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vontade de “pular no pescoço” dessa pessoa que, delicadamente,<br />
tentou nos dizer: “Como você engor<strong>do</strong>u!”. Uma observação<br />
dessas é sufi ciente <strong>para</strong> nos punir. Já parou <strong>para</strong> pensar em<br />
como você se angustiou quan<strong>do</strong> uma pessoa apontou um defeitinho<br />
seu? Como não aprendemos a esculpir a nossa autoimagem<br />
a partir de quem somos, facilmente as pessoas furtam<br />
nossa autoestima.<br />
Nossa emoção parece o pêndulo de um relógio. Sobe quan<strong>do</strong><br />
alguém nos elogia, desce se somos criticadas. Um quilo a menos<br />
e vamos <strong>para</strong> o céu; um a mais nos empurra <strong>para</strong> o inferno emocional.<br />
Alegria e tristeza, tranquilidade e irritação alternam-se<br />
em minutos. A rapidez desse sobe e desce manifesta uma fl utuação<br />
emocional insana.<br />
Talvez você já tenha se pergunta<strong>do</strong> por que o sistema social<br />
tem um padrão tão severo de beleza, que exclui a maioria<br />
de nós, “normais” e “mortais”! É muito simples! Quan<strong>do</strong><br />
está infeliz, você consome mais ou menos? A maioria consome<br />
mais. Quan<strong>do</strong> estamos tristes e deprimidas, precisamos<br />
de muitas coisas <strong>para</strong> excitar nossa emoção e aliviar nossa<br />
ansiedade. Buscamos alívio nas compras, que nos fazem momentaneamente<br />
felizes.<br />
É claro que existe a propaganda honesta que exalta criativamente<br />
as qualidades <strong>do</strong> produto. Mas a propaganda que exalta<br />
a “modelo perfeita” que promove o produto tem segundas intenções,<br />
pois mexe com fenômenos inconscientes da mente da<br />
mulher. Como já vimos, trata-se de fenômenos sobre os quais<br />
ela quase não possui controle algum, a não ser que tenha um<br />
Eu lúci<strong>do</strong> e equipa<strong>do</strong>, o que geralmente não acontece.<br />
Essa propaganda que exalta a perfeição da modelo é arquivada<br />
na memória, tece pouco a pouco um estereótipo e acaba produzin<strong>do</strong><br />
a insatisfação da mulher com ela mesma, geran<strong>do</strong> nela o<br />
desejo inconsciente de ser o que não é. Para realizar esse desejo,<br />
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