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APRESENTAÇÃO Almanaque do Bicentenário de Pelotas (Vol. 1

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com <strong>de</strong>staque no parque industrial da cida<strong>de</strong>” (Reverbel, C. Op. cit., p. 78).<br />

Impressionam também, a nosso ver, os anúncios <strong>de</strong> armazéns, confeitarias,<br />

livrarias, lojas <strong>de</strong> roupas e <strong>de</strong> fazendas, <strong>de</strong> louças, vidros e cutelaria; as propagandas<br />

<strong>de</strong> hotel, bazar musical, floricultura e perfumaria; as fábricas (<strong>de</strong><br />

preparo <strong>de</strong> massas e moagem <strong>de</strong> café, <strong>de</strong> carros <strong>de</strong> época, <strong>de</strong> sabão e velas,<br />

<strong>de</strong> móveis, <strong>de</strong> fumos e cigarros, <strong>de</strong> malas, <strong>de</strong> cerveja, <strong>de</strong> calça<strong>do</strong>s e teci<strong>do</strong>s);<br />

as casas <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> produtos (merca<strong>do</strong>rias da França, Alemanha, Inglaterra,<br />

China, Japão), ou daquelas cujos estabelecimentos encontram-se<br />

em cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> exterior (Paris, Hamburgo, Buenos Aires) ou espalhadas pelo<br />

país (São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Pará) e também no próprio esta<strong>do</strong> (Porto<br />

Alegre, Bagé, Rio Gran<strong>de</strong>, Santa Maria, Dom Pedrito, Alegrete). Destacam-se,<br />

ainda, os bancos, companhias <strong>de</strong> seguro e profissionais liberais <strong>do</strong>s ramos<br />

imobiliário, o<strong>do</strong>ntológico, advocatício. Mas caberá ao leitor, por certo, esmiuçar<br />

a riqueza <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>stes anúncios.<br />

Por fim, se <strong>de</strong>stacamos o primeiro anúncio apresenta<strong>do</strong> por Simões na Revista, é<br />

também importante prestarmos atenção ao último. Trata-se <strong>de</strong> uma propaganda<br />

que começa a ter <strong>de</strong>staque já no segun<strong>do</strong> número da Revista: a “Socieda<strong>de</strong><br />

Rio-gran<strong>de</strong>nse protetora <strong>do</strong>s animais”. Criada em 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1911, seu primeiro<br />

presi<strong>de</strong>nte é João Simões Lopes Neto (cf. Reverbel, C. Op. cit., p. 196), o<br />

escritor que concebe uma frase impregnada <strong>de</strong> reflexão filosófica para compor<br />

o anúncio da Socieda<strong>de</strong>:<br />

Srs.<br />

Auxiliai a propaganda contra a cruelda<strong>de</strong>:<br />

sem justiça para os animais o civiliza<strong>do</strong> nivela-se ao selvagem<br />

Quan<strong>do</strong> pensamos no teor <strong>de</strong>ste anúncio e na atualida<strong>de</strong> da proposta <strong>de</strong> uma<br />

Socieda<strong>de</strong> Protetora <strong>do</strong>s Animais em <strong>Pelotas</strong>, percebemos o quão lamentável é<br />

o fato da Revista não ter si<strong>do</strong> reeditada nos últimos cem anos.<br />

Sobre a primeira charqueada e o primeiro charquea<strong>do</strong>r<br />

Talvez nenhuma outra informação constante na Revista <strong>do</strong> 1º Centenário tenha<br />

causa<strong>do</strong> tanta polêmica, nos últimos anos, quanto a informação que Simões<br />

Lopes Neto transmitiu para a posterida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que caberia a<br />

José Pinto Martins, natural <strong>do</strong> Ceará (...) a primazia na fundação (...)<br />

da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong>. Em 1780 estabeleceu uma xarqueada sobre a<br />

margem direita e a cerca <strong>de</strong> uma légua da foz <strong>do</strong> rio das <strong>Pelotas</strong> (...).<br />

Do estabelecimento <strong>de</strong> José Pinto Martins, irradiou pois, sem constestação,<br />

a fundação (no 1, p. 7).<br />

Em primeiro lugar, é preciso atentar para o seguinte fato: João Simões Lopes<br />

Neto, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a página inicial da Revista, ao abrir a seção “A fundação <strong>de</strong> <strong>Pelotas</strong>”,<br />

justificou em epígrafe:<br />

As linhas que se vão ler não [se] impõem como afirmativa intangível:<br />

representam, antes, concurso para trabalho escoima<strong>do</strong> (I<strong>de</strong>m, p. 03).

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