas<br />

pessoas me abordam na<br />

rua e agradecem por alguma<br />

dica do livro”.<br />

O coordenador do<br />

curso de Pós-Graduação<br />

de Gestão de<br />

Eventos, professor<br />

Paulo Cesar Fachin<br />

(foto), fala do orgulho<br />

Fotos Divulgação<br />

aperfeiçoar os profissionais. A coordenadora<br />

da LEMPAD, Caroline de<br />

Almeida, lembra que é preciso realizar<br />

um trabalho conjunto. “Muitos professores<br />

não estão preparados para identificar<br />

um aluno que usa drogas, falta<br />

conhecimentos sobre diversos assuntos,<br />

e o principal é o docente ensinar<br />

antes do aluno se tornar um usuário”,<br />

analisa.<br />

em perceber que o curso faz a diferença na<br />

vida do aluno. “A par tir da especialização, alguns<br />

começaram a trabalhar na área, da mesma<br />

forma como os alunos de outros cursos<br />

se mostram satisfeitos porque<br />

o principal objetivo foi atingido,<br />

que é a inserção no mercado<br />

de trabalho,” ressalta.<br />

No livro, a autora dá dicas<br />

importantes de como<br />

planejar um jantar para que<br />

tudo ocorra bem, até informações<br />

de elegância feminina.<br />

Leana é professora<br />

há 14 anos, hoje trabalha<br />

em uma Unidade<br />

Socio-Educativa com<br />

adolescentes que praticaram<br />

alguma infr ação.<br />

Depois de desenvolver<br />

por oito anos trabalhos<br />

de treinamento em<br />

empresas, resolveu<br />

colocar as<br />

aulas em um<br />

livro. Em<br />

Cascavel, “A<br />

mesa está<br />

posta” está à<br />

venda na livraria<br />

Nobel,<br />

no shopping<br />

JL, a R$<br />

25,00.<br />

Os alunos tiveram<br />

aula de Anatomia,<br />

Doença de Chagas<br />

e Diabetes, entre<br />

outras.<br />

A diretora do Colégio, Carla Cr istina<br />

Manar in Carrera, gostou do resultado.<br />

“Os alunos aprenderam sobre alimentação<br />

e como evitar doenças comuns<br />

entre jovens. A mudança do ambiente<br />

escolar é muito produtiva. Na Unioeste<br />

os estudantes puderam observar, na<br />

prática, temas que já aprenderam em<br />

sala”, observa.<br />

Durante visita à exposição monta-<br />

13<br />

da na Unioeste, a aluna da 8ª série,<br />

Patrícia Danielle Cavalli, 13, ficou encantada<br />

com alguns detalhes do corpo<br />

humano. “Aprendi que muitas doenças<br />

podem ser prevenidas. Vou levar<br />

várias dicas para dentro da minha<br />

casa”. Já Marcy Aline, aluna do 2º ano<br />

do Ensino Médio, ficou impressionada<br />

com as informações sobre as doenças<br />

parasitár ias. “Pensei que soubesse<br />

lavar a mão, aprendi que do jeito<br />

que lavo fica um monte de bactéria em<br />

baixo da unha”, afirma a aluna.<br />

Além de instruir, a atividade proporcionou<br />

aos estudantes a realização<br />

de exames para verificar diabetes, hipertensão<br />

e colocar as vacinas em dia.<br />

E não foram apenas os jovens que tiveram<br />

um dia intenso de aprendizagem,<br />

os pequenos levaram muito conhecimento<br />

para casa e para a sala<br />

de aula. Gabriel Martins Melgaço, 11,<br />

ficou atento para as dicas de trânsito.<br />

“Dirigir bêbado pode reduzir a percepção<br />

do motorista e provocar sérios acidentes.<br />

Outra coisa importante no trânsito<br />

é usar o cinto de segurança no<br />

banco de trás. As pessoas se machucam<br />

porque acham que não é necessário<br />

usar”, disse Gabriel.<br />

Sai o ganhador do<br />

Concurso “UNIPAN<br />

e Educação”<br />

O estudante Marcel Abrano, 19, foi o ganhador<br />

do Concurso Cultural “UNIPAN e Educação”,<br />

realizado entre os dias 31 de agosto e 05 de<br />

setembro. Marcel preencheu um cupom e desenvolveu<br />

uma frase com as palavras: UNIPAN<br />

e Educação. Mais de 800 pessoas participaram<br />

do concurso, uma comissão julgadora analisou<br />

as frases, escolheu a mais criativa e original, seguindo<br />

as normas do regulamento. O ganhador<br />

levou para casa um celular Nokia 2760.<br />

Marcel Abrano criou a frase: UNIPAN: deixando<br />

a educação ainda mais superior. O estudante<br />

disse que sempre gostou de desenvolver<br />

textos e de participar de concursos culturais,<br />

mas não esperava ganhar. “Em poucos<br />

segundos, veio a idéia. Foi muito bom ganhar”,<br />

ressalta o universitário.


14 CLASSIFICADOS<br />

Vende-se YBR 125K, 2007, prata, toda original.<br />

Valor: R$ 5.500,00. Com 2 capacetes<br />

e 2 capas de chuva. Júnio. Tel.: (11) 9<strong>10</strong>9-<br />

2085. E-mail: cmichelecosta@hotmail.com<br />

Vende-se Minimoto Cross 50 CC. Gasolina,<br />

motor 2 tempos. 0 Km. Na caixa. Para<br />

crianças de 5 a <strong>10</strong> anos. Mando fotos. Parcelo.<br />

Valor: R$ 1.300,00. Cláudio. Tel.: (11)<br />

3326-3002. E-mail: lopestwr@pop.com.br<br />

Vende-se moto XR200, Honda 20<strong>01</strong>. Cor<br />

vermelha e preta. Documentação ok. Valor:<br />

R$ 4.800,00. Aberto a negociações. Michelli<br />

Iocca. Tels.: (11) 3608-6907 / 9124-8941. Email:<br />

mi_mecatronica@yahoo.com.br<br />

Vende-se Falcon 2006, cor preta e cinza.<br />

8.00 km rodados. Moto de garagem. Valor a<br />

combinar. Jones Luiz de Oliveira. Tel.: (11)<br />

8773-4851. E-mail: jonluz@ig.com.br<br />

Vende-se Twister preta bi-xenon 2002/<br />

2003. Com 28 mil Km, documentos pagos<br />

até setembro de 2009, sem nenhum débito.<br />

Valor: R$ 6.500,00. Danilo. Tel.: (11) 7556-<br />

9242. E-mail: danilo@ibracon.com.br<br />

Vende-se Ford Fiesta GL 2000, cor preta,<br />

4 por tas. Valor a combinar. Elton. Tel.:<br />

(11) 8<strong>15</strong>1-4982. E-mail: eltonrogitec@uol.com.br<br />

Vende-se Santana Quantum, 97, cor<br />

verde, direção hidráulica. Contém kit a<br />

gás. Valor a combinar. Cibele. Tels.: (11)<br />

3926-8870 / 9335-2728. E-mail:<br />

cibele@pop.com.br<br />

Vende-se Apollo 1.8, a gasolina e com<br />

kit gás 13m³. Ano 92. Jéssica ou<br />

Rodrigo. Tels .: (11) 8144-1307 / 8144-<br />

0687. E-mail: jessica.boni@hotmail.com<br />

Vende-se Corsa (modelo novo), 2002. Bom<br />

estado, com manual, chave reserva, insulfilm<br />

e trava elétrica. Valor: R$ 21.500,00.<br />

Alexandro. Tel.: (11) 9686-2477. E-mail:<br />

rabelo_alexandro@yahoo.com.br<br />

Vende-se Fusca. Cor bege, 1975, motor<br />

1300, a gasolina. 3º dono, preço a<br />

combinar. Miguel Campus. Tels.: (11)<br />

7499-<strong>15</strong>88 / <strong>378</strong>9-0500 (ramal 227). Email:<br />

masj@gomeslourenco.com.br<br />

Aluga-se apto mobiliado na praia da Enseada,<br />

no Guarujá, para temporada. 3<br />

dormitórios, 2 banheiros, sala, cozinha,<br />

1 vaga na garagem e ele vador. A 500m<br />

do mar, capacidade para até 8 pessoas.<br />

Vera. Tels .: 9177-2914 / 5844-2653. Email:<br />

zazcmelo@zaz.com.br<br />

Vende-se casa em condomínio fechado<br />

Monte Serrat, em Caucaia do Alto. 2 dormitórios,<br />

banheiro, sala, cozinha, 2 vagas na<br />

garagem e quintal. Valor: R$ 25 mil + financiamento<br />

facilitado. Marcio. Tel.: 9713-4340.<br />

E-mail: cgmlesilva@uol.com.br<br />

Vende-se terreno de 600m2 em Águas<br />

de Santa Bárbar a. Valor : R$ 7.000,00.<br />

Daniela. Tel.: (11) 9597-5999. E-mail:<br />

dani_proenca2005@hotmail.com<br />

Aluga-se casa situada no bairro do<br />

Belém, próximo a faculdade Cantareira.<br />

2 dormitórios, 1 sala, 1 cozinha, 1 banheiro<br />

e 1 área de serviço. Lorena Vianna<br />

Ferreir a. Valor: R$ 500,00. Tels.: (11) 2796-<br />

7638 / 7270-31<strong>04</strong> / 7433-1874.<br />

Vende-se apartamento apartamento na Family Santana,<br />

2 e 3 dormitórios. Condomínio com clube,<br />

piscina, sauna, campo de futebol e quadra<br />

poliespor tiva. Alessandro dos Ramos. Tels.:<br />

(11) 3888-9494 / 7199-2556. E-mail:<br />

guerra@abyaraimoveis.com.br<br />

Vende-se filmadora JVC no va. Valor: R$<br />

500,00 e uma máquina digital Son y. Valor<br />

: R$ 400,00. Marisa. Tel.: (11) 9143-<br />

8717. E-mail: marisa.fontes@terra.com.br<br />

Vende-se Playstation 2, destravado com<br />

matrix, ótimo estado. Na caixa, com 1 controle<br />

e <strong>15</strong> jogos. Sendo 3 DVDs originais.<br />

Valor: R$ 350,00. Er ic. Tel.: (11) 7111-<br />

1751. E-mail: sorvete88@bol.com.br<br />

Vende-se celular V3 black, na caixa, novo<br />

e destravado, com chip da Vivo, com nota<br />

fiscal e garantia. Valor: R$ 280,00. Alan.<br />

Tels.: (11) 2262-2112 / 3297-<strong>10</strong>97.<br />

Vende-se Playstation Slim, na caixa,<br />

com dois controles, em ótimo estado.<br />

Valor : R$ 500,00. Everthon. Tels.: (11)<br />

2262-6112 / 3297-<strong>10</strong>72.<br />

Vende-se celular LG Safira Black, usado<br />

em bom estado. Valor : R$ 400,00. Ana<br />

Caroline. Tel.: (11) 8665-6251. E-mail:<br />

actwoangels@hotmail.com<br />

Vende-se computador completo - kit preto<br />

com mouse, teclado, monitor LG de<br />

17" (tela plana) e caixa de som.<br />

Processador Semprom 2500, HD 40GB<br />

Samsung, gravador de CD LG, floppy e<br />

gabinete 4 baia blac k. Valor: R$1.500,00.<br />

Graziela. Tel.: 7333-0088.<br />

Vende-se monitor LG 7<strong>10</strong> c/ 17", tela<br />

semi-plana, preto, na caixa, garantia de<br />

6 meses e nota fiscal. Valor: R$ 280,00.<br />

Beth. Tel.: (11) 9540-95<strong>10</strong>. E-mail:<br />

adilsonoliveir@ig.com.br<br />

Vende-se Pentium III 700 Mhz, 1Gb RAM,<br />

gravador de CD, 2 saídas USB, HD80Gb,<br />

revisado, com monitor e Office 2003, tudo<br />

funcionando. Valor : R$ 550,00. Tratar c/<br />

Renato. Tel.: (11) 9719-0245.<br />

Vende-se computador completo<br />

1.8Mhz, HD 40, memória 256, AMD<br />

Duron, Monitor <strong>15</strong>" LG, gravador de CD,<br />

gravador e leitor de DVD LG. Valor: R$<br />

800,00. Tels.: (11) 2051-4228 / 76<strong>15</strong>-<br />

2903. E-mail: bina.neves@globo.com<br />

Vende-se Pentium III 800, MHZ , placa<br />

de vídeo, som, de rede, gravador LG de<br />

DVD e CD, leitor de CD–ROM 52X, HD<br />

20GB, memória 256 DIM, monitor LG <strong>15</strong>",<br />

teclado e mouse. Valor: R$ 700,00. Sara<br />

ou Leandro. Tel.: (11) 8261-8141.<br />

Vende-se Atlas de Anatomia Humana<br />

“Sobotta”, completo, utilizado poucas<br />

vezes e em perfeito estado. Valor : R$<br />

300,00. E também um jaleco da<br />

UNIBAN, em perfeito estado por R$<br />

25,00. Sandr a. Tel.: (11) 8281-3255.<br />

Vendem-se <strong>15</strong> títulos de livros de Direito.<br />

Diversos autores renomados como Maxi-<br />

milianus Fuhrer e Francisco Bruno Neto, entre<br />

outros (seminovos). Tel.: (11) 9294-7814.<br />

Marcio. E-mail: massant@hotmail.com<br />

Vende-se livro “Harry Potter e as Relíquias<br />

da Morte”. Último livro da coleção.<br />

Valor: R$ 35,00. Bianca. Tel.: (11) 8607-<br />

2250. E-mail: biankfanny@hotmail.com<br />

Vende-se Introdução à Teoria Geral<br />

da Administração – 6º Edição –<br />

Idalber to Chia venato. Valor: R$ 80,00.<br />

Paula. Tel.: (11) 7299-3943. E-mail:<br />

paula.giordano@teletech.com.br<br />

Leciono aulas de exatas: matemática<br />

básica e financeira, estatística, álgebra,<br />

física (sinemática e dinâmica) e geometria<br />

analítica, entre outras. Valor: R$<br />

25,00 por hora/aula. Disponibilidade à<br />

noite e fins de semana. Marcos. Tel.: (11)<br />

9279-3637.<br />

Vende-se liquidificador Walitta e torradeira.<br />

Ambos na caixa. Valor : R$ 200.00.<br />

Jeferson. Tel.: (11) 7568-3739. E-mail:<br />

jrmello27@hotmail.com<br />

Vendem-se botas de cano alto, lindas,<br />

novas na caixa sem uso, número<br />

37. Valor: R$ <strong>10</strong>0,00. Juliana. Tel.: (11)<br />

8468-2961.<br />

Procuro pessoas para dividir despesas;<br />

tenho uma kombi e moro no Jd. Eduardo.<br />

Tel.: (11) 6878-4766. Vagner. E-mail:<br />

vagnerzao@hotmail.com<br />

Vende-se rastreador e bloqueador<br />

Ituran, c/ botão de pânico. Na caixa,<br />

com nota fiscal. Valor: R$ 500,00.<br />

Ricardo . Tel.: (11) 7<strong>10</strong>8-9606. E-mail:<br />

ricardoarantesbr@yahoo.com.br<br />

Vende-se instrumento musical, Sax Soprano<br />

Jupiter JPS, em bom estado.<br />

Acompanha estojo, suporte e bolsa com<br />

alça. R$ 1.300,00. Luciana Soares Dourado.<br />

Tels.: (11) 9348-8825 / 4194-1671.<br />

E-mail: suprimentos@iceberg.com.br<br />

Vende-se prancheta par a desenho em<br />

madeira com tampo de <strong>10</strong>0cmx80cm e<br />

cavalete com altura regulável. Valor: R$<br />

60,00. Kamila. Tels.: (11) 4146-5978 /<br />

8187-9766. E-mail: kami.ban@gmail.com


16 ENTREVISTA<br />

Por Manuel Marques<br />

A atriz e diretora de teatro<br />

Eloisa Vitz não se define como<br />

pensadora ou ensaísta, mas<br />

apreciar suas reflexões sobre a<br />

arte inventada pelos velhos gregos<br />

nos faz ter a certeza de que o<br />

teatro transforma o homem. Ela<br />

costuma dizer que o teatro faz<br />

com que as pessoas se libertem<br />

de preconceitos, as capacita a<br />

questionar a sociedade em que<br />

vivem e as torna seres mais reflexivos.<br />

Ouvir Eloisa Vitz tem este<br />

mesmo efeito. Talvez porque ela e<br />

a arte que consagrou nomes<br />

como Paulo Autran Antunes Filho<br />

e tantos outros se confundam.<br />

Numa entrevista que nos concedeu<br />

há alguns anos, ela destacou:<br />

“o teatro é incrível porque invade<br />

todos os sentidos, toma você de<br />

corpo inteiro, toma sua respiração,<br />

sua alma. Ele resume tudo que o<br />

ser humano tem de mais pleno,<br />

mais miserável. É, enfim, todas as<br />

coisas grandiosas e potenciais de<br />

belo que o homem pode ter”. Essa<br />

paixão pelo mundo do espetáculo<br />

começou cedo. Relembrando esse<br />

impacto inicial, ela relata: “Eu lembro<br />

que a primeira vez que fui ao<br />

teatro eu tinha 5 anos e foi meu<br />

pai quem me levou, pra assistir a<br />

Gata Borralheira. E aquilo me impressionou<br />

muito. Lembro que<br />

eram uns atores enormes, umas<br />

atrizes com um figurino muito<br />

grande e falavam muito alto. Senti<br />

uma espécie de encanto e medo.<br />

Recordo que na época eu já tinha<br />

um “q” de diretora porque eu perguntei:<br />

‘mas como pode, a bruxa<br />

é mais bonita que a gata<br />

borralheira?’. Esse foi meu primeiro<br />

contato com o teatro”. Formada<br />

pela Escola de Artes<br />

Dramáticas (EAD) da Universidade<br />

de São Paulo, Eloisa<br />

acumula quase duas décadas<br />

de experiência como<br />

atriz, tendo trabalhado muito<br />

tempo no Grupo Tapa,<br />

companhia de teatro reconhecida<br />

em todo o território<br />

nacional. Atualmente, ela<br />

dirige o grupo GATU. Na direção,<br />

abordou peças que<br />

tratam tanto do universo infantil<br />

quanto o adulto. Seu último<br />

trabalho, juntamente com<br />

o GATU, foi o sucesso Auto da<br />

Barca do Inferno, que permaneceu<br />

em cartaz no teatro Gil<br />

Vicente até o dia 30 último. Ela<br />

recebeu a reportagem da<br />

<strong>Folha</strong> Universitária e deu a<br />

seguinte entrevista:<br />

Paixão pelo ser humano<br />

Com nova montagem prevista para estrear em outubro, a diretora de teatro Eloisa Vitz<br />

revela-se mais que humanista e reafirma seu amor pelo palco, a “arte coletiva”<br />

“O teatro é<br />

como<br />

lapidar uma<br />

jóia, em que<br />

o ourives<br />

gasta<br />

muitas<br />

horas pra<br />

fabricar<br />

uma peça<br />

perfeita,<br />

pra tirar<br />

o melhor<br />

brilho do<br />

diamante.”<br />

Amana Salles<br />

<strong>Folha</strong> Universitária - Seu último<br />

trabalho na direção foi justamente<br />

uma peça do português<br />

Gil Vicente. Dentre tantos autores<br />

que você aprecia, porque<br />

justamente o nome dele para<br />

batizar o antigo teatro UNIBAN?<br />

Eloisa Vitz - Porque ele foi a origem<br />

do nosso teatro, o primeiro<br />

dramaturgo português, um pioneiro.<br />

Não existia até agora um teatro<br />

Gil Vicente em São Paulo. Agora<br />

tem.<br />

F. U. – Das expressões artísticas,<br />

o teatro é a que lhe causa<br />

mais encantamento? É a sua<br />

grande paixão?<br />

E. V. – Minha grande paixão<br />

é o ser humano, sou mesmo<br />

apaixonada pelas pessoas<br />

(rindo). Creio que sou<br />

a última humanista. As<br />

pessoas normalmente se<br />

encantam com as coisas<br />

virtuais. Eu não. Acho<br />

tudo isso muito chato. Me<br />

encanto com gente de<br />

verdade, de olhar no olho,<br />

de conversar olhando no<br />

olho, de sentir cheiro, de<br />

tocar. Acho que é por isso<br />

que faço teatro. Mas eu<br />

posso dizer<br />

que o teatro<br />

é a<br />

expressão<br />

de<br />

Silvana Ribeiro<br />

Divulgação<br />

Com o elenco<br />

da montagem<br />

de Viúva,<br />

porém<br />

Honesta,<br />

baseada na<br />

obra de<br />

Nelson<br />

Rodrigues.<br />

arte que mais me completa. Ele<br />

une a música, a dança, as artes<br />

plásticas. Quando descobri o teatro<br />

disse a mim mesma: é isso que<br />

eu quero fazer pelo resto de minha<br />

vida. E é uma paixão que não<br />

passa. (...) E é maravilhoso porque<br />

não existe teatro sozinho, ele<br />

é uma arte coletiva.<br />

F. U. – Um leigo, que ainda não<br />

foi apresentado ao teatro, pode<br />

começar vendo que tipo de<br />

peça?<br />

E. V. – Se a pessoa quer começar<br />

pelas comédias, ela pode ter uma<br />

experiência legal. Se quer ver algo<br />

mais instigante, menos convencional,<br />

mais inovadora, pode escolher<br />

um espetáculo experimental.<br />

O que eu acho é que o bom espetáculo<br />

é sempre apreciado. Quem<br />

presta um desserviço ao teatro<br />

são as peças mal feitas, com atores<br />

despreparados. Quando isso<br />

acontece, quem viu o espetáculo<br />

fica mais uns três anos sem ir ao<br />

teatro. Quem tem uma experiência<br />

ruim, às vezes, nunca mais volta.<br />

Se for uma experiência bacana,<br />

as pessoas vão querer repetir.<br />

É como ir ao cinema.<br />

F. U. – E o que credencia uma<br />

encenação para se transformar<br />

num sucesso ou fracasso?<br />

E. V. – Eu creio que toda vez que<br />

um diretor opta por um espetáculo,<br />

ele dá a visão dele para aquela<br />

obra. (...) Eu acho que a diferença<br />

está entre um trabalho realmente<br />

sério, de pesquisa e entendimento<br />

da obra. O teatro é como<br />

lapidar uma jóia, em que o ourives<br />

gasta muitas horas pra fabricar<br />

uma peça perfeita, pra tirar o<br />

melhor brilho do diamante. O teatro<br />

também é assim, um trabalho


muito detalhado, que demanda<br />

horas e horas de ensaio. Eu não<br />

acredito nessa coisa de rapidez,<br />

quantidade, da produção em massa.<br />

O teatro não tem essa produção<br />

em massa porque a gente tá<br />

lidando com o ser humano, com<br />

tudo que é paradoxal. Costumo<br />

brincar com meus atores: “nada<br />

como uma hora de ensaio pra<br />

melhorar”.<br />

F. U. – No Brasil há a crença de<br />

que o teatro é algo extremamente<br />

elitizado. Por quê?<br />

E. V. – Eu acho que essa é uma<br />

visão que nós temos no Brasil justamente<br />

pela falta de hábito de ir<br />

ao teatro. Então, ele acabou ficando<br />

uma coisa pra elite mesmo. É<br />

por isso que um dos nossos objetivos<br />

é fazer um trabalho de formação<br />

de platéia. Acho que, na<br />

verdade, teatro é uma questão de<br />

criar o gosto. E quando isso ocorre,<br />

eu percebo como a arte toca o<br />

coração, a sensibilidade.<br />

F. U. – Paulo Autran dizia que<br />

podemos ver o mesmo filme<br />

duas vezes e ele será o mesmo<br />

filme. Mas nunca assistimos a<br />

mesma representação no teatro.<br />

Você concorda com essa<br />

afirmação?<br />

E. V. - Sim, porque ali, representando,<br />

está o ser humano. No<br />

teatro você tem ser humano ao<br />

vivo, com todas as suas falências,<br />

todas as suas virtudes. O<br />

fato de ser ao vivo é muito<br />

impactante porque o público<br />

consegue ver o esforço daquele<br />

artista para completar aquela<br />

obra. É muito bonito quando<br />

essa comunhão acontece. (...) É<br />

lindo quando a gente consegue<br />

ter essa comunhão com a platéia.<br />

E creio que, na medida em<br />

que você faz rir, você torna os<br />

seres humanos melhores, mais<br />

reflexivos. Pra pessoa rir, dar um<br />

riso gostoso, ela tem que perder<br />

as reservas, estar relaxada.<br />

Quando Luís XlV lia as peças de<br />

Moliére (clássico dramaturgo<br />

francês) dizia que não sabia se<br />

ria ou se chorava, de ver o ser<br />

humano naquela forma, às vezes<br />

tão mesquinho, tão avaro, às<br />

vezes sublime. A gente sempre lê<br />

a gente na obra, não tem jeito.<br />

F. U. – Para muitos, o cinema e a<br />

televisão tiraram o público do<br />

teatro. Outras manifestações<br />

artísticas competem mesmo<br />

com o teatro?<br />

E. V. - A gente precisa dar educação<br />

para as pessoas. Porque o<br />

indivíduo com educação vai reconhecer<br />

que há prazeres diferentes<br />

na vida e vai ter acesso a esse<br />

prazer diferente. E vou dizer uma<br />

coisa pra você: o teatro está<br />

numa fase maravilhosa.<br />

As peças boas estão<br />

lotadas e isso é<br />

uma delícia.<br />

F. U. – Você<br />

sempre faz<br />

questão de<br />

manifestar<br />

seu amor<br />

pelos textos<br />

de Nelson<br />

Rodrigues.<br />

Ele ainda<br />

ocupa a primazia<br />

quando<br />

o assunto é<br />

dramaturgia nacional?<br />

E. V. – (pensativa, como se<br />

olhasse para o nada) Acho que<br />

todo mundo do teatro tem paixão<br />

pelo Nelson. Ele é o nosso maior<br />

dramaturgo, aliando humor, sarcasmo.<br />

Ele ainda consegue ser<br />

polêmico, arrojado, sem se enquadrar<br />

em qualquer sistema óbvio.<br />

Por mim, eu montaria as 17 peças<br />

dele. Quem lê uma primeira<br />

peça do Nelson vai querer ler todas.<br />

Todos esses livros transformam,<br />

te fazem refletir e sonhar.<br />

Eu amo até aquelas crônicas de<br />

futebol. Você vê o jogador sofrendo<br />

na hora de fazer o gol, a comoção<br />

da torcida. Ele é realmente<br />

genial.<br />

F. U. - E onde ele encontrava<br />

tanta gente<br />

ordinária para<br />

montar a galeria<br />

de personagens?<br />

E. V. - (rindo,<br />

quase gargalhando)<br />

Ele observava,<br />

mas<br />

também teve<br />

uma vida bastante<br />

intensa, com conquistas,<br />

tragédias e<br />

perdas. Ele tinha uma<br />

imaginação potente e aliava<br />

isso com seu talento<br />

e muito trabalho. Ele<br />

tem um olhar bacana,<br />

inteligente e muito<br />

bem humorado.<br />

Claro que a mulher dos<br />

anos 70 sofreu uma repressão<br />

sexual, opressão.<br />

Eram muito diferentes da<br />

minha geração. Então, hoje,<br />

quando se olha a frase de<br />

que mulher gosta de apanhar, a<br />

gente ri, acha engraçado.<br />

F. U. - O teatro do Nelson é melhor<br />

que a prosa?<br />

E. V. - Não, eu acho tão boa quanto.<br />

Do Nelson eu gosto até do folhetim.<br />

(rindo) Adoro Meu Destino<br />

Silvana Ribeiro<br />

“Quem lê uma<br />

primeira peça do<br />

Nelson vai querer<br />

ler todas. Todos<br />

esses livros<br />

transformam, te<br />

fazem refletir e<br />

Silvana Ribeiro<br />

sonhar”<br />

Amana Salles<br />

17<br />

é Pecar e O Homem Proibido. Ele<br />

escrevia lá os folhetins no jornal<br />

com pseudônimos de mulher. Maravilhoso.<br />

F. U. - Por isso o grupo GATU<br />

vai encenar Viúva, Porém Honesta?<br />

O título já é muito curioso,<br />

dá muito pano pra manga.<br />

E. V. - (rindo) Isso é muito legal.<br />

Essa peça eu acho uma obra-prima,<br />

original e muito bem<br />

humorada. O escracho que ele<br />

consegue fazer com a sociedade,<br />

a crítica social e ao ser humano é<br />

genial. O texto tem um tempo, um<br />

ritmo que é perfeito. É contestador,<br />

subvertido, genial. Ele denuncia<br />

até a imprensa, dizendo que ela<br />

pode ser do mal.<br />

F. U. – Pode ser do mal? Acho<br />

que o termo mais bem empregado<br />

nesse caso é só o verbo<br />

ser. Salvo raras exceções, a<br />

imprensa é do mal.<br />

E. V. - Acho que existem pessoas<br />

bem intencionadas, mas a imprensa<br />

tem um poder de manipular<br />

que é incrível. Jornais nomeiam<br />

e desnomeiam ministros.<br />

Mandam no Brasil. Nas celebrações<br />

de 07 de setembro, o grupo<br />

GATU foi às ruas para fazer<br />

uma manifestação artística em<br />

protesto contra a corrupção, contra<br />

a fome e contra um rio (Tietê)<br />

podre que corta a cidade e ninguém<br />

vê.(...) Nessa manifestação,<br />

veio a imprensa me questionar<br />

e o repórter me perguntou<br />

assim: “então você está protestando,<br />

dizendo que o exército é<br />

podre?” Respondi: “eu não tô dizendo<br />

isso, quem está dizendo<br />

é você”. Ele queria manipular<br />

a minha<br />

resposta. Eu<br />

acho que<br />

o Nelson<br />

fala de<br />

manipulação<br />

da<br />

mídia.<br />

E ele<br />

denunciava<br />

isso e hoje<br />

a gente<br />

vê que poucas<br />

coisas mudaram<br />

no Brasil.<br />

Não é normal a corrupção<br />

dos governantes,<br />

nem a má conduta<br />

na imprensa,<br />

mas parece que<br />

é. Nelson Rodrigues<br />

enxergou isso lá<br />

atrás. Como seria<br />

maravilhoso se<br />

ele estivesse vivo<br />

hoje. Imagine o que ele não<br />

escreveria?


18 TOUR CULTURAL<br />

Por Renato Góes<br />

O legado de Einstein<br />

Mostra em cartaz no Parque do Ibirapuera disseca<br />

a vida e obra do mito<br />

Considerado como um dos maiores<br />

gênios do século 20, Albert<br />

Einstein tem sua vida e obra<br />

dissecadas na exposição que entrou<br />

em cartaz na semana passada, no<br />

Parque do Ibirapuera. Criada em parceria<br />

entre o Instituto Sangari e o<br />

American Museum of Natural History<br />

de Nova Yor k, a mostra reúne um rico<br />

acervo do cientista alemão, que inclui<br />

objetos pessoais, manuscritos e<br />

obras feitas por artistas br asileiros.<br />

Além disso, várias instalações<br />

interativas ajudam a compor o espaço<br />

e a utilizar a tecnologia como forma<br />

eficaz de ilustração de suas teorias<br />

revolucionárias.<br />

Um dado curioso é que a exposição<br />

foi ampliada na versão brasileira,<br />

se comparada com a que foi apresentada<br />

em cidades como Nova Yor k,<br />

Chicago e Jerusalém. Os acréscimos<br />

se dão com a inclusão das seções<br />

intituladas Átomos e Einstein no Bra-<br />

Fotos: Renato Góes<br />

Os sonhos e desilusões de uma<br />

família da periferia paulistana formam<br />

o eixo central do longametragem<br />

Linha de Passe , dirigido<br />

em parceria pelos cineastas Walter<br />

Salles e Daniela Thomaz. O personagem<br />

central é a doméstica<br />

Cleuza, papel da atriz Sandra<br />

Corveloni (Palma de Ouro em<br />

Cannes como melhor artiz), uma<br />

mulher igual a milhares de outras<br />

brasileiras que são obrigadas a fazer<br />

os papéis de mãe e de pai em<br />

seus respectivos lares. No seu caso<br />

específico, ela tem quatro filhos de<br />

pais diferentes, sendo que está grávida<br />

de um quinto rebento que ela<br />

espera ser uma menina.<br />

Em paralelo, seu filho Dario, interpretado<br />

por Vinícius de Oliveira<br />

(Central do Brasil), sonha em ser<br />

jogador de futebol, mas seus recémcompletados<br />

18 anos se tornam<br />

sil. A primeira é focada na contribuição<br />

do cientista para a comprovação<br />

da existência dos átomos. A segunda<br />

relata as viagens feitas por ele em<br />

terras brasileiras e sua relação com<br />

nosso país.<br />

A exposição narra várias etapas<br />

da vida do gênio. São abordadas sua<br />

infância, as raízes judias, os grandes<br />

amores e as idéias que fizeram surgir<br />

suas teorias relacionadas ao tempo,<br />

à luz, aos átomos, à energia e à<br />

gravidade, incluída a sua famosa Teoria<br />

da Relatividade Geral. O<br />

posicionamento firme em questões<br />

polêmicas como racismo, antisemitismo,<br />

direitos humanos, inclusive<br />

contra a utilização da física nuclear<br />

em fins nada pacíficos, também<br />

é apresentado ao público.<br />

Einstein<br />

Pavilhão Engenheiro Armando de Arruda Pereira - Parque do<br />

Ibirapuera, portão <strong>10</strong> – próximo ao Planetário<br />

Até 14/12 - De terça a sexta, das 9h às 21h. Sábados, domingos<br />

e feriados, das <strong>10</strong>h às 21h - Ingressos: R$ <strong>15</strong> (inteira), R$ 7 (estudantes<br />

e professores). Menores de 7 anos e maiores de 60<br />

entram de graça - Mais informações: (11) 3468-7400<br />

Linha de Passe<br />

uma barreira quase intransponível.<br />

Denis, o mais velho, é motoboy, tem que<br />

sustentar seu pequeno filho e<br />

pagar as prestações da<br />

moto, situações que o colocam<br />

a um passo de<br />

A dir., Cleuza (Sandra<br />

Coverloni) mãe de<br />

quatro filhos na<br />

periferia paulistana.<br />

Fotos: Divulgação<br />

ader ir ao crime . O filho do meio,<br />

Dinho, largou um passado obscuro<br />

para se tornar e vangélico, mas<br />

em breve terá sua fé testada.<br />

O mais novo,<br />

Reginaldo, sonha em<br />

encontrar o pai e se<br />

tornar motorista de<br />

ônibus.<br />

Em meio a sonhos<br />

e aspirações, estes<br />

personagens são<br />

uma pequena amostra do<br />

que é a periferia de São<br />

Paulo, retratada com um olhar<br />

sensível, mas ao mesmo tempo duro<br />

e realista, como a cidade realmente<br />

é. Com exceção de uma derrapada<br />

ou outra na conclusão da história, o<br />

filme foge de estereótipos comuns<br />

em produções que abordam as periferias<br />

brasileiras, principalmente<br />

quanto aos finais felizes. (R.G.)<br />

Música<br />

O mundo<br />

é um<br />

manicômio<br />

Napoleão<br />

Bonaparte e<br />

Cleópatra.<br />

Napoleão,<br />

um desempregado,<br />

que ajudado por sua esposa,<br />

Cleópatra, tenta dar um golpe,<br />

seqüestrando o cadáver de um<br />

milionário e impedindo seu sepultamento.<br />

Na tentativa de receber o<br />

resgate, a dupla se complica e o<br />

inesperado ocorre. Texto de Claudio<br />

Cunha e Gugu Olimecha. Temporada<br />

até 06/11/2008, quintas-feiras,<br />

às 21h. Ingressos a R$ 30,00.<br />

Estudante paga meia. Local: Teatro<br />

Ruth Escobar – Rua dos Ingleses,<br />

209. Mais informações:<br />

www.ruthescobar.apetesp.org.br<br />

Exposição<br />

Livro<br />

A Arte da<br />

Entrevista<br />

Organizado<br />

pelo jornalista<br />

Fábio Altman, o<br />

livro A Arte da<br />

Entrevista é<br />

uma obra que<br />

reúne entrevistas de 1823 a 2000.<br />

Há 32 entrevistas estrangeiras e 16<br />

depoimentos de personagens brasileiros.<br />

Há ainda a entrevista de Karl<br />

Marx dois meses depois da Comuna<br />

de Paris, de Freud discutindo o pessimismo<br />

de 1930, e de Hitler em 1932<br />

dizendo “quando eu dominar a Alemanha...”.<br />

No Brasil, há depoimentos<br />

de Luis Carlos Prestes e Getúlio<br />

Vargas, entre outros. Obra indicada<br />

tanto para jornalistas, como para<br />

quem quer conhecer um pouco mais<br />

sobre grandes nomes da história.<br />

Editora Boitempo<br />

Valor médio: R$ 62,00<br />

Virtude e<br />

Aparência a<br />

Caminho<br />

do Moderno<br />

T i d a<br />

como a terceira<br />

das<br />

quatro expos<br />

i ç õ e s<br />

temáticas do<br />

acervo do<br />

MASP, a mostra reúne obras de<br />

Botticelli, Andréa Mantegna,<br />

Tintoretto, El Greco, Bosch e<br />

Dornicke, entre outros, em um conjunto<br />

de 46 obras do século XIII ao<br />

XVIII. Local: MASP – Av. Paulista,<br />

1.578. Em exposição e sem data<br />

de encerramento. De terça a domingo<br />

e feriados, das 11h às 18h e<br />

quintas-feiras, às 18h. Valor:<br />

R$ <strong>15</strong>,00. Estudante paga meia. Às<br />

terças-feiras entrada gratuita.


ENTRETENIMENTO<br />

REFLEXÃO<br />

Psicologia e o Esporte<br />

Nos Jogos Olímpicos que acompanhamos<br />

em agosto, muito se falou<br />

sobre o desempenho dos nossos<br />

atletas nos momentos de maior<br />

estresse emocional. Parece que,<br />

apesar de toda as preparações física<br />

e técnica, o emocional exerce<br />

um grande poder de reger e equilibrar<br />

o que o corpo aprendeu nos<br />

treinos.<br />

Não vamos entrar aqui nas questões<br />

sociais de apoio que o esporte<br />

recebe em nosso País. É fato que<br />

os países mais desenvolvidos têm<br />

uma estrutura que incentiva e facilita<br />

o surgimento de grandes esportistas.<br />

E em nosso País, o mérito é,<br />

muitas vezes, individual. Mas vamos<br />

refletir um pouco sobre o que<br />

pode estar acontecendo nas horas<br />

decisivas com os brasileiros.<br />

Somos um povo, culturalmente,<br />

muito emocional. Isso faz com que,<br />

muitas vezes, a pressão dos momentos<br />

decisivos nos fragilize, dificultando<br />

que a técnica e a razão entrem<br />

em cena no potencial que apareciam<br />

fora da situação de estresse.<br />

O peso que nossos esportistas<br />

carregam, para dar um pouco de alegria<br />

a um povo tão sofrido, também<br />

pode prejudicar seus desempenhos.<br />

PROMOÇÃO<br />

Penso em Diego Hipólito pedindo<br />

desculpas ao povo brasileiro.<br />

Nelson Rodrigues dizia que o<br />

brasileiro tem um complexo de inferioridade<br />

com as outras nações.<br />

Essa é uma postulação polêmica,<br />

mas interessante para nossa reflexão.<br />

Lembro-me da final do futebol<br />

feminino, onde éramos infinitamente<br />

superiores, mas não conseguimos<br />

“bater” as americanas.<br />

Muitos questionamentos surgem<br />

a partir de um evento como<br />

as Olimpíadas, mas dois pontos<br />

são inegáveis. O primeiro é que o<br />

esporte é um campo rico de atuação<br />

para a psicologia e que, junto<br />

com todos os outros investimentos<br />

que são necessários para o<br />

esporte, deve-se pensar na intervenção<br />

psicológica para equilibrar<br />

o emocional ou para lidar com essa<br />

possível inferiorização.<br />

O outro ponto é que é fundamental<br />

que pensemos sobre nossa<br />

identidade cultural para que possamos<br />

transformá-la onde for prejudicial<br />

e aceitá-la como algo que<br />

nos diferencia, quando positiva.<br />

Entre em contato com o GAPsi<br />

pelo site: www.gapsi.com.br<br />

Concorra ao livro Dona Guidinha do Poço, de Manuel<br />

de Oliveira Paiva. Basta mandar um e-mail para<br />

folha_universitaria@uniban.br com nome, RA<br />

(alunos) ou RGF (funcionários), curso, campus e o<br />

título da obra. O nome do ganhador sai na próxima<br />

edição da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />

Resultado da Promoção<br />

Na semana passada foi perguntado qual dos três países<br />

(Moçambique, Timor Leste ou Congo) não tem o português como<br />

idioma oficial. Acertou quem escreveu Congo. Quem ganhou o livro<br />

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi a professora<br />

Angela Riello Lopes, do campus Marte. O livro pode ser retirado a<br />

partir de quinta-feira na secretaria de campus.<br />

CRUZADAS<br />

19

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