Crescimento intrauterino - Febrasgo

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Protocolo de conduta diante de feto pequeno para a idade gestacional 14 Rev Med Mat Fetal 2010;1(2)14. Rafael Frederico Bruns 1 , Eduardo Fonseca 2 1 Universidade Federal do Paraná; 2 Universidade Federal da Paraíba. DOPPLERVELOCIMETRIA: CRITÉRIOS PARA RESOLUÇÃO Quando o Doppler de artéria umbilical mantém-se normal, o diagnóstico mais provável é de um pequeno constitucional, podendo a gestante ser seguida em ambulatório. A interrupção da gestação pode ser programada a partir da 37ª semana. A partir da 34ª semana, diante do achado de Doppler de artéria umbilical anormal, a gravidez pode ser interrompida em caso de maturidade fetal comprovada. Abaixo da 34ª semana, na presença de alteração da artéria umbilical (inclusive diástole zero), realizar Doppler da artéria cerebral média e do ducto venoso. Sugere-se a seguinte conduta: Índice de pulsatilidade para veias (IPV) situar-se entre 1,0 e 1,5, realizar um ciclo de corticóide (entre a 26ª e a 34ª semana) e interrompe-se a gravidez após 48h. Constatado oligoidrâmnio grave ou diástole reversa pelo Doppler de artéria umbilical, preconizamos a interrupção da gestação a partir da viabilidade fetal, independente da maturidade fetal. Thilaganathan B. Problem-based obstetric ultrasound. Abingdon: Informa. Healthcare; 2007. Protocolos Assistenciais da Clínica Obstétrica da FMUSP.
Revista Medicina Materno-Fetal Correlação entre os diversos valores da relação umbílico-cerebral e estado gasométrico fetal Dissertação de mestrado de Cláudia Lourdes Soares Laranjeira Orientador: Antonio Carlos Vieira Cabral INTRODUÇÃO A busca por métodos propedêuticos que possam identificar adequadamente os fetos em sofrimento crônico tem sido exaustiva. A análise gasométrica do sangue de cordão tem sido considerada o “padrão ouro” no diagnóstico do sofrimento fetal crônico. No entanto, esse é um método invasivo, com taxas de complicações elevadas que dificultam o acompanhamento destes conceptos. Entender e analisar os mecanismos adaptativos do feto ao insulto hipóxico é muito importante na prática clínica. O momento para o nascimento desses fetos em sofrimento crônico é uma decisão difícil, visto que a prematuridade é um importante fator de morbiletalidade perinatal. O ideal seria encontrar o exato momento em que as respostas não mais protegem o feto, levando a lesões irreversíveis que comprometem o concepto. Este trabalho visa avaliar o feto em sofrimento crônico e a redistribuição de fluxo sanguíneo como adaptação à hipóxia. OBJETIVO Verificar se existe correlação entre o grau de centralização de fluxo fetal (expressado pela relação umbílico-cerebral) e o estado gasométrico do feto (pH, pO 2 , pCO 2 , BE), tentando encontrar uma estratificação de gravidade no índice umbílico-cerebral frente aos parâmetros gasométricos do concepto. PACIENTES E MÉTODOS Foram avaliadas 115 pacientes com gestação única que apresentassem algum fator de risco para sofrimento Faculdade de Medicina, UFMG. fetal crônico. As pacientes foram divididas em quatro grupos, conforme o valor da relação umbílico-cerebral (índice de pulsatilidade artéria umbilical/índice de pulsatilidade artéria cerebral média) menor que 1 (grupo 1), entre 1 e 1,4 (grupo 2), maior ou igual a 1,4 (grupo 3) e aquelas com diástole zero ou fluxo reverso na artéria umbilical (grupo 4). Cada um dos grupos foi isoladamente caracterizado de acordo com os parâmetros gasométricos do sangue de veia umbilical, considerando-se os valores médios de pO 2 , pCO 2 , pH e BE (base excess). Os grupos foram então comparados entre si. A análise estatística foi realizada utilizando-se o teste de Kruskal-Wallis. Todos os resultados foram considerados significativos a um nível de significância de 5% (p < 0,05). RESULTADOS Os grupos 3 e 4 com relação umbílico-cerebral maior que 1,4 e diástole zero ou fluxo reverso apresentaram valores médios de pH de 7,21 e 7,15, pO 2 de 16,9 e 13,8 e pCO 2 de 50,1 e 59,0, respectivamente, e foram significativamente diferentes dos grupos 1 e 2 com relação umbílico-cerebral menor que 1,0 e entre 1,0 e 1,4. O valor de BE não apresentou diferença significante entre os grupos. CONCLUSÕES Existe correlação entre relação umbílico-cerebral maior ou igual a 1,4 e queda dos valores de pH e pO 2 e elevação dos valores de pCO 2 venosos. Os fetos centralizados com fluxo diastólico umbilical ausente ou reverso apresentam maiores alterações nos índices gasométricos. Laranjeira CLS, Correlação entre os diversos valores da relação umbílico-cerebral e estado gasométrico fetal 15
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