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olhava desconfiada. Eu fiquei chateado com a minha mãe
e fechei-me no quarto, fui ao computador e vi que tinha
uma mensagem no meu correio electrónico. A mensagem
era da loja online que dizia: ”Visto que a sua mãe
não gostou que fossemos a sua casa entregar os jogos
encomendados, talvez pudesse vir amanhã à tarde à
nossa loja. Situa-se no Shopping Center”. Como é
óbvio aceitei a proposta já que não conseguia esperar
mais pelos jogos.
No dia a seguir, depois do almoço, disse a minha mãe
que ia a casa do Manel, mas em vez disso dirigi-me
ao centro comercial. Em casa a minha mãe estava a
arrumar o meu quarto e viu que eu tinha deixado o
computador ligado. Estava com o e-mail da loja
aberto e a minha mãe leu-o e foi a correr para a
loja. Na loja eu esperava pelos meus jogos, e o
empregado perguntou-me se queria ir lá dentro
experimentar os jogos. Enquanto eu estava a
jogar, apareceram os dois homens que tinham
estado em minha casa e taparam-me a boca e
amarraram-me. Meteram-me dentro de um
saco e eu ia assustadíssimo, devia ter dado
ouvidos à professora, devia ter compreendido
a desconfiança da minha mãe. Quando me
estavam a meter na carrinha apareceu a
minha mãe com os polícias, fiquei tão tão aliviado
que nem sei explicar o que senti. Os
polícias desamarraram-me e fui a correr
para a minha mãe, e jurei nunca mais se
repetir uma coisa destas, ou fazer alguma
coisa na Internet sem consultar a opinião
da minha mãe.