População e políticas públicas - BDMG
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100%<br />
Fonte: IBGE, Censos Demográficos 1991, 2000, 2010.<br />
68<br />
90%<br />
80%<br />
70%<br />
60%<br />
50%<br />
40%<br />
30%<br />
20%<br />
10%<br />
0%<br />
Gráfico 4 – Distribuição percentual da população segundo<br />
as mesorregiões – Minas Gerais, 1991 a 2010<br />
11,73 11,36 11,09<br />
2,95 2,86 2,83<br />
12,46 12,58 12,44<br />
4,61 4,69 4,87<br />
9,28 8,57 8,27<br />
29,35 31,21 31,82<br />
2,21 2,13 2,11<br />
10,14 10,45 10,94<br />
2,51<br />
4,18<br />
2,14<br />
3,80<br />
1,97<br />
3,57<br />
8,63 8,35 8,22<br />
1,94 1,87 1,87<br />
1991 2000 2010<br />
O fenômeno da concentração espacial da população se deu em função do processo de urba-<br />
nização, que ocorreu em todo o Brasil durante a segunda metade do século XX de forma acelerada<br />
(FERREIRA, 2007). Assim, Minas Gerais passou de uma taxa de urbanização de 53% em 1970 para<br />
84,46% em 2010. Os dados dos Censos Demográficos de 1991 a 2010 mostram que, apesar do<br />
processo de urbanização ter diminuído, ele ainda não se esgotou. Verifica-se também que a urbanização<br />
vem ocorrendo em todas as mesorregiões, entretanto, o Jequitinhonha, Vale do Mucuri e<br />
o Norte de Minas ainda possuem cerca de 30% de sua população morando em áreas rurais.<br />
Considerando-se a rápida e contínua queda na fecundidade em todo o estado e o saldo<br />
migratório negativo, principalmente naquelas regiões economicamente pouco dinâmicas, vislumbra-se<br />
a médio e longo prazos uma situação de redução do número de habitantes de determinadas<br />
áreas e localidades, inclusive urbanas, o que até então vinha ocorrendo fundamentalmente<br />
apenas nas áreas rurais. Isso em alguma medida já pode ser observado, na diminuição da<br />
participação relativa no total da população estadual de Regiões como o Norte de Minas, Vale<br />
do Mucuri, Jequitinhonha e Vale do Rio Doce, regiões que historicamente já apresentam baixas<br />
densidades demográficas. O despovoamento pode gerar uma serie de consequências econômicas<br />
e sociais entre elas a subutilização da infraestrutura existente, a subutilização dos recursos<br />
econômicos disponíveis devido à falta de novos empreendedores, falta de mão de obra, a perda<br />
de escala dos mercados locais e o aprofundamento do processo de envelhecimento.<br />
Cadernos <strong>BDMG</strong>, Belo Horizonte, n. 21, p. 55-85, out. 2012<br />
Zona da Mata<br />
Campo das Vertentes<br />
Sul/Sudoeste de Minas<br />
Oeste de Minas<br />
Vale do Rio Doce<br />
Metropolitana de Belo Horizonte<br />
Central Mineira<br />
Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba<br />
Vale do Mucuri<br />
Jequitinhonha<br />
Norte de Minas<br />
Noroeste de Minas