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RELATOS DO EVANGELHO - GE Fabiano de Cristo

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— É que muitos, meu filho, po<strong>de</strong>rão querer usar a doutrina do amor com a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter saliência pública para as suas supostas e nascentes virtu<strong>de</strong>s,<br />

esquecendo-se <strong>de</strong> que o Reino <strong>de</strong> Deus não vem com aparências exteriores.<br />

— E que <strong>de</strong>vemos fazer para agir sem querer estar acima <strong>de</strong> sua palavra, Mestre?<br />

Jesus, após ligeira pausa, informou:<br />

— O obreiro do Evangelho, João, <strong>de</strong>verá ser um servidor, repletando o mundo <strong>de</strong><br />

benefícios, sem esperar que os homens lhe dêem <strong>de</strong>staque. Necessário será que<br />

nos convençamos <strong>de</strong> que estamos na Terra por necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar<br />

ativida<strong>de</strong> proveitosa, a favor do semelhante, e não <strong>de</strong> que estamos aqui para<br />

querer <strong>de</strong>sfrutar vantagens transitórias, já que essas aparentes vantagens só<br />

contribuem para anular a nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> servir.<br />

Os comentários, então, se generalizaram. E, numa pausa entre os discípulos,<br />

Jesus acrescentou:<br />

— É bem por isso, filhos, que adverti <strong>de</strong> que não vim trazer a paz aos ociosos.<br />

Não vim trazer-lhes a paz, mas a espada.<br />

— Que espada é essa, Senhor? — inquiriu João, muito atento a todos os <strong>de</strong>talhes.<br />

— São os princípios da luta regeneradora, João! E a espada simbólica do<br />

conhecimento <strong>de</strong> nós mesmos, para que cada um empreenda a batalha com as<br />

próprias sombras que lhe inva<strong>de</strong>m o coração.<br />

Silêncio quase constrangedor.<br />

— Devemos... Nos combater, Senhor?! — indagou novamente João.<br />

— Cada um — esclareceu Jesus — é chamado a esse combate interior, para<br />

alcançar a sua verda<strong>de</strong>ira re<strong>de</strong>nção espiritual, João, e, também, para que<br />

iluminemos o caminho <strong>de</strong> todos os homens e, por tal razão, não po<strong>de</strong>mos nos<br />

entregar, em tempo algum, à contemplação <strong>de</strong> nós mesmos.<br />

— Essas noções <strong>de</strong>vem ser guardadas em nós mesmos, Senhor?<br />

— Não, João! Isso que lhes digo na intimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossos entendimentos<br />

fraternais vocês <strong>de</strong>verão anunciar por todas as partes e, por isso, o que vocês<br />

ouvem agora <strong>de</strong>verão repassar e doar a todos os menos felizes <strong>de</strong>ste mundo.

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