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Adobe Photoshop PDF - Sinduscon - DF

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produção em massa com elevado grau de racionalização em<br />

suas operações.<br />

Ao fim da década de 50, a situação era um pouco diferente.<br />

A concorrência no mercado automotivo aumentou significativamente,<br />

gerando a necessidade de produtos diferenciados<br />

e diminuindo, assim, o tamanho dos lotes de produção. Isso<br />

dificultou o processo produtivo, devido, principalmente, à necessidade<br />

de troca de ferramentas e componentes nas máquinas<br />

e ainda à dificuldade no controle da qualidade em cada<br />

etapa da produção.<br />

Nessa época, a Toyota mudou o paradigma do sistema de gestão<br />

da produção, criando um ambiente operacional em que o<br />

custo da qualidade – entendido como o preço necessário para<br />

que a excelência da produção fosse garantida – era baseado na<br />

prevenção de problemas, em vez da postura da Ford, que era<br />

baseada na correção dos mesmos.<br />

Na prática, estava-se criando o conceito de que cada um seria<br />

responsável pela qualidade dos trabalhos gerados sob seu domínio.<br />

Esse fato mudou o desenho das organizações e a definição<br />

de responsabilidade e autoridade de cada componente dos<br />

processos produtivos. O papel da chefia mudou radicalmente:<br />

de uma posição de setor que deveria garantir a produção planejada<br />

para a fábrica, passou para uma condição de facilitador,<br />

que teria como missão criar e garantir condições para que as<br />

equipes de produção pudessem, efetivamente, atingir as metas<br />

de produção definidas.<br />

Em paralelo, desenvolveu-se grande esforço para que o tempo<br />

perdido com trocas de ferramentas e movimentação de componentes<br />

nas fábricas fosse reduzido. Ao mesmo tempo, buscouse<br />

a viabilização de um novo sistema de apoio logístico, externo<br />

e interno, baseado na redução de estoque de matéria-prima<br />

e produtos já em processo, denominado just-in-time. Deve ser<br />

frisado que a estabilização do sistema just-in-time da Toyota demorou<br />

aproximadamente quinze anos, tempo necessário para<br />

que todos os fornecedores envolvidos em sua cadeia produtiva<br />

pudessem se adequar a essa situação.<br />

Mas, recentemente, a indústria automobilística apresentou um<br />

novo exemplo de gestão da produção, adotado pela empresa<br />

Volvo nas operações de uma de suas fábricas (Udevalla). Esse<br />

modelo rompe com a tradicional linha de montagem, alterando<br />

a disposição das máquinas para pequenas “ilhas de produção”<br />

denominadas células de manufatura, nas quais pequenas equipes<br />

cuidam de diversos utensílios simultaneamente e garantem<br />

Cenários | informe técnico | nov/dez 2008<br />

| 25 |<br />

em conjunto a produção planejada pela fábrica. Assim, surgiu o<br />

conceito de operários multi-habilitados e reforçou-se ainda mais<br />

a importância do apoio logístico como base para a redução de<br />

perdas nos processos produtivos.<br />

Mas o que tudo isso tem a ver com a indústria da construção civil?<br />

Acreditamos que o setor precisa adotar um novo modelo para o seu<br />

sistema de gestão da produção, baseado na busca sistemática e<br />

consistente de melhores níveis de qualidade e produtividade.<br />

É muito difícil entender como uma empresa atuando no segmento<br />

da construção civil consegue sobreviver e manter o ritmo<br />

de crescimento ao longo do tempo, sem que empregue grande<br />

parte de sua energia na determinação precisa de seus principais<br />

fatores operacionais de diferenciação competitiva, ou seja:<br />

• A maneira pela qual transforma as necessidades de seus<br />

clientes em projetos executivos, que possam ser processados<br />

nos canteiros de obra com a mínima chance de erros de interpretação<br />

e de especificação, além de interferências não planejadas<br />

entre frentes de serviço, “retrabalho” e outros fatores;<br />

• A forma pela qual identifica e processa as necessidades de<br />

cada processo produtivo, buscando garantir que esses procedimentos<br />

não só sejam executados da mesma maneira ao longo<br />

do tempo mas também tenham desempenho operacional continuamente<br />

otimizado;<br />

• A maneira pela qual desenvolve as relações com seus fornecedores,<br />

quer sejam de materiais, serviços ou equipamentos,<br />

em busca de melhores condições operacionais para ambos;<br />

• O modo como a empresa administra seus fatores de apoio logístico,<br />

viabilizando, assim, condições para que todos os trabalhos<br />

planejados possam ser conduzidos de maneira uniforme,<br />

sem surpresas, paradas ou esperas.<br />

Em tudo isso, o grande problema a ser evitado é a perda de valor,<br />

entendido aqui como tudo aquilo que efetivamente é importante<br />

para o cliente (externo ou interno), relativo ao produto ou<br />

ao serviço produzido.<br />

O conceito de perda de valor é mais abrangente do que o conceito<br />

de não qualidade, em que toda a preocupação reside na<br />

redução do custo de fatores que impedem a plena excelência dos<br />

bens ou serviços produzidos. Uma empresa pode ter um alto grau<br />

de qualidade em seu processo produtivo e conviver com elevados

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