APRESENTAÇÃO Almanaque do Bicentenário de Pelotas (Vol. 1
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No entorno <strong>do</strong> fac-símile da Revista encontram-se, criteriosamente posiciona<strong>do</strong>s,<br />
os textos <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res Luís Borges e Adão Monquelat. A escolha<br />
justifica-se pelo seguinte: o primeiro é um <strong>do</strong>s investiga<strong>do</strong>res pelotenses mais<br />
entusiastas no trato da obra <strong>de</strong> Simões, <strong>de</strong>dican<strong>do</strong>-se ao autor há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />
anos (em 2001 publicou, em parceria com Agemir Bavaresco, História, resistência<br />
e projeto em João Simões Lopes Neto, que recebeu, no ano seguinte,<br />
na categoria <strong>de</strong> ensaio, o Prêmio Açorianos <strong>de</strong> Literatura; bem como autor <strong>de</strong><br />
Trocan<strong>do</strong> orelhas. Ensaios <strong>de</strong> crítica, pesquisa e hermenêutica lopesnetina,<br />
<strong>de</strong> 2003; <strong>de</strong>ntre outras). A<strong>de</strong>mais, ele aporta um texto que visa penetrar em<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s aspectos da Revista que ocupa o núcleo da presente edição. O segun<strong>do</strong><br />
pesquisa<strong>do</strong>r, Adão Monquelat, foi convida<strong>do</strong> a comparecer aqui por duas<br />
razões: em primeiro lugar por ser, certamente, um daqueles que mais insuflou a<br />
retomada das investigações sobre Simões na cida<strong>de</strong>, bem como por ter colabora<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>cisivamente para o tombamento <strong>do</strong> imóvel e a fundação da, hoje, Casa <strong>de</strong><br />
Cultura João Simões Lopes Neto. Neste senti<strong>do</strong>, basta lembrar <strong>de</strong> seu artigo publica<strong>do</strong><br />
nos anos noventa, precisamente intitula<strong>do</strong> “Tributo a Simões Lopes Neto”,<br />
no qual, após dizer que o “levantamento, feito por nós, da produção literária <strong>de</strong><br />
Simões Lopes no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1897 a 1907”, <strong>de</strong>sfere: “Po<strong>de</strong>mos afirmar com absoluta<br />
convicção que, Simões Lopes escreveu os trabalhos acima em sua residência<br />
da Dom Pedro II” (Diário Popular, 10/06/1995). Em segun<strong>do</strong> lugar pelo fato <strong>de</strong><br />
Monquelat vir apresentar uma nova tese: a <strong>de</strong> que o “João Car<strong>do</strong>so”, <strong>do</strong> conto<br />
<strong>de</strong> João Simões Lopes Neto, é o mesmo indivíduo que teria institui<strong>do</strong> o primeiro<br />
estabelecimento sala<strong>de</strong>iril nas margens <strong>do</strong> Rio Piratini, no ano <strong>de</strong> 1780. Como,<br />
então, João Car<strong>do</strong>so foi parar há quilômetros <strong>do</strong> antigo forte <strong>de</strong> São Gonçalo<br />
(on<strong>de</strong> estava sua primitiva charqueada), e estabelecer-se, ainda nas margens <strong>do</strong> rio<br />
quilômetros acima, é algo que fica reserva<strong>do</strong> para o leitor <strong>do</strong> texto. Trata-se, por<br />
certo, <strong>de</strong> uma justa homenagem aos cem anos <strong>do</strong> conto O mate <strong>do</strong> João Car<strong>do</strong>so,<br />
publica<strong>do</strong>, como vimos, no jornal Diário Popular <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1912.<br />
A i<strong>de</strong>alização <strong>do</strong> <strong>Almanaque</strong> <strong>do</strong> <strong>Bicentenário</strong> <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong> (que surgiu no final<br />
<strong>de</strong> 2010) e o projeto que (elabora<strong>do</strong> em 2011) foi aprova<strong>do</strong> e financia<strong>do</strong> pelo<br />
Procultura/RS (no ano <strong>de</strong> 2012), é <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Duda e Fernan<strong>do</strong> Keiber, irmãos<br />
que integram a Gaia Cultura & Arte. Já a seleção das imagens foi realizada em<br />
parceria com Guilherme Pinto <strong>de</strong> Almeida, este promissor talento que, para nossa<br />
surpresa e contentamento, trouxe a público, em maio <strong>de</strong> 2012, uma edição<br />
eletrônica da Revista <strong>do</strong> 1º Centenário <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong> – gesto inédito até então. O<br />
projeto gráfico e a edição das imagens são assina<strong>do</strong>s pela Nativu Design, com<br />
toda a <strong>de</strong>dicação e empenho <strong>de</strong> Val<strong>de</strong>r Valeirão.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos especialmente à Secretaria <strong>de</strong> Cultura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> Sul e à empresa Josapar, bem como a to<strong>do</strong>s aqueles que, <strong>de</strong> forma direta ou<br />
indireta, contribuíram com a presente edição.<br />
Ao centenário da Revista. Ao bicentenário <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong>.<br />
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