ano8vol5.pdf

guntaram o que se passava. Eu estava tão “estérica” que
eles acabaram por não perceber o que se passava,
então, expliquei com mais calma que tinha ganho um
prémio na Internet, mas precisava da ajuda deles para
preencher alguns dados.
Então o meu pai curvou as costas até ficar com o rosto
em frente ao computador, leu e releu. E chegou à conclusão,
com a qual eu não concordei, que eu não podia
aceitar aquele fantástico prémio.
A princípio não percebi esta decisão que arruinou
com todos os meus pensamentos, mas os meus pais
apressaram-se em me explicar. A explicação foi que
provavelmente todos os dados que nós iríamos responder
iriam ser utilizados para outros fins, e que
nem sequer sabemos que pessoas estão do outro
lado do ecrã; aquele e-mail não foi enviado por
uma empresa ou por uma loja, ninguém se lembra
em enviar um e-mail como este, sem tirar
qualquer lucro dele.
De imediato concordei com os meus pais. Por
um lado sentia-me triste mas por outro, sentia
-me feliz por não ter caído nesta armadilha,
que provavelmente muitas outras pessoas caíram
e tiveram problemas com isso.