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Testemunhos para a Igreja 2 (2005) - Ellen G. White Writings

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480 <strong>Testemunhos</strong> <strong>para</strong> a <strong>Igreja</strong> 2<br />

Você é obstinado por natureza. Inveja e obstinação são frutos<br />

naturais do egoísmo. Conseguiu alguma melhora, mas vi muito<br />

ainda por ser feito. Vi tão claramente a influência miserável de<br />

sua vida egocêntrica e não consagrada, e temo que jamais perceba<br />

quão odiosos diante de Deus são esses traços de caráter. Receio<br />

ainda que não compreenda isso suficientemente, <strong>para</strong> abandoná-los<br />

e tornar-se como seu abnegado Redentor, puro e altruísta, com a<br />

vida caracterizada por desinteressada benevolência. Sua influência e<br />

exemplo são tais que alguns que amam a verdade e a obra de Deus,<br />

e valorizam nossa fé, estão perdendo seu espírito de abnegação e<br />

interesse na causa da verdade presente. Seu comportamento egoísta<br />

e cobiçoso produz neles o mesmo espírito; sua disposição de extrair<br />

vantagens <strong>para</strong> si mesmo, enquanto professa ser um ministro de<br />

justiça, tem fechado muitos corações à liberação de recursos <strong>para</strong><br />

o progresso da verdade. Se os pastores dão ao povo um exemplo<br />

de egoísmo, esse repercutirá sobre a causa de Deus com poder dez<br />

vezes maior do que sua pregação.<br />

Deus tem sido desonrado por sua mesquinhez. Seu procedimento<br />

transpira desonestidade. Você não deixou atrás de si um rastro limpo,<br />

e até que haja uma total transformação em sua vida, será uma maldição<br />

viva a qualquer igreja onde freqüente. Trabalha pelo salário,<br />

e não acenderia fogo no altar de Deus nem fecharia as portas sem<br />

receber nada. Quando der ao povo um exemplo de abnegação e<br />

dedicação à causa de Deus, dando prioridade à salvação da alma e à<br />

verdade, então sua influência levará outros a fazerem o mesmo e dar<br />

ao reino de Deus e sua justiça o primeiro lugar. Sente-se autorizado<br />

a tirar proveito da causa. Seus irmãos, pela liberalidade de seu cora-<br />

ção, favorecem-no e o ajudam de vários modos, e você recebe suas<br />

contribuições como se lhe fossem devidas. E se alguém não está<br />

perfeitamente à vontade com você, e não o beneficia, o irmão fica<br />

enciumado e não hesita em fazê-lo compreender que você não foi<br />

apreciado, e que ele é egoísta. Freqüentemente se refere a outros que<br />

o ajudam como exemplos a serem imitados. Esses que o favoreceram<br />

especialmente foram além de seu dever. Você não merecia sua<br />

confiança e liberalidade. Não assumiu pesadas responsabilidades na<br />

causa e lançou sobre outros muitos fardos, mais do que você mesmo<br />

tem assumido. Entretanto, está adquirindo propriedades e obtendo<br />

as boas coisas desta vida, e acha que tudo lhe é de pleno direito.

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