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O consumo não consegue resolver as necessidades de nossa emoção,<br />
pois é impossível comprar a aceitação social, o amor-próprio<br />
e a autorrealização. Já não aconteceu de você comprar alguma<br />
coisa e depois olhar <strong>para</strong> <strong>aqui</strong>lo e pensar “Não sei onde eu vou<br />
usar isso”, ou “Eu não estava precisan<strong>do</strong>”?<br />
Nossa liberdade, defendida pelas leis da democracia, se torna<br />
uma utopia em um sistema que desprestigia quem está fora <strong>do</strong>s<br />
padrões de beleza. Nem Hollywood escapa dessa discriminação.<br />
Por favor, não cite Shrek!<br />
Nesse desenho anima<strong>do</strong>, o candidato a se casar com uma<br />
princesa fora <strong>do</strong>s padrões de beleza é um ogro, também completamente<br />
fora <strong>do</strong>s padrões. Esse delicioso desenho anima<strong>do</strong><br />
não promove a aceitação por parte das crianças de seus próprios<br />
corpos e o respeito pelo patrimônio genético de cada<br />
um. Afi nal de contas, o protagonista é um ogro. Na realidade,<br />
o fi lme passa a mensagem de que, <strong>para</strong> ser aceita e considerada<br />
interessante, uma pessoa que não corresponde ao padrão de<br />
beleza tem que ser extremamente engraçada. Se não for “bonita”,<br />
tem que ser pelo menos hilária.<br />
Você já viu estampa<strong>do</strong> nas telinhas <strong>do</strong>s cinemas um par romântico<br />
de gordinhos? Quan<strong>do</strong> aparece, o intuito é fazer comédia.<br />
Como se a paixão ardente e o amor intenso fossem<br />
propriedade exclusiva <strong>do</strong>s “bonitos e elegantes”. Mas todas nós,<br />
mulheres, de qualquer biotipo, cor, raça, religião e ideologia,<br />
estamos abertas e sujeitas a viver uma grande história de amor.<br />
A começar, com nós mesmas!<br />
A vida nem sempre é uma comédia. Enquanto nos divertimos<br />
com as comédias <strong>do</strong>s casais “gordinhos”, quantas jovens<br />
choram sem que ninguém veja suas lágrimas? Quantas estão<br />
desistin<strong>do</strong> de viver por não se aceitarem? Quantas se menosprezam<br />
e se punem por não possuírem o corpo que tanto<br />
desejam?<br />
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