Atas II EEEFis - RS - CBPF
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alcançados e as nossas expectativas, considerando que a escola não dispõe de nenhum laboratório<br />
destinado à atividade experimental. Uma avaliação preliminar realizada junto aos alunos desistentes<br />
nos mostrou que o número de estudantes interessados em tais oficinas é bem menor do que<br />
pressupúnhamos. Atribuímos isso a vários fatores: econômicos (a maioria dos alunos do ensino<br />
médio matriculados em escolas públicas são oriundos de famílias de baixa renda e muitos optam<br />
por buscar um emprego informal e mal-remunerado), culturais (a maioria dos professores da escola<br />
não tem formação em aprendizado baseado em projetos e aparentemente “não comprou” na prática<br />
a idéia de nossa proposta), falta de maturidade dos alunos e ausência de apoio familiar (alunos de<br />
famílias desestruturadas tendem a ser mais dispersos e passam a maior parte do seu tempo livre fora<br />
de casa). Neste contexto, a permanência de 50% dos alunos inicialmente inscritos no projeto piloto<br />
foi considerada pela direção da escola um fator de sucesso e nos permitiu redimensionar a nossa<br />
proposta como um todo, como será descrito mais à frente. Os projetos desenvolvidos na segunda<br />
fase, associados ao tema fontes alternativas de energia, envolveram a construção de turbinas eólicas<br />
feitas de garrafas pet e de latinhas de refrigerante, papelão, madeira e imãs de niodímio, fornos<br />
solares e sistema de aquecimento solar de água que utilizam material reciclado, modelos de usinas<br />
hidroelétricas e uma bicicleta ergométrica acoplada a um gerador, construído por uma das equipes<br />
de alunos. Para registrarmos a evolução dos projetos e o nível de motivação e comprometimento<br />
dos alunos desenvolvemos um protocologo, que será utilizado na avaliação final do projeto. Os<br />
protótipos desenvolvidos nessa segunda fase foram apresentados recentemente no evento UFMG-<br />
Jovem, organizado pelo Centro de Difusão da Ciência (CDC), órgão ligado à Pró-Reitoria de<br />
Extensão da UFMG, que reuniu escolas de várias regiões de Minas Gerais. O projeto “Inova<br />
Escola” participou do Programa Nacional de Apoio a Feiras de Ciências - Fenaceb regional,<br />
vinculado ao MEC, e ficou entre os três projetos selecionados pelo júri. Este resultado teve um<br />
impacto muito positivo entre os alunos participantes do projeto e aumentou consideravelmente a<br />
confiança de nossa equipe, além de ser muito bem recebido pela direção da escola. Também<br />
estamos participando de congressos internacionais de ensino de engenharia e de física visando<br />
divulgar nosso trabalho e obter novos subsídios para a proposta aqui exposta.<br />
5. Formação da rede Inova Escola<br />
A nossa participação na UFMG-Jovem foi vital em vários sentidos para ampliarmos o<br />
escopo de nosso projeto piloto “Inova Escola” e para a elaboração das ações prevista para a terceira<br />
etapa, que envolverá projetos mais robustos com caráter multidisciplinar. Durante o evento<br />
pudemos conhecer iniciativas isoladas de professores de outras escolas públicas que realizam<br />
projetos praticamente sem nenhum apoio financeiro. Esta constatação nos levou a redimensionar a<br />
nossa proposta e a conceber a rede “Inova Escola”. A nossa meta para a Escola Estadual Prof.<br />
Morais é limitar o número total de participantes das diversas oficinas a cerca de 50 alunos. Além<br />
disso, pretendemos substituir parte dos monitores de nossa equipe por alunos que se destacaram nas<br />
duas primeiras fases do projeto piloto em termos de liderança, entusiasmo e criatividade. Temos<br />
também estimulado a direção da escola a buscar recursos financeiros suplementares, de modo que<br />
ela passe a contribuir financeiramente para a continuidade das oficinas. Quanto às demais escolas<br />
da rede “Inova Escola”, pretendemos dar suporte metodológico aos professores e alunos envolvidos<br />
com projetos aplicados, além de acompanhamento e apoio financeiro, dentro de nossas limitações<br />
orçamentárias, o que necessariamente implicará na opção por projetos de baixo custo e,<br />
eventualmente, na busca de patrocínio para projetos mais ambiciosos. Esta iniciativa foi muito bemvinda<br />
pelos professores que se destacaram com seus projetos na UFMG-Jovem. Eles agora irão<br />
participar de um evento que estamos organizando na Escola Prof. Morais ainda em 2007 visando<br />
disseminar a nossa proposta junto a todo o corpo docente e discente daquela escola e também<br />
estabelecer uma sinergia entre os vários participantes da futura rede “Inova Escola”. Durante esse<br />
evento planejamos solicitar a pais e professores que respondam a questionários específicos de<br />
avaliação dos projetos realizados no âmbito de nosso programa. Com isso pretendemos obter uma<br />
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