14.04.2013 Views

Adobe Photoshop PDF - Sinduscon - DF

Adobe Photoshop PDF - Sinduscon - DF

Adobe Photoshop PDF - Sinduscon - DF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

“Te m O s a i nDa q u e b u s c a r<br />

O s p r i n c í p i o s é t i c o s Pa r a O<br />

DesenvOlvim enTO u r b a n O, i s TO é,<br />

O s i n t e r e s s e s d a c o m u n i da d e<br />

Têm q u e Pr eval ec er s O b r e O s<br />

inTer esses em P r esar i ai s”<br />

projeto da construção de Brasília.<br />

Cenários – Em termos de desenvolvimento, como o<br />

senhor imagina a cidade daqui a 50 anos?<br />

Queiroz – Vejo uma cidade que terá crescido mais do que<br />

deveria. Até o ano 2000, o crescimento foi muito maior do que<br />

o planejado, o que não foi muito bom para Brasília, porque,<br />

enquanto o Plano Piloto é preservado pelo tombamento da<br />

Unesco [Organização das Nações Unidas para a educação, a<br />

ciência e a cultura], algumas regiões do <strong>DF</strong> sofrem problemas<br />

sérios, como esses loteamentos irregulares – principalmente<br />

a região de Vicente Pires, onde se transformou as áreas rurais<br />

em urbanas de forma desordenada. Isso foi muito ruim<br />

para a cidade. E olhando agora, vejo a que responsabilidade<br />

não é só dos governantes mas inclui também os empresários<br />

e a população de Brasília. O <strong>DF</strong> tem que crescer e a nossa<br />

população vai crescer junto, mas isso pode ser realizado de<br />

maneira organizada, acompanhando os programas de desenvolvimento,<br />

resolvendo os problemas viários, solucionando as<br />

questões de abastecimento de água e energia. Daí teremos<br />

uma cidade grande, só que ordenada.<br />

Cenários – Nos últimos tempos, o <strong>DF</strong> vem atraindo<br />

grandes construtoras. as empresas brasilienses têm<br />

o que temer?<br />

Queiroz – Não há nada que temer, ao contrário. A primeira<br />

razão é que as empresas daqui já estão consolidadas no que<br />

se refere aos aspectos técnicos e financeiros: as brasilienses já<br />

são capitalizadas, organizadas e constroem bem. Certamente,<br />

nossa região será alvo de muitas companhias que hoje se capitalizaram<br />

por meio da venda de ações no mercado financeiro e<br />

que têm, por conseguinte, grande responsabilidade com seus<br />

investidores. Contudo, por vezes o que se faz são lançamentos<br />

um pouco confusos, com vendas não muito consolidadas, e<br />

passa-se a ter problemas justamente por um crescimento desordenado,<br />

sob o aspecto técnico e financeiro.<br />

Cenários – o que o senhor quer dizer com “confusos”?<br />

Queiroz – Essas empresas precisam mostrar resultado<br />

àqueles que acreditaram nelas, uma vez que essas capi-<br />

| 10 |<br />

talizações são realizadas com base nas probabilidades, e<br />

no ramo de mercado imobiliário a expectativa ocorre venda<br />

por venda. Por isso, tem-se, muitas vezes, a necessidade<br />

de efetuar um grande número de negócios para garantir o<br />

resultado proposto, o que costuma gerar uma confusão na<br />

qualidade de venda, que às vezes não é boa. Ocorre então<br />

o que se vê hoje: a desvalorização da empresa, que tem<br />

70% de perdas por ano com ações na bolsa. Isso afeta a<br />

credibilidade, pois não se tem mais a presença sólida no<br />

mercado – não sabe nem se vai encontrar o endereço delas<br />

para enviar o cartão de Natal.<br />

Há problemas de credibilidade, sim, e, certamente, muitas<br />

delas terão que se fundir. Muitas não poderão terminar os<br />

empreendimentos que começaram, enquanto as empresas<br />

brasilienses, que são pequenas e médias, possuem tradição.<br />

Os empreendedores daqui já fizeram muitos empreendimentos,<br />

entregaram todos eles com qualidade e não apresentam<br />

dívidas, nem problemas trabalhistas, tampouco questões de<br />

ordem fiscal. Assim, penso que as brasilienses vão se consolidar<br />

e ficar com mais credibilidade com a vinda dessas<br />

novas empresas.<br />

Cenários – o senhor é contra a abertura de capital?<br />

Queiroz – Absolutamente. Apenas acho que é uma responsabilidade<br />

muito grande, porque, em geral, essa capitalização<br />

precisa crescer bastante e por vezes as empresas não<br />

estão preparadas, fazendo isso de forma desordenada. E<br />

esse tipo de crescimento gera os problemas no mercado. É<br />

evidente que existem empresas desse tipo que estão muito<br />

bem, mas o que se percebe é a brutal desvalorização, gerada<br />

por essa primeira crise no sistema financeiro de ações. A<br />

conseqüência disso é a grande desconfiança, tanto do investidor<br />

quanto do consumidor final.<br />

Cenários – Quais são os segmentos em que a Via<br />

Engenharia atua?<br />

Queiroz – O grupo é formado, basicamente, por duas empresas:<br />

uma atua no setor imobiliário e outra, na construção<br />

pesada. A parte que trabalha com esse último segmento está<br />

presente em Roraima, Paraíba, Pernambuco, Goiás, Tocantins,<br />

Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Trata-se de obras variadas,<br />

empreendimentos rodoviários, além de pontes, viadutos,<br />

obras de saneamento e industriais de grande porte.<br />

Cenários – Como a Via está inserida no cenário empresarial<br />

nacional?<br />

Queiroz – Em 2008, a Via foi eleita, mais uma vez, pela<br />

revista IstoÉ, a melhor empresa do país nos setores imobiliário,<br />

engenharia e de construção. Considero isso uma vitória<br />

do setor da construção civil local, porque a empresa foi formada<br />

aqui, sendo, portanto, legitimamente brasiliense. Ao

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!