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15/05/2007 - Câmara dos Deputados

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL<br />

Nome: CPI - Crise do Sistema de Tráfego Aéreo<br />

Número: <strong>05</strong>69/07 TRANSCRIÇÃO IPSIS VERBIS Data: <strong>15</strong>/5/<strong>2007</strong><br />

aeronave estiver tão próxima a ponto de significar um risco de colisão, ele vai dizer<br />

ao piloto o que o piloto tem que fazer: “Piloto, desligue o piloto automático e vire à<br />

direita imediatamente”. O piloto vai fazer isso. É o que teria acontecido se o Legacy<br />

estivesse com o transponder e o TCAS funcionando, porque o equipamento iria dizer<br />

para o piloto... primeiro ele ia emitir um sinal sonoro de tráfego, um tráfego próximo,<br />

em seguida ele já ia aí, sim, quase que apitar mesmo e mandar o piloto manobrar<br />

imediatamente para a esquerda ou para a direita, ou descer ou subir, e aí com isso<br />

evitaria o acidente. Esse transponder e TCAS foram retira<strong>dos</strong> da aeronave, foram<br />

submeti<strong>dos</strong> a um exame no fabricante, juntamente com o equipamento de rádio, por<br />

parte da Aeronáutica. A Aeronáutica levou até o fabricante, o fabricante examinou e<br />

recebemos o resultado de que ele não apresentava defeito naqueles exames feitos<br />

nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. Os nossos peritos então examinaram a caixa-preta também e<br />

não constataram nenhum registro de defeito no transponder e TCAS. Registraram,<br />

sim, momentos em que ele não funcionou; agora, não defeito. Porque quando há um<br />

defeito elétrico lá, segundo os peritos explicaram, fica registrado lá num — não vou<br />

nem usar o termo, não sou engenheiro, ficaria ruim eu usar o termo, mas fica<br />

registrado num determinado parâmetro de vôo aquela falta de alimentação do<br />

sistema. Então, partimos do pressuposto de que estes equipamentos estavam<br />

funcionando. Mais um ponto constatado na caixa-preta. Em nenhum momento houve<br />

qualquer alerta por parte da aeronave, do TCAS, de que havia um tráfego essencial,<br />

um tráfico perigoso, de que havia o risco de colisão. Por isso nós chegamos a mais<br />

essa conclusão de que o equipamento estava realmente desligado. Para uma<br />

aeronave voar naquela altitude em que estava o Legacy é fundamental e obrigatório<br />

o funcionamento do transponder e TCAS. Caso esse equipamento não esteja<br />

funcionando, o piloto deve imediatamente comunicar o centro, e vai ser cancelado o<br />

vôo naquelas condições. Então o controlador vai ter que tomar algumas providências<br />

de separar aquela aeronave. Ele vai cancelar o vôo chamado RVSM, que é o vôo<br />

em que as aeronaves estão a essa distância reduzida uma das outras. O<br />

transponder funcionou bem, até um pouquinho depois de Brasília, salvo engano 50<br />

milhas náuticas depois de Brasília. Então ele veio perfeitamente funcionando. A<br />

partir de Brasília, ele então passa a não ser mais captado e aí só volta a ser captado<br />

após o choque. Para nós, o fato de ele estar funcionando até Brasília, de ter voltado<br />

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