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carcinoma papilífero familiar de tireóide - Faculdade de Medicina ...

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Define-se como CNMFT a existência <strong>de</strong> dois ou mais <strong>familiar</strong>es <strong>de</strong> primeiro<br />

grau afetados pelo câncer da tireói<strong>de</strong> (<strong>papilífero</strong>, folicular, células <strong>de</strong> Hurtle ou<br />

anaplásico). A associação a outras síndromes <strong>familiar</strong>es, como complexo <strong>de</strong><br />

Carney, polipose a<strong>de</strong>nomatosa <strong>familiar</strong>, síndrome <strong>de</strong> Gardner, doença <strong>de</strong> Werner<br />

e doença <strong>de</strong> Cow<strong>de</strong>n, bem como a presença <strong>de</strong> exposição a outros fatores<br />

ambientais (por exemplo, <strong>de</strong>ficiência ou excesso <strong>de</strong> iodo) sabidamente<br />

predisponentes a esta neoplasia, invalidam o diagnóstico 14,18,20,21 . Pelo fato <strong>de</strong> não<br />

sabermos ainda se o CNMFT ocorre somente por alteração genética ou pela<br />

combinação entre esta com o meio ambiente, a exposição a doses baixas <strong>de</strong><br />

radiação não <strong>de</strong>ve excluir o diagnóstico <strong>de</strong> CNMFT 9,14,17, .<br />

Ao longo dos anos as evidências epi<strong>de</strong>miológicas foram sedimentando a<br />

existência <strong>de</strong> uma predisposição <strong>familiar</strong> do CNMT, como <strong>de</strong>scrito anteriormente.<br />

Vários estudos <strong>de</strong> diferentes metodologias evi<strong>de</strong>nciaram um aumento do risco no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> CNMT em parentes <strong>de</strong> primeiro grau <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong>sta<br />

patologia, po<strong>de</strong>ndo chegar até a cinco vezes 9,11,12,15,22,29 .<br />

Pal e cols avaliaram 339 pacientes com CNMT e constataram que 17 (5%)<br />

apresentavam ao menos um <strong>familiar</strong> <strong>de</strong> primeiro grau afetado por câncer <strong>de</strong><br />

tireói<strong>de</strong>, sendo o subtipo histológico <strong>papilífero</strong> encontrado em todos estes casos 9 .<br />

Observaram ainda que o risco relativo <strong>de</strong> um <strong>familiar</strong> <strong>de</strong> primeiro grau <strong>de</strong>senvolver<br />

câncer <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 10,3% (95% CI, 2,2 - 47,6). Estes achados são<br />

consistentes com trabalhos prévios populacionais <strong>de</strong> <strong>carcinoma</strong> <strong>papilífero</strong> <strong>de</strong><br />

tireói<strong>de</strong> nos quais os casos <strong>familiar</strong>es têm uma prevalência <strong>de</strong> 6% 2,30 .<br />

Em 2005, Hemminki e cols 22 realizaram um gran<strong>de</strong> estudo populacional no<br />

qual i<strong>de</strong>ntificaram maior risco <strong>de</strong> <strong>carcinoma</strong> <strong>papilífero</strong> <strong>de</strong> tireói<strong>de</strong> <strong>familiar</strong> quando<br />

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