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enquanto isso eu sem o meu pai saber fui ao seu quarto
retirando da carteira o cartão onde estava o número de
contribuinte.
Não queria dizer-lhe que ganhei uma consola de jogos,
pois queria fazer-lhe uma surpresa, pois eles não
tinham dinheiro para me comprar.
No dia seguinte, foi para a escola, regressando à tardinha
a casa.
Na sala o meu pai e a minha mãe estavam agarrados
a chorar. Não estava a perceber o porquê daquela
cena. Então perguntei-lhes. Por uns minutos pensei
que não me queriam contar, parecia que estavam a
hesitar, mas acabaram por dizer.
Fiquei confuso. Eles disseram que estávamos na
ruína, que retiraram dinheiro do cartão de crédito.
Destroçado, é a palavra mais apropriada para o
que estava a sentir naquele momento, estávamos
assim por minha culpa. Fui a correr para o
meu quarto a chorar, ligando o computador.
Apesar de estarmos na ruína ainda fiquei com
o computador com vírus, aquele computador
que tinha recebido a menos de 3 meses.
Não sabia como dizer aos meus pais que a
culpa era minha por estarmos assim como
estamos agora.
Já nem tive vontade de jantar ficando no
quarto fechado sem falar para ninguém.
No dia seguinte, parecia estar morto, não