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PIAS Programa de Ingresso por Avaliação Seriada - Uniube

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Questão Nº 34<br />

<strong>PIAS</strong> ­ <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Ingresso</strong> <strong>por</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>Seriada</strong><br />

Os números, no mapa, representam a distribuição geográfica das principais formações vegetais originais do território brasileiro.<br />

As alternativas indicam as características do espaço <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>ssas formações vegetais. Faça a correlação a<strong>de</strong>quadamente.<br />

( ) Quente, planície alagada parte do ano, gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies vegetais.<br />

( ) Quente, relevo serrano, formação arbórea condicionada a esse tipo <strong>de</strong> relevo e à umida<strong>de</strong> oceânica.<br />

( ) Quente, chuvas abundantes, rios caudalosos, cobertura arbórea gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong>nsa.<br />

( ) Clima ameno, chuvas regulares, relevo serrano, formação aciculifoliada.<br />

( ) Quente, semi­úmido, solo ácido, predomínio <strong>de</strong> arbustos retorcidos com raízes profundas.<br />

( ) Quente, semi­árido, chuvas escassas e irregulares e vegetação resistente à seca.<br />

Assinale a associação CORRETA:<br />

A) 1, 4, 8, 5, 2 e 3.<br />

B) 2, 1, 8, 4, 3 e 5.<br />

C) 3, 8, 4, 1, 5 e 2.<br />

D) 8, 4, 1, 5, 2 e 3.<br />

E) 8, 1, 4, 5, 3 e 2.<br />

Comentário<br />

98<br />

A B C D E<br />

29% 8% 7% 46% 10%<br />

Índice <strong>de</strong> Dificulda<strong>de</strong>: 54%<br />

Esta questão foi consi<strong>de</strong>rada pela banca <strong>de</strong> geografia, tendo em vista a estatística das respostas, como a <strong>de</strong> melhor resultado<br />

nesta etapa, pois apresentou índice <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> 53% e o melhor índice <strong>de</strong> discriminação: 0,57.<br />

O mapa das Formações Vegetais Brasileiras contribuiu para resolução da questão, pois ajudou o candidato a i<strong>de</strong>ntificar os<br />

espaços correspon<strong>de</strong>ntes a cada uma <strong>de</strong>las. O tema, amplamente discutido em sala <strong>de</strong> aula, tanto no Ensino Fundamental como<br />

no Médio, também colaborou para que 80% dos alunos do grupo <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>sempenho assinalassem a alternativa correta.<br />

A banca sugere que os professores utilizem sempre os mapas em suas aulas, pois a sua leitura e interpretação é fundamental<br />

para a boa compreensão do espaço geográfico.<br />

Questão Nº 35<br />

Trabalhadores da maior região produtora <strong>de</strong> banana do país, o Vale do [...], não têm registro em carteira, (ou salário<br />

abaixo do piso mínimo), não usam equipamentos <strong>de</strong> proteção, têm <strong>de</strong> arcar com os custos <strong>de</strong> suas ferramentas e são até<br />

pulverizados com agrotóxico...<br />

A situação <strong>de</strong> trabalho na região é mais <strong>de</strong>gradante do que imaginávamos. Além <strong>de</strong> a informalida<strong>de</strong> predominar, não há<br />

orientação para manipulação <strong>de</strong> agrotóxicos. Trata­se <strong>de</strong> dumping social. Como não há perspectiva <strong>de</strong> trabalho na região, eles<br />

se submetem a condições <strong>de</strong>gradantes. [...] há cerca <strong>de</strong> 4.000 pequenos produtores <strong>de</strong> banana espalhados em 17 municípios,<br />

on<strong>de</strong> trabalham ao menos 28.000 pessoas. [...] a produção chega a 1 milhão <strong>de</strong> toneladas. [...] área plantada está próxima <strong>de</strong> 40<br />

mil hectares. No estado, o cultivo da banana só per<strong>de</strong> para o <strong>de</strong> cana­<strong>de</strong>­açúcar e o <strong>de</strong> laranja.<br />

Dial. com o Pias, Uberaba, MG, v.7, n.7, p. 84­93, set. 2008<br />

<strong>PIAS</strong> ­ <strong>Programa</strong> <strong>de</strong> <strong>Ingresso</strong> <strong>por</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>Seriada</strong><br />

maneira bem <strong>de</strong>finida a imagem <strong>de</strong> quem a escreve e <strong>de</strong> quem a recebe, o que significa assegurar, nesse tipo <strong>de</strong> texto, o lugar<br />

essencial da argumentação.<br />

Ao se corrigir as redações do <strong>PIAS</strong>, a banca observa se o candidato foi capaz <strong>de</strong> pensar um projeto <strong>de</strong> texto em função <strong>de</strong><br />

um objetivo específico e o elaborou <strong>por</strong> meio da modalida<strong>de</strong> escrita da língua. Dessa forma, os critérios <strong>de</strong> correção da redação<br />

são a a<strong>de</strong>quação ao tema, ao tipo <strong>de</strong> texto e à norma culta, além da coesão, coerência e autoria. Nesse sentido, busca­se avaliar<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura do candidato, observada, sobretudo, através da relação estabelecida entre o texto que ele elabora e o<br />

fragmento da proposta; a consistência temática e textual, <strong>por</strong> meio do trabalho que se elabora com o tema e o tipo <strong>de</strong> texto, e a<br />

articulação escrita, analisada <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> uma boa exploração dos elementos coesivos e da modalida<strong>de</strong> escrita.<br />

Assim, como conseqüência, no texto do candidato <strong>de</strong>ve haver pontos <strong>de</strong> contato com o texto da proposta, no qual o candidato <strong>de</strong>ve<br />

se ancorar para produzir o seu, mas sem que se copiem quaisquer trechos; a redação do candidato <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong> acordo com as<br />

características do tipo <strong>de</strong> texto da proposta escolhida, realizadas <strong>por</strong> meio dos elementos estruturais <strong>de</strong> cada tipo; o candidato<br />

<strong>de</strong>ve elaborar um texto cuja leitura seja fácil, natural e atraente, resultado <strong>de</strong> uma estruturação sintático­semântica bem articulada<br />

pelos recursos coesivos. Além disso, o candidato <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>monstrar o domínio <strong>de</strong> vocabulário amplo e do padrão normativo das<br />

regras <strong>de</strong> acentuação, ortografia, concordância e regência verbo­nominal, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

Ao analisar a prova <strong>de</strong> redação do <strong>PIAS</strong>, professores, educandos e avaliadores têm a o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se auto­avaliarem,<br />

<strong>de</strong> perceberem suas expectativas em relação a cada ator, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificarem os acertos e o que precisa ser melhorado, instigando<br />

reflexões sobre o processo <strong>de</strong> formação lingüística.<br />

Enten<strong>de</strong>ndo esta análise como um convite à reflexão, surgem alguns questionamentos fundamentais: como possibilitar<br />

que os alunos e os professores se reconheçam na prova <strong>de</strong> redação do <strong>PIAS</strong> e a percebam como um recurso, uma forma <strong>de</strong> auto­<br />

avaliação, que aponta reflexões e sugere caminhos? Como fazer <strong>de</strong>sse instrumento <strong>de</strong> avaliação, um ponto <strong>de</strong> convergência, <strong>de</strong><br />

diálogo em que se entrecruzam muitas vozes? Como contribuir para que a vonta<strong>de</strong> enunciativa seja mantida ao longo da formação<br />

escolar e para que a linguagem seja usada com liberda<strong>de</strong>, prazer e pertinência em diferentes situações <strong>de</strong> produção do discurso?<br />

É com essa intenção que passamos, agora, a analisar e comentar as propostas <strong>de</strong> produção apresentadas aos candidatos e<br />

algumas redações <strong>de</strong> cada etapa.<br />

1ª Etapa<br />

Proposta A<br />

Leia o texto abaixo, extraído <strong>de</strong> uma crônica do livro Tia Zulmira e Eu, do escritor e humorista carioca Stanislaw Ponte Preta:<br />

Eram mais ou menos 2 horas da madrugada, quando a <strong>por</strong>ta se abriu e uma lufada <strong>de</strong> vento entrou pela sala, espalhando<br />

os papéis que estavam sobre a mesa. Atrás do vento entrou um homem horrível, com cara <strong>de</strong> macaco, orelhas gran<strong>de</strong>s e<br />

cabeludas. Seu olhar era <strong>de</strong> faminto e sua expressão era a <strong>de</strong> um louco. Imenso, <strong>de</strong>u dois passos em direção ao dono da casa e,<br />

esten<strong>de</strong>ndo a mão enorme, disse com voz rouca: – Eu quero comer.<br />

Comentário<br />

PRETA, Stanislaw Ponte. Tia Zulmira e Eu. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Civilização Brasileira, 1975, p. 212.<br />

Narre (invente), agora, uma história ligeiramente <strong>de</strong> terror, em continuação ao episódio exposto, dando solução à curiosida<strong>de</strong><br />

do leitor sobre o que irá acontecer. Releia as instruções apresentadas no início.<br />

Nessa proposta, esperava­se que o candidato <strong>de</strong>sse continuida<strong>de</strong> ao episódio apresentado e satisfizesse a curiosida<strong>de</strong><br />

do leitor sobre o que aconteceria na seqüência. Deveria produzir um texto narrativo, atentando para ambientação, caracterização<br />

dos personagens, construção do clímax e apresentação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sfecho surpreen<strong>de</strong>nte. Tendo em vista o mínimo <strong>de</strong> 20 linhas<br />

para escrever a história, é certo que a curiosida<strong>de</strong> do leitor não <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong>sfeita logo no início. Assim, a habilida<strong>de</strong> lingüística<br />

do candidato seria revelada pela forma ca<strong>de</strong>nciada <strong>de</strong> sustentar a trama e <strong>de</strong> conferir ao texto um <strong>de</strong>sfecho inusitado. Além disso,<br />

era necessário manter o foco narrativo na terceira pessoa do singular e atentar­se para o fato <strong>de</strong> escrever uma história ligeiramente<br />

<strong>de</strong> terror.<br />

Esse tipo <strong>de</strong> proposta exige consi<strong>de</strong>rável proficiência em interpretação textual, uma vez que, para estabelecer a coerência<br />

do texto com o início posto, o candidato <strong>de</strong>ve perceber indícios e levantar hipóteses concisas acerca do cenário, do tempo<br />

histórico­social, da subjetivida<strong>de</strong> dos personagens, <strong>de</strong> seus possíveis papéis e intencionalida<strong>de</strong>s, além <strong>de</strong> perceber e manter o<br />

estilo da linguagem. Se, <strong>de</strong> uma forma, <strong>de</strong>ve apelar para sua criativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> outra, <strong>de</strong>ve articulá­la à criativida<strong>de</strong> do primeiro autor.<br />

Dial. com o Pias, Uberaba, MG, v.7, n.7, p. 6­22, set. 2008<br />

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