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TRATADO DE SAÚDE COLETIVA - Websolution3d.com

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sobre a economia da saúde 255<br />

Para melhor dimensionar a importância do financiamento <strong>com</strong>o<br />

principal área de interesse para o conjunto dos temas em economia da<br />

saúde nos anos 1990, destacamos o trabalho de Vianna (1998) que<br />

realiza um inventário de estudos e pesquisas sobre aspectos econômicos<br />

do setor saúde pesquisados entre 1986 e 1995. Este inventário <strong>com</strong>preende<br />

um período de dez anos, e o ano-base coincide <strong>com</strong> os trabalhos<br />

preparatórios à Constituição de 1988, nos quais a questão saúde<br />

teve tratamento privilegiado em relação às constituições anteriores. Vale<br />

dizer que o período do estudo abrange desde os antecedentes à criação<br />

do SUS (1986) até os primeiros anos de sua implementação (1995).<br />

Vianna identifica a produção intelectual no campo de economia da<br />

saúde nas seguintes áreas temáticas: economia e financiamento da saúde;<br />

custos; estudos de oferta e demanda; avaliação econômica; gestão;<br />

modelo assistência); descentralização; produtividade, eficiência e qualidade;<br />

e, reforma setorial.<br />

Segundo o estudo de Vianna (1998), os 185 estudos selecionados<br />

em economia da saúde no Brasil, a despeito de algumas oscilações nesses<br />

dez anos, apresentam tendência de crescimento, passando de oito<br />

trabalhos em 1986 para 28 em 1995. É certo que tal <strong>com</strong>portamento<br />

pode ser explicado pelo agravamento do financiamento do SUS, cuja temática<br />

é freqüentemente abordada nas publicações técnicas e no cotidiano<br />

da mídia. Dessa forma, é possível entender por que o tema se destaca<br />

no campo de interesse da maioria dos estudos em economia da saúde.<br />

Para além da questão da escassez dos recursos, os lemas sobre a<br />

eficiência técnica e alocativa do sistema e a forma <strong>com</strong>o funciona o<br />

financiamento da União, particularmente no tocante à distribuição dos<br />

recursos entre os diferentes níveis de governo, também passaram a <strong>com</strong>por<br />

a agenda de debate no campo de estudo dos economistas da saúde.<br />

Mais recentemente, mas <strong>com</strong> menor destaque no inventário, nota-se a<br />

presença da eficiência alocativa e do princípio constitucional da inte-<br />

gralidade e universalidade da assistência, que <strong>com</strong>eça a receber questionamentos<br />

quanto a sua viabilidade.<br />

De maneira geral, o tema financiamento tem sido a área mais presente<br />

dentre as pesquisas em economia da saúde, isto é, correspondendo<br />

a 37,3% dos trabalhos relacionados no inventário. Em segundo e<br />

terceiro lugar, verifica-se a posição ocupada por custos (20,3%) e avaliação<br />

econômica (12,9% ). Observa-se que o tema abrangente 'outros'<br />

que reúne as áreas de oferta/demanda, eqüidade, regulação e setor privado,<br />

etc. correspondeu a somente 15% dos lemas publicados no campo<br />

de economia da saúde (Vianna, 1998).

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