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TRATADO DE SAÚDE COLETIVA - Websolution3d.com

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saúde coletiva: história recente, passado antigo 31<br />

da geografia e outros conhecimentos. Lembramos que nas análises críticas<br />

à epidemiologia mais convencional iriam se destacar as procedentes<br />

dos autores latino-americanos e que se tornariam referência internacional.<br />

De outro lado, as relações entre a epidemiologia e o planejamento<br />

têm trazido um crescimento recíproco para as duas áreas. Muitas são as<br />

questões que ainda atravessam as relações epidemiologia e ciências sociais<br />

e vice-versa, que certamente serão postas em outros momentos<br />

deste livro. Citaríamos, <strong>com</strong>o encaminhamento dessa questão, o artigo<br />

de Minayo, Assis, Deslandes & Souza (2003) cuja proposta é discutir a<br />

apropriação dos conceitos e das categorias de uma disciplina pela outra.<br />

Também sobre política e planejamento estas são apenas algumas<br />

primeiras aproximações, considerando-se que serão extensivamente analisados<br />

em diversos momentos deste livro. Lembramos que as questões<br />

do planejamento acentuam-se a partir do término da Segunda<br />

Guerra Mundial e chegam aos países subdesenvolvidos nas décadas de<br />

1950 e 1960, <strong>com</strong> o objetivo de orientar a economia e promover o<br />

desenvolvimento. A sua efetividade será contestada na década de 1970,<br />

diante dos graves problemas enfrentados pelas economias capitalistas.<br />

Salientamos que as estreitas relações do planejamento <strong>com</strong> as questões<br />

políticas fazem <strong>com</strong> que, embora ele se constitua de aspectos téc-<br />

nico-operacionais, seja imprescindível atentar para o seu caráter político.<br />

Percebemos que, em sua trajetória, o planejamento tem incorporado<br />

um rico e extenso quadro conceituai procedente das ciências sociais e<br />

humanas; no VII Congresso da Abrasco (2003), o grupo Política, Planejamento<br />

e Gestão apresentou importantes questões sobre o tema,<br />

destacando algumas das suas principais formulações na América Latina:<br />

o método Cendes/OPS, que teve em Mário Testa um destacado for-<br />

mulador; as revisões dos anos 1980, enfatizando a vertente política e<br />

inaugurando a fase estratégica do planejamento; a crise do Estado, dos<br />

anos 1990 e suas repercussões sobre o planejamento e sua retração e a<br />

necessidade de inovações nesse campo.<br />

A exposição acima delineia o que consideramos os espaços e as<br />

formações disciplinares mais consolidados. Há, entretanto, uma idéia<br />

que nos parece perfeitamente aplicável à saúde coletiva. Inicialmente<br />

desenvolvida por Pombo (2003), aponta para a possibilidade de novas<br />

configurações disciplinares a partir dos recursos postos pela inter-<br />

disciplinaridade. Assim, há prdticas de importaçã^ entendjdas_ çomo as<br />

desenvolvidas "nos limites das disciplinas especializadas e no reconhecimento<br />

da necessidade de transcender as suas fronteiras", cooptando<br />

metodologias e linguagens já <strong>com</strong>provadas.

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