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Documento Sobre as Questos de VCM e Ligacao ... - UN Women

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garantir bo<strong>as</strong> condições <strong>de</strong> atendimento; a prática já vem mostrando que em muitos c<strong>as</strong>os os<br />

gabinetes carecem <strong>de</strong> meios humanos, materiais e financieros, o que tem prejudicado a qualida<strong>de</strong><br />

dos serviços prestados.<br />

O MISAU i<strong>de</strong>ntificou du<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> específic<strong>as</strong> para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vítim<strong>as</strong> <strong>de</strong> violência:<br />

tratamento <strong>de</strong> dano físico (sob a responsabilida<strong>de</strong> da Direcção Nacional <strong>de</strong> Assistência Médica) e<br />

serviços <strong>de</strong> medicina legal, sendo o Departamento <strong>de</strong> Doenç<strong>as</strong> Não Transmissíveis responsável pelo<br />

controlo epi<strong>de</strong>miológico. Em Fevereiro <strong>de</strong> 2002 um projecto <strong>de</strong> Violência b<strong>as</strong>eada no Género foi<br />

iniciado em Maputo pelo MISAU em colaboração com a Kulaya e <strong>UN</strong>FPA para formar o pessoal <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> em quatro hospitais da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maputo e em 2 centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que provi<strong>de</strong>nciam serviços<br />

<strong>de</strong> urgência 24 hor<strong>as</strong> por dia. Os primeiros resultados mostram que os provedores dos serviços <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> são muito positivos e ganharam consciência acrescida sobre <strong>as</strong> caus<strong>as</strong> <strong>de</strong> violência,<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género, direitos humanos etc. No Hospital Central <strong>de</strong> Maputo vários serviços foram<br />

integrados numa re<strong>de</strong> que inclui: serviços <strong>de</strong> urgência, medicina legal, serviços <strong>de</strong> ginecologia,<br />

serviços <strong>de</strong> pediatria, <strong>de</strong>rmatologia e <strong>de</strong> doenç<strong>as</strong> venére<strong>as</strong>, e a Kulaya e outros parceiros tais o<br />

CERPIJ para o aconselhamento <strong>de</strong> trauma psico-social. Porém, esta gama extensiva <strong>de</strong> serviços<br />

integrados só está disponível em Maputo.<br />

No momento, serviços <strong>de</strong> medicina legal estão disponíveis apen<strong>as</strong> em Maputo e Beira. Na ausência<br />

<strong>de</strong> especialist<strong>as</strong> <strong>de</strong> medicina legal formalmente treinados, a função <strong>de</strong> medicina legal é<br />

<strong>de</strong>sempenhada pelos serviços <strong>de</strong> urgência (ou por um ginecologista no c<strong>as</strong>o <strong>de</strong> estupro ou violência<br />

sexual). É então importante proporcionar aos médicos e enfermeir<strong>as</strong> dos serviços <strong>de</strong> urgência <strong>as</strong><br />

habilida<strong>de</strong>s necessári<strong>as</strong> para prestar atenção a esta tarefa importante e sensível. Sendo <strong>as</strong>sim, o<br />

sector <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> enfrenta o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> <strong>as</strong>segurar que os serviços integrados e serviços <strong>de</strong> medicina<br />

legal apropriados estão disponíveis no âmbito nacional, particularmente como a lei estipula que sem<br />

“prova” legal, acusações contra perpetradores <strong>de</strong> violência não po<strong>de</strong>m ser sustentad<strong>as</strong> em tribunal.<br />

A violência contra <strong>as</strong> mulheres foi um tema central d<strong>as</strong> organizações da socieda<strong>de</strong> civil que<br />

trabalham em prol da igualda<strong>de</strong> da mulher e do género <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos noventa. Em particular, a<br />

campanha nacional Todos Contra a Violência (TCV) foi criada juntando o governo e a socieda<strong>de</strong><br />

civil para encabeçar uma abordagem multi-sectorial, proporcionando às vítim<strong>as</strong> feminin<strong>as</strong> da<br />

violência o acesso aos serviços <strong>de</strong> aconselhamento legais, médicos e psico-sociais. Em 2000 a<br />

Fórum Mulher e su<strong>as</strong> organizações membros participaram em Março na Marcha Mundial e<br />

apresentaram ao governo uma lista <strong>de</strong> reivindicações <strong>de</strong> direitos incluindo o direito a liberda<strong>de</strong> da<br />

violência. Des<strong>de</strong> então, a violência <strong>de</strong> género continuou sendo uma questão <strong>de</strong> extrema preocupação<br />

para <strong>as</strong> organizações da socieda<strong>de</strong> civil que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m os direitos da mulher e a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género<br />

que implementaram medid<strong>as</strong> para proteger <strong>as</strong> vítim<strong>as</strong> <strong>de</strong> violência, provi<strong>de</strong>nciam serviços<br />

a<strong>de</strong>quados para <strong>as</strong> vítim<strong>as</strong>, e a revisão da legislação com o objectivo <strong>de</strong> criar instrumentos legais<br />

para penalizar a violência contra <strong>as</strong> mulheres. Além disso, a pesquisa abrangente e <strong>de</strong>talhada sobre a<br />

violência b<strong>as</strong>eada no género foi levada a cabo por parceiros locais como WLSA e CEA/UEM e<br />

muito trabalho esta sendo feito por gabinetes <strong>de</strong> atendimento da socieda<strong>de</strong> civil como Mulei<strong>de</strong>,<br />

AMMCJ, Assomu<strong>de</strong> em Marracuene, Amu<strong>de</strong>ia na Manhiça entre outros ao longo do país. Se<br />

tomarmos em conta estes serviços prestados por outr<strong>as</strong> organziações, os números apresentados pelo<br />

MINT po<strong>de</strong>rão aumentar significativamente.<br />

A <strong>VCM</strong> como <strong>as</strong>sunto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

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