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Orientações em Formulações Caseiras - PET-Farmácia/UFPR

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<strong>Orientações</strong> <strong>em</strong> <strong>Formulações</strong> <strong>Caseiras</strong><br />

Farmacêutica Lilian Scoteski Carniatto<br />

Conteúdo<br />

PARTE I:<br />

Apresentação<br />

Definições; Coleta, secag<strong>em</strong> e armazenamento de plantas medicinais;<br />

Cuidados no uso de fitoterápicos;<br />

<strong>Farmácia</strong> caseira: plantas úteis no dia-a-dia;<br />

PARTE II:<br />

Boas práticas caseiras de fabricação e armazenag<strong>em</strong>;<br />

Manipulação caseira de fitoterápicos de uso interno: chás (infusos e decoctos),<br />

tinturas, alcoolaturas, xaropes, melitos, vinho medicinal<br />

PARTE III:<br />

Manipulação caseira de fitoterápicos de uso externo: pomadas, loções, cr<strong>em</strong>es,<br />

cataplasmas, compressas, banhos de assento;<br />

Chá<br />

Linhaça<br />

Frutas<br />

T<strong>em</strong>peros<br />

Plantas ornamentais tóxicas e medicinais do Brasil<br />

Glossário<br />

Bibliografia


APRESENTAÇÃO<br />

O objetivo deste mini-curso é orientar o profissional farmacêutico e os<br />

estudantes para atender uma realidade muito presente nos balcões de nossas<br />

farmácias: o uso de medicamentos caseiros elaborados a partir de fitoterápicos<br />

e produtos simples encontrados geralmente <strong>em</strong> casa ou na própria farmácia,<br />

como pomadas, cr<strong>em</strong>es e xaropes. O farmacêutico deve estar apto a atender<br />

esta d<strong>em</strong>anda, visto que <strong>em</strong> regiões mais carentes este tipo de atendimento<br />

chega a 30% das vendas diárias e mesmo nos locais de renda mais elevada há<br />

uma procura muito grande por tratamentos naturais. Também existe uma idéia<br />

muito forte, nas regiões de maior renda per capita, de “vou fazer meu próprio<br />

medicamento”, que chega quase a ser um modismo.<br />

Para entender primeiramente o significado de “medicamentos caseiros”,<br />

dev<strong>em</strong>os esclarecer que são as preparações mais simples, geralmente<br />

derivadas de plantas medicinais, como chás, infusões (que são utilizadas para<br />

lavar feridas, queimaduras, banhos medicinais), compressas, cataplasmas, até<br />

às vezes sendo usadas preparações mais elaboradas como pomadas feitas de<br />

cera de abelha e xaropes com mel e ervas medicinais, passando pelos óleos,<br />

linimentos, vinhos medicinais, inalações, pílulas, compl<strong>em</strong>entos alimentares,<br />

farinhas, etc. Na realidade exist<strong>em</strong> milhões de formas, todas válidas, e cada<br />

lugar, cada bairro, cada cidade possui suas peculiaridades.<br />

Dev<strong>em</strong>os entender que, quando entra <strong>em</strong> uma farmácia <strong>em</strong> busca de<br />

informações, o “cliente-paciente” pode ser, a rigor, de duas índoles: ou é um<br />

paciente com necessidades específicas, de baixa renda, que quer medicar um<br />

ou vários filhos a baixo custo, como quando procura um chá de calêndula para<br />

fazer banho de assento para diminuir as assaduras do bebê, ou um chá de<br />

malva para fazer bochechos para as aftas ou pequenas inflamações na boca,<br />

atos simples que irão retardar ou até impedir a sua ida ao pediatra ou ao<br />

dentista do posto de saúde, de madrugada, enfrentando filas e mauatendimento.<br />

Neste caso, t<strong>em</strong>os que verificar a real situação através de<br />

questionamentos simples e, acima de tudo, entender que se trata de um<br />

probl<strong>em</strong>a de saúde pública, de falta de atenção primária às necessidades mais<br />

básicas e simples do ser humano, e tentar aliviar a dor, o desconforto, a falta<br />

de higiene, no que houver ao alcance de nossas mãos, como profissionais da<br />

saúde que somos.<br />

Mas há também um outro caso, como já havia citado, uma outra “índole”: o<br />

consumidor que entra na farmácia e que, durante o final de s<strong>em</strong>ana, fez um<br />

“curso” sobre plantas medicinais, e que acha que sabe tudo ou, pior, quer<br />

testar se os conhecimentos que recebeu são “sérios”. Creio positivamente que<br />

esse é o caso pior, pois se no primeiro há somente a busca pelo medicamento<br />

como fim, neste há primeiro que se filtrar a essência do que o “cliente” precisa,<br />

verificar quais foram as supostas “verdades” que ele aprendeu, descobrir quais<br />

foram as inverdades da maioria dos casos, e, com todo o tato e educação,<br />

responder às questões de forma segura, para que essa pessoa passe a confiar<br />

no trabalho do farmacêutico. Este é o paciente que irá lhe pedir produtos mais<br />

acabados, por ex<strong>em</strong>plo “Você t<strong>em</strong> álcool 70%?” “Trabalha com álcool de


cereais?” “Pode me vender cr<strong>em</strong>e base?” “Você manipula gel base?” E por aí<br />

vai...<br />

Finalizando, nosso objetivo então é listar as formas de manipulação possíveis<br />

de ser<strong>em</strong> realizadas <strong>em</strong> casa, sob orientação profissional, de forma segura,<br />

s<strong>em</strong> agredir a saúde da população e promovendo alívio para pequenos males.<br />

Para iniciarmos uma atenção farmacêutica eficiente <strong>em</strong> fitoterápicos, t<strong>em</strong>os<br />

que ter <strong>em</strong> mente:<br />

Indicação e dosag<strong>em</strong><br />

Parte da planta a ser utilizada<br />

Principal sintoma <strong>em</strong> caso de superdosag<strong>em</strong><br />

Modo de preparo (externo/interno, chá/cataplasma/tintura/infuso)<br />

Toxicidade e níveis de segurança, principais contra-indicações<br />

Busca de informações regionais<br />

Utilizar plantas conhecidas<br />

Ter conhecimento sobre plantas tóxicas e ornamentais, envenenamento e<br />

primeiros socorros.<br />

Em caso de dúvida, pesquisar antes de utilizar.<br />

Com cuidados simples, pod<strong>em</strong>os manipular a planta medicinal <strong>em</strong> nosso<br />

ambiente utilizando todo o princípio curativo elaborado pela natureza a nosso<br />

OBTENDO FITOTERÁPICOS DE QUALIDADE<br />

Obviamente, nosso objetivo não é ensinar a plantar, n<strong>em</strong> a colher, n<strong>em</strong> a secar.<br />

Mas a razão de abordar esses tópicos rapidamente é uma só: o cliente, no<br />

balcão da farmácia, vai perguntar, terá dúvidas, pois ele t<strong>em</strong> ou conhece<br />

alguém que t<strong>em</strong> uma planta no quintal e ele quer saber pra que serve, se pode<br />

usar, como faz pra secar. E isso acontece <strong>em</strong> todas as farmácias <strong>em</strong> qualquer<br />

lugar, seja no Batel, no Ahú, <strong>em</strong> Santa Felicidade ou no Boqueirão.<br />

ÉPOCA DE COLHEITA<br />

Raízes: quando as partes que estão sobre o solo estiver<strong>em</strong> secas. Geralmente<br />

isto ocorre no outono;<br />

Hastes, caules e ramos: quando estiver<strong>em</strong> b<strong>em</strong> desenvolvidos, mas antes da<br />

formação dos botões;<br />

Flores: pouco antes de formar<strong>em</strong> s<strong>em</strong>entes;<br />

Cascas: quando a planta estiver adulta. Depois que florir e der frutos;<br />

Frutos carnosos: pouco antes do fruto estar completamente maduro;<br />

S<strong>em</strong>entes: quando elas estiver<strong>em</strong> b<strong>em</strong> maduras e começar<strong>em</strong> a secar;<br />

Plantas inteiras: quando já iniciou a formação e a abertura dos botões, antes<br />

das flores abrir<strong>em</strong>;<br />

TÉCNICA DE COLHEITA<br />

- O horário apropriado é pela manhã, após a evaporação total do orvalho;<br />

- Em dias muito quentes deve-se fazer a colheita no fim da tarde. Essa<br />

informação não t<strong>em</strong> nada de transcedental, deve-se ao fato de que água


d<strong>em</strong>ais na planta interfere na qualidade final da mesma, retarda a secag<strong>em</strong> e<br />

favorece a decomposição de substâncias importantes;<br />

- As plantas dev<strong>em</strong> ser colhidas e transportadas <strong>em</strong> grades ou caixas arejadas<br />

para que haja ventilação. Nunca <strong>em</strong> sacos plásticos pois estes imped<strong>em</strong> a<br />

ventilação e favorec<strong>em</strong> o aparecimento de fungos;<br />

- Evitar a mistura de ervas durante a colheita e na hora da secag<strong>em</strong>, para que<br />

as plantas mantenham suas características puras;<br />

- Não colher plantas que estejam com manchas;<br />

- Evitar que as plantas estejam com terra, com exceção das raízes;<br />

- Evitar colher plantas que estejam próximas a poluição, estradas e<br />

agrotóxicos.<br />

SECAGEM<br />

- Separar plantas imperfeitas;<br />

- Espalhar sobre uma superfície, <strong>em</strong> camadas de no máximo 5 centímetros;<br />

- Mexer de vez <strong>em</strong> quando, a cada 2 ou 3 dias;<br />

- Secar <strong>em</strong> local arejado, à sombra e s<strong>em</strong> umidade;<br />

- Secar as espécies separadas;<br />

- Estará completamente seco quando, ao amassar uma quantidade, a mesma<br />

esfarelar.<br />

ARMAZENAMENTO:<br />

- Ideal: <strong>em</strong> vidros limpos, secos, inodoros e protegidos de luz. Porém, na falta<br />

de um bom vidro âmbar de boca larga, pod<strong>em</strong> ser armazenadas <strong>em</strong> potes<br />

plásticos b<strong>em</strong> fechados.<br />

- Fabricar um rótulo simples com os dados da planta: nome, data da secag<strong>em</strong>,<br />

prazo de validade (<strong>em</strong> geral 1 ano após a secag<strong>em</strong> para as plantas utilizadas<br />

<strong>em</strong> casa)<br />

CUIDADOS NA INDICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS:<br />

- Primeiro l<strong>em</strong>brar s<strong>em</strong>pre que são medicamentos;<br />

- Dev<strong>em</strong> ser orientados de forma racional;<br />

- Só deve orientar o uso qu<strong>em</strong> tenha informação sobre o fitoterápico <strong>em</strong><br />

questão;<br />

- Como todo medicamento, t<strong>em</strong> indicações, contra-indicações e efeitos<br />

colaterais; saber quais são ajuda a desmistificar a fitoterapia;<br />

- As doses terapêuticas são b<strong>em</strong> diversificadas, portanto é útil mudar algumas<br />

terminologias: aqui não ter<strong>em</strong>os 1 cápsula 3x ao dia, e sim 1 colher de chá de<br />

3 a 6x ao dia, 1 colher de sobr<strong>em</strong>esa s<strong>em</strong>pre que tossir, 1 cálice após as<br />

refeições.<br />

MEDIDAS PRÁTICAS CASEIRAS (aproximadas)


EQUIVALÊNCIAS<br />

1 copo de vidro comum = 150 a 200ml<br />

1 xícara de chá (grande) = 150 ml<br />

1 xícara de café (pequena) = 50 ml<br />

1 COLHER DE CHÁ – 5 ML<br />

1 COLHER DE SOBREMESA – 10 ML<br />

1 COLHER DE SOPA – 15 ML<br />

As doses menores que 5 ml costumam ser<strong>em</strong> administradas <strong>em</strong> frações da colher de chá ou <strong>em</strong><br />

gotas.<br />

EQUIVALÊNCIA EM VOLUMES E GRAMAS<br />

DAS DIFERENTES MEDIDAS USUAIS<br />

UNIDADES Peso/Volume<br />

1 colher de chá de raízes ou cascas secas 5g<br />

1 colher de chá de folhas secas 2g<br />

1 colher de chá de folhas frescas 4g<br />

1 colher de sopa de raízes ou cascas secas 10g<br />

1 colher de sopa de folhas secas 7g<br />

1 colher de sopa de folhas frescas 9g<br />

1 copo americano 250mL<br />

1 gota 0,05mL<br />

1 litro 1000mL<br />

½ litro 500mL<br />

¼ litro 250mL<br />

¼ de xícara 60mL<br />

1/3 de xícara 80mL<br />

½ xícara 120mL<br />

1 xícara 240mL<br />

PLANTA SECA TRITURADA<br />

1 colher sopa cheia – 4 a 5 g de folhas<br />

3 g de flores<br />

10 g de raízes<br />

1 colher sopa rasa – 2g de folhas<br />

1 g de flor<br />

5g de raízes<br />

1 colher de chá cheia – 2 a 3 g de folhas.


1 colher de café cheia – 1g de fruto seco . Ex<strong>em</strong>plo: funcho<br />

TINTURA<br />

É um líquido mais leve que a água, contém mais gotas por ml.<br />

1ml = 50 gotas de tintura (1 ml = 24 gotas de água).<br />

1 colher de sopa= aproximadamente 9 ml de tintura.<br />

TABELA DE CONSERVAÇÃO<br />

Material vegetal Prazo de validade Recomendações Sinais de alteração<br />

Planta seca 1 ano Embalagens escuras Ausência de coloração<br />

características,<br />

presença de fungos e<br />

manchas.<br />

Pó 6 meses Embalagens escuras Descoloração, presença<br />

de fungos.<br />

Tintura 1 ano Vidro âmbar Mudança de coloração,<br />

precipitação acentuada.<br />

Infuso e decocto 24 horas Guardar <strong>em</strong> geladeira Aroma e sabor<br />

ou local fresco desagradáveis, bolor.<br />

Garrafada 1 ano Vidro âmbar Perda de cor e<br />

precipitação do<br />

material<br />

Xarope 3 meses Vidro âmbar e local Perda da coloração e<br />

fresco<br />

presença de fungos<br />

Pomada 6 meses Embalagens opacas Manchas escuras e<br />

fungo, odor<br />

desagradável.<br />

FONTE: SILVA; Petronildo B. da Silva; AGUIAR, Lucia Helena; MEDEIROS, Cleide Faria. O papel<br />

do professor na produção de medicamentos fitoterápicos. Química Nova na Escola. n<br />

11. maio 2000.<br />

FARMÁCIA CASEIRA<br />

PRINCIPAIS INFUSÕES E SUAS VIRTUDES MEDICINAIS:


Ervas Propriedades<br />

Alcachofra digestivo, combate colesterol alto<br />

Amora<br />

diurético, combate pressão alta e é muito indicado para<br />

diabéticos<br />

Arnica<br />

ajuda no tratamento contra reumatismo e dores causadas<br />

por traumatismos<br />

Art<strong>em</strong>ísia combate cólica menstrual<br />

Assa-peixe ajuda no tratamento a gripes fortes, bronquites e tosses<br />

Boldo-do-chile indicado para desconfortos estomacais e intestinais<br />

Camomila calmante, auxilia na digestão e cólicas menstruais<br />

Capim-limão<br />

ajuda a combater insônia, dores de cabeça, palpitações e<br />

gases<br />

Carqueja disgetivo, t<strong>em</strong> ação <strong>em</strong> dietas de <strong>em</strong>agrecimento<br />

Cáscara<br />

Sagrada<br />

laxante, também t<strong>em</strong> ação <strong>em</strong> dietas de <strong>em</strong>agrecimento<br />

Castanha-da-<br />

Índia<br />

combate má circulação, varizes e h<strong>em</strong>orróidas<br />

Catuaba energético, é usado como afrodisíaco<br />

Cavalinha<br />

diurético, é usado também para combate de hipertensão e<br />

má circulação<br />

Centella asiáticaé indicado para tratamento de celulite e gordura localizada<br />

Chapéu-decouro<br />

diurético, previne gordura localizada e celulite<br />

Cordão-de-fradecombate cólicas menstruais<br />

Dente-de-leão rico <strong>em</strong> potássio, é desintoxicante<br />

Douradinha diurético, é usado para combater infecções na pele<br />

Erva-de-bicho usado para tratamento de h<strong>em</strong>orróidas e infecções urinárias<br />

Erva-de-bugre<br />

cicatrizante, é utilizada para combate desde úlceras e<br />

gastrites<br />

Erva-doce combate gases intestinais e cólicas<br />

Espinheirasanta<br />

usado para tratamento de gastrite e úlcera<br />

Eucalipto expectorante, desobstrui vias respiratórias<br />

Ginko-Biloba<br />

atua nos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento e<br />

surgimento de doenças; eficaz na labirintite<br />

Goiabeira<br />

usado para combate de infecções na garganta e boca, e no<br />

combate incontinência urinária<br />

Guaco<br />

expectorante, é usado para tratamento de tosse, bronquite,<br />

resfriados<br />

Hortelã<br />

relaxante, atua contra azias e náuseas, estimula funções<br />

cardíacas<br />

Jasmim diurético, também é estimulante de funções cardíacas<br />

Jurubeba<br />

combate an<strong>em</strong>ia e outros males provocados por disfunções<br />

do fígado<br />

Macela do<br />

campo<br />

antiinflamantório, atua no sist<strong>em</strong>a digestivo<br />

Manjericão<br />

combate males provocados por disfunções do fígado e alívio<br />

de dores de cabeça<br />

Maracujá calmante, combate também insônia, dores de cabeça<br />

Melissa<br />

Calmante, também e utilizado para combate de gastrite<br />

crônica<br />

Porangaba<br />

diuretico, é usado como auxiliador <strong>em</strong> dietas de<br />

<strong>em</strong>agrecimento<br />

Quebra-pedra combate cálculos renais e infecções de vias urinárias


Rosa Branca laxante, também combate inflamações uterinas<br />

Sene-folha laxante, t<strong>em</strong> função de regulador intestinal<br />

Sete-sangrias combate arteriosclerose, hipertensão e palpitações<br />

Tomilho<br />

estimulante, é usado também para cólicas e desconfortos<br />

intestinais<br />

BOAS PRÁTICAS CASEIRAS DE FABRICAÇÃO E ARMAZENAGEM<br />

Utilizar equipamentos limpos e esterilizados: utensílios como panelas, facas,<br />

colheres e tabuleiros dev<strong>em</strong> estar completamente limpos, com água e sabão e<br />

b<strong>em</strong> enxaguados e ser<strong>em</strong> usados apenas para plantas medicinais.<br />

Nunca misturar o preparo dos medicamentos com preparo de comida ou<br />

outros fins. Após a lavag<strong>em</strong> dos materiais, passar um pano b<strong>em</strong> limpo<br />

<strong>em</strong>bebido <strong>em</strong> álcool, se possível, <strong>em</strong> todos os utensílios e na mesa onde serão<br />

feitos os preparados. Isso irá esterilizar o material que será utilizado,<br />

prevenindo contaminação por bactérias, fungos e esporos.<br />

Usar utensílios de aço inoxidável, vidro, porcelana ou esmaltados no<br />

preparo das diversas formulações. Não usar barro, ferro, cerâmica, alumínio,<br />

pois além da cessão de componentes para a formulação, a degradação das<br />

preparações é maior.<br />

Lavar b<strong>em</strong> as mãos antes de iniciar o processo, principalmente <strong>em</strong>baixo das<br />

unhas, entre os dedos e palmas das mãos. Utilizar sabão que não deixe cheiro<br />

n<strong>em</strong> gosto. Se possível, passar álcool também nas mãos, para desinfecção.<br />

S<strong>em</strong>pre que parar a manipulação para atender outro assunto, ir ao banheiro,<br />

ausentar-se do local, mexer com dinheiro ou comida, lavar novamente as mãos<br />

e passar álcool <strong>em</strong> seguida.<br />

Ter um local definido para a manipulação. Pode ser uma mesa, tablado,<br />

aparador, qualquer superfície lisa, o menos porosa possível. O ideal seria uma<br />

mesa revestida <strong>em</strong> fórmica, mas na ausência desta, uma mesa previamente<br />

limpa com água e sabão pode ser utilizada. Antes de iniciar a manipulação,<br />

passar álcool sobre o local que será utilizado.<br />

Não deixar comida e materiais de cheiro forte perto da mesa onde serão<br />

preparados os medicamentos. Utilizar local ventilado, porém não ao ar livre.<br />

Não deixar animais no local, se possível proteger janelas e portas com tela,<br />

para evitar insetos.<br />

Utilizar somente água filtrada e fervida, ou, se possível, destilada.<br />

PROCESSOS PARA UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS<br />

INFUSÃO: derramar água fervente sobre a planta picada numa vasilha, tampar<br />

e deixar esfriar por 10 minutos. Usa-se para partes mais delicadas da planta:<br />

folhas e flores. A água que forma-se na tampa deve ser retornada à<br />

preparação, pois é onde ficam mais concentrados os óleos essenciais.<br />

Portanto, “sacudir” a tampa é o correto mesmo e tampar é fundamental: a<br />

infusão trabalha principalmente com a extração dos compostos aromáticos e<br />

voláteis.


DECOCÇÃO: colocar as ervas numa vasilha com água e levar ao fogo. Ferver<br />

durante 10 a 20 minutos. Usa-se para raízes, rizomas, madeira, caule, cascas<br />

ou s<strong>em</strong>entes. São partes mais duras que dev<strong>em</strong> ser picadas e aconselha-se<br />

deixar durante a noite na água antes da decocção. Filtrar <strong>em</strong> seguida ao<br />

término da fervura, pois são partes com grande concentração de taninos e<br />

compostos oxidáveis, que pod<strong>em</strong> alterar o gosto do preparado.<br />

MACERAÇÃO: colocar as ervas de molho durante 8 a 24 horas <strong>em</strong> líquidos na<br />

t<strong>em</strong>peratura ambiente: água ou vinho, cachaça, graspa ou mistura de água e<br />

álcool. As partes mais duras ficam mais t<strong>em</strong>po no líquido. Neste processo os<br />

minerais e vitaminas são mais aproveitados. Não são expelidos pelo vapor<br />

como nos processos anteriores.<br />

TINTURA: usa-se de 25 a 80% de ervas e completa-se com álcool (neutro, de<br />

cereais) com maior ou menor graduação, dependendo da planta, esse dado<br />

pode ser obtido nas monografias, mas de maneira geral 90% das plantas<br />

medicinais são extraídas <strong>em</strong> álcool a 65%.<br />

Preparação:<br />

- Pesar o álcool <strong>em</strong> um recipiente adequado e compatível com a quantidade.<br />

- Pesar a quantidade de água <strong>em</strong> outro recipiente adequado e compatível com<br />

a quantidade.<br />

- Misturar com auxilio de uma espátula.<br />

- Pesar a quantidade de planta <strong>em</strong> um recipiente adequado de boca larga e<br />

compatível com a quantidade e adicionar o álcool preparado anteriormente.<br />

- Homogeneizar com auxilio de uma espátula<br />

- Deixar <strong>em</strong> maceração por 7 – 15 dias <strong>em</strong> um recipiente de boca larga com<br />

tampa, misturando diariamente.<br />

- Identificar<br />

- Após o t<strong>em</strong>po de maceração filtrar <strong>em</strong> uma peneira e posteriormente <strong>em</strong><br />

papel de filtro.<br />

- Identificar a tintura com nome da planta, data de fabricação e validade.<br />

Prazo de validade: 6 meses a 1 ano.<br />

TINTURAS OBTIDAS POR MACERAÇÃO<br />

1- TINTURA DE ARNICA (Arnica montana)<br />

Preparação: Álcool 70%.<br />

Composição: esteroides antiinflamatórios tópicos, entre outros componentes.<br />

Características: liquido amarelo acastanhado, com cheiro característico de<br />

arnica e sabor amargo.<br />

Uso externo: <strong>em</strong> contusões e como antiinflamatório.<br />

2- TINTURA DE CAMOMILA (Camomila recutita)<br />

Preparação: pó grosso, a 20% , <strong>em</strong> álcool 65%.<br />

Composição: azuleno, apigenina, entre outros componentes.<br />

Uso externo - antialérgico e antiinflamatório.<br />

3- TINTURA DE HAMAMELIS (Hamamelis virginiana)


Preparação: pó grosso, a 20% , <strong>em</strong> álcool 60%.<br />

Composição: tanino, acido galico, substancias amargas, entre outros<br />

componentes.<br />

Características: liquido castanho esverdeado, de sabor adstringente.<br />

Uso externo: Vaso constritor no tratamento de varizes e flebites<br />

4- TINTURA DE ABACATE (Persea americana L)<br />

Preparação: 25g do pó da s<strong>em</strong>ente para 700 ml de álcool (96ºGL) e 300ml de<br />

água filtrada ou fervida. Deixar <strong>em</strong> maceração durante 8-10 dias. Após filtrar.<br />

Composição (s<strong>em</strong>ente): óleo volátil, resina, acido malico, taninos, ácidos<br />

graxos, entre outros componentes.<br />

Uso externo: Fricções <strong>em</strong> áreas doloridas.<br />

5- TINTURA DE ALECRIM (Rosmarinus officinalis L)<br />

Preparação: 6 colheres de sopa de flores e ou folhas secas <strong>em</strong> 700 ml (96ºGL)<br />

e 300 ml de água fervida. Macerar por 8-10 dias. Filtrar.<br />

Composição: óleo essencial rico <strong>em</strong> cineol, cânfora, terpenos, saponinas,<br />

ácidos fenólicos e flavonoides, entre outros componentes.<br />

Uso externo: Dores articulares, contusões (manchas roxas decorrentes de<br />

pancadas) e fadiga muscular.<br />

7 - TINTURA DE ALFAVACA (Ocimum basilicum L)<br />

Preparação: 5 colheres de sopa de folhas secas <strong>em</strong> 700 ml (96ºGL) e 300 ml<br />

de água fervida. Macerar por 8-10 dias. Filtrar. Aplica-se sobre a região afetada<br />

na forma de fricção ou compressas.<br />

Composição: estragol,linalol, cineol, cânfora , eugenol, cinamto de metila ,<br />

timol, citrol, entre outros componentes.<br />

Uso externo: Dermatoses (afecções da pele), fadiga muscular e inflamações.<br />

8 - TINTURA DE MASTRUÇO, MASTRUZ (Chenopodium ambrosioides L).<br />

Preparação: 1 colher de sopa de folhas <strong>em</strong> 700 ml (96ºGL) e 300 ml de água<br />

fervida. Macerar por 8-10 dias. Filtrar.<br />

Composição: óleo essencial; as folhas t<strong>em</strong> derivados flavonicos tais como<br />

campferol 7-ramnosideo, ambrosideo e quercetina, entre outros componentes.<br />

Uso externo: Antiinflamatório e antiartritico . Aplica-se sobre a região afetada na<br />

forma de fricção e massagens nas articulações doloridas.<br />

BANHO: faz-se uma infusão ou decocção 5 a 10x mais concentrada que deve<br />

ser coada e misturada na água do banho (banho de assento). Outra maneira<br />

indicada é colocar as ervas <strong>em</strong> um saco de pano firme e deixar boiando na<br />

água do banho. Os banhos pod<strong>em</strong> ser parciais ou de corpo inteiro, e são<br />

normalmente indicados 1 vez por dia. Caso a pessoa não disponha de<br />

banheira, pode-se colocar o saco de pano com as ervas amarrado na ducha do<br />

chuveiro.<br />

1- AMORA ( Morus nigra L familia Moraceae))<br />

BANHO PARA ECZEMA<br />

Coloque 20g de casca de amoreira <strong>em</strong> 2 litros de água fria e deixe ferver<br />

lentamente por 15 minutos.


Acrescente 30g de folhas e ferva por 5 minutos.<br />

Filtre e derrame o líquido <strong>em</strong> uma banheira cheia de água.<br />

O paciente deve permanecer imerso por no mínimo 30 minutos.<br />

Este banho é eficaz para acalmar a coceira provocada pelo ecz<strong>em</strong>a.<br />

Pode ser feito a noite, pouco antes da hora de dormir.<br />

2- ERVA CIDREIRA (Melissa officinalis L, família Labiatae).<br />

BANHO RELAXANTE<br />

Colocar 100g de folhas <strong>em</strong> 2 Litros de água quente.<br />

Deixe ferver por 5 minutos e depois filtre.<br />

Derrame o líquido numa banheira cheia de água e deite-se na água.<br />

3- HORTELÃ PIMENTA (Mentha piperita L, família Labiatae).<br />

BANHO ESTIMULANTE<br />

Colocar 50g de folhas <strong>em</strong> 1 litro de água quente.<br />

Deixe ferver por 3 minutos <strong>em</strong> fogo brando e depois filtre.<br />

Derrame o líquido numa banheira cheia de água e deite-se na água.<br />

4- ALECRIM (Rosmarinus officinalis L, familia Labiatae).<br />

BANHO CONTRA CANSAÇO<br />

Colocar 80g de folha de alecrim <strong>em</strong> 1 litro de água e ferver por 5 minutos.<br />

Filtrar e misturar <strong>em</strong> uma banheira com água.<br />

Deite na água.<br />

5- CALÊNDULA (Calendula officinalis)<br />

BANHO CONTRA ASSADURAS<br />

Colocar 100g de flores <strong>em</strong> 1 litro de água<br />

Deixar ferver por 5 minutos <strong>em</strong> recipiente tampado.<br />

Derrame o líquido <strong>em</strong> uma banheira rasa com água, deixando a t<strong>em</strong>peratura<br />

de morna para fria.<br />

A criança deverá ficar nesse banho de assento por 15 a 20 minutos, podendo<br />

ser repetido quantas vezes ao dia for<strong>em</strong> necessárias. A calêndula é <strong>em</strong>oliente,<br />

cicatrizante e anti-inflamatória de uso tópico.<br />

Esse banho é eficaz para diminuir a irritação e sensibilidade da pele <strong>em</strong><br />

assaduras extensas.<br />

CATAPLASMA: São obtidas por diversas formas:<br />

amassar as ervas frescas e b<strong>em</strong> limpas, aplicando diretamente sobre a parte<br />

afetada ou envolvidas <strong>em</strong> um pano fino ou gaze;<br />

as ervas secas pod<strong>em</strong> ser reduzidas a pó, misturadas <strong>em</strong> água, chás ou outras<br />

preparações e aplicadas envoltas <strong>em</strong> pano fino sobre as partes afetadas;<br />

pode-se ainda utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água,<br />

geralmente quente, com a planta fresca ou seca triturada.<br />

COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que atua pela<br />

penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos, chumaços<br />

de algodão ou gaze <strong>em</strong>bebidos <strong>em</strong> um infuso 5x mais concentrado, decocto,<br />

sumo ou tintura da planta dissolvida <strong>em</strong> água. A compressa pode ser quente ou<br />

fria. Outra forma é molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado,<br />

cobrindo com a outra ponta da toalha seca, para conservar o calor.


OLHEIRAS:<br />

Na luta contra as olheiras, qu<strong>em</strong> nunca experimentou rodelas de pepinos? As<br />

receitas caseiras também funcionam. No caso do pepino o segredo é a<br />

t<strong>em</strong>peratura: quanto mais fria, maior a vasoconstrição local e mais rápido<br />

promove-se o desinchamento. Outros ingredientes pod<strong>em</strong> combater inchaços e<br />

dar um aspecto mais claro às olheiras, como o chá de camomila gelado e o<br />

mel, para isso basta misturar 1 colher de sopa de mel, 1/2 xícara (café) de chá<br />

de camomila e 1 tirinha de gelatina <strong>em</strong> folha. Esperar a gelatina amolecer,<br />

formando um gel, e aplicar sobre os olhos deixando agir por 15 minutos. Lavar<br />

com água gelada. A gelatina, nessa formulação, t<strong>em</strong> uma ação curiosa: além<br />

de ser usada para evitar que a formulação “escorra”, também possui a<br />

propriedade de condicionar os cílios, deixando-os fortes e longos.<br />

COMPRESSAS e CATAPLASMAS<br />

1- CONFREI (Symphytum officinale L)<br />

Preparação: Aplicar a folha fresca amassada sobre a pele no local do ferimento<br />

Composição: mucilagens, taninos e alantoína. As raízes cont<strong>em</strong> alcalóides<br />

pirrolidínicos e acido clorogenico e cafeico, entre outros.<br />

Uso externo: Cicatrização.<br />

Compressas contra queimaduras<br />

Ferver durante 20 minutos 3 colheres de chá de raiz moída <strong>em</strong> ½ litro de água.<br />

Coe por um tecido limpo.<br />

Aplique compressas nas partes atingidas.<br />

2-Cataplasma de folhas de mastruz<br />

( Chenopodium ambrosioides L).<br />

Após a coleta, folhas frescas são lavadas com solução fisiológica 0,9% ,<br />

trituradas e amassadas. A cataplasma é preparada no momento do uso com 5g<br />

deste material <strong>em</strong> 1 ml de solução fisiológica 0,9%.<br />

Usar por 10 dias.<br />

Uso externo: contusões e manchas roxas.<br />

3- Alface (Lactuca sativa L. familia Compositae)<br />

Contra irritação dos olhos<br />

Limpe b<strong>em</strong> ,lavando algumas folhas de alface fresca.<br />

Amasse b<strong>em</strong>, reduzindo-as a uma papa.<br />

Espalhe sobre uma gaze e aplique compressas nos olhos por 15 minutos.<br />

É recomendável fazer a noite antes de deitar.<br />

4- ARNICA (Arnica montana L)<br />

Para aliviar dores musculares e entorses<br />

Coloque 20ml de tintura de arnica <strong>em</strong> 50ml de glicerina e 60ml de água.<br />

Aplique compressas nos locais afetados.


INALAÇÃO: Esta preparação utiliza a combinação do vapor de água quente<br />

com aroma das substâncias voláteis das plantas aromáticas, é normalmente<br />

recomendada para probl<strong>em</strong>as do aparelho respiratório. Colocar a erva a ser<br />

usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de sopa<br />

da erva fresca ou seca <strong>em</strong> 1/2 litro d'água, aspirar lentamente (contar até 3<br />

durante a inspiração e até 3 quando expelir o ar), prosseguir assim<br />

ritmicamente por 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver<br />

contínua produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro papel duro);<br />

ou ainda uma toalha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha, para facilitar a<br />

inalação do vapor. No caso de crianças deve-se ter muito cuidado, pois há<br />

riscos de queimaduras, pela água quente e pelo vapor, por isso é recomendado<br />

o uso de equipamentos elétricos especiais para este fim.<br />

PÓS: Pod<strong>em</strong>os, a partir de uma planta medicinal disponível, transformá-la <strong>em</strong><br />

pó para uso caseiro, devendo neste caso proceder à secag<strong>em</strong> completa da<br />

plnata e sua posterior trituração. É um processo um pouco d<strong>em</strong>orado, mas<br />

produz grandes resultados.<br />

Hortelã <strong>em</strong> pó: Mentha villosa (hortelã-comum, hortelã-rugosa)<br />

Forno<br />

Liquidificador ou pilão<br />

Peneira<br />

Colher<br />

PROCEDIMENTO<br />

Ligue o forno a 200 °C e o mantenha ligado por 15 minutos. Passado este<br />

t<strong>em</strong>po, desligue-o!<br />

Higienize e sanitize todos os utensílios e a bancada que serão utilizados.<br />

Separe as folhas de menta dos talos e corte-as grosseiramente.<br />

Espalhe as folhas de menta sobre uma assadeira formando uma camada fina.<br />

Seque a menta no forno com a porta entreaberta. De t<strong>em</strong>pos <strong>em</strong> t<strong>em</strong>pos, mexa<br />

um pouco as folhas com auxílio de uma espátula para que sequ<strong>em</strong> por igual.<br />

As folhas estarão no ponto de secag<strong>em</strong> correto quando esfarelar<strong>em</strong> na mão<br />

com facilidade.<br />

Moa no liquidificador rapidamente e peneire <strong>em</strong> seguida. Se houver muitas<br />

partículas grandes e você quiser ter um maior rendimento, repita a moag<strong>em</strong>.<br />

Armazene <strong>em</strong> frascos b<strong>em</strong> fechados, de preferência de vidro.<br />

INDICAÇÕES<br />

Usada <strong>em</strong> casos de amebíase e giardíase.<br />

POSOLOGIA<br />

Para crianças de 5 a 13 anos, ¼ de colher de café 3 vezes ao dia, por 5 dias<br />

seguidos.<br />

Para crianças maiores e adultos: ½ colher de café 3 vezes ao dia, por 5 dias<br />

seguidos.<br />

Repetir o tratamento após 10 dias.<br />

GARGAREJO: Usado para combater afecções da garganta, amigdalites e mau<br />

hálito. Faz-se uma infusão concentrada e gargareja quantas vezes for


necessário. Ex.: Sálvia (mau hálito), tanchag<strong>em</strong>, malva e romã (amigdalites e<br />

afecções na boca).<br />

SUCO OU SUMO: Obtém-se o suco espr<strong>em</strong>endo-se o fruto e o sumo ao triturar<br />

uma planta medicinal fresca num pilão ou <strong>em</strong> liqüidificadores e centrífugas. O<br />

pilão é mais usado para as partes pouco suculentas. Quando a planta possuir<br />

pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e<br />

triturar novamente após uma hora de repouso, recolher então o líquido<br />

liberado. Como as anteriores, esta preparação também deve ser feita no<br />

momento do uso.<br />

XAROPE: Os xaropes são utilizados normalmente nos casos de tosses, dores<br />

de garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se inicialmente uma calda<br />

com açúcar (cristal, d<strong>em</strong>erara, mascavo, rapadura) na proporção de 1 1/2 a 2<br />

partes para cada 1 parte de água, <strong>em</strong> volume, por ex<strong>em</strong>plo, 1 1/2 a 2 xícaras<br />

de açúcar para cada xícara de água. A mistura é levada ao fogo e, <strong>em</strong> poucos<br />

minutos há completa dissolução e a calda estará pronta, com maior ou menor<br />

consistência, conforme desejado, então são adicionadas as plantas<br />

preferencialmente frescas e picadas, coloca-se <strong>em</strong> fogo baixo e mexe-se por 3<br />

a 5 minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado <strong>em</strong> frasco de vidro.<br />

Se for desejada a adição de mel ou <strong>em</strong> substituição ao açúcar, não se deve<br />

aquecer, neste caso adiciona-se apenas o suco da planta ou a decocção ou<br />

infusão frios. A quantidade de plantas a ser adicionada <strong>em</strong> cada xarope é<br />

variável segundo a espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15<br />

dias na geladeira, mas se for<strong>em</strong> observados sinais de fermentação, ele deve<br />

ser descartado. Obviamente, os xaropes, devido à grande quantidade de<br />

açúcar, não dev<strong>em</strong> ser usados por diabéticos.<br />

XAROPE SIMPLES PARA BRONQUITE:<br />

Lave b<strong>em</strong><br />

mentruz,<br />

folha de mangueira,<br />

folhas de eucalipto,<br />

folhas de guaco,<br />

folhas de poejo<br />

Em uma panela pequena, pique as folhas grosseiramente com tesoura ou faca,<br />

cubra com açúcar e deixe derreter <strong>em</strong> fogo baixo, mexendo pouco. Após<br />

derreter o açúcar, apague o fogo e acrescente duas colheres de sopa de água<br />

filtrada fria, tampe e deixe esfriar. Filtre para separar as folhas do líquido, e<br />

acrescente 2 colheres de sopa de mel. O mel não deve ser esquentado. Vá<br />

tomando de colheradas várias vezes ao dia. Essa preparação adicionada de<br />

mel é também chamada de Melito.<br />

XAROPE PARA TOSSE SECA<br />

Althea officinalis E.F. 2,5%<br />

Mikania glomerata E.F. 2,5%<br />

Mentha pulegium E.F. 2,5%<br />

Melito q.s.p. 100ml


Misturar os 3 extratos fluidos <strong>em</strong> um recipiente, adicionar o melito e misturar.<br />

Pode ser tomado 1 colher de sobr<strong>em</strong>esa de 3 a 6x ao dia.<br />

XAROPE PARA TOSSE PRODUTIVA<br />

Canela do Ceilão E.F. 2,5%<br />

Cravo da Índia E.F. 2,5%<br />

Própolis E.F. 2,5%<br />

Melito q.s.p. 100ml<br />

Proceder como no anterior, devendo ser tomado 1 colher de sobr<strong>em</strong>esa de 3 a<br />

6x ao dia acompanhado de chá quente.<br />

VINHO MEDICINAL: preparação que alia as qualidades anti-oxidantes,<br />

retardadoras do envelhecimento celular, controladoras das taxas glicêmicas e<br />

lipídicas, às qualidades medicinais de algumas plantas, resultando <strong>em</strong><br />

preparações ext<strong>em</strong>porâneas (1 s<strong>em</strong>ana de validade) muito úteis principalmente<br />

para fins digestivos e anti-anêmicos. As receitas com vinhos medicinais são<br />

infindáveis, aqui as “10 mais”, apenas...<br />

Quanto ao uso e freqüência, siga a advertência do provérbio: " Três copos de<br />

vinho mandam <strong>em</strong>bora (<strong>em</strong> boa hora) os espíritos, mas com o quarto, eles<br />

voltam". Com o vinho medicinal acontece o mesmo, um cálice basta para o<br />

efeito medicinal.<br />

AMIGDALITE<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de madressilva<br />

(lonicera capritolium) e 20 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite<br />

todos os dias. Filtre. Gargareje 3 vezes por dia. Tome 1 colher de sopa antes<br />

do almoço e 2 antes do jantar.<br />

ANEMIA<br />

Coloque 30 g de flores secas de acácia bastarda (robinia pseudoacacia) num<br />

recipiente de vidro. Deite-lhe por cima 1 litro de vinho do Porto aquecido <strong>em</strong><br />

banho-maria. Deixe macerar durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome durante 10 dias,<br />

1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Aqueça <strong>em</strong> banho-maria, durante 45 minutos, 30 g de flores e folhas de ervacidreira<br />

(melissa officinalis) <strong>em</strong> 1 vinho do Porto. Macere durante 24 horas.<br />

Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do<br />

jantar durante 15 dias.<br />

Deixe macerar, durante 10 dias 40 g de raízes secas de Genciana (gentiana<br />

lutea) <strong>em</strong> 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste t<strong>em</strong>po bata 1 ovo com 4<br />

colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo<br />

à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no<br />

outro mexa b<strong>em</strong> o conteúdo.<br />

A<strong>PET</strong>ITE<br />

Ponha 40 g de folhas e raízes de cardo santo (cnicus benedictus) ou só<br />

sumidades floridas colocadas num recipiente. Deite-lhes por cima 1 litro de<br />

vinho do Porto aquecido <strong>em</strong> banho-maria. Deixe macerar durante 2 dias. Agite.<br />

Filtre. Tome, durante 7 dias, 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do<br />

jantar.<br />

Deite 1 litro de vinho do Porto depois de aquecido <strong>em</strong> banho-maria sobre 50 g<br />

de fel de terra (centaurea-menor). Macere durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome 1<br />

colher de sopa antes do almoço e 1 antes do jantar.


Macere, durante 5 dias, <strong>em</strong> 1 litro de vinho Porto, 40 g de sumidades floridas<br />

de art<strong>em</strong>isia (art<strong>em</strong>isia vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de<br />

sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Macere, durante 3 dias <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, 50 g de flores de macela<br />

(anth<strong>em</strong>is nobilis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos<br />

antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Deixe macerar, durante 10 dias 40 g de raizes secas de Genciana (gentiana<br />

lutea) <strong>em</strong> 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste t<strong>em</strong>po bata 1 ovo com 4<br />

colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo<br />

à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no<br />

outro mexa b<strong>em</strong> o conteúdo.<br />

Macere durante 5 dias <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto 40 g de sumidades floridas<br />

e folhas secas de marroio-branco (marrubium vulgare). Agite todos os dias.<br />

Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

APERITIVOS<br />

Macere durante 5 dias, <strong>em</strong> vinho do Porto, 40 g de folhas secas de camomila<br />

(matricaria chamomila). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa<br />

antes do almoço e do jantar.<br />

Macere durante 3 dias, <strong>em</strong> vinho Porto, 30 g de planta fresca de estragão<br />

(art<strong>em</strong>isia dracunculus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa<br />

antes do almoço e do jantar.<br />

Macere durante 5 dias, <strong>em</strong> vinho do Porto 20 g de s<strong>em</strong>entes de funcho<br />

(foeniculum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes<br />

do almoço e do jantar.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40 g de sumidades floridas<br />

de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de<br />

sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

AZIA<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de alcachofra (cynara<br />

scolumus), 10 g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 10 g de salva<br />

(salvia officinalis), 10 g de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite todos os dias.<br />

Filtre. Tome 1 colher de sopa no momento do incómodo, num máximo de 4<br />

vezes por dia.<br />

BRONQUITE<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de flor de carqueja<br />

(pterospartum tridentatum), 10 g de marroio negro (ballota nigra) e 10 g de<br />

tomilho (thymus vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa<br />

dez minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Aqueça durante 45 minutos <strong>em</strong> banho-maria 30 g de folhas secas de bonina<br />

(bellis perennis) <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto. Macere 2 dias. Filtre. Adoce.<br />

Tome <strong>em</strong> 6 dias este preparado.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 40 g de casca de<br />

sabugueiro (sambucus nigra). Filtre. Tome 1 colher de sopa s<strong>em</strong>pre que sinta<br />

necessidade. No máximo de 5 vezes ao dia.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 50 g de raiz de énula<br />

campana. (inula helenium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa<br />

antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

CANSAÇO


Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 4 dias, 50 g de angélica (angelica<br />

archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do<br />

almoço e 2 antes do jantar.<br />

CICATRIZANTE<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho tinto, durante 8 dias, 10 g de arando (vaccininum<br />

myrtillus), 10 g de cavalinha (equisetum arvense), 10 g de cipreste (cupressus<br />

s<strong>em</strong>pervirens). Agite todos os dias. Filtre. Passe, lev<strong>em</strong>ente, sobre o local<br />

contundido um algodão <strong>em</strong>bebido neste produto 2 vezes por dia (manhã e<br />

noite). Pode ainda tomar meia colher de sopa ao almoço e ao jantar.<br />

Misture uma colher de azeite com uma colher de vinho tinto. Passe sobre as<br />

feridas, duas vezes por dia.<br />

CONVALESCENÇA<br />

Macere durante 7 dias <strong>em</strong> vinho do Porto, 30 g de caule e raízes de angélica<br />

(angelica archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa<br />

antes do almoço e duas antes do jantar.<br />

Aqueça durante 45 minutos <strong>em</strong> banho-maria <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, 30 g<br />

de flores de cardo-santo (cnicus benedictus). Agite b<strong>em</strong>. Deixe macerar durante<br />

2 dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e meio cálice antes do<br />

jantar.<br />

Aqueça durante 30 minutos <strong>em</strong> banho-maria <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto 60 g<br />

de salva (salvia officinalis). Agite. Deixe macerar durante 24 horas. Filtre. Tome<br />

1 colher de sopa antes do almoço e duas antes do jantar.<br />

DEPURATIVO<br />

Macere <strong>em</strong> vinho branco, durante 10 dias, 60 g de folhas picadas de nogueira<br />

(juglans regia). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, 5 minutos<br />

antes do almoço e 5 minutos antes do jantar.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 40 g de carvalhinha<br />

(teucrium chamaedrys). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa<br />

antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho branco, durante 7 dias, 40 g de folhas frescas de<br />

salva (salvia officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa<br />

antes do almoço e 3 antes do jantar.<br />

DIGESTÃO<br />

Macere durante 3 dias <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto 30 g de rizoma b<strong>em</strong> partido<br />

de erva-benta (geum urbanum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de<br />

sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 24 horas, 40 g de casca de canela<br />

(cinnamomum zeylanicum) e 20 g de casca de quina (chinchona succiruba).<br />

Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40g de sumidades floridas<br />

de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de<br />

sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 24 horas, 40 g de aspérula<br />

odorífera (asperula odorata). Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do<br />

almoço e 2 antes do jantar.<br />

DOR<br />

Ferva <strong>em</strong> 1 litro de vinho tinto durante 2 horas, 60 g de folhas de salgueiro<br />

branco (salix alba). Coloque pachos quentes sobre a parte dorida.<br />

EXPECTORANTE


Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 5 g de tomilho (thymus<br />

vulgaris), 5 g de borrag<strong>em</strong> (borago officinalis), 5 g de alteia (althaea officinalis),<br />

5 g de seiva de pinheiro (pinus sylvestris) 5 g de marroio negro (ballota nigra), 5<br />

g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 3 g de celidónia (chelidonium<br />

mapus), 5 g de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome<br />

1 colher de sopa, 3 vezes por dia entre as refeições.<br />

FEBRE<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias 20 g de casca seca e<br />

desfeita de amieiro (alnus glutinosa). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher<br />

de sopa, três vezes por dia.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de art<strong>em</strong>isia<br />

(art<strong>em</strong>isia vulgaris), 20 g de fel de terra (erythraea centaurea) e 20 g de<br />

salgueiro branco (salix alba). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa<br />

4 vezes ao dia.<br />

FEBRE INTERMITENTE<br />

Durante 5 dias macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, 40 g de folhas de eucalipto<br />

(eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome, 1 colher de sopa 3<br />

vezes por dia.<br />

FIGADO<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 10 g de alcachofra (cynara<br />

scolumus), 10 g de boldo (peumus boldus), 5 g de celidónia (chelidonium<br />

mapus), 10 g de salva (salvia officinalis) e 10 g de taraxaco (taraxacum<br />

officinale). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e<br />

do jantar.<br />

FRAQUEZA<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 50 g de folhas de alecrim<br />

(rosmarinus officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, 5<br />

minutos antes do almoço e três, 5 minutos antes do jantar.<br />

GRIPE<br />

Ferva durante meia hora <strong>em</strong> 1 litro de vinho tinto, 500 g de milho (zea mays)<br />

miúdo. Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Adoce. Tome 2 colheres de sopa, três<br />

vezes por dia.<br />

Ponha a macerar um punhado de genciana (gentiana puntata) num copo de<br />

aguardente; no dia seguinte adicione 1 litro de vinho branco. Deixe macerar 8<br />

dias. Agite todos os dias. Tome 1 colher de sopa 3 vezes ao dia.<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de casca de laranja<br />

(citrus aurantium), 20 g de casca de limão (citrus limonum), 20 g de roseira<br />

brava (rosa canina). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes<br />

do almoço e 2 antes do jantar.<br />

TOSSE<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40 g de sumidades floridas<br />

de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de<br />

sopa nos ataques de tosse, no máximo de 4 vezes por dia.<br />

TRANQUILIZANTE<br />

Macere <strong>em</strong> 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 3 g de absinto (art<strong>em</strong>isia<br />

absinthium), 10 g de melissa (melissa officinalis), 10 g de passiflora (passiflora<br />

incarnata). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e<br />

3 antes do jantar.<br />

RESUMINDO


Os vinhos medicinais preparam-se, normalmente, com 30 ou 40 gramas de<br />

plantas para um litro de vinho. Ficam <strong>em</strong> repouso de 2 a 15 dias,<br />

homogeneizando suav<strong>em</strong>ente neste período, e dev<strong>em</strong> ser filtrados <strong>em</strong> seguida.<br />

OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS:<br />

GLICERÓLEOS: São preparações farmacêuticas líquidas, cujo veículo é a<br />

glicerina podendo conter água ou álcool.<br />

Ex: Glicerina..................45%<br />

Água destilada........45%<br />

Extrato glicólico... ...10%<br />

Gliceróleos s<strong>em</strong> a adição de álcool pod<strong>em</strong> ser usado <strong>em</strong> preparações<br />

otológicas, aliviando a dor através da ação do extrato glicólico e do calor.<br />

GLICERÓLEO DE ALFAVACA<br />

Glicerina 10ml<br />

Infusão de alfavaca 10ml<br />

Aplicar 2 gotas <strong>em</strong> cada ouvido, colocando tampão quente (toalha aquecida,<br />

algodão aquecido). Deixar o calor por 10 a 15 minutos.<br />

ÁGUAS AROMÁTICAS: São soluções aquosas saturadas de princípios voláteis<br />

existentes nos vegetais, sendo obtidas por destilação <strong>em</strong> água ou corrente de<br />

vapor. Na maioria das vezes, os princípios voláteis constitu<strong>em</strong> as essências. As<br />

águas perfumadas são muito utilizadas para aspergir nas roupas para facilitar o<br />

processo de passar, como é o caso da água de flor de laranjeira e água de chá<br />

verde, ou para limpeza da casa e utilização <strong>em</strong> pragas, como por ex<strong>em</strong>plo a<br />

água de citronela, que é um repelente natural de insetos, como formigas e<br />

traças, e a água de eucalipto, que é um antisséptico natural, para limpeza geral<br />

de pisos.<br />

As águas aromáticas pod<strong>em</strong> substituir vários produtos de limpeza, diminuindo o<br />

custo de famílias de baixa renda e estimulando a higiene. São de baixíssimo<br />

custo, fáceis de preparar e possu<strong>em</strong> resultados b<strong>em</strong> visíveis, o que<br />

estimulasua utilização.<br />

Formulação:<br />

Planta aromática escolhida 100g<br />

Água filtrada 500ml<br />

Ferver a água e colocar sobre a planta grosseiramente picada <strong>em</strong> recipiente<br />

b<strong>em</strong> fechado. Deixar <strong>em</strong> repouso por 20 minutos ou até esfriar. Guardar <strong>em</strong><br />

frascos plásticos até a utilização.<br />

Prazo de validade: 1 s<strong>em</strong>ana se refrigerado.<br />

ÓLEOS MEDICINAIS: Preparações oleosas utilizadas principalmente para<br />

aplicação cutânea por fricção. Distingu<strong>em</strong>-se das loções e das pomadas pela<br />

consistência.<br />

Função: <strong>em</strong>oliente e revulsiva<br />

OLEO MEDICINAL PARA DORES MUSCULARES E REUMATISMO<br />

FORMULA


Rizomas de Capim limão (Cymbopogon citratus)........... 1 xícara de chá<br />

Óleo de Coco............................................................. 1 colher de sopa<br />

Em um recipiente adequado, esmagar os rizomas no óleo de coco; coar e usar<br />

<strong>em</strong> massagens locais.<br />

Guardar <strong>em</strong> recipientes adequados de plástico opaco de alta densidade, b<strong>em</strong><br />

fechados, protegidos da luz e t<strong>em</strong>peratura inferior a 25ºC.<br />

Manter fora do alcance de crianças.<br />

LOÇÕES: São preparações líquidas aquosas que se aplicam externamente,<br />

s<strong>em</strong> fricção, apenas na pele.<br />

São mais facilmente aplicadas e r<strong>em</strong>ovidas, portanto tornam-se menos<br />

irritantes para a superfície cutânea do que as pomadas e permit<strong>em</strong> uma<br />

aplicação numa área extensa da pele deixando uma fina película de<br />

medicamento junto ou não aos excipientes.<br />

(Ex: Loção capilar com extratos glicólicos de Capsicum e Jaborandi)<br />

SHAMPOOS: São produtos destinados primariamente a limpeza dos cabelos e<br />

couro cabeludo e quando acrescidos de princípios ativos medicamentosos<br />

passam a exercer ação terapêutica.<br />

Conc:entração de 2 a 5% de extrato glicólico<br />

FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS:<br />

CREMES: São preparações <strong>em</strong>ulsionadas constituídas por uma fase aquosa,<br />

uma fase oleosa e um agente <strong>em</strong>ulsivo. (Cr<strong>em</strong>e A/O ou O/A)<br />

Base não iônica: praticamente neutra, muito compatível com as substâncias de<br />

orig<strong>em</strong> vegetal, como extratos de chá verde, camomila, arnica, calêndula.<br />

Geralmente preparadas a 10% com extratos glicólicos<br />

POMADAS: São preparações monofásicas de caráter oleoso ou não, para<br />

ser<strong>em</strong> usadas externamente com fins de proteção e lubrificação.<br />

Geralmente a 10% de extrato glicólico.<br />

Unguentos: tipo de pomada que contém substâncias resinosas.<br />

GÉIS: Consist<strong>em</strong> na dispersão de um sólido ( resina, polímero, derivado<br />

celulose) num líquido ( água ou álcool / água ) formando excipiente<br />

transparente ou translúcido.<br />

Os géis são veículos destinados para peles oleosas e acneicas.<br />

Geralmente preparados a 10%.<br />

A HISTÓRIA DO CHÁ<br />

CHA E TUDO CHA???<br />

Chás só deveriam ser chamados por esse nome se for<strong>em</strong> feitos a partir das<br />

folhas da Camellia Sinensis, planta que dá origens aos chás preto, verde e


oolongs. Ou seja, aquele chazinho de camomila que você s<strong>em</strong>pre tomou não<br />

era, na verdade, um chá, mas uma infusão.<br />

S<strong>em</strong>pre houve essa confusão. As pessoas tend<strong>em</strong> a considerar que tudo o que<br />

v<strong>em</strong> <strong>em</strong> saquinho e é mergulhado <strong>em</strong> água quente é chá. Mas na verdade n<strong>em</strong><br />

'chá' mate é chá". Infusões são todos os outros tipos de bebidas feitas a partir<br />

da imersão de folhas, flores e frutas <strong>em</strong> água quente.<br />

Bule chinês <strong>em</strong> porcelana<br />

Exist<strong>em</strong> várias lendas <strong>em</strong> torno das origens dos chás. A mais popular credita<br />

ao Imperador chinês Shen Nung, <strong>em</strong> 2.737 a.C. a 'descoberta' da bebida. Ele<br />

estaria fervendo água <strong>em</strong>baixo de uma árvore quando algumas folhas caíram<br />

na panela.<br />

Crendices à parte, a mais antiga evidência do cultivo do chá v<strong>em</strong> da China, no<br />

século 4.<br />

Naquela época, porém, as folhas não eram fervidas para beber, mas colocadas<br />

<strong>em</strong> bolos e fervidas com arroz, especiarias e nozes. Um pouco depois, as<br />

folhas da planta eram moídas e batidas <strong>em</strong> água quente. A tradição de tomar<br />

chá tal como conhec<strong>em</strong>os hoje só foi inaugurada na dinastia Ming, no século<br />

14.<br />

A Inglaterra trouxe os chás chineses para o Ocidente no século 17, motivada,<br />

segundo alguns estudiosos, pela escassez de café no mercado mundial. O<br />

país, que disputava o comércio na região sul do continente asiático, obteve o<br />

monopólio da comercialização das folhas de camellia sinensis no continente<br />

até o século 19.<br />

Originalmente uma bebida da elite européia, o chá se popularizou no século<br />

18. A queda do seu preço, devido à diminuição de impostos e ao aumento das<br />

regiões produtoras de chá no mundo, tornou a bebida acessível às camadas<br />

mais populares.


REGIÕES PRODUTORAS<br />

Apesar de a China ter ganhado os louros de sua orig<strong>em</strong>, exist<strong>em</strong> várias regiões<br />

do mundo produtoras de chá. Cada uma delas produz chás com qualidades<br />

específicas:<br />

China: apesar de ser um dos principais países produtores de chá, a China é<br />

conhecida por seus blends (misturas) de chás.<br />

Índia: 30% dos chás do mundo são produzidos no país. As regiões de Assam,<br />

Darjeeling e Niligri classificam os chás pretos indianos, considerados os<br />

melhores do mundo.<br />

Sri Lanka: as fazendas de chá substituíram as de café. Os chás do Sri Lanka<br />

são conhecidos pela leveza e sabor acentuados.<br />

Indonésia: país fabricante de chás de fragrância suave, usados <strong>em</strong> blends.<br />

TIPOS E MISTURAS DE CHÁS<br />

Os chás pod<strong>em</strong> ser classificados <strong>em</strong> três tipos básicos: preto, verde e oolong.<br />

Todos são provenientes da mesma planta, a Camellia Sinensis. O que os<br />

diferencia é o processo de beneficiação da planta. Enquanto os chás pretos<br />

têm suas folhas fermentadas, os verdes são escaldados e fervidos, para<br />

garantir a preservação de sua cor. Os oolong se encaixam numa categoria<br />

intermediária. Passam pelo processo de fermentação mais brando e, por isso,<br />

têm aroma menos acentuado do que os pretos.<br />

Cada tipo de chá, porém, t<strong>em</strong> o que pod<strong>em</strong>os chamar de subcategorias. Essa<br />

classificação pode variar de acordo com a região produtora e aromatização por<br />

qual a planta passa.<br />

CHÁ PRETO:<br />

Assam: as melhores categorias têm pontas douradas. Folhas pretas produz<strong>em</strong><br />

chá avermelhado com sabor vivo e forte. É ideal para servir com leite.<br />

Ceilão: é considerado um dos melhores do mundo. T<strong>em</strong> sabor encorpado e a<br />

fragrância delicada. Ideal para servir gelado, com leite ou limão.<br />

China Caravan: é um mistura de chás ke<strong>em</strong>um (ver abaixo), com sabor suave.<br />

Normalmente é servido com limão.<br />

Darjeeling: t<strong>em</strong> aroma rico e um bouquet que l<strong>em</strong>bra uvas moscatel. Pode ser<br />

servido com limão ou leite.<br />

Earl Grey: uma mistura de chá Darjeeling e China, é aromatizado com óleo de<br />

bergamota. Deve ser servido s<strong>em</strong> leite ou limão.<br />

English Breakfast: é uma mistura de chás Assam e Ceilão. T<strong>em</strong> sabor forte e<br />

encorpado e é ideal para beber com leite.


Formosa Oolong: um dos chás mais caros do mundo, produz aroma<br />

s<strong>em</strong>elhante ao do pêssego. Normalmente é servido s<strong>em</strong> leite.<br />

Irish Breakfast: é uma mistura de Assam fortes. Como o próprio nome indica, é<br />

normalmente servido pela manhã, por seu sabor acentuado.<br />

Ke<strong>em</strong>um: menos adstringente do que a maioria dos chás, t<strong>em</strong> aroma delicado<br />

e rico. É originário da China e é servido s<strong>em</strong> leite.<br />

Lapsang Souchong: t<strong>em</strong> aroma defumado, de alcatrão. Normalmente é bebido<br />

s<strong>em</strong> leite.<br />

CHÁ VERDE:<br />

Gunpowder: talvez o mais popular chá verde no Ocidente, t<strong>em</strong> sabor frutado.<br />

Jasmim: mistura de chá chinês verde e preto, é perfumado com flores de<br />

jasmim.<br />

CHÁS COM MISTURAS EXÓTICAS:<br />

Chás aromatizados estão se tornando cada vez mais populares. Já existe hoje<br />

uma grande variedade <strong>em</strong> lojas especializadas. Para fabricá-los, as folhas<br />

de Camellia sinensis são aromatizadas com óleos naturais, especiarias, flores<br />

e frutas secas.<br />

CHÁ COM LEITE??<br />

Servir chá com ou s<strong>em</strong> leite é um dos assuntos mais controversos. Enquanto<br />

nas maiorias dos países o costume de servir chá com leite é pouco difundido,<br />

na Inglaterra a prática é quase obrigatória. Os ingleses acrescentam leite <strong>em</strong><br />

todo tipo de chá preto.<br />

Não existe uma regra para isso, mas normalmente o leite não é indicado<br />

somente para chás verdes, diz<strong>em</strong> os especialistas, justificando que há uma<br />

explicação "química" para o acréscimo de leite aos chás. Quando o leite é<br />

adicionado, os taninos imediatamente se ligam às proteínas do leite, tornando<br />

o sabor menos adstringente.<br />

A hora de acrescentar o leite também é um assunto polêmico. Se ele é<br />

derramado na xícara primeiro, mistura-se mais facilmente ao chá. Mas<br />

adicioná-lo depois permite à pessoa controlar a quantidade ao gosto.<br />

O hábito de despejar o leite na xícara antes de servir o chá data do século<br />

XVII, quando xícaras de porcelana fina foram introduzidas na Inglaterra. Até<br />

então, as pessoas costumavam beber <strong>em</strong> canecas de estanho ou de cerâmica,<br />

pois acreditavam que a porcelana não agüentaria o calor da bebida. Colocavase<br />

então o leite frio antes para evitar que a nobre porcelana trincasse.


Chás aromatizados servidos s<strong>em</strong> leite são refrescantes. A adição de limão, que<br />

ajuda a tornar a bebida mais adstringente, era um hábito russo, introduzido na<br />

Inglaterra durante o reinado da rainha Vitória.<br />

Bule-chaleira, chamado de samowar, traz dois compartimentos: o bule de cima<br />

traz chá ultraconcentrado; chaleira <strong>em</strong>baixo traz água, mantida quente por<br />

sist<strong>em</strong>a elétrico. Rende 30 xícaras e é de orig<strong>em</strong> russa<br />

COMO PREPARAR UM BOM CHÁ:<br />

Para aproveitar o chá e o que ele t<strong>em</strong> de melhor, vale a pena seguir umas<br />

regrinhas na hora do preparo:<br />

- Utilize o melhor chá de que você possa dispor. Exist<strong>em</strong> casas especializadas<br />

que vend<strong>em</strong> chás de qualidade;<br />

- Encha a chaleira com água fria; água quente ou reaquecida contém menos ar<br />

dissolvido e t<strong>em</strong> sabor envelhecido e s<strong>em</strong> graça;<br />

- Aqueça o bule, enxaguando-o com água quente. Isso garante que a água<br />

permaneça fervente quando entrar <strong>em</strong> contato com o chá<br />

- Adicione 1 colher de chá ou um saquinho por pessoa. A proporção correta é<br />

uma colher de chá para 185 ml de água;<br />

- Quando a água estiver fervendo, despeje-a no bule. Recoloque a tampa e<br />

deixe o chá <strong>em</strong> infusão por 3 e 5 minutos (dependendo do tipo de chá, há uma<br />

variação, conforme o tamanho das folhas; folhas grandes levam mais t<strong>em</strong>po<br />

para fazer o chá do que as pequenas. Os chás liberam a cor antes do sabor,<br />

por isso não tenha pressa;<br />

- Sirva o chá quando estiver recém-feito, pois ele terá sabor "cozido" se for<br />

deixado no bule por mais de dez minutos. Cobrir o bule com um abafador<br />

acelera ainda mais o processo de cozimento. Para evitar o gosto de cozido, tire<br />

as folhas da água.<br />

COMO SURGIU O “CHÁ EM SAQUINHO”???


Em 1904, Thomas Sullivan, um comerciante de Nova York, inventou um<br />

saquinho de seda para enviar amostras de chá.<br />

Atualmente, os saquinhos são feitos de papel-filtro s<strong>em</strong> sabor e inodoro.<br />

Metade do chá usado nos Estados Unidos é <strong>em</strong> saquinho. Há alguns anos<br />

atrás os chás <strong>em</strong> sache não tinham muita qualidade, triturava-se a planta toda<br />

com terra e outros contaminantes para aumentar o volume e,<br />

consequent<strong>em</strong>ente, a produção. Hoje normas mais rigorosas e a propagação<br />

do conhecimento de que a maioria das plantas possui fins medicinais fez com<br />

que a indústria elevasse seus padrões, portanto, todas as principais misturas e<br />

os chás mais tradicionais estão disponíveis nessa versão. Mantêm-se a<br />

qualidade, porém deve-se seguir as mesmas normas para fabricação do chá.<br />

CHÁ COMBINA COM...<br />

Assim como os vinhos, as regras para combinar chás com refeições são<br />

bastante flexíveis, devendo-se levar <strong>em</strong> conta primeiramente o gosto pessoal.<br />

De um modo geral, chás verdes, que são mais digestivos, para qu<strong>em</strong> consumiu<br />

carne vermelha ou pratos gordurosos. Misturas com ervas, flores e frutos são<br />

os recomendados para qu<strong>em</strong> fez refeições à base de aves. Depois do peixe, o<br />

melhor é um blend com limão, que suaviza o paladar.<br />

Para chá da tarde, chás pretos combinam com biscoitinhos, petit-fours e bolos<br />

com especiarias.<br />

OS BENEFÍCIOS DO CHÁ<br />

As virtudes medicinais dos chás são de conhecimento milenar. Já na civilização<br />

egípcia, 1.500 anos a.C., o uso do sene, tão popular até hoje, era descrito.<br />

Devido à evolução da indústria farmacêutica nos anos 50, diminuiu-se o uso<br />

das plantas medicinais, que foram substituídas pelos medicamentos sintéticos.<br />

Na década de 80, o interesse pelos recursos fitoterápicos voltou a crescer,<br />

desta vez com investimentos para a pesquisa nessa área. Afinal é inegável que<br />

"as ervas pod<strong>em</strong> curar" e essas soluções pod<strong>em</strong> ser mais baratas e muitos<br />

eficazes.<br />

Contudo, não pod<strong>em</strong>os esquecer de que é necessário fazer "bom uso" deste<br />

recurso. Por ex<strong>em</strong>plo, o chá de pata de vaca é recomendado para melhorar o<br />

controle da glic<strong>em</strong>ia <strong>em</strong> diabéticos, mas não é incomum que pacientes que<br />

necessitam de insulina apresent<strong>em</strong> complicações quando decid<strong>em</strong> seguir a<br />

sabedoria popular e suspender a insulina, adotando apenas o chá como<br />

tratamento.<br />

Outro ponto a ser ressaltado é que o chá-mate e o chá preto pod<strong>em</strong> impedir a<br />

adequada absorção de ferro e cálcio (por causa da presença do tanino).<br />

Estes chás também contêm cafeína na sua composição. Sab<strong>em</strong>os que é<br />

fundamental hidratar nosso corpo. Uma adequada hidratação auxilia no


funcionamento intestinal, na produção de enzimas digestivas, no equilíbrio<br />

hídrico de todas as células, inclusive diminuindo inchaços.<br />

Tomando chás, além de conseguirmos os efeitos de hidratação, pod<strong>em</strong>os<br />

potencializar os benefícios com as propriedades específicas de cada planta e,<br />

ainda, ajudar o metabolismo no processo de desintoxicação por meio das<br />

catequinas, substâncias presente nos chás de ervas.<br />

Espr<strong>em</strong>edores de limão <strong>em</strong> prata e colheres para infusão


Utensílios utilizados para coar o chá ou para quando não há o sache. O<br />

objetivo é não deixar que as folhas cozidas alter<strong>em</strong> o sabor da bebida.<br />

LINHAÇA<br />

DOURADA<br />

É b<strong>em</strong> mais difícil encontrar a linhaça clara<br />

aqui no Brasil, já que ela aprecia climas<br />

frios. Geralmente é importada do Canadá e<br />

t<strong>em</strong> sabor mais suave do que a linhaça<br />

marrom.<br />

MARROM<br />

A s<strong>em</strong>ente escura, nativa da região<br />

mediterrânea, já está adaptada ao solo<br />

brasileiro, onde se deu b<strong>em</strong> por causa do<br />

clima quente. Por isso é mais fácil encontrála<br />

por aí. Comparada com a dourada, a<br />

casca é um pouco mais resistente. Quanto<br />

aos nutrientes, não perde nada para a outra<br />

variedade.<br />

Estudos recentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte mostram<br />

que a s<strong>em</strong>ente do linho é mesmo capaz de impedir o crescimento do câncer de<br />

mama. Mas exist<strong>em</strong> alguns truques que os pesquisadores estão descobrindo<br />

para aproveitar ao máximo os benefícios desse grão, como por ex<strong>em</strong>plo, torrar<br />

antes de usar.


O enfoque desses estudos é investigar a segurança no consumo, já que,<br />

<strong>em</strong>bora contenha substâncias capazes de prevenir doenças letais, o que faz<br />

dela um alimento funcional excepcional, mesmo assim a linhaça carrega<br />

compostos que poderiam interferir na absorção de nutrientes. Por enquanto o<br />

que se sabe é que o aquecimento da s<strong>em</strong>ente neutraliza esse inconveniente.<br />

Isso porque o calor diminui a atividade de algumas proteínas suspeitas de<br />

atrapalhar o aproveitamento de sais minerais. A sugestão é deixar a linhaça no<br />

forno baixo por 15 minutos, para depois poder ser usada “in natura” ou<br />

polvilhada <strong>em</strong> cima das receitas. Caso seja usada na fabricação de pães e<br />

biscoitos, esse aquecimento não é necessário.<br />

Receitas com Linhaça<br />

Receita de Pão de Liqüidificador com Linhaça<br />

Ingredientes:<br />

• 2½ tabletes de fermento biológico<br />

• 1 ovo<br />

• 2 colheres (sopa) de s<strong>em</strong>entes de linhaça<br />

• 2 xícaras (chá) de água<br />

• 1 xícara (chá) de farinha de trigo branca<br />

• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral fina<br />

• 1 xícara (chá) de uvas passas pretas s<strong>em</strong> s<strong>em</strong>entes<br />

• 1 colher (sopa) de extrato de soja<br />

• 1 colher (sopa) de açúcar mascavo<br />

Preparo:<br />

Bata no liqüidificador a água, o ovo, o açúcar, o sal, o extrato de soja, a<br />

s<strong>em</strong>ente de linhaça e o fermento. Coloque numa vasilha, junte as farinhas,<br />

misture b<strong>em</strong> e acrescente as passas. Coloque <strong>em</strong> duas fôrmas para pão<br />

untadas e enfarinhadas, deixe descansar por 10 minutos e leve para assar <strong>em</strong><br />

forno quente por aproximadamente 30 minutos.<br />

Vitamina Laxativa<br />

Ingredientes:<br />

S<strong>em</strong>ente de Linhaça - 1 colher (sobr<strong>em</strong>esa)<br />

Fibra de Trigo Grossa (Farelo) - 2 colheres (sopa)<br />

Ameixa seca - 4 unidades<br />

Açúcar Mascavo Tradicional - a gosto<br />

1 fatia de mamão papaya<br />

1 copo de iogurte natural desnatado<br />

Modo de preparo:<br />

Bater tudo no liqüidificador e tomar <strong>em</strong> jejum, pela manhã<br />

Suco anti-oxidante<br />

Ingredientes:<br />

S<strong>em</strong>ente de Linhaça - 1 colher (sobr<strong>em</strong>esa)<br />

Gérmen de Trigo crú - 1 colher (sobr<strong>em</strong>esa)


Extrato de soja (leite de) - 2 colheres (sopa)<br />

Açúcar D<strong>em</strong>erara - a gosto<br />

1/2 cenoura<br />

200 ml de água mineral<br />

3 cubos de gelo<br />

suco de 1 limão<br />

Modo de preparo:<br />

Bater tudo no liqüidificador e tomar <strong>em</strong> jejum, pela manhã<br />

Vegetais com Linhaça<br />

Ingredientes:<br />

1 colher (sopa) de óleo de canola (8g)<br />

1 cebola picada (100g)<br />

1 abobrinha pequena <strong>em</strong> cubos (100g)<br />

1 ½ xícaras (chá) de couve-flor <strong>em</strong> pedaços (200g)<br />

1 ½ xícaras (chá) de brócolis <strong>em</strong> pedaços (200g)<br />

1 xícara (chá) de cogumelos frescos <strong>em</strong> pedaços (150g)<br />

½ xícara (chá) de cenoura <strong>em</strong> cubos (100g)<br />

Molho<br />

2 colheres (sopa) de s<strong>em</strong>entes de linhaça inteiras ( 25g)<br />

1 dente de alho amassado (2g)<br />

1 colher (sopa) de gengibre fresco ralado (15g)<br />

¼ xícara (chá) de caldo de galinha (50ml)<br />

2 colheres (sopa) de molho de soja (25ml)<br />

1 colher (sopa) de vinagre (10ml)<br />

1 colher (chá) de açúcar (5g)]<br />

Para polvilhar<br />

1 colher (sopa) cheia de s<strong>em</strong>entes de linhaça tostadas (15g)<br />

Modo de preparo:<br />

Refogue no óleo, a cebola, a abobrinha, a couve-flor, o brócolis, os cogumelos<br />

e a cenoura por cerca de 10 minutos, mexendo <strong>em</strong> fogo baixo até que<br />

amaci<strong>em</strong>. Misture os ingredientes do molho e adicione à panela. Deixe mais 5<br />

minutos e sirva polvilhado com a s<strong>em</strong>ente de linhaça tostada.<br />

Para tostar as s<strong>em</strong>entes, coloque <strong>em</strong> uma frigideira e deixe <strong>em</strong> fogo baixo até<br />

que exal<strong>em</strong> um perfume de nozes, por cerca de 5 minutos.<br />

Feijão com linhaça e sal de ervas<br />

Ingredientes:<br />

100g de feijão carioquinha<br />

10g de cebola<br />

20g de tomate<br />

20g de abóbora<br />

2g de coentro<br />

2g de cebolinha<br />

10ml de óleo


750ml de água<br />

1g de alho<br />

2 colheres (sobr<strong>em</strong>esa) de sal de linhaça (farinha)<br />

2 colheres (chá) de sal de ervas<br />

Modo de Fazer<br />

Primeiro, selecionar o feijão e adicionar quatro partes de água.<br />

Cozinhar de dois a três minutos sob pressão.<br />

Deixar <strong>em</strong> repouso na mesma água por uma hora (caso o indivíduo sofra de<br />

"gases", sugere-se a eliminação da água e acréscimo de outra – mesmo que<br />

alguns nutrientes sejam perdidos, os mesmos pod<strong>em</strong> ser compensados com o<br />

acréscimo de legumes na preparação, além do jerimum ou abóbora).<br />

Preparar um refogado com os t<strong>em</strong>peros (t<strong>em</strong>pero brasileiro: tomate, cebola,<br />

alho, coentro ou salsa e cebolinha).<br />

Acrescentar farinha de linhaça e sal de ervas (mistura previamente feita com<br />

partes iguais de: alecrim, manjericão, orégano – desidratados – e sal).<br />

Juntar o refogado ao feijão. Voltar ao cozimento sob pressão por mais 30<br />

minutos (o t<strong>em</strong>po varia com o tipo do feijão).<br />

Patê de Berinjela e s<strong>em</strong>entes<br />

1 colher (sopa) de gergelim integral branco<br />

1 colher (sopa) de s<strong>em</strong>ente de linhaça<br />

1 colher (chá) de trigo para kibe<br />

½ xícara (chá) de azeite<br />

500 gramas de berinjela <strong>em</strong> pedaços com casca<br />

Sal moído iodado marinho à gosto<br />

4 dentes de alho espr<strong>em</strong>idos<br />

600 ml de água<br />

Deixar o trigo de molho <strong>em</strong> uma vasilha com 400 ml de água. Levar ao fogo <strong>em</strong><br />

uma panela a berinjela, o azeite, o alho e a água, deixando secar até que as<br />

berinjelas fiqu<strong>em</strong> b<strong>em</strong> macias. Retirar do fogo e passar pelo processador até<br />

obter uma pasta lisa. Desprezar a água do molho do trigo e colocar no fogo<br />

com mais 200 ml de água, acrescentar sal, gergelim, s<strong>em</strong>ente de linhaça e<br />

deixar no fogo até a água secar. Levar à geladeira para resfriar. Misturar as<br />

preparações e servir com pão integral ou torradas.<br />

AS FRUTAS QUE CURAM<br />

ABACATE - O abacateiro é originário do México e aclimatado no Brasil.<br />

Pertence à família das Lauráceas,<strong>em</strong> que se inclu<strong>em</strong> também a canela, o<br />

louro,o sassafrás etc.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Afta -Mastigar folhas tenras de abacateiro. B<strong>em</strong> lavadas.<br />

Amidalite - Gargarejo com o chá das folhas do abacateiro.Combinar com chá<br />

de tanchag<strong>em</strong> para maximizar o efeito.<br />

Bronquite - Chá morno das folhas do abacateiro.O efeito é melhor quando se<br />

torna esse chá às colheradas misturado com própolis e chá de guaco.Duas a


quatro xícaras por dia.<br />

Cansaço - Afirma-se que a folha do abacateiro contém propriedades<br />

revitalizantes.Usar esporadicamente o chá juntamente com limão e mel.<br />

Diarréia - Caroço tostado e moído b<strong>em</strong> fino. Dissolver duas colherinhas deste<br />

pó <strong>em</strong> uma xícara de água morna. O efeito é mais potente se, <strong>em</strong> lugar de<br />

água,for utilizado o decocto dos brotos da goiabeira.<br />

Digestão,distúrbios da - Recomenda-se o chá das folhas do abacateiro para a<br />

dispepsia atônica.<br />

Dor-de -cabeça - Compressas mornas com o chá das folhas à cabeça. Convém<br />

também tomar este chá.<br />

Tosse - Chá das folhas do abacateiro, morno, com mel, tomado aos goles.<br />

Verminoses - Lavar e moer b<strong>em</strong> a casca de abacate, e misturar <strong>em</strong> partes<br />

iguais com casca de limão ralado;acrescentar mel e tomar <strong>em</strong> jejum uma colher<br />

de sopa.<br />

ABACAXI - Origina-se da América Tropical, sendo também cultivado <strong>em</strong> outros<br />

países de clima tropical e subtropical. Pertence à mesma família botânica do<br />

gravatá e da samambaia conhecida como barba-de-velho,da família das<br />

bromeliáceas.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - A acidez do abacaxi favorece,na digestão, a absorção de ferro.O<br />

anêmico pode, no intervalo das refeições, usar um pouco de suco de abacaxi<br />

diluído <strong>em</strong> água e adoçado com melado de cana.<br />

Diurese - O suco de abacaxi é excelente diurético.<br />

Inapetência - O suco de abacaxi, s<strong>em</strong> açúcar,tomado <strong>em</strong> pequena quantidade<br />

uma ou duas horas antes da refeição, ajuda a abrir o apetite.<br />

Nefrolitíase - Para auxiliar na eliminação de cálculos, há tratamentos naturais<br />

específicos. O suco de abacaxi pode participar juntamente com outros sucos e<br />

chás. Pode-se passar alguns dias com dieta exclusiva de abacaxi,e tomar chás<br />

como o de quebra-pedra, folha de abacate, cana-do-brejo e cavalinha.<br />

Convém, entretanto, seguir orientação médica para cada caso.<br />

AMEIXA - A ameixa é produzida por uma árvore da família das Rosáceas, a<br />

ameixeira, que é originária da Pérsia, do Cáucaso e da Ásia Menor, Aclimatada<br />

nos Estados do Sul, apresenta grande número de variedades,Várias outras<br />

frutas pertenc<strong>em</strong> também à família das rosáceas: amêndoa - amarela,<br />

nêspera , morango, maçã, damasco cereja, pêssego, pêra, framboesa etc.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - A ameixa seca é rica <strong>em</strong> ferro (3,50mg por l00g) e portanto convêm à<br />

dieta contra a an<strong>em</strong>ia ferropriva (causada por carência de ferro).<br />

Aterosclerose - Incluir copiosamente a ameixa fresca na alimentação. ajuda a<br />

prevenir e a amenizar o processo.<br />

Bronquite - Deve - se usar abundant<strong>em</strong>ente a ameixa fresca e ameixa cozida.<br />

Misturar mel e própolis ao caldo do cozimento da ameixa e tomar uma colher<br />

de sopa de hora <strong>em</strong> hora.<br />

Constipação intestinal - Tomar a `água de ameixas`: deixar de molho, durante a<br />

noite, algumas ameixas e de manhã tomar água e comer as ameixas.<br />

Resfriado - descaroçar algumas ameixas secas e assar no forno. Quando


estiver<strong>em</strong> b<strong>em</strong> duras, moê-las finamente. Acrescer uma colher de sopa deste<br />

pó a uma xícara de água quente. Pingar algumas gotas de suco de limão e<br />

adoçar com um pouco de mel. Tomar quente.<br />

Tosse - Tomar a mesma preparação indicada <strong>em</strong> resfriado, aos goles.<br />

AMÊNDOA - A amendoeira , árvore da família das Rosáceas é originária da<br />

Ásia, provavelmente da China. Alguns supõ<strong>em</strong> que se tenha originado da Síria.<br />

No Brasil é comercialmente mais disponível próximo às festas de fim de ano. A<br />

amêndoa classifica-se, do ponto de vista nutricional, entre as oleaginosas.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - Por sua riqueza <strong>em</strong> ferro, a amêndoa pode ser vantajosamente<br />

incluída na alimentação dos anêmicos.<br />

Catarro <strong>em</strong> nível de vias respiratórias - Tomar algumas vezes ao dia o azeite de<br />

amêndoa na quantidade de uma colher de chá por vez.<br />

Constipação Intestinal - O azeite de amêndoas é laxante, tomar uma colher de<br />

sopa <strong>em</strong> jejum. Lamentavelmente, é raro encontrá-lo à venda.<br />

Frieira - Aplicar no local azeite ou óleo de amêndoa.<br />

Dores de Ouvido - Tapar o ouvido com algodão <strong>em</strong>bebido <strong>em</strong> azeite ou óleo de<br />

amêndoa morno.<br />

Tônico - Acrescentar amêndoas à dieta.Usar um pouco de azeite de amêndoas<br />

juntamente com as refeições.Encontra-se <strong>em</strong> boas casas de produtos naturais.<br />

AMORA - São duas espécies principais: a preta ( Morus nigra ) e a branca<br />

( Morus alba ). Ambas são medicinais e alimentícias. A amoreira - branca é<br />

cultivada quase que exclusivamente para a criação do Bombyx mori ou bicho-<br />

da - seda, muito comum no Oriente. Este inseto alimenta - se das folhas da<br />

amoreira - branca.A amora pertence à família das moráceas, <strong>em</strong> que se<br />

inclu<strong>em</strong> também a jaca, o figo, a fruta-pão, a umbaúba etc.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Afta - Bochechar com suco de amora-preta, quente,adoçado com mel.<br />

Amigdalite - Suco de amora - preta, quente, adoçado com mel; tomar aos<br />

goles. Pode - se também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até<br />

engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope, ou toma -lo às<br />

colheradas, deixando descer suav<strong>em</strong>ente pela garganta.<br />

Bronquite - Infuso da casca da raiz, morno, para combater a tosse. Tomar<br />

morno, às colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar<br />

água fervente sobre as cascas das raízes b<strong>em</strong> picadas, tapar o recipiente, e<br />

deixar esfriar.<br />

Cabelo, queda de - Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas da<br />

amoreira.<br />

Catarro - Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda -<br />

se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.<br />

Doenças das Cordas Vocais - Suco de amora preta, quente, adoçado com<br />

mel.Tomar vagarosamente.<br />

Diarréia - Usar xarope de amora, conforme explicado <strong>em</strong> amidalite. Tomar não<br />

mais de 2 colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos de 2 horas.


BANANA - Originária da Ásia Meridional, de onde se difundiu para a África e<br />

América.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - A banana não é relativamente, muito rica <strong>em</strong> ferro, mas tendo <strong>em</strong><br />

vista sua boa aceitação, que facilita um consumo liberal, 3 a 5 unidades pod<strong>em</strong><br />

contribuir aproximadamente com 20 a 30% da quantidade de ferro requerida<br />

para um dia.<br />

Asma - Assar a muda pequena da bananeira maçã, com raiz e tudo, cortada<br />

<strong>em</strong> rodelas.Depois espr<strong>em</strong>er para obter o caldo,misturar com mel de abelha e<br />

tomar diariamente um cálice.<br />

Constipação Intestinal - Recomenda-se a banana-nanica( ou banana d’água ou<br />

banana caturra).Fazer, <strong>em</strong> jejum, uma refeição,com esta banana,crua,s<strong>em</strong><br />

misturar com outros alimentos.Pode-se fazer a "cura de banana".<br />

Desnutrição - A banana pode ser incluída no programa alimentar de<br />

convalescentes de desnutrição, haja visto que é alimento rico <strong>em</strong> calorias e<br />

vitaminas. Seria vantajoso incluí-la na merenda escolar.<br />

Obesidade - Os obesos não dev<strong>em</strong> abusar da banana. É preciso usá-la com<br />

regra. Algumas refeições esporádicas exclusivas de banana prata.( 1 ou 2<br />

unidades pequenas são indicáveis).<br />

Paralisia - As doenças neurológicas que levam a paralisias são às vezes<br />

tratáveis com vitaminas do complexo B. A banana, como fonte dessas<br />

vitaminas é adequada nesses casos como el<strong>em</strong>ento dietético.<br />

CAJU - O caju é uma fruta que merece nossa melhor acolhida à mesa .<br />

Pertence a família das anacardeáceas, <strong>em</strong> que se inclu<strong>em</strong> também a manga,<br />

amoreira, imbu, a cirigüela e o cajá manga.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Afta - Aplicar no local o suco dos brotos do cajueiro.<br />

Calo - Aplicar topicamente, na forma de cataplasma, o suco das castanhas<br />

frescas, várias vezes ao dia.<br />

Escorbuto - Devido a sua riqueza <strong>em</strong> vitamina C , o consumo de caju é<br />

poderoso antídoto contra essa desord<strong>em</strong> carêncial.<br />

Gripe - Tomar suco de caju<br />

Verrugas - O mesmo procedimento orientado <strong>em</strong> calo.<br />

CAQUI - O caquizeiro, árvore da família das Ebenáceas, é originário da China,<br />

da Coréia e do Japão.Por alusão à cor do fruto,"caqui" <strong>em</strong> japonês significa<br />

"amarelo escuro".<br />

Utilidades Medicinais<br />

Doenças urinárias - Fazer algumas refeições exclusivas de caqui, ou de suco<br />

de caqui com um pouco de água, s<strong>em</strong> açúcar.<br />

Cãibras - Recomenda-se <strong>em</strong>piricamente, comer dois ou três caquis por dia.<br />

Constipação Intestinal - Fazer algumas refeições exclusivas de caqui. Pode<br />

substituir o jantar.<br />

Doenças das Vias Respiratórias - Recomenda-se cozinhar a polpa do caqui<br />

com água <strong>em</strong> um pouco de mel. Mexer b<strong>em</strong> e tomar meia xícara deste líquido<br />

xaroposo, morno, várias vezes ao dia.


CARAMBOLA - A caramboleira, pequena árvore da família da Oxalidáceas, é<br />

originária da Índia, tendo sido aclimatada no Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Diurese - O suco de carambola age como um bom diurético, auxiliando na<br />

limpeza dos rins.<br />

Ecz<strong>em</strong>a - Convém ingerir diariamente um copo de suco fresco de carambola.<br />

Picadas Venenosas - Embora não substitua os antídotos convencionais, a<br />

aplicação externa das folhas b<strong>em</strong> amassadas de carambola ajuda a evitar<br />

complicações, segundo conceito popular.<br />

CASTANHA DO PARÁ - A castanha do Pará é produzida por uma árvore da<br />

família das Lecitidáceas, também chamada castanha do maranhão, castanha<br />

do rio negro, castanha do brasil, tocari, tururi, cari,juviá, amendoeira da<br />

américa.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - Incluir castanha do pará na alimentação. Pode-se usar de 3 ou 4<br />

unidades por refeição.<br />

Beribéri - Incluir boa quantidade de castanha do pará na ração . Pode-se usar a<br />

farinha de castanha do pará.<br />

Fortalecer o cérebro - Acrescentar de 4 ou 5 castanha do pará à alimentação.<br />

CASTANHA PORTUGUESA - O castanheiro, árvore da família das Fagáceas, é<br />

originário da região do Mediterrâneo. No Brasil, a castanha - portuguesa é mais<br />

facilmente encontrada no fim do ano, sendo seu uso tradicional nas<br />

festividades desta época, quando é importada da E uropa.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Digestão, distúrbios da - Pode - se incluir na dieta um pouco de purê de<br />

castanha- portuguesa.<br />

Coqueluche - Chá das folhas da castanheira, por infusão, adoçado com mel.<br />

Tomar aos goles.<br />

Diarréia - A castanha é alimento adstringente. Pode ser usada cozida com erva<br />

- doce e s<strong>em</strong> açúcar, <strong>em</strong> pequena quantidade.pode - se também tomar o chá<br />

da casca da castanheira.<br />

Enterite - Mesmo método explicado <strong>em</strong> diarréia.<br />

Respiratórias, vias, doenças das - Chá das folhas da castanheira, por infusão.<br />

COCO - O coco- da-baía é uma palmeira abundante neste País,principalmente<br />

nos Estados da Bahia e de Pernambuco, onde confere à paisag<strong>em</strong> litorânea<br />

um toque de singular beleza. A palmeira ocupa lugar preponderante na<br />

literatura botânica.Em folhas de palmeira os fenícios faziam sua escrita. Folhas<br />

de palmeira coroavam as musas outrora representadas pelos escritores e<br />

escultores.Para os astrólogos egípcios, a folhas da palmeira era o <strong>em</strong>bl<strong>em</strong>a de<br />

sua ciência.desde os t<strong>em</strong>pos mais r<strong>em</strong>otos, os triunfos são simbolizados pelas<br />

palmas, as ¨palmas da vitória¨. E qu<strong>em</strong> não sabe da triunfal entrada de Jesus<br />

<strong>em</strong> Jerusalém, quando o povo lhe saiu ao encontro, com ramos de palmeiras ?


Utilidades Medicinais<br />

Apetite, falta de - Tomar água de coco algumas horas antes da refeição Não<br />

usar outros alimentos nos intervalos da alimentação.<br />

Artrite - Os artríticos dev<strong>em</strong> beber regularmente água de coco.<br />

Asma - Tomar de manhã e à noite duas ou três colheres de sopa do leite de<br />

coco aquecido. Em seguida, tomar uma xícara de chá de agrião(decocto).Usar<br />

leite de coco natural, caseiro, não adoçado. Não usar o industrializado.<br />

Calmante - Tomar água de coco <strong>em</strong> abundância.<br />

Cárie dentária,para prevenir - Comer freqüent<strong>em</strong>ente coco,mastigando b<strong>em</strong>.<br />

Não usar açúcar.<br />

Disenteria - tomar duas xícaras de leite de coco natural por dia, s<strong>em</strong> açúcar.<br />

Enjôo - Tomar água de coco aos goles. Recomenda-se especialmente <strong>em</strong><br />

viagens marítimas. Aconselha - se levar alguns cocos verdes.<br />

Respiratórias, vias, doenças das - Tomar o infuso das flores do coqueiro com<br />

mel.<br />

Verminoses - Mastigar b<strong>em</strong> e deglutir <strong>em</strong> jejum, pela manhã, uma colher de<br />

sopa de coco ralado, fresco.<br />

FIGO - A figueira é uma árvore frutífera da família da Ásia Menor, tendo daí se<br />

expandido para a região do Mediterrâneo. Hoje acha-se aclimada no Brasil,<br />

para onde foi trazida no século XVI.O figo, do ponto de vista botânico, não é o<br />

fruto, mas a polpa das infrutescências da figueira.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Boca, doenças da - Comer o figo cozido <strong>em</strong> leite. Descascá-lo e picá-lo antes<br />

de cozer.<br />

Calos - Aplicar localmente o suco leitoso das folhas e ramos da figueira.<br />

Caspa - Macerar figo seco juntamente com sal e limão. Massagear o couro<br />

cabeludo com este preparado.<br />

Constipação intestinal - Recomenda - se substituir, ao longo de s<strong>em</strong>anas, pelo<br />

menos uma refeição diária por figos.<br />

Expectoração - Cozinhar o figo, descascado e picado, <strong>em</strong> leite e um pouco de<br />

mel. Compor uma refeição com este preparado. Usar quente. O infuso das<br />

folhas de figueira é também recomendado.<br />

Feridas - Aplicar localmente o suco de folhas de figo ou a pasta de figo.<br />

Garganta, doenças da - Cozinhar o figo descascado. Com a água deste<br />

decocto gargarejar.<br />

Inflamações <strong>em</strong> geral - Cozinhar o figo, descascado e picado, <strong>em</strong> água. Fazer<br />

refeições exclusivas deste preparado.<br />

GOIABA - Entre as muitas frutas brasileiras, a goiaba é uma das mais comuns.<br />

É uma fruta de grande valor nutritivo .Possui quantidade razoável de sais<br />

minerais, como cálcio e fósforo.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Diarréia - Tomar o chá das folhas tenras da goiabeira. ou macerar b<strong>em</strong> a<br />

goiaba verde , cozer,coar <strong>em</strong> pano fino e aplicar clisteres com este líquido.<br />

Distúrbios da digestão - Recomenda-se fazer refeições exclusivas de goiaba<br />

fresca. pode-se também preparar um chá com os brotos da goiabeira e as<br />

folhas da laranjeira azeda.


LARANJA - A laranja é uma fruta que no Brasil deveria ter decida preferência e<br />

largo uso, já por sua importância como alimento, já por seu valor medicinal.<br />

Depois da banana, a fruta mais procurada e apreciada pela espécie humana é<br />

a laranja.Exist<strong>em</strong> muitas dezenas de espécies de laranja, sendo que as do<br />

Brasil - mormente as da Bahia, de São Paulo e do Rio- ocupam lugar de<br />

destaque nos mercados mundiais.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Ácido úrico - Recomenda-se substituir refeições pela laranja, exclusivamente.<br />

Pode-se substituir o desjejum ou jantar, durante vários dias.<br />

Apetite - Cerca de duas horas antes da refeição, recomenda-se chupar uma<br />

laranja do tipo seleta, bahia ou pêra.<br />

Asma - Proceder como indicado <strong>em</strong> ácido úrico . Na fase aguda recomenda-se<br />

tomar o suco morno, aos goles.<br />

Constipação intestinal - Recomenda-se chupar algumas laranjas por dia, e<br />

comer o bagaço, b<strong>em</strong> mastigado.Pose-se fazer uma refeição exclusiva de<br />

laranja, comendo-se o bagaço.<br />

Digestão , estimulante da - Recomenda-se substituir, esporadicamente, uma<br />

refeição por laranja.<br />

Diurese - Fazer refeições só de laranjas ou de seu suco, apresenta efeito<br />

notadamente diurético.<br />

Dor-de-cabeça - Dores de cabeça precipitadas pela hipoglic<strong>em</strong>ia e pelo<br />

esgotamento pod<strong>em</strong> ser aliviadas chupando-se uma ou duas laranjas. O<br />

diabético só deve fazê-lo com permissão médica.<br />

Gripe - Recomenda-se tomar suco de laranja entre as refeições, ou,<br />

simplesmente, chupá-la. Pod<strong>em</strong>-se fazer refeições exclusivas de laranja.Ao<br />

deitar,tomar duas a quatro colheres de sopa do suco b<strong>em</strong> aquecido misturado<br />

com própolis.Para cada colher de sopa pod<strong>em</strong>-se usar 10 gotas de própolis<br />

(solução a 30%).<br />

LIMA - A limeira, árvore família das Rutáceas, é originária da Ásia, tendo sido<br />

aclimatada no Brasil. O suco da fruta, branco, t<strong>em</strong> sabor doce-amargo.<br />

Utilidades Medicinais -<br />

Enxaqueca - Aplicar à têmpora cataplasmas de folhas de limeira maceradas.<br />

Escorbuto - A lima, sendo rica <strong>em</strong> vitamina C, é indica contra essa doença<br />

carencial.<br />

Febre - Misturar o suco de lima com água e tomar s<strong>em</strong> açúcar.<br />

Febre tifóide - Proceder como indicado <strong>em</strong> febre.<br />

Flatulência - Tomar, após as refeições, meio copo duplo do chá da casca da<br />

lima <strong>em</strong> infusão.<br />

Infecções <strong>em</strong> geral - Substituir algumas refeições, esporadicamente, por lima,<br />

exclusivamente.<br />

LIMÃO - O limão ácido por excelência - é o rei dos t<strong>em</strong>peros e o campão dos<br />

r<strong>em</strong>édios. De gosto acre, de aroma agradabilíssimo e de efeito benéfico para o<br />

organismo, t<strong>em</strong> o limão a mais ampla aplicação na cozinha e na medicina.<br />

Utilidades Medicinais


Acne - Evitar alimentos gordurosos e doces. Usar suco de limão com água,<br />

s<strong>em</strong> açúcar, várias vezes ao dia.<br />

Amigdalite - Gargarejar várias vezes ao dia com água morna, suco de limão e<br />

um pouco de sal.<br />

Asma - Tostar no forno um limão. Espr<strong>em</strong>er e misturar o suco com mel. Tomar<br />

de hora <strong>em</strong> hora uma colher de chá.<br />

Enjôo - Cheirar limão.<br />

Estomatite - Bochechar com água e limão. Tomar duas ou três vezes ao dia um<br />

copo de água com meio limão.<br />

Faringite - Proceder como indicado <strong>em</strong> amigdalite.<br />

Febre - Cortar três limões médios <strong>em</strong> fatias finas. Pôr <strong>em</strong> 500 ml de água e<br />

levar ao fogo. Deixar ferver ate´que a água que reduzida a um terço. Tomar1/2<br />

xícara de chá de hora <strong>em</strong> hora até que a febre baixe.<br />

Feridas - Aplicar no local suco de limão com sal.<br />

Gastrenterite - Tomar o limão b<strong>em</strong> diluído <strong>em</strong> água, s<strong>em</strong> açúcar, duas ou três<br />

vezes por dia, longe das refeições.<br />

Gripe - Proceder como indicado <strong>em</strong> asma. Ou, tomar suco puro de limão três<br />

vezes por dia.<br />

Soluço - Deglutir o conteúdo de uma colher de sopa com suco de limão.<br />

MAÇÃ - A maçã é um produto de uma árvore de porte mediano, da família das<br />

Rosáceas, originária da Ásia Central e das regiões do Cáucaso.Da Europa foi<br />

trazida ao Brasil, aclimatou aos Estados do Sul.<br />

Utilidades Medicinais.<br />

Catarro Pulmonar - Cozinhar a maçã, b<strong>em</strong> picada, <strong>em</strong> um pouco de água e<br />

mel.Filtrar. Tomar o caldo quente às colheradas,várias vezes ao dia.Substituir<br />

algumas refeições por maçãs cruas, exclusivamente.<br />

Constipação Intestinal - Comer maçãs cruas com casca , b<strong>em</strong><br />

lavadas,juntamente com mamão, mel de abelha e pão integral torrado.Mastigar<br />

b<strong>em</strong>.Comer também as s<strong>em</strong>entes da maçã.<br />

Palpitações do Coração - Comer purê de maçã com um pouco de mel <strong>em</strong><br />

substituição de algumas refeições. Esmagar com garfo a polpa de maçã cozida<br />

e acrescentar mel puro.<br />

Diarréia - Cozinhar maçãs e tomar o caldo. Fazer refeições de maçã cozida<br />

com torrada. Comer também maçãs crua.<br />

Faringite - Recomenda-se usar maçãs frescas raladas ou suco de maçã<br />

durante a fase aguda.<br />

Obesidade - Passar vários dias só a maçãs, ou substituir refeições normais por<br />

maçã.<br />

Prisão de Ventre - Ver constipação Intestinal<br />

Olhos Inflamações dos - Lavar os olhos duas vezes ao dia com algodão<br />

<strong>em</strong>bebido <strong>em</strong> suco de maçã ácida.Pode-se fazer cataplasmas com maçãs<br />

maduras raladas.<br />

MAMÃO- A história do mamão no continente americano r<strong>em</strong>onta a Ponce de<br />

Leon, que, depois de ter des<strong>em</strong>barcado nas praias da Flórida,escreveu ao rei<br />

da Espanha, contando sua jornada <strong>em</strong> busca de juventude. Disse, na sua<br />

carta, o seguinte: ¨Os índios preparam a carne para cozinhar, envolvendo-a,


muitas horas antes de levá-la ao fogo, com folhas de uma árvore que produz<br />

um delicioso ’ melão ’, o qual se come tão tenra que suas fibras se separam<br />

facilmente com os dedos¨.O mamão é uma das melhores frutas do mundo,<br />

tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo seu poder medicinal.Um dos seus mais<br />

importantes princípios é a papaína, uma enzima reconhecida como superior à<br />

pepsina e muito usada para prestar alívio nos casos de indigestão<br />

aguda.Também t<strong>em</strong> efeitos benéficos sobre os tecidos vivos.O leite de mamão<br />

está tendo tantas e tão variadas aplicações nos Estados Unidos,que já existe<br />

nesse país uma florescente indústria destinada a colhê-lo, manipulá-lo e<br />

comercializá-lo.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Acidose - Fazer refeições só de mamão. Mastigar algumas s<strong>em</strong>entes.<br />

Anginas - Cataplasma local com a polpa do mamão miúdo e ácido.<br />

Bronquite - Proceder como indicado <strong>em</strong> rouquidão ou <strong>em</strong> gripe.<br />

Calos - Aplicar no local o ¨leite¨do mamão, de preferência o leite¨das folhas.<br />

Câncer - Comer <strong>em</strong> jejum, mastigando, cerca de 15 s<strong>em</strong>entes de mamão. Após<br />

as refeições comer cerca de 10 s<strong>em</strong>entes. Além deste, são necessários outros<br />

cuidados específicos.<br />

Diurese - Recomenda-se fazer refeições exclusivas de mamão ou de suco de<br />

mamão. Comer, juntamente, algumas s<strong>em</strong>entes.<br />

Estômago, doença do - Recomenda-se usar mamão maduro <strong>em</strong> abundância, e<br />

fazer, esporadicamente, refeições exclusivas desta fruta. Mastigar umas 10 ou<br />

15 s<strong>em</strong>entes de mamão por dia.<br />

Feridas - Aplicar no local o ¨leite¨extraído das folhas.<br />

Fígado, doenças do - Mastigar umas 10 ou 15 s<strong>em</strong>entes de mamão após o<br />

almoço.<br />

Gripe - Infusão das flores do mamoeiro-macho com um pouco de mel. Tomar 2<br />

a 3 xícaras por dia, mornas.<br />

Laxante - Fazer refeições exclusivas de mamão, de preferência no desjejum><br />

Comer, juntamente, algumas s<strong>em</strong>entes.<br />

Pele, para a beleza da, ou manchas e rugas da - Massagear diariamente a pele<br />

com mamão maduro.<br />

Verrugas - Proceder como indicado <strong>em</strong> calos.<br />

MANGA - A manga - fruto da mangueira, árvore frondosa da família das<br />

Anacardiáceas originária do Sul da Ásia, hoje cultivada <strong>em</strong> toda os países<br />

tropicais e subtropicais- apresenta uma polpa carnosa, algumas vezes fibrosa,<br />

amarela <strong>em</strong> diversos tons, rica <strong>em</strong> terebintina, um óleo-resina, e de agradável<br />

paladar ao natural ou sob forma de compotas, marmeladas, geléias e<br />

refrescos.As mais conhecidas variedades, que apresentam diferenças no<br />

tamanho, na forma , no colorido e no sabor, são as seguintes: Manga-espada-<br />

Alongada. Achatada dos lados. Permanece verdolenga mesmo após a<br />

maturação.Manga -rosa - Arredonda. Lindo colorido amarelo, matizado de rosa.<br />

Tamanho variável segundo a região produtora.Manga-bourbon - Mais ou<br />

menos esférica. Verde-amarelada.Manga-família- Mais ou menos esférica.<br />

Verde- amarelada.Manga-favo-de-mel- Alonga. Intensa coloração amarela.<br />

Muito doce.Manga-carlotina - Pequena. Arredondada. Amarelo-esverdeada,<br />

com pintinhas escuras,Alto teor de vitaminas C.Manga-coração-de-boi - Como<br />

o nome indica, apresenta-se sob a forma de um coração.A manga é uma fruta


saborosa e nutritiva, hoje nativa <strong>em</strong> certas regiões do Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - A manga pode ser incluída na dieta dos anêmicos, junto com<br />

alimentos que contenham ferro.<br />

Asma - Chá das folhas tenras da mangueira. Tomar morno, com mel.<br />

Diarréia - Tomar o chá dos ramos tenros.<br />

Digestão, distúrbios da - Fazer uma ou mais refeições só de manga.<br />

Dispepsia - Ver digestão, distúrbios da.<br />

Diurese - Comer mangas ou tomar o suco.<br />

Respiratórias, doenças das vias - Xarope de manga: cozinhar o suco natural de<br />

manga com mel, até ficar reduzido à metade. Tomar uma colher de sopa de<br />

hora <strong>em</strong> hora.<br />

Sarna - Cataplasma com a goma-resina que se extrai do tronco.<br />

Verminoses - Preparar um decocto dos brotos dos ramos e da amêndoa das<br />

s<strong>em</strong>entes, b<strong>em</strong> triturados, e tomar, <strong>em</strong> jejum, na dose de uma x´cara de chá,<br />

juntamente com suco de limão.<br />

MARACUJÁ - O maracujazeiro é uma planta trepadeira da família das<br />

Passifloráceas, de que há diversas espécies.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Adstringente - Decocto das folhas do maracujá-com-folhas-de-louro<br />

Calmante- Proceder como indicado <strong>em</strong> insônia.<br />

Diarréia - Chá das Folhas de sururuca.<br />

Estresse -Proceder como indicado <strong>em</strong> calmante.<br />

Gota - Tomar banhos quentes com o decocto das folhas do maracujá-da-bahia<br />

ou maracujá-cheiroso.<br />

Histeria - Tomar várias vezes ao dia o refresco de maracujá, adoçado com mel.<br />

Insônia - Tomar o suco do maracujá ao natural, adoçado com mel. Bater a<br />

polpa do maracujá ( s<strong>em</strong> retirar as s<strong>em</strong>entes ) com água e mel, e coar.<br />

Verminoses - Triturar as s<strong>em</strong>entes do maracujá-da bahia ou do maracujápintado,<br />

misturar com mel, e tomar uma colher de sopa <strong>em</strong> jejum.<br />

MELANCIA - A melancia é produzida por uma planta da família das<br />

Cucurbitáceas, a que pertenc<strong>em</strong> também o melão, o maxixe, o pepino, a<br />

abóbora, a bucha e o chuchu. É oriunda da Índia e aclimatada no Brasil, sendo<br />

cultivada <strong>em</strong> todos os Estados do país. Outros nomes botânicos para a<br />

melancia são Citrullus vulgaris e Citrullus lanatus (Thunb.) Mansf.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Ácido úrico , distúrbios no metabolismo do - Proceder como indicado <strong>em</strong><br />

reumatismo.<br />

Alcoolismo - Proceder como indicado <strong>em</strong> reumatismo.<br />

Febre - Tomar o suco de melancia fresco. Ou, aplicar fatias de melancia sobre<br />

o abdome, se houver causa intestinal.<br />

Ferimento, dores produzidas por - Triturar as s<strong>em</strong>entes <strong>em</strong> água com mel<br />

(liquidificar).Aplicar cataplasmas locais, renovando s<strong>em</strong>pre.<br />

Garganta, doenças da - Proceder como indicado <strong>em</strong> reumatismo.


Respiratórias, doenças - Comer esporadicamente melancia, substituindo uma<br />

refeição por esta fruta.<br />

Reumatismo - Fazer refeições só de melancia, esporadicamente. Passar um ou<br />

dois dias por s<strong>em</strong>ana, durante algumas s<strong>em</strong>anas, não seguidas, só com<br />

melancia. Manter repouso nos dias de dieta com melancia.<br />

Urinárias, doenças das vias - Proceder como indicado <strong>em</strong> reumatismo. Triturar<br />

as s<strong>em</strong>entes com um pouco de água no liquidificador, coar, e tomar três a<br />

quatro xícaras por dia.<br />

MELÃO - O melão é produzido por uma planta da família das Cucurbitáceas,<br />

originária da Ásia e aclimatada no Brasil. Pertence à mesma família da<br />

melancia.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Disenteria - Triturar as s<strong>em</strong>entes <strong>em</strong> água e um pouco de mel. Coar. Tomar<br />

morno e b<strong>em</strong> diluído, 3 xícaras por dia.<br />

Estômago, doenças do - Tomar esporadicamente o suco de melão. Substituir<br />

refeições por este suco. Triturar as s<strong>em</strong>entes <strong>em</strong> água e mel; coar e tomar<br />

morno e b<strong>em</strong> diluído, 3 xícaras por dia.<br />

Febre - Proceder como indicado <strong>em</strong> disenteria, com a diferença de que o<br />

liquido ali indicado deve ser tomado fresco <strong>em</strong> caso de febre.<br />

Hepática, insuficiência - Proceder como indicado <strong>em</strong> estômago.<br />

Inapetência - Triturar as s<strong>em</strong>entes <strong>em</strong> água e mel (no liquidificador). Coar e<br />

tomar b<strong>em</strong> diluído, duas horas e meia antes da refeição.<br />

Reumatismo - Fazer refeições só de melão, esporadicamente. Passar um ou<br />

dois dias por s<strong>em</strong>ana só com melão, quando se deve manter repouso.<br />

MORANGO - Como fruta, raramente há qu<strong>em</strong> não aprecie o morango, seja no<br />

seu estado natural, seja preparado <strong>em</strong> conserva.Antes de ser usado, o<br />

morango precisa ser cuidadosamente lavado, o que é indispensável de vários<br />

pontos de vista. Os horticultores combat<strong>em</strong> as pragas dos morangueiros com<br />

auxílio de compostos de cobre e outros fungicidas e inseticidas venenosos. E<br />

pode haver horticultores não esclarecidos ou inescrupulosos, que regu<strong>em</strong> suas<br />

plantações com água poluída. Dai o grande perigo de tifo, paratifo e outras<br />

moléstias contagiosas. Se o morango é de procedência duvidosa, deve ser<br />

banhado <strong>em</strong> sumo de limão, que minimiza o perigo de que estamos falando.<br />

Quando necessário guardar o morango por um ou dois dias, pode-se colocá-lo<br />

<strong>em</strong> ligeiras camadas sobre uma peneira e guardá-lo <strong>em</strong> lugar suficient<strong>em</strong>ente<br />

fresco.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Ácido úrico - Recomenda-se substituir esporadicamente algumas refeições por<br />

morango, exclusivamente. Além disso, convém passar um ou dois dias por<br />

s<strong>em</strong>ana, na época desta fruta, só com morangos, quando é indicado repouso.<br />

Bexiga, cálculos da - Tomar de manhã <strong>em</strong> jejum uma colher de sopa de suco<br />

de morango puro.<br />

Catarros pulmonares - Proceder como indicado <strong>em</strong> ácido úrico. Tomar o xarope<br />

de morango: cozinhar o suco de morango com mel (metade de cada um) por<br />

aproximadamente uma hora. Tomar uma colher de chá de hora <strong>em</strong> hora.


Diarréia crônica - Tomar o chá das folhas.<br />

Diurese - O decocto da raiz é diurético.<br />

Febre - Tomar suco de morango.<br />

Reumatismo - Substituir refeições pelo uso exclusivo de morango. Passar um<br />

ou dois dias por s<strong>em</strong>ana só com morango, quando se deve manter repouso.<br />

Rins, doenças dos - Proceder como indicado <strong>em</strong> ácido úrico . Pode-se fazer<br />

refeições exclusivas de morango amassado com mel.<br />

Verminoses - Proceder como indicado <strong>em</strong> ácido úrico.<br />

NÊSPERA - A nêspera, também chamada ameixa-amarela ou ameixaamericana,<br />

é produzida por uma árvore da família das Rosáceas, oriunda do<br />

Japão e da China Oriental e aclimada no Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Adstringente - Preparar o decocto da casca da nêspera e aplicar externamente<br />

<strong>em</strong> cataplasmas.<br />

Amigdalite - Proceder como indicado <strong>em</strong> anginas.<br />

Anginas - Gargarejar com o chá da casca da nêspera. Usar 40 gramas da<br />

casca fresca ou 20 gramas da casca seca para um litro de água.<br />

Diarréia - Recomenda-se fazer uma refeição de nêspera cozida com torrada.<br />

Pode-se também tomar o caldo do cozimento de nêspera de hora <strong>em</strong> hora na<br />

quantidade de 1/4 de xícara.<br />

Diurese - Fazer refeições exclusivas de nêspera.<br />

Estomatite - Proceder como indicado <strong>em</strong> anginas.<br />

NOZ - A nogueira é uma árvore alta, esbelta e copada, da família das<br />

Juglandáceas, originária da Índia e da Pérsia e aclimada no Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - Triturar de seis a oito cascas de nozes verdes, acrescentar mel e<br />

cozer <strong>em</strong> meio litro de água durante 15 minutos. Coar e tomar dois copos<br />

pequenos por dia. Não preparar <strong>em</strong> utensílios metálicos. Usar vidro refratário,<br />

barro ou madeira devido à presença de taninos <strong>em</strong> alta concentração.<br />

Recomendação prosaica e antiga.Tomar o infuso das folhas.<br />

Anginas - Gargarejar com o suco da casca das nozes diluído <strong>em</strong> água.<br />

Artritismo - Tomar o infuso das folhas.<br />

Boca, feridas na - Preparar suco de nozes verdes, misturar com mel e diluir <strong>em</strong><br />

água. Bochechar.<br />

Cálculos da vesícula - Indica-se o decocto da casca da raiz.<br />

Calos - Aplicar no local o "pó" dos ramos novos misturado com mel .<br />

Cérebro, tônico para o - Deve-se incluir a noz no alimentação como<br />

compl<strong>em</strong>ento nutritivo. Na época, 3 ou 4 unidades de nozes por refeição são<br />

indicadas.<br />

Conjuntivite - Lavar a conjuntiva com chá forte de folhas de nogueira.<br />

Constipação intestinal - Comer nozes raladas com maçã e mamão.<br />

Debilidade - Proceder como indicado <strong>em</strong> cérebro.<br />

Diarréia - Tomar o infuso das folhas ou das flores.<br />

Dor de dente - Bochechar com chá forte da casca da raiz.<br />

Feridas - Lavar com o decocto forte das folhas ou flores.<br />

Garganta, inflamações da - Gargarejar com o chá forte das folhas.


Gengivite - Proceder como indicado <strong>em</strong> dor de dente.<br />

Insônia - O povo afirma que é bom pôr folhas de nogueira sob o travesseiro.<br />

Raquitismo - Proceder como indicado <strong>em</strong> an<strong>em</strong>ia.<br />

Respiratórias, doenças das vias - Proceder como indicado <strong>em</strong> tosse.<br />

Tosse - Tomar o infuso das folhas juntamente com mel e leite.<br />

Verminoses - Diluir o extrato da casca verde tomar <strong>em</strong> jejum duas colheres de<br />

sopa. Tomar o infuso das folhas. Tomar um pouco do chá da casca dos ramos<br />

novos <strong>em</strong> jejum. É útil o decocto da raiz.<br />

Verrugas - Ver calos.<br />

PÊRA- A pêra é produto de uma árvore de porte alto, de tronco<br />

grosso,originária da Europa Central, onde se encontra <strong>em</strong> estado silvestre. A<br />

pereira se aclimatou nos Estados do Sul do País, mas não produz pêras tão<br />

belas e saborosas como as européias.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Constipação intestinal - Fazer refeições exclusivas de pêra, de preferência<br />

como desjejum.<br />

Digestivos, distúrbios - Proceder como indicado <strong>em</strong> constipação intestinal .<br />

Hipertensão arterial - Recomenda-se substituir refeições por pêras e passar<br />

alguns dias só com pêras, regularmente.<br />

Inapetência - Proceder como indicado <strong>em</strong> constipação intestinal.<br />

Rins, doenças dos - Proceder como indicado <strong>em</strong> hipertensão arterial.<br />

PÊSSEGO - O pessegueiro é uma árvore da família das Rosáceas, oriunda,<br />

segundo Candolle, da China Central, e não da Pérsia, como o nome<br />

equivocadamente indica .<br />

Utilidades Medicinais<br />

Erupções cutâneas <strong>em</strong> geral - Cataplasmas locais das folhas frescas<br />

amassadas;ou,do decocto concentrado das folhas secas moídas.<br />

H<strong>em</strong>orragias - Uso tópico do caroço b<strong>em</strong> misturado com uma g<strong>em</strong>a de ovo.<br />

R<strong>em</strong>édio Popular.<br />

Hipertensão arterial - Fazer refeições exclusivas de pêssego. Passar alguns<br />

dias só com esta fruta.<br />

Verminose - Infuso das flores <strong>em</strong> jejum.<br />

ROMÃ - A romanzeira é um arbusto, ornamental e medicinal, da família das<br />

Puniáceas, originário da África setentrional e aclimatado no Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Angina da garganta - Xarope do suco de romã. Extrair o suco de romã misturar<br />

com mel meio a meio e deixar cozer por uma hora. Tomar uma colher de sopa<br />

de três <strong>em</strong> três horas.<br />

Carbúnculo - Cataplasmas com as folhas frescas trituradas. Renovar<br />

frequent<strong>em</strong>ente.<br />

Doenças da garganta - Proceder como indicado <strong>em</strong> angina da<br />

garganta.Gargarejo com o decocto das flores secas e pulverizadas.Gargarejo<br />

com o suco da romã.<br />

Teníase - Tomar um copo pequeno de decocto da casca antes de dormir.


TAMARINDO - O tamarindeiro é uma árvore elevada, da família das<br />

Leguminosas, originária da África e aclimatada no Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Disenteria - tomar o chá da polpa do tamarindo<br />

Cólicas do fígado - Tomar o chá da polpa do tamarindo<br />

Verminose - Chá das folhas do tamarindeiro. Tomar algumas vezes ao dia ,<br />

inclusive <strong>em</strong> jejum.<br />

TANGERINA - A tangerina é produzida por uma árvore da família das<br />

Rutáceas.Originária da China, acha-se aclimatada no Brasil.<br />

Utilidades Medicinais<br />

Ácido Úrico - Recomenda-se fazer refeições esporádicas e exclusivas de<br />

tangerina.<br />

Arteriosclerose - Proceder como <strong>em</strong> ácido úrico.<br />

UVA - A uva é uma das frutas mais apreciadas pelo hom<strong>em</strong>, desde a mais<br />

r<strong>em</strong>ota antiguidade. Em todos os t<strong>em</strong>pos, ela t<strong>em</strong> sido um precioso alimento<br />

para o gênero humano, nas várias fases da sua existência. Atualmente, sabese<br />

que a uva é anti-oxidante, previne o envelhecimento das artérias, facilita a<br />

diurese.<br />

Utilidades Medicinais<br />

An<strong>em</strong>ia - Tomar suco de uva natural e concentrado freqüent<strong>em</strong>ente.<br />

Bibliografia - AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL<br />

Alfons Balbach<br />

Daniel S. F. Boarim<br />

Edição Vida Plena<br />

(XX11) 464-3888 - Itaquaquecetuba - SP<br />

Utilidade de Ervas e T<strong>em</strong>peros na Cozinha<br />

Condimentos e Especiarías<br />

Os condimentos estão diretamente relacionados a tres dos cinco sentidos<br />

corporais.<br />

OLFATO: Nos alimentos, os aromas ajudam almentar o apetite e estimular o<br />

metabolismo.<br />

PALADAR: É o sentido humano que permite identificar substâncias que se<br />

dissolv<strong>em</strong> na água. Ele ativa m<strong>em</strong>órias dos bons t<strong>em</strong>pos da nossa infância.<br />

VISÃO: Os condimentos dão um toque todo especial a produçao visual,<br />

estimulando assim o apetite.


Alcavária<br />

ALCARAVIA: Sabor aromático, l<strong>em</strong>bra erva-doce. A forma de uso é <strong>em</strong><br />

s<strong>em</strong>entes inteiras ou <strong>em</strong> pó. Usa-se com Carne Cozida, Salsicha, Repolho,<br />

Carne de Porco, Chucrute, Pães, Queijo, Bolos de Frutas. Comenta-se que<br />

durante as guerras romanas, quando faltavam alimentos, os soldados<br />

passavam a comer folhas frescas de alcaravia que vegetavam no campo. Júlio<br />

César atribuiu a esta planta muito de suas vitórias <strong>em</strong> batalhas. Muito<br />

diss<strong>em</strong>inada na culinária dos países do norte da Europa, a alcaravia não é<br />

muito conhecida no Brasil. As folhas parec<strong>em</strong> com as folhas da cenoura, suas<br />

flores são brancas, pequenas e estão <strong>em</strong> pequenas umbelas. Seus frutos são<br />

pequenos, parecidos com frutos da erva-doce.<br />

Anis-estrelado<br />

ANIS ESTRELADO De sabor suave, aromático e apimentado-adocicado. Usase<br />

inteiro, quebrado ou <strong>em</strong> pó. Use com Pratos orientais, chineses, carne de<br />

porco, pato, frango, peixes, frutos do mar e marinadas. O anis estrelado<br />

(Illicium verum) é uma planta medicinal. Seus frutos têm forma de estrela e são<br />

utilizados para combater probl<strong>em</strong>as gastrointestinais. Não é plantado<br />

comercialmente no Brasil, e é a base para o fármaco Tamiflu, atualmente<br />

utilizado para combater a gripe suína. Originário do Sul da China, é cultivado<br />

<strong>em</strong> zonas quentes e úmidas do continente americano. É uma árvore da família<br />

das Magnoliáceas, que atinge de 2 a 5 metros de altura. A sua casca é branca<br />

e as folhas perenes e lanceoladas.<br />

Caiena


CAIENA/CHILI EM PÓ: Use com pratos indianos, mexicanos, caribenhos e<br />

crioulos, frutos do mar e molho bearnaise.Propriedades: aumenta a circulação,<br />

melhora a digestão, aumenta a t<strong>em</strong>peratura do corpo e elimina gordura das<br />

artérias.<br />

Canela<br />

CANELA: De sabor doce, suave e arimática. Em pau ou <strong>em</strong> pó é muito utilizado<br />

<strong>em</strong> pratos do Oriente Médio, curries, sobr<strong>em</strong>esa de frutas e chocolates, bolos,<br />

pães, pudins de leite e de arroz. Considerada símbolo da sabedoria, a canela<br />

foi usada na Antigüidade pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o<br />

vinho e com fins religiosos na Índia e na China. Entre as muitas histórias da<br />

canela, conta-se que o imperador Nero depois de matar com um pontapé sua<br />

esposa Popea, tomado de r<strong>em</strong>orsos ordenou a construção de uma enorme pira<br />

para cr<strong>em</strong>á-la. Nessa pira foi queimada uma quantidade de canela suficiente<br />

para o consumo, durante 1 ano, de toda a cidade de Roma! Mesmo s<strong>em</strong> a<br />

importância que teve no passado e não sendo mais motivo de lutas entre os<br />

povos, a canela continua indispensável, como t<strong>em</strong>pero na culinária moderna.<br />

Cardamômo<br />

CARDAMOMO: De sabor picante e meio azedo. Em vagens, s<strong>em</strong>entes soltas<br />

ou <strong>em</strong> pó usa-se <strong>em</strong> curries indianos e do Oriente Médio, cozidos, picles,<br />

pastelarias, bolos, pratos com frutas e pães. Na frança e nos EUA é muito<br />

utilizado na perfumaria. Experimente acrescentar algumas s<strong>em</strong>entes de<br />

cardamomo ao seu café. Você sentirá um aroma e um sabor diferentes.<br />

Chá com algumas cápsulas de cardamomo e casca de laranja é um excelente<br />

digestivo. Utilize cerca de oito s<strong>em</strong>entes para 1 litro de água.<br />

As s<strong>em</strong>entes perd<strong>em</strong> seu sabor rapidamente quando moídas. Mesmo quando<br />

inteiras, perd<strong>em</strong> 40% de seu óleo essencial por ano, devendo ser mantidas nas<br />

cascas para melhor conservação.


Cominho<br />

COMINHO: De sabor picante, suave e terroso. S<strong>em</strong>entes inteiras ou <strong>em</strong> pó<br />

usa-se <strong>em</strong> pratos da Índia e do México, carne de porco, frango, carneiro,<br />

queijos, sopas de grãos e pilafs de arroz. o Brasil, mais conhecido no Nordeste.<br />

O cominho pode ser usado <strong>em</strong> pó ou s<strong>em</strong>entes. Vai muito b<strong>em</strong> nos pratos mais<br />

“pesados” (feijões, lentilhas, grão-de-bico, assados) porque estimula a digestão<br />

e ajuda a impedir a formação de gases. No Brasil é muito utilizado no nordeste.<br />

Cravo-da-India<br />

CRAVO-DA-ÍNDIA: De sabor doce e forte. Flores Inteiras ou <strong>em</strong> pó usa-se com<br />

presunto e carne de porco, batata-doce, abóbora moranga, bolos t<strong>em</strong>perados,<br />

maçãs ou outras frutas e conservas.<br />

Cúrcuma<br />

CÚRCUMA: De sabor suave e perfume delicado. Inteiro ou <strong>em</strong> pó dá um<br />

t<strong>em</strong>pero sutil e uma exclusiva cor amarela, usada <strong>em</strong> curries <strong>em</strong> pó, arroz,<br />

grãos e chutneys. Muita gente confunde cúrcuma com o açafrão, a especiaria<br />

rara que colore e dá sabor à paella. A cúrcuma também confere sabor e dá cor,<br />

só que com personalidade muito própria. Na cozinha mineira, colore o frango<br />

ensopado.


Gengibre<br />

GENGIBRE: De sabor picante e apimentado, raiz fresca ou ralada usa-se com<br />

pratos orientais e indianos, frango,legumes, principalmente morangas e<br />

cenouras, frutas como melão e ruibarbo, bolos e biscoitos. Como planta<br />

medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas<br />

propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias,<br />

especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno<br />

e zingerona.<br />

Mostarda<br />

MOSTARDA: De sabor picante e forte, S<strong>em</strong>entes inteiras ou <strong>em</strong> pó são usadas<br />

<strong>em</strong> carne de boi, porco, frango e coelho’legumes, picles e condimentos, caldos<br />

e molhos. S<strong>em</strong>entes de mostarda preta têm um sabor mais pungente,<br />

enquanto as s<strong>em</strong>entes de mostarda branca que são, na realidade, amarelas,<br />

são as mais suaves e as usadas para fazer mostarda amarela. A mostarda<br />

castanha, que é, na realidade, amarela escura, têm um sabor amargo<br />

pungente e é o género utilizado para fabricar a mostarda Dijon.<br />

Nóz-moscada<br />

NOZ-MOSCADA: Doce e perfumado, inteira ou <strong>em</strong> pó é usado <strong>em</strong> macarrões<br />

recheados, molhos de carne e bechamel, espinafre e batata gratinados, bolos e<br />

biscoitos, pudins de leite e de cr<strong>em</strong>es e vinho quente. Era utilizada no princípio,<br />

para aromatizar cervejas.<br />

Na Itália era usada para perfumar as ruas, <strong>em</strong> dias de grandes com<strong>em</strong>orações.


Páprica<br />

PÁPRICA: De sabor picante, doce ou apimentada. Em pó usa-se <strong>em</strong> carnes e<br />

aves, principalmente os pratos da Europa Oriental, ovos, legumes e creamcheese.<br />

Feito apartir de pimentas vermelhas de tamanho médio. A versão doce<br />

utiliza pimentas doces e a picante com uma variedade mais ardida.<br />

Pimenta da Jamaica<br />

PIMENTA-DA-JAMAICA: L<strong>em</strong>bra cravo e canela. Em grãos ou <strong>em</strong> pó usa-se<br />

<strong>em</strong> cozido de carnes caribenhos, caça, carneiro, cebolas, repolho, vinagres<br />

aromatizados, frutas cozidas, bolos, pães e tortas. O nome <strong>em</strong> Inglês para a<br />

pimenta da Jamaica é “allspice” que também se refere a outras ervas<br />

aromática, especialmente os arbustos doces, como por ex<strong>em</strong>plo o da Carolina<br />

(Calycanthus floridus), uma especiaria do sudoeste dos Estados Unidos da<br />

América e recent<strong>em</strong>ente cultivada na Inglaterra.<br />

Pimenta-do-reino<br />

PIMENTA-DO-REINO: Picante, suave ou apimentada usa-se <strong>em</strong> grãos ou <strong>em</strong><br />

pó <strong>em</strong> preparações salgadas e alguns doces como morango e sorvetes. A<br />

diferença da pimenta branca da preta, é só que a branca é colhida um t<strong>em</strong>po<br />

antes.<br />

PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS E MEDICINAIS DO BRASIL<br />

Outro assunto de grande interesse é o conhecimento relacionado a plantas tóxicas e<br />

ornamentais. Muitas vezes você terá que orientar sobre primeiros socorros, noções de


envenenamento, medidas de manutenção respiratória até a chegada de socorro, etc. Muitas<br />

crianças e animais domésticos são envenenados diariamente, e s<strong>em</strong>pre é pra farmácia que os<br />

pais e responsáveis acabam levando a criança antes de qualquer coisa.<br />

Muitas espécies vegetais produz<strong>em</strong> substâncias capazes de exercer ação tóxica sobre<br />

organismos vivos. Segundo hipóteses mais recentes, metabólitos secundários de plantas<br />

seriam formados com a função de defender a espécie de predadores. Por isso, não é<br />

surpreendente que muitas plantas acumul<strong>em</strong> substâncias de elevada toxicidade. Ex<strong>em</strong>plos<br />

dessas substâncias são os glicosídeos cianogênicos, presentes na mandioca-brava; proteínas<br />

tóxicas, como a ricinina da mamona, e muitos alcalóides como a coniina, presente na cicuta e a<br />

estricnina, presente na noz vômica. Portanto, com a diversidade existente no reino vegetal e<br />

particularmente nas regiões tropicais, o número de plantas potencialmente tóxicas é elevado. É<br />

de se ressaltar que muitas dessas plantas são completamente desconhecidas quanto ao<br />

potencial de causar intoxicações. Ex<strong>em</strong>plificam essa questão relatos recentes de morte<br />

acidental de crianças abaixo de três anos por ingestão de s<strong>em</strong>entes de Hennecartia<br />

omphalandra Poisson (pimenteira-do-mato), planta nativa da região sul, com quadros de<br />

vômitos e convulsões que tiveram termo <strong>em</strong> poucos minutos (Registro junto ao CIT de Santa<br />

Catarina, outubro de 1997).<br />

Em algumas obras clássicas, centenas de plantas são citadas como tóxicas. No entanto, a<br />

marg<strong>em</strong> de certeza sobre a toxicidade de uma planta é limitada por uma série de fatores. Para<br />

ocorrer a intoxicação, seja por ingestão de uma dose tóxica, seja pelo contato através da pele,<br />

dev<strong>em</strong> ser vencidos, no processo, os mecanismos próprios de defesa de cada organismo, que<br />

inclu<strong>em</strong> o ato involuntário de cuspir (quando a substância que entra <strong>em</strong> contato com a boca é<br />

ácida ou amarga ou provoca sensação de ardência ou queimação), a náusea e o vômito<br />

imediatos (que muitas vezes imped<strong>em</strong> que a planta seja ingerida ou que fique por t<strong>em</strong>po<br />

suficiente <strong>em</strong> contato com a mucosa do estômago), e a diarréia. Assim, uma planta pode ser<br />

potencialmente tóxica e, apesar disso, não provocar a intoxicação, determinando, assim, a<br />

convicção equivocada de ausência de toxicidade.<br />

As intoxicações <strong>em</strong> humanos ocorr<strong>em</strong> de diferentes formas, de acordo com a faixa etária:<br />

crianças até três anos são mais propensas a intoxicações com plantas ornamentais existentes<br />

<strong>em</strong> seu ambiente familiar, como a comigo-ninguém-pode e as espécies de jasmim. Já crianças<br />

maiores são expostas a plantas encontradas <strong>em</strong> parques, jardins e pátios escolares, que<br />

exerc<strong>em</strong> atração por ter<strong>em</strong> flores coloridas, frutos e s<strong>em</strong>entes vistosos ou por possuír<strong>em</strong> látex,<br />

eventualmente utilizado <strong>em</strong> brincadeiras. Destacam-se aqui as espécies da família<br />

Euphorbiaceae. Em jovens e adultos, as intoxicações mais freqüentes são por contato<br />

acidental ou mesmo profissional com espécies ornamentais, mas também são muito<br />

importantes as intoxicações intencionais, como a utilização de algumas plantas pela suposta<br />

ação alucinógena, ou ainda a utilização com fins alimentares de uma planta identificada<br />

incorretamente. Como ex<strong>em</strong>plo pod<strong>em</strong>os citar a intoxicação de uma família pela ingestão de<br />

Nicotiana glauca (charuto-do-rei), utilizada como alimento, na suposição de tratar-se de uma<br />

variedade de couve, ocorrida <strong>em</strong> Porto Alegre <strong>em</strong> 1983.<br />

Das plantas com maior número de ocorrências de intoxicações no sul do país, as pesquisas do<br />

CIT-SC apontam <strong>em</strong> primeiro lugar as espécies de Dieffenbachia (comigo-ninguém-pode), com<br />

cerca de 30% dos casos, e o conjunto de espécies identificadas como pertencentes à família<br />

Araceae, também utilizadas como ornamentais (costela-de-adão, antúrio, banana-de-macaco,<br />

copo-de-leite, taió e jibóia), com 35% dos registros no total. Em seguida, a família<br />

Euphorbiaceae (nogueira, coroa-de-cristo, eufórbia, pinhão-paraguaio, mamona e mandioca),<br />

com 30% dos casos.<br />

Medidas preventivas:<br />

Mantenha plantas venenosas fora do alcance de crianças e animais domésticos;<br />

Em caso de ingestão, retirar da boca cuidadosamente o que restar da planta e lavar com<br />

bastante água;<br />

Quando se tratar de irritação da pele, lavar abundant<strong>em</strong>ente o local com água;<br />

Conheça as plantas venenosas existentes <strong>em</strong> sua casa e arredores pelo nome e<br />

características;<br />

Ensine às crianças a não colocar plantas na boca e não utiliza-las como brinquedo (fazer<br />

comidinhas, tirar leite, etc)<br />

Não prepare r<strong>em</strong>édios ou chás caseiros com plantas s<strong>em</strong> orientação médica ou de um fiscal de<br />

saúde que saiba identifica-la corretamente.


Não coma folhas, frutos ou raízes desconhecidas. L<strong>em</strong>bre-se que não há regras ou testes<br />

seguros para distinguir plantas comestíveis das venenosas. N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre o cozimento elimina a<br />

toxicidade da planta.<br />

Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex: pod<strong>em</strong> provocar irritação nos olhos e<br />

pele; evite deixar os galhos podados <strong>em</strong> qualquer lugar onde possam vir a ser manuseados por<br />

crianças. Quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave b<strong>em</strong> as mãos após<br />

esta atividade.<br />

S<strong>em</strong>pre que possível, guardar partes da planta (todas as possíveis: folhas, flores, frutos e<br />

s<strong>em</strong>entes) para identificação através dos Centros de Informação Toxicológica ou junto a<br />

profissionais especializados, que poderão ser localizados através de consultas aos<br />

Departamentos ou Institutos de Botânica nas Instituições de Ensino.<br />

Em caso de acidente, procure orientação médica o mais rápido possível.<br />

Em caso de dúvidas, ligue para o Centro de Intoxicação da sua região:<br />

Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina<br />

Universidade Federal de Santa Catarina<br />

Hospital Universitário<br />

Bairro Trindade – Florianópolis – SC<br />

Caixa Postal: 476 – CEP: 88040-970<br />

Telefones: (48) 331-9535 / 331-9173 / 331-1520<br />

Fax: 331-9083<br />

e-mail: cit@ccs.ufsc.br<br />

www.ccs.ufsc.br/cit/homepage.html<br />

SINITOX – Sist<strong>em</strong>a Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica<br />

Avenida Brasil, 4365 – Prédio da Biblioteca de Manguinhos<br />

2º andar – sala 218<br />

CEP: 21045-900 – Rio de Janeiro – RJ<br />

Telefones: (21) 270-0295 / 590-9590<br />

Fax.: 270-2668 / 270-0914<br />

e-mail: sinitox@dcc001.cit.fiocruz.br<br />

Plantas mais conhecidas e seus POSSÍVEIS EFEITOS TÓXICOS:<br />

COMIGO-NINGUÉM-PODE<br />

Espécies originárias da América tropical, são plantas freqüent<strong>em</strong>ente cultivadas como<br />

ornamentais, principalmente na decoração de ambientes interiores, devido à sua resistência à<br />

baixa luminosidade. Estão presentes <strong>em</strong> residências, escritórios e escolas. Planta perene, de<br />

até 2m de altura, com caule tortuoso, apresentando cicatrizes anelares resultantes da queda<br />

das bainhas das folhas mais velhas. As folhas são simples, espiraladas, glabras, com<br />

numerosas manchas amarelo-esbranquiçadas, alargadas ou lineares entre as nervuras.<br />

Dieffenbachia picta apresenta manchas definidas, enquanto Dieffenbachia seguine t<strong>em</strong><br />

manchas inteligadas ocupando grande parte da lâmina foliar. Possu<strong>em</strong> flores reunidas e<br />

protegidas por espatas, mas via de regra, não floresc<strong>em</strong> no sul do Brasil.<br />

Nome científico: Dieffenbachia picta, Dieffenbachia seguine<br />

Família botânica: Araceae.<br />

Toxicidade: a natureza química dos compostos tóxicos ainda não foi completamente<br />

esclarecida. Sabe-se que possui um grande número de cristais de oxalato de cálcio, na forma<br />

de agulhas denominadas ráfides, localizadas <strong>em</strong> células especiais conhecidas como<br />

idioblastos ou células ejetoras. Também encontra-se no tecido vegetal grande quantidade de<br />

ácido oxálico e seus sais solúveis, que pod<strong>em</strong> promover quadros de intoxicação por oxalato. O<br />

mecanismo da reação alérgica d<strong>em</strong>onstra que a ação desencadeada não é apenas mecânica,<br />

mas sim mediada pela presença de substâncias lipídicas e ácidos graxos insaturados que<br />

atuariam como agentes irritantes.<br />

Formas de Intoxicação: ingestão ou contato com a mucosa oral. Os sintomas se desenvolv<strong>em</strong><br />

rapidamente, ocorrendo sensação de irritação, queimadura, salivação intensa, ed<strong>em</strong>a dos<br />

lábios, língua e garganta, podendo dificultar e impedir a fala e causar distúrbios respiratórios. O<br />

contato com a seiva do vegetal, de forma direta ou indireta, provoca severa irritação da pele e<br />

inflamação ocular, acompanhadas de dores fortes que pod<strong>em</strong> durar s<strong>em</strong>anas.<br />

Efeitos clínicos potenciais: salivação intensa, dor na boca, língua e lábios, ed<strong>em</strong>a da mucosa<br />

oral. A intensidade do ed<strong>em</strong>a pode causar obstrução das vias respiratórias e óbito por<br />

insuficiência respiratória aguda. Pod<strong>em</strong> ocorrer distúrbios gastro-intestinais, com cólicas<br />

abdominais, vômitos e náusea. O contato do látex com a pele pode provocar dermatite de


contato; na mucosa ocular pode ocorrer irritação, congestão, ed<strong>em</strong>a, fotofobia, lacrimejamento,<br />

inflamação simultânea da córnea e da conjuntiva.<br />

Tratamento: deve ser assegurada a desobstrução das vias respiratórias, para evitar a asfixia.<br />

Basicamente o tratamento é sintomático e de suporte, com administração de líquidos gelados,<br />

(água, chá e sucos) ou <strong>em</strong>olientes (leite, gelatinas), para proporcionar alívio. Caso necessário,<br />

são administrados analgésicos, antiinflamatórios e anti-histamínicos, para combater a dor e o<br />

ed<strong>em</strong>a. Não é recomendado fazer lavag<strong>em</strong> gástrica n<strong>em</strong> provocar vômito, devido à presença<br />

das ráfides. Áreas externas afetadas dev<strong>em</strong> ser lavadas com água <strong>em</strong> abundância e utilização<br />

de colírios antissépticos.<br />

CIPÓ-IMBÉ<br />

Espécie nativa, ocorrendo desde o Espírito Santo e Minas Gerais até o nordeste da Argentina,<br />

sendo também cultivada <strong>em</strong> jardins e interiores. Arbusto trepador ou terrstre, de caule<br />

cilíndrico, <strong>em</strong>itindo raízes que se ader<strong>em</strong> e se enrolam no suporte. Folhas alternas, longopecioladas,<br />

com o limbo bipinafítico e até 1m de comprimento por 60cm de largura, coriáceo,<br />

verde-brilhante na face superior e opaco na inferior. Inflorescência do tipo espádice carnosa, de<br />

até 20cm de comprimento e 5cm de diâmetro.<br />

Nome científico: Philodendron bipinnatifidum<br />

Sinônimos: imbé, guaimbé, banana-imbé.<br />

COSTELA-DE-ADÃO<br />

Originária da América Central e México, sendo cultivada como ornamental <strong>em</strong> jardins e<br />

interiores. Folhas s<strong>em</strong>elhantes ao cipó-imbé, diferindo por apresentar o limbo perfurado (exceto<br />

as folhas jovens) e inflorescência baciforme, verde-clara, de 15 a 25cm de comprimento.<br />

Nome científico: Monstera deliciosa<br />

Sinônimos: imbé.<br />

JIBÓIA<br />

Planta originária da Malásia e Java, sendo cultivada como ornamental, principalmente <strong>em</strong><br />

interiores. Trepadeira com raízes adventícias, de folhas alternas, simples, ovalado-oblongas,<br />

glabras, de 10 a 15cm de comprimento (<strong>em</strong> ambientes externos ficam maiores), com manchas<br />

esbranquiçadas na face superior, que pod<strong>em</strong> desaparecer quando a planta fica <strong>em</strong> ambientes<br />

externos. Também não floresce no sul do Brasil. Há uma outra espécie, Scindapsus aureus,<br />

originária das Ilhas Salomão, que apresenta folhas de até 60cm de comprimento, base<br />

profundamente cordada e limbo com linhas ou manchas amarelas irregulares.<br />

Nome científico: Scindapsus pictus<br />

COPO-DE-LEITE<br />

Planta herbácea, originária do sul da África, cultivado como planta ornamental e ocorrendo<br />

espontaneamente <strong>em</strong> locais encharcados. Planta herbácea, de até 80cm de altura, folhas<br />

simples, longo-pecioladas, com até 30cm de comprimento. Flores unissexuadas, reunidas <strong>em</strong><br />

inflorescências do tipo espádice, carnosas, cilíndricas, de cor amarelo-ouro, as f<strong>em</strong>ininas na<br />

porção inferior e as masculinas na superior. A espádice fica envolta por espata branca, de até<br />

20cm de comprimento. Possui frutos do tipo baga, reunidos na base do espádice. Exist<strong>em</strong><br />

outras espécies e variedades cultivadas, que se diferenciam pelas folhas manchadas de<br />

branco ou amarelo e pela cor da espata, todas com a mesma toxicidade. Também para outras<br />

plantas da família Araceae, como as espécies de Anturium, foram registrados casos de<br />

intoxicação.<br />

Nome científico: Zantedeschia aethiopica<br />

NOGUEIRA<br />

Originária da China, é cultivada no sul do Brasil, Argentina e Paraguai. Árvore de até 9m de<br />

altura, latescente, de copa muito ramificada, folhas simples, alternas, caducas no inverno,<br />

limbo cordiforme inteiro ou trilobado, palminérveas, longo-pecioladas, glabras ou com pêlos<br />

simples sobre as nervuras. As flores são brancas, róseas ou avermelhadas, aparecendo com<br />

as folhas após o inverno. Flores masculinas com 8 a 10 estames e f<strong>em</strong>ininas com gineceu de<br />

ovário súpero.<br />

Nome científico: Aleurites fordii<br />

Sinônimos: tungue, castanha-purgativa<br />

Toxicidade: apresenta ésteres diterpênicos derivados de 16-hidoxi-forbol de ação irritante e<br />

carcinogênica.


Formas de Intoxicação: ocorr<strong>em</strong> geralmente pela ingestão das s<strong>em</strong>entes, confundidas com<br />

castanhas comestíveis. É freqüente a intoxicação concomitante de um número elevado de<br />

pessoas <strong>em</strong> escolas. O CIT/SC registrou a intoxicação de 28 alunos <strong>em</strong> uma escola no<br />

município de Canoinhas (SC). Também são descritas intoxicações por utilização equivocada do<br />

óleo extraído das s<strong>em</strong>entes como óleo comestível. Este óleo, conhecido como óleo de tungue,<br />

é utilizado na indústria de tintas e sabonetes e para impermeabilizar madeiras. Seu vapor,<br />

quando aquecido, libera substâncias cáusticas e extr<strong>em</strong>amente irritantes.<br />

Efeitos clínicos potenciais: Náuseas, vômitos, cólicas abdominais, tenesmo e diarréia. O<br />

contato do látex com a pele e mucosas pode provocar lesões, com formação de erit<strong>em</strong>as e<br />

pústulas. Em casos mais graves pode ocorrer desidratação, midríase, taquicardia, taquipnéia,<br />

respiração irregular, cianose, hipertermia, lesões renais e colapso.<br />

Tratamento: nas intoxicações por ingestão, a provocação do vômito e a lavag<strong>em</strong> gástrica são<br />

recomendadas, sendo seguidas do tratamento sintomático e de apoio. Controle eletrolítico se<br />

faz necessário, principalmente para evitar insuficiência renal. Os casos mais graves exig<strong>em</strong><br />

controle das funções circulatórias e respiratórias. As dermatites são tratadas com lavag<strong>em</strong> e<br />

aplicação de antissépticos. Em casos mais graves, é recomendada a administração de<br />

corticóides ou anti-histamínicos.<br />

COROA-DE-CRISTO<br />

Planta originária da ilha de Madagascar. Duas variedades são muito cultivadas no Brasil, como<br />

cercas-vivas e ornamentais: Euphorbia millii, com folhas de até 7cm de comprimento, e<br />

Euphorbia millii var. breoni, com folhas de até 15cm de comprimento. É um arbusto perene,<br />

lactescente, que atinge de 0,50cm a 1,80m de altura, muito ramificado, com ramos angulosos e<br />

armados de numerosos espinhos de até 2,5cm de comprimento. As folhas são verdes, alternas,<br />

pequenas, caducas e s<strong>em</strong> pelos. As flores são unissexuais, reunidas <strong>em</strong> inflorescências do tipo<br />

ciátio, com cinco glândulas apicais vermelhas e duas brácteas reniformes, grandes e também<br />

vermelhas.<br />

Nome científico: Euphorbia millii<br />

Sinônimos: martírio.<br />

Toxicidade: das partes aéreas do vegetal foram isolados diterpenos denominados miliaminas,<br />

responsáveis pela ação irritante. Esse grupo de compostos foi bastante estudado <strong>em</strong> função da<br />

sua ação co-carcinogênica, ocorrendo <strong>em</strong> várias outras espécies da mesma família, incluindo o<br />

aveloz.<br />

Formas de Intoxicação: s<strong>em</strong>pre devidas ao contato do látex com a pele e mucosas, podendo<br />

causar sérias irritações. Entre os casos registrados junto ao CIT/SC, observam-se intoxicações<br />

<strong>em</strong> adultos, <strong>em</strong> atividades de jardinag<strong>em</strong>, devido ao contato do látex com a pele, de respingos<br />

nos olhos durante a poda ou o contato da mão impregnada com os olhos, mesmo horas<br />

depois. Em crianças a intoxicação é muito freqüente pois é uma planta muito utilizada para<br />

“tirar o leite” para “fazer comidinhas”.<br />

Efeitos clínicos potenciais: inicialmente as lesões caracterizam-se por ed<strong>em</strong>as e erit<strong>em</strong>as,<br />

formação de vesículas e pústulas, normalmente pruriginosas e doloridas. As lesões<br />

desenvolv<strong>em</strong>-se <strong>em</strong> cerca de 2 a 8 horas após o contato, evoluindo nas 12 horas seguintes; a<br />

regressão ocorre <strong>em</strong>2 a 3 dias s<strong>em</strong> deixar cicatrizes. O contato do látex com os dedos e depois<br />

a passag<strong>em</strong> destes pelos olhos pode provocar conjuntivite e, <strong>em</strong> casos mais graves, cegueira<br />

t<strong>em</strong>porária. Casos de ingestão da planta são raros, devido ao sabor desagradável e ao rápido<br />

aparecimento dos sintomas irritativos da mucosa bucal, com sensação de queimadura, ed<strong>em</strong>a,<br />

dor e salivação. A ingestão provoca gastrienterite severa com forte diarréia e vômitos;<br />

ocorrendo reabsorção, há dilatação da pupila, tontura, delírio com convulsões e colapso<br />

circulatório, podendo, ainda, ocorrer lesões renais.<br />

Tratamento: sintomático. No caso de contato com a pele, lavar com água <strong>em</strong> abundância. Se<br />

isto for feito a t<strong>em</strong>po, não ocorr<strong>em</strong> as lesões mais sérias. Caso haja vesículas, dev<strong>em</strong> ser<br />

tomadas as medidas de higiene para evitar infecções secundárias.<br />

Se o contato for com os olhos, após lavag<strong>em</strong> prolongada dev<strong>em</strong> ser usados colírios<br />

antissépticos e corticóides e anti-histamínicos, <strong>em</strong> casos mais graves. Em caso de ingestão, a<br />

lavag<strong>em</strong> gástrica é desnecessária, sendo recomendada somente se a quantidade de planta<br />

ingerida for considerável. A administração de carvão ativado e laxantes é indicada, além de<br />

analgésicos e d<strong>em</strong>ulcentes, como leite e óleo de oliva.<br />

EUFÓRBIA<br />

Originária da Amazônia, é cultivada na América do Sul como ornamental <strong>em</strong> parques, praças e<br />

ruas. Árvore de médio porte, lactescente, com ramos articulados nos nós. Folhas verticiladas,<br />

<strong>em</strong> regra três a cada nó, caducas no inverno, simples, inteiras, m<strong>em</strong>branosas e glabras, com<br />

até 7cm de comprimento e 5cm de largura. Flores unissexuais, reunidas <strong>em</strong> inflorescências do


tipo ciátio, com invólucro campanulado com cinco glândulas apicais e cinco brácteas amareloesbranquiçadas,<br />

franjadas.<br />

Nome científico: Euphorbia cotinifolia<br />

Sinônimos: sangue-de-boi, sanguinea.<br />

Toxicidade: como a espécie anterior, apresenta diterpenos tóxicos responsáveis pela ação<br />

irritante.<br />

BICO-DE-PAPAGAIO<br />

Arbusto a arvoreta, lactescente, de até 6m de altura. Folhas inferiores alternas e superiores<br />

opostas ou verticiladas, simples, verde-escuras, ovaladas, bordas serrilhadas ou inteiras, com<br />

até 20cm de comprimento. As flores são reunidas <strong>em</strong> inflorescências do tipo ciátio, e possu<strong>em</strong><br />

invólucro urceolado com uma glândula lateral amarela e vistosa. Os ciátios ficam reunidos <strong>em</strong><br />

cimeiras protegidas por numerosas brácteas vermelhas ou brancas, com 20cm de<br />

comprimento. Frutifica raramente.<br />

Nome científico: Euphorbia pulcherrima<br />

Sinônimos: poinsetia, folha-de-sangue, flor-de-santo-antonio, flor-de-papagaio, flor-de-natal.<br />

Toxicidade: como todas as Euphorbiáceas, possui ésteres diterpênicos de ação irritante. O<br />

contato com o látex e a ingestão pod<strong>em</strong> causar lesões severas.<br />

PINHÃO-DE-PURGA<br />

Originária da América tropical e cultivada como ornamental no Brasil. É um arbusto lactescente,<br />

caducifólio, com folhas simples, pecíolos longos e lâminas crdiformes a lobuladas,<br />

palminérveas, de 5 a 10cm de comprimento, freqüent<strong>em</strong>ente de cor vermelho-escuro (vinho).<br />

As flores são unissexuais, pentâmeras e amarelo-esverdeadas.<br />

Nome científico: Jathropa curcas<br />

Toxicidade: contém uma proteína de ação tóxica, s<strong>em</strong>elhante à ricina (ver mamona). Além<br />

disso, o óleo presente nas s<strong>em</strong>entes e o látex das partes aéreas apresentam ação cáustica,<br />

podendo causar severa irritação na pele.<br />

Formas de Intoxicação: as intoxicações ocorr<strong>em</strong> principalmente <strong>em</strong> crianças, pela ingestão das<br />

s<strong>em</strong>entes, que são confundidas com castanhas de espécies comestíveis. Em adultos, a<br />

intoxicação pode ocorrer pelo uso da planta como medicinal, preconizada <strong>em</strong> algumas regiões<br />

como laxante, contra vermes e para úlcera gástrica. Efeitos clínicos potenciais: diarréia severa<br />

e inflamação gastrintestinal pela ingestão e severa irritação dérmica na aplicação tópica.<br />

Também provoca intensa dor abdominal, náuseas, vômito e diarréia.<br />

Tratamento: o esvaziamento gástrico, mesmo com episódios de vômito, é indicado, b<strong>em</strong> como<br />

hidratação adequada para evitar distúrbios eletrolíticos e diminuir os riscos de complicações<br />

cardio-vasculares, neurológicas e renais. Soluções antissépticas, anti-histamínicos e<br />

corticóides são eventualmente utilizados para o tratamento das lesões da pele e mucosas,<br />

provocadas pelo contato com o látex, pêlos ou espinhos.<br />

AROEIRA<br />

Espécies nativas do Brasil, ocorrendo de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, Paraguai,<br />

Bolívia, Argentina e Uruguai. São árvores de até 7m de altura, da família Anacardiaceae, muito<br />

utilizadas na arborização de ruas e parques.<br />

Nome científico: Lithraea brasiliensis, Lithraea molleoides. Outras espécies tambéwm<br />

chamadas de aroeira, pertencentes à mesma família, são Schinus terebinthifolius (aroeiravermelha,<br />

aroeira-da-praia ou aroeira-mansa) e Schinus molle (aroeira-mansa, aroeira-salso).<br />

Sinônimos: aroeira-brava, pau-de-bugre.<br />

Toxicidade: substâncias alergizantes <strong>em</strong> todas as espécies. Em particular os frutos de aroeiramansa<br />

são utilizados como um tipo especial de pimenta, podendo, no entanto, provocar, de<br />

acordo com a dose, forte irritação gástrica.<br />

Formas de Intoxicação: dermatite, erit<strong>em</strong>a, pápulas e vesículas com prurido intenso. A<br />

sensibilização pode ocorrer no contato direto da planta com a pele ou, <strong>em</strong> muitos casa, apenas<br />

pela proximidade com o vegetal, devido à presença de substâncias alergizantes voláteis.<br />

Tratamento: a regressão do quadro toxicológico é normalmente lenta, sendo importante tomas<br />

medidas para evitar infecções secundárias. Sãi indicados os antissépticos de ação local e, <strong>em</strong><br />

casos mais graves, é recomendada a administração de corticóides e anti-histamínicos.<br />

MAMONA<br />

Originária da África, é cultivada ou nasce de forma silvestre nas regiões tropicais e subtropicais<br />

do globo. É um arbusto muito polimorfo, anual ou perene, às vezes arborescente, alcançando<br />

até 8m de altura nas regiões tropicais. As folhas são alternas, simples, palmatilobadas e<br />

peltadas, com bordos serrilhados e de até 60cm de diâmetro. Ramos cilíndricos, sólidos nas


plantas jovens e ocos nas velhas, divididos com entre-nós b<strong>em</strong> marcados pela inserção das<br />

folhas. Os frutos são b<strong>em</strong> característicos, espinhosos ou lisos, verdes a avermelhados, e,<br />

quando estão maduros, estouram <strong>em</strong> t<strong>em</strong>peraturas mais altas e sob o sol, para diss<strong>em</strong>inar as<br />

s<strong>em</strong>entes o mais longe possível.<br />

Nome científico: Ricinus communisi<br />

Sinônimos: carrapateira.<br />

Toxicidade: as s<strong>em</strong>entes apresentam uma lectina altamente tóxica, denominada ricina, de<br />

estrutura glicoprotéica, com propriedade de aglutinar eritrócitos (fitoaglutinina). As s<strong>em</strong>entes<br />

contém <strong>em</strong> torno de 0,2% de ricina. Outro componente tóxico, que ocorre também nas folhas, é<br />

a ricinina, substância de natureza alcaloídica. Além desses, é também descrita a presença de<br />

glicoproteínas de ação alergizante. O óleo de mamona ou óleo de rícino, devido a<br />

características singulares como a alta viscosidade e estabilidade, t<strong>em</strong> amplo <strong>em</strong>prego<br />

industrial. Também é utilizado <strong>em</strong> alguns medicamentos como purgante drástico,<br />

eventualmente utilizado antes de procedimentos radiológicos. O óleo não contém ricina, que<br />

permanece na torta. A torta t<strong>em</strong> alto valor protéico, e, após tratamento para eliminação da<br />

ricina, é utilizada como ração animal ou, ainda, como adubo.<br />

Formas de Intoxicação: os casos mais freqüentes são <strong>em</strong> crianças pela ingestão das<br />

s<strong>em</strong>entes. O grau de intoxicação depende do grau de liberação da ricina, que ocorre com a<br />

mastigação: exist<strong>em</strong> relatos de ingestão de s<strong>em</strong>entes inteiras s<strong>em</strong> desenvolvimento de um<br />

quadro sério de intoxicação. O óleo, se preparado por leigos, pode estar contaminado com<br />

ricina, assim como a torta, tornando-se extr<strong>em</strong>amente tóxicos. Em animais de grande porte,<br />

como o gado bovino, foi relatada a dose letal de 20g de folhas frescas por kilo de peso do<br />

animal, ingeridas <strong>em</strong> curto espaço de t<strong>em</strong>po. Há relatos de morte de animais de grande porte<br />

principalmente no nordeste, onde, devido à seca, os animais acabam comendo a planta<br />

quando estão com fome.<br />

Efeitos clínicos potenciais: vômitos e diarréia, evoluindo para gastroenterite sanguinolenta,<br />

cólicas violentas, lesões renais e distúrbios neurológicos, apnéia, letargia e coma. A ingestão<br />

de 1 a 6g de s<strong>em</strong>entes pode ser fatal para uma criança. Também ocorr<strong>em</strong> manifestações<br />

alérgicas por inalação de resíduos de indústrias de beneficiamento de mamona. Tais<br />

manifestações caracterizam-se por distúrbios respiratórios, coriza, asma brônquica,<br />

conjuntivite, dermatites e ecz<strong>em</strong>as.<br />

Tratamento: deve ser rápido e enérgico, sendo recomendadas a administração de carvão<br />

ativado e estimulação do vômito. A lavag<strong>em</strong> gástrica deve ser imediata, seguida da<br />

administração de eletrólitos, grande quantidade de líquidos, controle renal, sanguíneo e das<br />

funções hepáticas. Pode ser necessária a transfusão sanguínea.<br />

MANDIOCA-BRAVA<br />

Originária do Paraguai e dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na época da<br />

colonização, seu uso já fazia parte dos hábitos alimentares dos índios da América do Sul,<br />

Central e México. É um arbusto perene, de até 4m de altura, ramificado ou não, com caule e<br />

ramos cobertos com numerosas cicatrizes resultantes da queda das folhas caducas. As raízes<br />

são tuberosas, numerosas e cilíndricas.<br />

Nome científico: Manihot esculenta<br />

Sinônimos: aipim, mandioca-braba.<br />

Toxicidade: deve-se à presença de glicosídeos cianogênicos, principalmente a linamarina, que<br />

está presente <strong>em</strong> todas as partes do vegetal, concentrando-se nas folhas e entrecasca da raiz.<br />

Acredita-se que todas as variedades de mandioca possuam glicosídeos cianogênicos, existindo<br />

variação no teor de acordo com a odade do vegetal, condições climáticas e do solo. Esses<br />

glicosídeos são instáveis, sofrendo degradação pelo calor, ação de enzimas presentes no<br />

próprio vegetal e ácidos digestivos. A sua hidrólise origina ácido cianídrico, que atua inibindo a<br />

respiração celular através da reação com o ferro trivalente da citocromo-oxidase nas<br />

mitocôndrias. O cianeto resultante é um dos venenos de ação mais rápida, sendo a dose letal<br />

para o hom<strong>em</strong> <strong>em</strong> torno de 1mg/kg. Porém, o organismo humano possui mecanismos de<br />

defesa que faz<strong>em</strong> com que a intoxicação não ocorra de forma tão rápida, através do sist<strong>em</strong>a<br />

de catálise da rodanese, enzima capaz de promover a formação de tiocianato, que será<br />

eliminado pela urina e saliva.<br />

Formas de Intoxicação: nos alimentos industrializados, os glicosídeos cianogênicos são<br />

eliminados pelo processamento. As intoxicações caseiras ocorr<strong>em</strong> pelo cozimento insuficiente.<br />

É de se destacar que existe no Brasil um grande número de espécies e variedades<br />

botanicamente muito s<strong>em</strong>elhantes, e que ex<strong>em</strong>plares de baixa toxicidade, quando<br />

transplantados, pod<strong>em</strong> tornar-se tóxicos, s<strong>em</strong> que se observ<strong>em</strong> diferenças visuais nas plantas.<br />

Outro aspecto que merece atenção é a intoxicação crônica, pela dieta unilateral de alimentos


processados inadequadamente, causando ingestão sist<strong>em</strong>ática de doses subletais de cianeto,<br />

que interfer<strong>em</strong> na função da tireóide.<br />

Efeitos clínicos potenciais: as intoxicações são acompanhadas de distúrbios gastro-intestinais<br />

como náuseas, vômitos, cólicas e diarréias; manifestações neurológicas como sonolência,<br />

torpor e coma, seguidas de convulsões tônicas e alterações respiratórias., como dispnéia,<br />

acúmulo de secreções, asfixia, bradipnéia, cianose, alterações do ritmo cardíaco, hipotensão e<br />

óbito, nos casos mais agudos.<br />

Tratamento: as medidas de tratamento <strong>em</strong> casos de intoxicação por cianetos dev<strong>em</strong> ser<br />

rápidas e eficazes. Inicialmente, procura-se evitar ou reverter a ligação do cianeto com o ferro<br />

da citocromo-oxidade, através da ingestão de nitritos que oxidam a h<strong>em</strong>oglobina à<br />

metah<strong>em</strong>oglobina, que competirá com a citocromo-oxidase, sendo favorecida a formação de<br />

cianetometah<strong>em</strong>oglobina. É recomendada a ingestão de ácido ascórbico, azul de metileno e<br />

lavag<strong>em</strong> gástrica.<br />

BUCHA<br />

Trepadeira cultivada no Norte e Nordeste do Brasil, como ornamental. O fruto seco, marrom<br />

escuro, é a única fonte de intoxicação da planta toda.<br />

Nome científico: Luffa operculata<br />

Sinônimos: buchinha-do-norte, bucha-paulista.<br />

Toxicidade; foram obtidas glicoproteínas com ação inibidora da síntese protéica, <strong>em</strong>briotóxica e<br />

abortiva, d<strong>em</strong>onstrada <strong>em</strong> experimentos animais. A ingestão de chás preparados com os frutos<br />

provoca cólicas abdominais, diarréia intensa e vômitos.<br />

Formas de Intoxicação: estão relacionadas de maneira geral com tentativas de aborto. Os<br />

casos registrados ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> mulheres entre 19 a 26 anos, após ingestão de quantidade<br />

variável do chá preparado com os frutos secos. Porém, há o uso tradicional como<br />

descongestionante <strong>em</strong> casos de rinite e sinusite, preconizado por médicos homeopatas e na<br />

fitomedicina. Mesmo o preparo controlado <strong>em</strong> farmácias de manipulação é passível de reações<br />

adversas <strong>em</strong> indivíduos sensíveis.<br />

Efeitos clínicos potenciais: sangramento das mucosas nasais, náusea, vômito, dor abdominal,<br />

cólicas e dor de cabeça. O uso excessivo pode provocar h<strong>em</strong>orragia generalizada,<br />

abortamento e outros probl<strong>em</strong>as na h<strong>em</strong>ostasia, de ord<strong>em</strong> mais ou menos grave, dependendo<br />

da dose utilizada.<br />

DAMA-DA-NOITE<br />

Arbusto de até 5m de altura, de folhas alternas, inteiras, assimétricas, de bordas inteiras ou<br />

lev<strong>em</strong>ente sinuosas, de até 30cm de comprimento. As flores são brancas a amarelo-cr<strong>em</strong>e ou<br />

rosadas, pendentes, de 20 a 30cm de comprimento. Abr<strong>em</strong> apenas à noite. É uma das plantas<br />

mais antigas utilizadas pelos índios americanos por suas propriedades psicotrópicas.<br />

Nome científico: Datura suaveolens, Brugmansia suaveolens<br />

Sinônimos: cartucheira, trombeteira, saia-branca, buzina.<br />

Toxicidade: possui alcalóides tropânicos <strong>em</strong> todas as partes, sendo o mais comum a<br />

escopolamina (80%), seguido da hiosciamina. Esse toer varia conforme a idade da planta.<br />

Formas de intoxicação: pod<strong>em</strong> ocorrer intoxicações acidentais por ingestão de partes da<br />

planta, mas são freqüentes as intoxicações devido ao uso como alucinógeno e também como<br />

veneno <strong>em</strong> tentativas de suicídio ou crimes. Na Índia, entre 1950 e 1965, foram registradas<br />

2728 mortes por uso de datura.<br />

Efeitos clínicos potenciais: síndrome anticolinérgica clássica, com náuseas, vômitos,<br />

dificuldades visuais e secura da boca. Nos casos mais graves, visão borrada, fotofobia com<br />

dilatação da pupila, secura das mucosas, principalmente da boca, hipertermia, hiper<strong>em</strong>ia<br />

cutânea, inquietude psicomotora, taquicardia, hipotensão ortostática, alucinações,<br />

desorientação, distúrbios respiratórios, convulsões e coma.<br />

Tratamento: se for rápido e com êxito, <strong>em</strong> 12 a 48 horas os sintomas começam a desaparecer.<br />

O efeito midriático persiste até por algumas s<strong>em</strong>anas. Administração de carvão ativado,<br />

provocação do vômito, controle das funções respiratórias, cuidados sintomáticos e de apoio<br />

dev<strong>em</strong> seguir o tratamento.<br />

TINHORÃO<br />

Nome científico: Caladium bicolor<br />

Nome popular: tajá, taiá, caládio<br />

TAIOBA-BRAVA<br />

Nome científico: Colocasia antiquorum<br />

Nome popular: taió, cocó, tajá


Parte tóxica: A planta toda<br />

Sintomas: A ingestão e o contato pod<strong>em</strong> causar sensação de queimação, inchaço dos lábios,<br />

boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia;<br />

o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.<br />

AVE-DO-PARAÍSO<br />

Nome científico: Poincians gilliens<br />

Nome popular: ave-do-paraíso, strelitzia.<br />

LAGOSTA-NEGRA<br />

Nome científico: Robinia pseudoacaccia<br />

Nome popular: lagosta-negra.<br />

Parte tóxica: a planta toda<br />

Sintomas: o contato ou proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão,<br />

coceira) que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.<br />

As s<strong>em</strong>entes pod<strong>em</strong> causar sonolência, depressão, vômitos e enfraquecimento do pulso.<br />

DEDALEIRA<br />

Nome científico: Digitalis purpurea<br />

Nome popular: dedaleira, luvas-de-Nossa-Senhora.<br />

Parte tóxica: a planta toda<br />

Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas,<br />

rubor facial, estados de agitação, alucinação, elevação da t<strong>em</strong>peratura corporal (hipertermia);<br />

casos mais graves pod<strong>em</strong> levar à morte. Provocam náuseas, vômitos e tonturas e também<br />

afetam o ritmo cardíaco.<br />

AVELOZ<br />

Nome científico: Euphorbia tirucalli<br />

Nome popular: graveto do cão, figueira do diabo, dedo do diabo, pau-pelado, árvore de São<br />

Sebastião<br />

Parte tóxica: a planta toda<br />

Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, inchaço dos lábios, boca e língua,<br />

dor <strong>em</strong> queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, ed<strong>em</strong>a<br />

das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.<br />

URTIGA<br />

Nome científico: Fleurya aestuans<br />

Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansação.<br />

CHUVA-DE-OURO<br />

Nome científico: Laburnum anagyoides<br />

Nome popular: chuva-de-ouro, vara-de-ouro<br />

Parte tóxica: pelos do caule e folhas<br />

Sintomas: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, coceira,<br />

vermelhidão cutânea e bolhas. Excitação nervosa, falta de coordenação motora e morte por<br />

asfixia já foram relatadas.<br />

ESPIRRADEIRA<br />

Nome científico: Nerium oleander<br />

Nome popular: oleandro, louro rosa<br />

Parte tóxica: a planta toda<br />

Sintomas: a ingestão ou contato com o látex pod<strong>em</strong> provocar dor <strong>em</strong> queimação na boca,<br />

salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que<br />

pod<strong>em</strong> levar à morte.<br />

CINAMOMO<br />

Nome científico: Melia azedarach<br />

Nome popular: jasmim de Caiena, jasmim de cachorro, jasmim de soldado, árvore santa,<br />

loureiro grego, lírio da Índia, erva de Santa Bárbara.


Parte tóxica: frutos e chá das folhas<br />

Sintomas: a ingestão pode causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas<br />

abdominais, diarréia intensa; <strong>em</strong> casos mais graves pode ocorrer depressão do sist<strong>em</strong>a<br />

nervoso central.<br />

Outros vegetais de importância toxicológica<br />

Nome popular<br />

Nome científico<br />

Família botânica<br />

Alamanda<br />

Allamanda cathartica<br />

Apocynaceae<br />

Parte tóxica E f e i t o s c l í n i c o s Observações<br />

Componentes ativos potenciais<br />

Características botânicas<br />

D i s t ú r b i o s Arbusto exótico, trepador,<br />

Todas as partes, g a s t r o i n t e s t i n a i s com folhas verticiladas e<br />

particularmente o severos, náuseas, amarelas, freqüente <strong>em</strong><br />

látex.<br />

vômitos, cólicas e jardins.<br />

diarréia.<br />

Azaléia<br />

Todas, devido à Salivação, vômitos, Arbusto exótico, de flores<br />

presença de um lacrimação, rinorréia; vermelhas a brancas,<br />

Rhododendron diterpeno derivado <strong>em</strong> casos graves, ornamental <strong>em</strong> jardins.<br />

indicum<br />

do andromedano, de hipotensão, dor de<br />

Ericaceae<br />

ação cardiotóxica. cabeça, bradicardia,<br />

convulsões e coma.<br />

T o d a s , Náuseas, vômitos, Arbusto nativo ou cultivado<br />

Cambará, Camará principalmente os diarréia, letargia, como ornamental <strong>em</strong><br />

Lantana camara frutos verdes, que fotofobia, midríase, jardins.<br />

Verbenaceae possu<strong>em</strong> lantadenos alguns casos de óbito já<br />

( t r i t e r p e n o s foram relatados.<br />

hepatotóxicos)<br />

Todas as partes, <strong>em</strong> Náusea, vômitos, Erva com flores brancas,<br />

Cicuta<br />

p a r t i c u l a r a s d i a r r é i a ; e m c a s o s comum encontra-la<br />

Conium maculatum s<strong>em</strong>entes, que graves, fortes dores silvestre <strong>em</strong> regiões de<br />

Apiaceae<br />

contém os alcalóides abdominais, delírio, altitude no sul do país.<br />

coniina e coniceína t r e m o r, c o n v u l s õ e s<br />

violentas.<br />

Todas, devido à Náuseas, vômitos, Árvore exótica, com flores<br />

Chapéu-de-Napoleão presença de d i a r r é i a . S i n t o m a s amarelas ou alaranjadas,<br />

Thevetia peruviana g l i c o s í d e o s neurológicos: ornamental <strong>em</strong> jardins.<br />

Apocynaceae cardíacos. O látex desorientação e dor de<br />

t<strong>em</strong> ação cáustica. c a b e ç a , a r r i t m i a s<br />

c a r d í a c a s . O l á t e x<br />

provoca queimação na<br />

boca. Nos olhos:<br />

irritação, fotofobia e<br />

congestão<br />

conjuntiva.<br />

da<br />

Todas as partes, <strong>em</strong> Irritação gastrointestinal Árvore exótica ou silvestre,<br />

Cinamomo<br />

especial os frutos. severa com náusea, comum <strong>em</strong> ruas e<br />

Melia azadirachta<br />

vômitos, diarréia arborização de jardins.<br />

Meliaceae<br />

intensa, distúrbios do<br />

SNC, ataxia, torpor,<br />

convulsões e coma.<br />

Espirradeira<br />

Todas as partes, Náuseas, vômitos, Arbusto exótico, de flores<br />

devido à presença d i a r r é i a , s i n t o m a s <strong>em</strong> várias cores, comum<br />

Nerium oleander d e g l i c o s í d e o s neurológicos como <strong>em</strong> jardins e praças.<br />

Apocynaceae cardíacos. desorientação e dor de<br />

c a b e ç a , a r r i t m i a s<br />

cardíacas.


Presença de Q u e i m a d u r a s p o r Arbusto exótico, cultivado<br />

Figo<br />

furanocumarinas, exposição ao sol após a d e v i d o a o s f r u t o s<br />

Ficus carica capazes de induzir utilização ou comestíveis.<br />

Moraceae<br />

fotossensibilidade. manipulação de extratos<br />

da planta; intoxicações<br />

relatadas pelo uso <strong>em</strong><br />

preparações caseiras<br />

de bronzeadores.<br />

Ingestão de Gastroenterites, vômitos Trepadeira de flores azuis,<br />

Glicínia<br />

s e m e n t e s , r e p e t i d o s , d o r m u i t o u s a d a e m<br />

Wisteria sinensis principalmente por abdominal e diarréia. De caramanchões.<br />

Fabaceae<br />

crianças; toxicidade modo geral, a<br />

atribuída à presença recuperação é completa<br />

de lectinas. <strong>em</strong> 24 horas.<br />

Todas as partes são Predomínio de sintomas Arbusto exótico, de flores<br />

Giesta<br />

t ó x i c a s , p o r gastrointestinais. amarelas, comum <strong>em</strong><br />

Spartium junceum apresentar<strong>em</strong> o<br />

jardins.<br />

Fabaceae<br />

alcalóide citisina, de<br />

ação s<strong>em</strong>elhante à<br />

nicotina.<br />

Hera<br />

As partes aéreas e R e a ç õ e s d é r m i c a s Trepadeira exótica, muito<br />

as raízes pod<strong>em</strong> graves, <strong>em</strong> mãos, utilizada para cobrir muros<br />

Hedera helix provocar dermatites braços e rosto, após e paredes. Há o uso<br />

Araliaceae<br />

de contato; ação contato freqüente com a medicinal do extrato como<br />

atribuída à presença planta.<br />

antied<strong>em</strong>atoso e anti-<br />

de poliacetilenos.<br />

celulítico.<br />

Todas as partes da A ingestão dos frutos Arbusto nativo, de flores<br />

Imbira, Embira p l a n t a , pode causar distúrbios brancas. Foi muito<br />

D a p h n o p s i s especialmente gastrointestinais graves, utilizada para a confecção<br />

rac<strong>em</strong>osa<br />

entrecasca, frutos e o contato com a planta de cordas.<br />

Thymeleaceae raízes, por conter<strong>em</strong> c a u s a<br />

diterpenos de ação alérgicas.<br />

irritante.<br />

r e a ç õ e s<br />

Látex Lesões cutâneas e Árvore lactescente, nativa<br />

Leiteira, Mata-olho<br />

oculares após contato nas matas do sul do Brasil,<br />

Pachystroma<br />

com o látex, provocando com grandes folhas com<br />

longifolium<br />

inflamação severa. espinhos.<br />

Oficial-de-sala<br />

C a u l e e f o l h a s Na ingestão provoca dor Erva de flores vistosas,<br />

p r o d u z e m l á t e x e queimação, sialorréia, amarelo-alaranjadas.<br />

A s c l e p i a s cáustico e dores abdominais,<br />

curassavica g l i c o s í d e o s náusea e vômitos;<br />

Asclepidiaceae cardíacos. alterações do ritmo<br />

cardíaco. Em contoato<br />

com os olhos, pode<br />

provocar forte irritação e<br />

ed<strong>em</strong>a da córnea.<br />

As s<strong>em</strong>entes contém Gastroenterite grave, As s<strong>em</strong>entes são<br />

Olho-de-pombo lectina, de elevada vômitos, diarréias e utilizadas pelo seu aspecto<br />

Abrus precatorius toxicidade. Há convulsões.<br />

peculiar <strong>em</strong> colares e<br />

Fabaceae<br />

relatos de morte<br />

pelo consumo de 1 a<br />

2 s<strong>em</strong>entes.<br />

enfeites artesanais.


Mata-cavalo<br />

Solanum capsicoides<br />

Solanaceae<br />

Pessegueiro-bravo<br />

Prunus selowii<br />

Rosaceae<br />

O principal alcalóide D i s t ú r b i o s Subarbusto nativo; várias<br />

é a solanina, de gastrointestinais com espécies do gênero são<br />

t o x i c i d a d e náuseas, vômito, denominadas mata-cavalo.<br />

comprovada para as d i a r r é i a , c ó l i c a s<br />

m u c o s a s abdominais; casos mais<br />

gastrointestinais e graves pod<strong>em</strong> provocar<br />

ação h<strong>em</strong>olítica. f e b r e , d i s t ú r b i o s<br />

Intoxicações mais circulatórios e<br />

freqüentes foram por neurológicos.<br />

ingestão dos frutos<br />

verdes.<br />

Todas as partes, Intoxicações típicas por Árvore nativa das florestas<br />

principalmente as c o m p o s t o s do sul do Brasil.<br />

s<strong>em</strong>entes, que cianogênicos, iguais às<br />

contém glicosídeos da mandioca-brava<br />

cianogênicos. As<br />

s<strong>em</strong>entes de todas<br />

as espécies de<br />

Prunus pod<strong>em</strong> ser<br />

considerada<br />

potencialmente<br />

tóxicas.<br />

E por último, um pequeno dicionário com os termos mais usados e mais perguntados para o<br />

farmacêutico no balcão.<br />

GLOSSÁRIO<br />

ADSTRINGENTE - Contrai os tecidos e mucosas diminuindo ou impedindo a secreção ou<br />

absorção, causando sensação de secura e aspereza na boca ou pele.<br />

AFECÇÃO - Alteração da saúde. Doença.<br />

AMENORRÉIA - Ausência de menstruação.<br />

ANALGÉSICO - Acalma ou suprime a dor.<br />

ANESTESICO - Diminui ou elimina a sensibilidade.<br />

ANOREXIA - Redução ou perda de apetite para alimentos.<br />

ANTIDIARRÉICO - Evita ou combate a diarréia.<br />

ANTIESCORBÚTICO - Combate o escorbuto.<br />

ANTIESPASMÓDICO - Alivia espasmos, as contrações musculares brusca.<br />

ANTIHELMÍNTICO - Auxilia na eliminação de vermes intestinais.<br />

ANTIINFLAMATÓRIO - Combate a inflamação.<br />

ANTIMICROBIANO - Agente que destrói os micróbios.<br />

ANTIPIRÉTICO - Diminui a t<strong>em</strong>peratura corporal <strong>em</strong> estados febris.<br />

ANTISSÉPTICO - Age contra infecções, inibindo ou destruindo a proliferação de<br />

microrganismos patogênicos.<br />

APERIENTE - Estimula o apetite.<br />

ARTRITE - Inflamação de uma ou mais articulações.<br />

BACTERICIDA - Destrói ou mata especificamente bactérias.<br />

BALSÂMICO - Combate a inflamação das mucosas das vias respiratórias.<br />

BÉQUICO - Atua contra tosse. Antitussígeno.<br />

CALMANTE - Ver sedativo.<br />

CARMINATIVO - Atenua o desenvolvimento de gases no intestino e estômago, favorece a<br />

expulsão de gases e atenua cólicas intestinais.<br />

CATÁRTICO - Purgativo, provoca a evacuação intestinal.<br />

COLAGOGO - Estimula o fluxo da secreção biliar.<br />

COLERÉTICO - Ativa a produção de bílis.<br />

COMPRESSA - Chumaço de pano ou algodão <strong>em</strong>bebido no medicamento para fazer<br />

compressas locais.<br />

DECOCÇÃO - Cozimento, preparação feita com a erva e água por meio de fervura.<br />

DEPURATIVO - Facilita a eliminação de substância do sangue através da urina, fezes ou suor.<br />

DIAFORÉTICO - Provoca e favorece a sudorese, a transpiração.<br />

DISMENORRÉIA - Menstruação dolorosa.<br />

DIURÉTICO - Favorece a secreção urinária, provoca diurese.<br />

ECZEMA - Doença de pele, com formação de crosta, descamação, avermelhamento ou<br />

prurido.


EMENAGOGO - Auxilia na regularização ou aumento da menstruação.<br />

EMÉTICO - Provoca vômito.<br />

EMOLIENTE - Atua como calmante sobre a pele e mucosas inflamadas. Hidrata os tecidos<br />

fornecendo flexibilidade e maciez a pele.<br />

ERITEMA - Vermelhidão da pele, por congestão de capilares.<br />

ESCORBUTO - Doença devida a carência de vitamina C, caractezada por h<strong>em</strong>orrágias.<br />

ESTIMULANTE - Excita a atividade nervosa e vascular.<br />

ESTOMÁQUICO - Agente capaz de estimular a atividade .secretora do estômago.<br />

EUPÉPTICO - Estomáquico.<br />

EXPECTORANTE - Facilita a saída de secreções das vias respiratórias.<br />

FADIGA - Cansaço físico ou mental.<br />

FEBRÍFUGO - Combate a febre. Antitérmico. Antipirético.<br />

FITOTERAPIA - Tratamento de doenças por meio de medicamento de orig<strong>em</strong> vegetal.<br />

FLATULÊNCIA - Acumulo de gases no tubo digestivo.<br />

GALACTAGOGO - Provoca ou aumenta a secreção do leite.<br />

GOTA - Forma hereditária de artrite decorrente de excesso de ácido úrico no sangue.<br />

HEMOSTÁTICO - Auxilia no controle de h<strong>em</strong>orragia.<br />

HIPERTENSOR - Aumenta a pressão sanguínea.<br />

HIPOGLICEMIANTE - T<strong>em</strong> a propriedade de reduzir a concentração de glicose no sangue.<br />

HIPOTENSOR - Diminui a pressão sanguínea.<br />

INFUSÃO - Abafadinho. Colocar água fervente sobre a erva, deixar por alguns minutos e coar.<br />

LAXATIVO - Ação purgante suave.<br />

PRINCÍPIO ATIVO - Composto químico presente na planta responsável pela ação terapêutica.<br />

PRURIDO - Coceira.<br />

PURGATIVO - Substância que provoca forte evacuação intestinal.<br />

RUBEFACIENTE - Produz vermelhidão na pele.<br />

SEDATIVO - Substância tranquilizante do sist<strong>em</strong>a nervoso central s<strong>em</strong> provocar sono ou<br />

analgesia.<br />

SUDORÍFICO - Faz suar.<br />

TÔNICO - Excita a atividade orgânica, diminuindo a fadiga.<br />

VASOCONSTRIÇÃO - Provoca a contração dos vasos sanguíneos.<br />

Bibliografias recomendadas e sites de referência na Internet<br />

BÁSICAS<br />

CORREA, Anderson Domínguez et al. – Plantas Medicinais – Do cultivo à terapêutica – 3ª<br />

edição – Editora Vozes<br />

SALLÉ, Jean-Luc. O totum da Fitoterapia (Abordag<strong>em</strong> de Fito-bioterapia). Editorial Robe. São<br />

Paulo - 1996.<br />

COIMBRA, Raul. Manual de Fitoterapia . 2ª ed. Belém, CEJUP, 1994.<br />

BRAGANÇA, Luiz Antonio Ranzeiro de. - Plantas Medicinais Antidiabéticas: Uma Abordag<strong>em</strong><br />

multi-disciplinar. Editora EDUFF, Niteroi – RJ, 1996.<br />

Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais, uma edição de Seleções do Reader’s Digest,<br />

Lisboa –1983.<br />

SIMÕES, M. O. Claudia et al. Farmacognosia: da Planta ao Medicamento; 2ª edição, editora da<br />

UFSC/UFRGS; Porto Alegre – 2000.<br />

Dicionário de Medicina Natural; Reader´s Digest; Itália – 1998.<br />

Zanini & Oga, Farmacologia Aplicada<br />

Farmacopéia Homeopática Brasileira<br />

Farmacopéias Homeopáticas Al<strong>em</strong>ã, Francesa, Britânica, Italiana e Americana.<br />

COMPLEMENTARES


FERNANDES, Afrânio. Noções de Toxicologia e Plantas Tóxicas. 2ª edição, Impresso no Brasil/<br />

Printed in Brazil; Fortaleza – 1987.<br />

MORESCO; M. Patrícia OLIVEIRA; de P. Nara. <strong>Farmácia</strong> <strong>Caseiras</strong> – Plante Saúde. Prefeitura<br />

Municipal de Curitiba - Curitiba – 1995.<br />

SIMÕES, M. O. Claudia [et al.] Plantas da Medicina Popular no Rio Grande do Sul. 5ª Edição,<br />

editora da Universidade / UFRGS, Porto Alegre – 1998.<br />

Povo, Planta e Saúde. Movimento Popular das Mulheres do Paraná, Editora Educativa ;<br />

Cascavel – 1989.<br />

SGANZERLA, Edílio. Nova Agricultura: a Fascinante Arte de cultivar com os plásticos. Editora<br />

Petroquímica Triunfo, Porto Alegre - RS, 1986.<br />

FERRETTI, M. Giambattista. Cultura de Plantas Aromáticas e Medicinais. Publicações Europa-<br />

América, coleção Euroagro, Portugal – 1995.<br />

HOLETZ; B. Fabíola et al. - Cadernos Pedagógicos, Plantas Medicinais e Tóxicas. -<br />

Universidade Federal do Paraná; Curitiba – 1998.<br />

Revista Saúde, Série Especial. Chás miraculosos,<br />

n.º 1, 2ª Edição, Ed. Azul.<br />

FRANCO, Ivacir João. Ervas e Plantas, A Medicina dos Simples. 8ª Edição - Editora Imprimax,<br />

Erexim – RS.<br />

THOMÉ, Antônio. A Saúde através do naturismo.<br />

Editora Missionária “A verdade Presente”, Itaquaquecetuba - SP, 1990.<br />

GODWARD, Ana; Garrafadas: as plantas medicinais <strong>em</strong> projetos comunitários; Associação<br />

Brasileira de Tecnologia Alternativa na Promoção da Saúde; Editora Paulinas – São Paulo –<br />

1985.<br />

MARTINS, José E. Carneiro; Plantas Medicinais de uso na Amazônia; Ed Cultural Cejuo – 2ª<br />

ed.<br />

OBATA, Regina - A linguag<strong>em</strong> das c<strong>em</strong> flores – Círculo do Livro.<br />

Revista Essencial – Editora Nova Cultural, 2004 – números 1 a 12.<br />

BACH, Edward – Os r<strong>em</strong>édios florais do Dr. Bach – Círculo do Livro, 1988.<br />

MURRAY, Michael T. – Artrite – Uma abordag<strong>em</strong> natural – Ed. Campus<br />

CHITWOOD, Sally – Cosmética Natural – Círculo do Livro, 1983.<br />

FROES, Vera & ROCHA, Antonio – Alquimia vegetal, Como fazer sua farmácia caseira – Ed.<br />

Nova Era, 1987.<br />

MORGAN, Lyle W. – Homeopatia para seu filho – Ed. Nova Era, 1992.<br />

DUQUES, Maria – Os Florais de Bach e as Síndromes do f<strong>em</strong>inino – Ed. Rosa dos T<strong>em</strong>pos, 4ª<br />

edição – Rio de Janeiro, 2000.<br />

WEINER, Michael – O livro completo de Homeopatia – 3ª edição – Editora Nova Era, 1989.<br />

CUMMINGS, Stephen & ULMANN, Dana – Guia Natural de Medicina Homeopática – Ed.<br />

Madras, 1999.<br />

EWIN, Jeannette – O lado sadio das gorduras – Ed. Campus, 1999.


BRATMANN, Steven - Guia Prático da Medicina Alternativa – Ed. Campus, 1998.<br />

Editora da Pastoral da Saúde de Ji-paraná – Vida plena, Saúde e Povo Feliz – 4ª edição –<br />

2000.<br />

DURAN, Márcia. Ervas: A Ajuda Poderosa da natureza. Projeto SESC Saúde- Paraíba –1995.<br />

FONTES, Martiras. O Livro dos Afrodisíacos. 1ª Ed – Editora Livraria Maritins Fontes; Editora<br />

Elda – São Paulo SP – 1983.<br />

MORESCO, Patrícia Mauerberg<br />

OLIVEIRA; de Nara Paludo<br />

<strong>Farmácia</strong>s <strong>Caseiras</strong> – Plante Saúde. Prefeitura Municipal de Curitiba – 1995.<br />

LAUS, Ceres Beatriz; Manual de Fitoterapia. Prefeitura Municipal de Curitiba.<br />

BALBACH. A As plantas curam, 1ª edição, revista e melhorada, São Paulo - 1995.<br />

BONTEMPO; Márcio. Medicina Natural. Editora Nova Cultural – São Paulo – 1994.<br />

BRÚNING, Jaime. 1000 Dicas para se ter saúde. Ed. Tuicial, Cascavel - 1995.<br />

RIGO, Frei Adelar. Saúde pela alimentação.<br />

5ª edição.<br />

HUIBERS, Jaap. Plantas Medicinais Contra o “stress”, (Ervas medicinais homeopatia e<br />

alimentação cotidiana como terapia de “stress”e das tensões nervosas.) Ed. H<strong>em</strong>us, São<br />

Paulo - 1983.<br />

HUIBERS, Jaap. Plantas Medicinais e o Coração, ( Plantas medicinais, homeopatia e<br />

alimentação correta como terapia dos distúrbios cardíacos e vasculares. Ed. H<strong>em</strong>us, São<br />

Paulo- 1983.<br />

BALMÉ, François. Plantas Medicinais. Ed. H<strong>em</strong>us, São Paulo - 1982.<br />

CRAVEIRO, Afranio Aragão et al. - Óleos Essenciais de plantas do Nordeste. Edições UFC,<br />

Fortaleza- 1981.<br />

CARIBÉ, Dr. José. et al. - Plantas que ajudam o Hom<strong>em</strong>. (guia prático para a época atual) Ed.<br />

Cultrix/ pensamento - São Paulo.<br />

WEIL, Roberto. As Ervas que Curam. 5ª edição. Editora Ground. São Paulo - 1991.<br />

COSTA, Maria Aparecida et.al Plantas & Saúde: guia introdutório à fitoterapia.<br />

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Assoeste, Cascavel - 1995.<br />

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Editora Tao - São Paulo - 1982.<br />

LAINETTI, Ricardo.<br />

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KERR, Ralph Whiteside, Herbalismo, o Uso das Ervas através dos T<strong>em</strong>pos. Biblioteca Rosa<br />

Cruz. Vol XXXIV. Ed.Renes, Rio de Janeiro.<br />

Edições Guia Rural, Horta é Saúde, Ed. Abril.


MOREIRA, Frederico. As Plantas que Curam (Cuide da sua Saúde através da Natureza).<br />

Editora H<strong>em</strong>us.<br />

São Paulo - 1985.<br />

BALBACH, Alfonsas. As Plantas Curam. 18.ª Edição. Editora<br />

Missionária “A Verdade Presente”. São Paulo.<br />

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www.caesdefato.com.br<br />

www.benefits.hpg.ig.com.br/botanical.htm<br />

www.dda427.com.br<br />

www.ervaeervas.hpg.ig.com.br<br />

www.maxway.com.br/sunshine<br />

www.sanrisil.com.br<br />

www.roberg.com.br<br />

www.bunker.com.br<br />

www.curriculum.com.br<br />

www.amarantha.kit.net<br />

www.botanicadobrasil.com.br<br />

www.mystica.na-web.net<br />

www.botanical.com<br />

www.liberherbarum.com<br />

www.homeoint.com<br />

www.betterlife.com<br />

www.cafb.hpg.ig.com.br - o melhor. Vá para o link fitoterapia<br />

www.cageo.hpg.ig.com.br<br />

www.spam.concordia.ca<br />

www.galeon.com<br />

www.feridologo.com.br<br />

www.aromalandia.hpg.ig.com.br<br />

www.herbarium.com.br<br />

www.ervasdositio.com.br<br />

www.cotianet.com<br />

www.biostore.com.br<br />

www.floramedicinal.com.br<br />

www.uol.com.br/revistasaude<br />

www.syntonia.com<br />

www.plantamed.com.br<br />

www.herbarium.org.br<br />

www.unilavras.edu.br<br />

www.globorural.com.br

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