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Documento Sobre as Questos de VCM e Ligacao ... - UN Women

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- Mostrar <strong>as</strong> ligações existentes entre a <strong>VCM</strong> e o sector <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública; <strong>de</strong>monstrando <strong>as</strong>sim<br />

claramente que a <strong>VCM</strong> é uma questão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e que respost<strong>as</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

a<strong>de</strong>quad<strong>as</strong> a <strong>VCM</strong> exigirão atenção às questões <strong>de</strong> género subjacentes;<br />

- I<strong>de</strong>ntificar algum<strong>as</strong> intervenções que o MISAU e os trabalhadores da saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m fazer,<br />

particularmente aquel<strong>as</strong> que po<strong>de</strong>m ser realizad<strong>as</strong> em colaboração com o MINT para<br />

fortalecer a estratégia tripla (criação <strong>de</strong> instrumentos legais para a prevenção e combate da<br />

<strong>VCM</strong>, fortalecimento e melhoramento <strong>de</strong> serviços para <strong>as</strong> vítim<strong>as</strong>, <strong>de</strong>safio aos preconceitos<br />

sociais incluindo a reabilitação d<strong>as</strong> vítim<strong>as</strong> <strong>de</strong> violência);<br />

- Criar maior clareza e consciência sobre algum<strong>as</strong> dimensões <strong>de</strong> género fundamentais da <strong>VCM</strong><br />

em relação a intervenções pelo sector público (saú<strong>de</strong> e polícia) - e <strong>de</strong>sta forma po<strong>de</strong>rá ser um<br />

primeiro p<strong>as</strong>so para a advocacia da inclusão <strong>de</strong> medid<strong>as</strong> sensíveis ao género nos processos<br />

<strong>de</strong> planificação sectorial e na alocação <strong>de</strong> recursos.<br />

- Fortalecer os mecanismos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação intersectorial tais como os Memorandos <strong>de</strong><br />

Entendimento entre MMAS e outros intervenientes e provedores <strong>de</strong> serviços às vitim<strong>as</strong> <strong>de</strong><br />

violência.<br />

<strong>VCM</strong> no contexto Moçambicano<br />

A <strong>VCM</strong> é um problema universal. De acordo com a OMS, pelo menos uma em cada três mulheres<br />

no mundo já foram batid<strong>as</strong>, foram coagid<strong>as</strong> a praticar sexo, ou mesmo abusad<strong>as</strong> na sua vida. Um<br />

relatório do Banco Mundial estimou que a nível mundial a violência contra <strong>as</strong> mulheres era tanto<br />

uma causa séria <strong>de</strong> morte e incapacida<strong>de</strong> entre <strong>as</strong> mulheres <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> reprodutiva quanto era o cancro,<br />

e era também uma maior causa <strong>de</strong> doença que os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> viação e malária juntos. A violência<br />

sexual, uma forma específica <strong>de</strong> violência contra <strong>as</strong> mulheres, está a emergir como uma priorida<strong>de</strong><br />

global para a saú<strong>de</strong>. As estatístic<strong>as</strong> sugerem que também está difundido ao longo da região da<br />

SADC, incluindo Moçambique. 2<br />

Em Moçambique, um estudo recente mostrou que 54% d<strong>as</strong> mulheres inquirid<strong>as</strong> tinham<br />

3<br />

experimentado violência física ou sexual na sua vida. Estes números são consistentes com os<br />

números produzidos pelo MINT que mostram que a violência está a aumentar. 4<br />

Neste momento, o<br />

MINT possui 184 Gabinetes <strong>de</strong> Atendimento às Vítim<strong>as</strong> <strong>de</strong> Violência Doméstica (daqui em diante<br />

<strong>de</strong>signados por: Gabinetes <strong>de</strong> Atendimento) que registam um aumento fixo no número <strong>de</strong> c<strong>as</strong>os <strong>de</strong><br />

violência contra mulheres ao longo dos últimos anos.<br />

2<br />

OMS, O primeiro P<strong>as</strong>so para uma Resposta <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública contra a Violência Sexual em Moçambique, (Maputo,<br />

2006, p15.<br />

3<br />

MMAS, Pesquisa sobre a Violência contra <strong>as</strong> Mulheres, 2004 (<strong>UN</strong>ICEF, PNUD, OMS & <strong>UN</strong>FPA). Um total <strong>de</strong> 1927<br />

mulheres foram inquirid<strong>as</strong> na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maputo, Provínci<strong>as</strong> <strong>de</strong> Nampula, Zambézia, Manica e Sofala. A pesquisa era<br />

parte do Projecto da Pesquisa Internacional <strong>de</strong> Violência contra <strong>as</strong> Mulheres.<br />

4<br />

Também regista-se um aumento no numéro <strong>de</strong> c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> violência reportados por homens, m<strong>as</strong> na prática muitos<br />

agentes dos Gabinetes indicam que embora existem poucos c<strong>as</strong>os <strong>de</strong> violência perpetrada pel<strong>as</strong> parceir<strong>as</strong>/mulheres<br />

contra homens, esta subida tem mais à ver com uma outra tendência ou seja o maior numéro <strong>de</strong> homens que vêm<br />

queixar-se na esquadra solicitando o apoio da policia para “trazer” a esposa que abandonou o lar <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter levada<br />

porrada ou abuso. Comando Geral da Polícia, Departamento da Mulher e Criança.<br />

2

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